***Sem revisão

LUCY

Espero por Katy, que não vem. Eu preciso ajudar Zac com algumas coisas sobre os equipamentos da Live Well. Ou melhor, o que sobrou deles, eu espero, mas ela não vem. Ligo para ela mais ela não atende, todas as chamadas são encaminhadas diretamente para a caixa postal. Ligo para Zac também, mas chama até desligar, e sei que é por conta da reunião que ele está com os funcionários. Decido ir até a R&R Morgan, mesmo contra a minha vontade porque a ultima coisa que eu quero é me encontrar com Steven ou com aquela mulherzinha sem graça. Chego na construtora, e vou até Hanna que está com a oxigenada do casamento.

-Oi Hanna, boa tarde. Katy esta? Ela ficou de ir buscar alguns documentos, porém não foi. – Vejo que Hanna olha preocupada para Estella e começo a me preocupar.

-Ela foi buscar esses papéis. Ela saiu daqui, avisou a gente que iria busca-los.

-O que aconteceu? Lucy! – Steven me olha surpreso.

-Katy ficou de ir buscar alguns papéis, mas não foi buscar. Ela avisou que iria, mas não foi. Será que aconteceu alguma coisa?

-Vamos procurar por ela. Ela pode ter esquecido e passado em algum lugar.

-Katy se esquecer de compromisso de trabalho Steven? Nunca. Alguma coisa aconteceu. Vou procura-la. – Digo enlaçando minha mão a sua. Ele me olha sem entender. Sinto o olhar fuzilante de Estella em mim. E então me dou conta. Solto de sua mão assim que lembro que não estamos mais juntos.

-Eu vou com você. – Ele vem me seguindo até chegar ao meu carro. – Me dê as chaves! – Ele diz me fazendo rir.

-Você não vai comigo, eu vou com meu carro. Sozinha.

-Para de graça Lucy. Estou sem carro. Vim de táxi hoje. Deixe-me ir com você. – Reviro meus olhos, irritada com ele.

-Eu dirijo. – Falo e sinto seu sorriso sobre mim. Saio com o carro indo até o apartamento do Zac. Ele não tira os olhos de mim, e aperto o volante com força sentindo o espaço ficar pequeno.

-Até quando você vai ficar me ignorando? Eu sinto sua falta Lucy...

-Steven agora não. Não quero falar sobre isso.

-Isso é a gente Lucy. É sobre o que eu sinto, é sobre o que você sente.

-Eu já te disse a minha resposta Steven. É não...

-Mas porque Lucy? Eu já ouvi da sua boca que o seu sonho era se casar, fazer tudo certinho.

-Era Steven, mas não é mais. Nós mudamos, os sonhos mudam e ponto. – Ele me olha e não fala nada. Sei que o magoei, mas não posso me casar com ele. Daniel destruiu esse sonho. Ele me convenceu que casamento é bobeira. Se duas pessoas querem ficar juntos, elas só precisam ficar juntos e pronto. Não precisa de tanta coisa. Lembro-me de como minha mãe me contava sobre o seu sonho de casar, usar um vestido de princesa, ter um dia só para celebrar essa data. Depois de tudo que Daniel fez, não consigo pensar mais dessa forma.

-Chegamos. – Digo soltando o cinto e descendo do carro.

-O carro dela não está aqui, nem o do Zac. Vamos subir até lá e perguntar se Gal sabe de alguma coisa. Subimos até o andar de Zac e Gal, mas Gal também não estava em casa.

-Onde mais ela poderia ter ido? – Pergunto a ele começando a me preocupar ainda mais.

-Você sabe onde seria a reunião? Talvez ela tenha ido direto para lá e esquecido dos papéis.

-Você tem razão. – Digo descendo correndo indo até o meu carro. Começo a sentir os efeitos do nervosismo, e jogo a chave do meu carro para ele. Assim que ele liga o carro, meu telefone toca. Ele me olha curioso e esperançoso ao mesmo tempo. Mas assim que o identificador de chamadas é ativado, sinto meu coração acelerar com medo...

ZAC

Ligo para Katy para saber se ela chegou até a reunião, mas ela não me atende. Acredito que ela esteja dirigindo. Sinto uma inquietação em meu peito, uma espécie de sentimento ruim, mas acredito que seja tudo o que vem acontecendo depois do incêndio da construtora. Sinto um pouco de culpa, por deixa-la tão sozinha nos primeiros dias nosso de casados. Porém tenho sorte da minha mulher entender tudo o que está acontecendo. Durante a reunião acalmo os funcionários sobre o medo de serem demitidos. Conto a eles sobre a união da R&R Morgan com a Live Well. Sinto no olhar de cada trabalhador o alívio. Sinto meu celular tocando sem parar, mas não posso parar para atender. Disfarçadamente pego o celular e vejo as chamadas de Lucy o que logo me preocupa. Ela sabe que estou em uma reunião, não me ligaria à toa. Mas não consigo atender. Logo uma chamada de Gal aparece na tela e praguejo por não conseguir atender. Logo os nomes de um dos investidores aparecem na tela, já completamente irritado peço licença e saio da sala. Ele logo me questiona o meu atraso ou o da minha esposa na reunião.

-Minha esposa iria me representar assim como disse a vocês. Algo deve ter acontecido. Podemos remarcar? – Digo já sentindo a desinquietação em meu peito.

-Claro. Espero você entrar em contato. – Ele diz meio contrariado e desliga. Procuro o nome de Lucy nos contatos mas antes sou interrompido pela chamada de um número desconhecido. Sinto a sensação ruim me atingir novamente, mas ainda sim atendo.

-Alô Sr. Thompson? – Pergunta a voz feminina do outro lado da linha.

-Sim. – Digo com a voz trêmula com os sons que ouço do outro lado da linha.

-Aqui é do hospital Mount Sinai. Estou ligando, pois sua esposa sofreu um acidente de carro o senhor poderia vir até aqui.

-Ela esta bem? Foi muito grave? – Pergunto já pegando as chaves do carro dentro do meu bolso e indo em direção ao carro sem nem ao menos avisar o pessoal que estava na reunião. Meu coração bate forte em meu peito, sinto o ar começar ser tomado pelo medo.

-Ela acabou de dar entrada, esta sendo examinada.

-Estou indo. – Digo já saindo sem nem ao menos avisar o pessoal que estava na reunião. Dirijo o mais rápido que posso. Praguejando toda hora pelo lugar da reunião ser tão longe do hospital. Começo a entrar em desespero, e me sentir culpado por ter pedido para que ela fosse naquela maldita reunião. Cerca de meia hora depois consigo chegar até o hospital. Corro até a recepção querendo saber como ela está. A adrenalina corre solta em minhas veias. Sinto o choro querer subir em minha garganta, o medo me consumindo. Encontro Lucy com Steven, e corro até ela para perguntar sobre o seu estado.

-Nós ainda não sabemos. Chegamos agora. – Ela diz apreensiva. O Dr. Garret, o mesmo que atendeu Lucy chega e me chama.

-Doutor como ela está? Eu posso vê-la?

-Me acompanhe, por favor. – Ele diz me deixando ainda mais preocupado. Eu o acompanho quase andando mais rápido que ele. Assim que a vejo, corro em sua direção. Ela me vê e começa a chorar. Fico aliviado ao ver que ela tem somente um corte no supercílio e a sua mão esquerda está um pouco ralada. 

-Doutor como ela está? – Pergunto segurando uma lágrima que escorre dos meus olhos.

-Ela teve sorte. Está bem, foi somente um susto. Ela e o bebê passam bem. – Eu olho para ele, e olho para ela novamente. Ela sorri e chora ao mesmo tempo.

-Como? O senhor pode repetir? – Digo com outra lágrima escorrendo.

-Isso mesmo que você ouviu. Ela e o bebê passam bem. – Vou até ela, sentindo o coração transbordar no peito.

-Você ouviu o que ele disse? – Pergunto a ela que sorri muito emocionada.

-Sim... Eu estou bem, e ele ou ela também. – Ela diz colocando minha mão sobre a sua barriga. Eu fico trêmulo de tanta emoção que sinto. – Estamos grávidos Zac, eu estou grávida. – Ela diz, e então emocionado, eu a abraço deixando a angústia dos últimos minutos, escorrer pelos meus olhos, em lágrimas de felicidade. 

Boa noite meus amores, para começar bem a semana, dois capítulos seguidos em pleno fim de semana. Uma boa semana para vocês! Beijos! Não se esqueçam que estamos nos últimos cápitulos, mas muita emoção vem por ai! Beijinhos!