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Capítulo 9 Chuva da Alma

Chuva densa...
Tudo embaça.
Menos a alma...

Zac

Uma semana se passou, e não consigo tirar Katy dos meus pensamentos. Olho para o céu, completamente nublado e carregado, assim como o meu humor. A previsão é de uma tempestade para o fim do dia, e a previsão parece refletir o meu interior. Uma tempestade de confusão. Além de ter agido como um completo babaca, ainda causei problemas a Lucy. Não sabia onde enfiar a minha cara, quando ela chegou no outro dia completamente nervosa, dizendo que estava pronta para ''cortar meu saco fora '' por ter beijado Katy. Disse a ela, que precisávamos estabelecer um limite, pois ainda sim, somos chefe e funcionária. Mas ela bocuda como é, disse que um chefe não tentaria subordinar uma funcionária para jantar com a sua irmã. Acabamos rindo e descontraindo qualquer clima ruim que ficasse entre a gente. Meu relacionamento com a Mirela, tem ficado cada vez mais frio, e já não sei o que dizer a ela, quando ela me pergunta o que está acontecendo. Já pensei por diversas vezes em pôr um fim em nosso relacionamento. Ela espera muito de mim. E não posso dar a ela, o que ela espera. E isso me faz me sentir como um completo canalha. Mas uma pequena parte bem egoísta em mim, me faz com que queira ela por perto. Ela é como uma garantia que superei tudo o que aconteceu entre Katy e eu. Tenho hoje uma reunião com os investidores do projeto que estou trabalhando junto com Katy. Mas Lucy me contou que ela não vai estar por lá. Steven vai representá-la na reunião, e imagino que eu seja o motivo para que ela não vá. Fico surpreso quando uma parte de mim, muito maior do que imagino, fica desapontada por saber que ela não vai estar lá. Meu corpo pede, por aqueles olhos. Queria ficar perto dela novamente, ver como seu corpo reage a minha presença. Mas ela não vai estar lá. E isso é mais frustrante do que eu desejei que fosse. Pedi a Lucy que me representasse nessa reunião, mas ela não poderá ir. Ela precisou sair cedo, alegando urgência. E segundo ela, é pedir demais, tenho que enfrentar meus próprios fantasmas, e não posso fugir do que envolve Katy pra sempre. Ri quando ela disse, mas no fundo sei que ela tem razão. Então não tem o que fazer. Terei que ir. Decido antes da reunião ir almoçar com Mirela. Tenho a evitado demais, e sei que isso tem a magoado bastante. Durante o almoço acabamos discutindo, quando o assunto casamento entra na conversa de novo. Não sei qual a fixação dela por casamento. Mas sei que a pressão maior, vem da sua família. A reunião, será na empresa de um dos investidores do projeto. Assim que chego na empresa, fico admirado. A Live Well é completamente sofisticada, mas o prédio onde será a reunião é de tirar completamente o fôlego. Tecnologia pura. Paro o carro, e dou as chaves a um manobrista, e fico parado enquanto ele sai com o meu carro. Penso estar tendo uma alucinação quando vejo Katy se aproximando. Solto um palavrão, quando a vejo. Sinto o olhar de uma senhora queimar sobre mim, me repreendendo. Mas ignoro. Não só a senhora, quanto a eletricidade em meu corpo, que faz com que o ar fique completamente carregado. Ela sempre foi linda, sempre foi tão meiga, com uma aparência tão inocente, e olhar para ela agora, e vê-la como uma mulher de negócios, faz com que ela pareça uma fortaleza. É impactante, e completamente sexy. Bem diferente da garota que conheci anos atrás. Disfarço e vou em direção ao elevador. Enrolo um pouco, e fico feliz quando ela entra por ele, e as portas se fecham. Aperto o botão do vigésimo andar, e sinto ela me analisando. Seu perfume ainda doce, toma conta do ambiente. Arrisco uma olhada rápida até seu rosto, e o mesmo se encontra fechado. A inquietação dentro de mim cresce, até que ela interrompe o silêncio.

-Steven passou mal. Não pode vir, se é isso que está querendo perguntar. - Ela diz, rispidamente. E fico em silêncio sem saber o que dizer. Mais rápido do que eu desejo, o elevador para, e uma moça loira, que parece muito com Mirela, nos mostra onde será a reunião. Entramos na sala, e vejo que Katy quer se sentar o mais longe possível de mim. Mas ela não tem essa sorte, e acaba sentando em minha frente. A mesa é enorme, mas a tensão que está no ar, faz com que a sala fique pequena. O Sr. Hidek, um dos maiores investidores no ramo de construção civil, começa a reunião. Vez ou outra, Katy e eu trocamos olhares. Fico olhando a forma como ela castiga o lábio inferior, deixando a vista seu nervosismo. Vejo como os outros olham para ela, a devorando com o olhar. Ela é a única mulher na sala, e isso a deixa completamente desconfortável. Sinto vontade de esganar cada um, mas guardo a minha raiva. A proposta do Sr. Hidek é completamente absurda. Ele quer comprar os nossos serviços, pagando um preço bem mais alto do que o comum, mas quer que damos todo o crédito da construção a ele. Como se fizéssemos um trabalho fantasma. Sinto seu olhar em mim, quando defendo os meus argumentos, sobre a proposta ridícula. E não consigo não sorrir para Katy, quando ela defende com garras e dentes o nome da sua empresa. E me dou conta que o R&R é o nome do seus pais. Rachel e Roger. Ela defende seu ponto de vista, com tanta firmeza, com tanta clareza. É evidente o orgulho em seus olhos, quando ela consegue fazer com que todos os investidores fiquem do seu lado. A reunião se arrasta pelo resto da tarde, ficando completamente maçante. Agradeço aos trovões que estão do lado de fora, graças ao seu estrondo, consigo me manter acordado durante o discurso patético de um investidor. O assunto Califórnia entra em uma das pautas, e sinto que ela corrige sua postura na cadeira, demonstrando desconforto, quando confirmo que vou. Assim que a reunião acaba, um pequeno coquetel é servido, mas vejo como Katy disfarça quando todos os canapés são de salmão. Fico surpreso por ainda lembrar como ela odeia peixe. Me despeço do pessoal da reunião, e saio. Fiquei distraído durante uma conversa e não a vi mais. Assim que desço até o primeiro andar, vejo ela parada, dando a impressão de estar esperando alguém. Ela disca algo no celular, e vejo sua aparência frustrada, quando parece não conseguir o que quer. Não seguro o impulso, de ir até ela. É mais forte do que eu. 

-Katy? - Chamo seu nome, e vejo a surpresa em seu olhar.

-Zac. - Ela diz, enquanto revira os olhos, mexendo no celular.

- Parabéns pelo seu empenho na reunião. Gostei da forma como defendeu o nome da sua empresa. - Ela sorri, mas vejo o quanto ela esforça. Seu sorriso não é sincero, e não chega aos seus olhos.

-Obrigada. Não me esforço tanto para que meu serviço saia pelo ralo. Aquela proposta era ridícula. Não me surpreenderia se ele quisesse que o serviço todo fosse feito de graça. - Ela diz, enquanto tenta ligar para alguém no celular.

-Foi ridícula mesmo. Você está esperando alguém?

-Steven está com o meu carro. Ele ficou de me buscar, mas seu celular está indo direto para a caixa postal.

-Se quiser posso te oferecer uma carona. - Digo e me dou conta, que as palavras foram mais rápidas que o meu pensamento.

-Zac, não é porque trocamos meia dúzia de palavras, que estamos próximos. O que eu penso sobre você, não mudou. E ainda sim, não era nem pra ter falado com você.

-Katy, sei que não fui a melhor pessoa do mundo para você. Sei que temos um passado. Mas seria muito melhor, se pudéssemos pelo menos tentar se entender. Vamos trabalhar juntos, e não vai ser por um curto período de tempo, não gosto desse clima. Todas essas reuniões e burocracias já são completamente maçante. Esse clima deixa tudo pior. Seria bem melhor, se deixássemos as diferenças de lado, e pudéssemos pelo menos tentar nos entender. Profissionalmente. Podemos pelo menos tentar dar uma trégua. - Ela me olha surpresa, e por várias vezes, abre e fecha a boca, tentando procurar o que dizer. Até que ela respira fundo.

-Zac... Eu concordo com você. Acho que podemos pelo menos tentar nos entender profissionalmente. Mas obrigada. Não posso aceitar a sua carona. - Ela diz, e se assusta quando um trovão corta o céu com seu estrondo. O céu está completamente escuro, e nuvens carregadas preenchem o céu. Tão carregadas quanto a tensão que emana entre Katy e eu.

-Bom. Tudo bem. Só está vindo uma tempestade, achei que pudesse te ajudar em algo. - Ela suspira derrotada.

-Tudo bem. Eu aceito. Steven deve ter adormecido. - Aceno em afirmativo a ela, enquanto entrego as chaves para o manobrista, e ele logo depois aparece com meu carro. Algumas gotas grossas, já começam a cair, fazendo subir aquele cheiro familiar de chuva. E sei o quanto Katy gosta daquele cheiro. Ela tenta disfarçar, mas vejo quando ela fecha seus olhos, e inspira para sentir o cheiro. Sorrio levemente sem que ela perceba. Entramos no carro, e seu desconforto está escrito em sua testa.

-Não precisa ficar tão nervosa assim Katy. Sou só eu.

-Esse é o problema. É só você. - Suas palavras fazem com que eu me cale a maior parte do trajeto. A única conversa que temos, é quando ela me passa o seu endereço. A chuva cai forte, e o para-brisa do carro parece não dar conta das gotas grossas.

-Está caindo o mundo. - Ela diz para ela mesmo, enquanto tem o olhar perdido na janela.

-O caminho está interditado, parece ter acontecido algum acidente. - Digo a ela, quando vejo os giro flex dos carros de polícia. E escuto vagamente algumas sirenes.

-Ótimo. Só faltava essa. - Ela diz revirando os olhos.

-Não tenho culpa Katy. A minha intenção foi boa. Acredite. Não tinha como prever que isso aconteceria. - Ela se cala, e depois do que parece um bom tempo ela pede desculpas.

-Gal sente saudades de você. Disse a ela que a encontrei. Desde então ela não para de perguntar sobre você. - Vejo que ela sorri, mas ainda assim, não olha para mim.

-Eu também sinto saudades dela. Diga a ela que mandei lembranças.

-Você poderia ir visitá-la qualquer dia. Ela ficará feliz. -Droga. O que estou falando? Não estou conseguindo me controlar. Estou perdendo a noção, está difícil me concentrar com Katy ao meu lado. Realmente ter dado carona a ela, foi uma má ideia.

-Claro. Depois me passe o endereço dela. - Fico surpreso com isso. - O trânsito parece que não vai liberar logo.

-Não tem outra saída por esse caminho. Essa via é mão única, não tem como fazer o retorno.

-Eu sei. - Percebo que ela está tão tensa como eu. Seu celular toca, e ela me mostra o nome da Lucy na tela. Escuto sua conversa com a Lucy, principalmente o grito histérico que ela dá do outro lado da linha, quando Katy diz que ofereci uma carona a ela. Ela dá alguns sermões a Katy, e vejo que Katy cora, com o embaraço que Lucy está causando. Vejo como seu semblante muda para preocupado, e sei que se trata de Steven.

- Lucy é impossível. Desculpa. - Ela diz, e a curiosidade vem à tona.

-Como vocês se encontraram? Bom, quando estávamos juntos, não lembro de você ter citado ter algum parente. -Idiota. Ter falado sobre nós, não é uma boa ideia. 

-Foi uma surpresa pra mim. No dia que estava de mudança para Nova York, ela bateu em minha porta, e me contou que meu pai teve um caso com a mãe dela. Mas ele não sabia da existência dela. No começo foi um choque, mas desde então, Lucy parece sempre ter feito parte da minha vida. - Percebo que tanto eu, quanto ela está ficando mais confortável com a presença um do outro. Só não consigo decidir se isso é bom ou ruim.

-Sinto muito pelo seu pai. Ele perdeu a chance de conhecer uma figura. - Ela sorri carinhosamente ao lembrar da irmã.

- Ela é mesmo uma figura. Eu sempre falo que ela é o meu arco íris depois da tempestade.

-E eu fui a tempestade. - Era pra ser somente um pensamento. Mas me dou conta que a presença de Katy, está me deixando sem filtro. Ela me olha surpresa com as minhas palavras.

-Você foi Zac. Foi uma boa parte dela. A perda dos meus pais, Você, tudo aquilo que aconteceu com a Hanna. Tudo isso foi demais pra mim naquela época. Foi mais do que pude aguentar.

-Katy, desculpa, não queria ter tocado nesse assunto.

-Não está sendo bom finalmente falar sobre isso. Eu guardo esse peso, essas palavras todas, durante muito tempo. Agora entendo finalmente que não faz sentido guardar tudo isso. As vezes pôr para fora... esclarecer alguns pontos, talvez seja uma boa ideia.  Não temos mais nada, e somos adulto. - Eu a olho por um instante, então aproveito a deixa.

-Eu penso da mesma forma. São tantas coisas mal resolvidas.

-Aquilo tudo foi demais Zac. E até hoje não entendo algumas coisas. Ainda tenho alguns porquês entalados na garganta. Não que entender eles façam alguma diferenças, mas são pontos que ainda me incomoda. 

-Não é só você Katy.  Eu também tenho muitos porquês entalados na garganta. Como o fato de você ter acreditado em tudo aquilo que aconteceu com a Hanna? Achei que acreditaria em mi, que me perdoasse, nunca entendi o porque de não ter me perdoado.  - Ela hesita por um momento, mas começa a falar com os olhos perdidos em lembranças.

-Não, eu perdoei você. Quando fui até Forks, fui para ficar junto com você. Assim que conversamos fui até o seu apartamento. Aquela empregada, a Helena, ela me disse que você tinha ido a Forks. Fui até lá, chegando lá, Hanna armou todo um teatro, colocou todos os Trampells contra mim, até mesmo Alex. O único que ficou do meu lado, foi Steven. Eu precisei de um tempo para poder digerir tudo o que havia escutado aquela tarde. Eu queria muito ter ficado com você, mas eu só precisava me recompor para poder dar suporte a você, e quando fui te procurar no outro dia, não senti que ainda estava pronta, esperei o enterro do seu pai acabar, e quando fui até você, você me despejou tudo aquilo, daquela forma, e até hoje eu não entendo o porquê. Isso vem martelando em minha cabeça durante anos. - Tenho a sensação que o carro está ficando cada vez menor.

-Eu encontrei com Hanna aquele dia. Não sabia que estava em Forks, e ela me disse que você estava. No hotel. Com Steven. Pensei ter sido só um outro jogo dela. Mas fui até lá. Já era tarde. E encontrei com uma amiga que trabalhava no hotel. Ela me confirmou que você estava hospedada e conseguiu a cópia da chave do seu quarto.  Mas quando fui até lá e abri a porta, vi você e Steven dormindo juntos. E foi mais forte do que eu, pensei que vocês tivessem algo. Vocês não eram tão próximos, o que deixou a entender que realmente algo havia acontecido. E depois de tanto tempo, reencontrar vocês dois juntos, fez parecer que tudo aquilo fizesse sentido. - Agora falando isso a Katy, contando a ela em voz alta, me sinto um idiota. Eu devia ter perguntado a ela, devia ter deixado ela se explicar, eles cresceram juntos, foram praticamente criados como irmão. Seus olhos me olham surpresos e brilhosos.

-Steven e eu nunca tivemos nada. Ele sempre me respeitou. Aquela época eu ainda bom... tinha aqueles pesadelos horrorosos. E aquele dia tive um muito ruim, não sei se foi tudo o que aconteceu, eu me lembro como se fosse hoje, eu vivi o dia do acidente dos meus pais novamente. Foi horrível, acordei aos gritos. E tudo o que Steven fez, foi me acalmar. Nós nunca tivemos nada. - Eu já sabia que ela não teve nada com Steven. O nada em sua frase me chama a atenção.

-Mas vocês estão juntos agora? - Pergunto tão baixo, que tenho a impressão que ela não escutou. Outro trovão rasga o céu, e começa a escurecer.

-Não. Aquele dia que nos reencontramos, Steven fez aquilo só para me proteger. Ele achou que fazer aquele teatro todo, faria com que eu não me sentisse tão inferior, por você estar com alguém e eu não. Mas nunca tivemos nada. Por um tempo ele me implorou para procurar por você, porque ele se sentia muito culpado. Mas depois que vi você com aquela garota no aeroporto, eu achei que você tivesse feito tudo aquilo, porque já tinha seguido em frente. - Eu forço a minha memória a voltar a dez anos atrás, e me lembro que Amber, foi comigo até o aeroporto.

-Não! Aquela garota, a Amber era só minha amiga. Ela sempre nutriu uma paixão por mim. Naquela época. Hoje ela é casada com o Rush. - Sorrio ao lembrar de como os dois pilares que me ajudaram por um bom tempo, se apaixonaram. - Ela me beijou aquele dia, mas no mesmo segundo disse a ela, que não poderia correspondê-la, porque eu pertencia a você Katy. E depois vi você e Steven no aeroporto juntos. Pensei em te procurar um tempo depois, mas  fiquei sabendo que ele estava morando com você, e aí acabei concluindo que vocês realmente estavam juntos. E aí, essa raiva me acompanhou por todos esses anos...

-Nossa... Quantas conclusões erradas. Achei que você me conhecia Zac, que sabia que eu o amava muito, que jamais faria isso com você. - É tudo o que ela diz.

-Sim. Sei que fui um idiota, tirei conclusões erradas, mas você fez o mesmo Katy.  - É só o que consigo dizer. Ela me olha, e abaixa a cabeça.  Somos interrompidos com uma batida no vidro, e quando eu abro, o guarda avisa que a pista foi liberada, e pede que tomamos cuidado pois um caminhão de óleo, tombou, e mesmo com a chuva ainda a óleo na pista. O resto do trajeto, é feito em silêncio. Katy tem o olhar perdido na janela, e vejo que por vezes ela fecha seus olhos, tentando reprimir alguma lágrima. Ela sempre fazia isso quando pensava em seus pais. As lembranças parecem estar ainda mais vivas. Mesmo depois de tantos anos, tudo parece estar fresco ainda. Me dou conta que só fizemos as escolhas erradas, nossa história foi cheia de desencontros. Não acredito que Katy achou que tivesse seguido em frente, no mesmo dia em que fiquei horas chorando diante do túmulo do meu pai. Meu coração estava partido, estava quebrado destruído. E tudo por conclusões completamente precipitadas. Eu precisava dela mais do que tudo naquele dia, e ela, a minha garota também precisava muito de mim. Mas fui egoísta o suficiente para achar que ela estava se fazendo de vítima, quando foi eu quem se vitimizou. Estaciono na frente do seu prédio, e ela murmura um obrigado pela carona, e sai. Por um impulso desconhecido, eu saio do carro, e chamo pelo seu nome. Ela para ainda na chuva forte que caí, e olha para trás, seguro seu rosto em minhas mãos, enquanto a chuva parece lavar todo um passado de raiva, de mágoas, de decepções que nem ao menos existiram. Ela olha fundo em meus olhos, e eu não consigo desviar o olhar. Seus cabelos começam a grudar em seu rosto, e eu carinhosamente tiro alguns fios. Me aproximo dela, a puxando de encontro a mim, ela coloca as mãos em meus ombros, como se estivesse me dando permissão, então sem pensar eu a puxo para ainda mais perto, e a beijo. Sinto como se cada partícula do meu corpo estivesse sendo eletrocutada. Toda a raiva que sentia de Katy misteriosamente desaparece. Ela me beija com a mesma urgência. Por um segundo rezo, para ser possível voltar no tempo. Me dou conta, que nossas almas, nunca deixaram de pertencer uma a outra. Que mesmo com tantas lembranças ruins, com tanta raiva, eu nunca deixei de sentir algo por Katy. Nós ainda estamos ligados um no outro. 

-Zac... - Ela diz meu nome, me puxando para mais perto ainda de si. Me desejando.  A chuva fica ainda mais pesada, como se tivesse somente um propósito. Levar embora consigo, todo e qualquer sentimento ruim. Como se estivesse dando ao meu coração uma segunda chance. Sinto como se meu coração, aquele quebrado, partido fosse substituído, e consigo sentir o calor familiar, consigo sentir ele batendo como a muito tempo não sinto. Não sei se Katy tem a mesma sensação, mas consigo perceber como ela reage a cada toque meu. Até que ela encerra o nosso beijo e me olho nos olhos. Tenho a sensação de que ela vai me dar um outro tapa, mas ao invés disso, ela sussurra um ''não podemos'' e corre para dentro do prédio. Olho para cima, com a visão embaçada por conta da chuva, tentando entender, como que uma chuva tão fria, consegue despertar um sentimento tão quente dentro do meu peito. E me dou conta que não é a chuva, é Katy. Sempre foi ela, sempre será.  

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