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Capítulo 31


Katy

Algumas semanas atrás, Lucy como a tagarela que é, deixou escapar sobre o sonho de Zac em ser pai. Eu ri da ideia, mas logo algo se aqueceu dentro de mim. A ideia de ter um pedaço da gente, de tudo o que sentimos correndo pela sala, fez com que um sorriso involuntário se manifestasse em meu rosto. Eu tentei entrar no assunto com ele, ouvir a sua opinião já que fiquei animada com a ideia. Inclusive cheguei a sonhar com a ideia, o que fez com que eu percebesse que fosse um sonho meu também. Por gostar de planejar as coisas, decidi fazer alguns exames para ver se tudo estava correto. Escondi esse detalhe de Zac, e até mesmo de Lucy. Naquele momento, não era algo que eu queria compartilhar com alguém. O fato de Hanna estar voltando já estava deixando Zac desinquieto. Por mas que ele negue, sei que ele tem certo receio. Quase fui pega, quando menti sobre uma reunião. Lucy me acobertou mesmo sem saber do que se tratava. Em uma semana consegui marcar uma consulta com a Dra. Cléo. Uma mulher em torno de seus quarenta anos de uma simpatia imensa. Não nego que sua cara de preocupação ao fazer uma ultrassonografia me deixou desconfortável. Assim que saiu o resultado dos exames ela me ligou, e não senti a mesma simpatia de sempre em sua voz. Assim que cheguei a seu consultório repleto de fotos de gravidez, quadros enormes sobre aparelho reprodutor, meu coração se comprimiu dentro do peito. O que levou em torno de quinze minutos para ser atendida, pareceu durar duas horas.

-Bom dia Katy, como você está? – Ela perguntou enquanto anotava algo em um papel qualquer.

-Estou ansiosa... – Disse realmente nervosa.

-Não fique querida, ansiedade geralmente não costuma ajudar nesses momentos. – Ela disse me deixando ainda mais nervosa. – Uma pergunta que não te fiz anteriormente Katy. Sua mãe, tia ou avó tinha alguma dificuldade para engravidar?

-Não sei te responder Dra. Perdi minha mãe muito cedo, nunca entramos nesse assunto. Mas algo está errado comigo?

-Você conhece a SOP? Síndrome do Ovário Policístico?

-Não... – Disse já com o coração falhando uma batida.

-Ela funciona assim Katy- Ela diz enquanto me mostra alguns folhetos. – Todo mês uma mulher libera um óvulo. Quando acontece a ovulação, um folículo ovariano que a mulher já nasce amadurece e entrega esse gameta. O óvulo deve ser disponibilizado para ser fecundado para que ocorra a gravidez. Porém quando o folículo não consegue liberar o óvulo. Quando isso ocorre o líquido permanece dentro dele, e um cisto folicular é formado. Também a casos em que o óvulo é liberado, mas ainda sim um cisto é formado. Esse pequeno cisto, pode ter uma pequena quantidade de sangue ao seu redor.

-E... – Pergunto totalmente desinquieta.

-Quando os cistos são formados, eles alteram consideravelmente o tamanho dos ovários. Isso pode afetar a formação de novos óvulos e toda a fertilidade da mulher. Não se tem uma causa muito clara, porém acreditamos ser uma causa genética.

-Isso significa que eu não posso engravidar? Que eu tenho essa síndrome? – Pergunto segurando minhas lágrimas.

-Sim querida... No momento você tem vários desses cistos. O risco de você sofrer um aborto espontâneo nos primeiros meses de gravidez é grande. E isso pode ser perigoso pra você. Isso tem tratamento, mas vai ser bem mais difícil para você engravidar. Toda essa alteração em seu ciclo, afeta sua fertilidade. Mas isso não é um não definitivo. Temos várias opções de tratamento. Podemos começar com um anticoncepcional agora. Sei que você quer muito ser mãe Katy, mas você terá que adiar esse sonho um pouco. O importante agora é iniciarmos esse tratamento. – Ela diz enquanto me entrega o papel com o resultado do meu exame.

-Com licença. – Digo me levantando, com o papel ainda em mãos. Saio do consultório me sentindo totalmente desnorteada com tudo o que ela me disse. Entro em meu carro, encostando minha cabeça no volante do meu carro. Demoro a raciocinar novamente, a entender o que realmente esta acontecendo. Quando menos espero, um soluço involuntário vem carregado de lágrimas. Fico pensando na reação de Zac quando ele me pedir um filho, e eu tiver que contar. Talvez eu deva esconder, e dizer que não estou pronta para ser mãe... Não... Isso não é o tipo de coisa que deve ser escondido. Enxugo minhas lágrimas que caem continuamente, e saio com o carro. Minha cabeça viaja por várias desculpas para que possa dar a Zac. Quando o medo da rejeição bate em mim novamente, não consigo segurar o choro. Preciso contar... Ele precisa saber... Talvez ele desista do casamento... Ele pode precisar disso... Quando me dou conta estou parada na frente da construtora. Olho para o prédio que é um sonho realizado, e penso em outros sonhos que não poderei realizar. Respiro fundo enxugando minhas lágrimas e me forço a subir até minha sala. Encontro-me totalmente perdida. Totalmente sem rumo. Aviso a Estela que cancele todos meus compromissos, já que o principal deles eu cancelei. E fico grata por isso, não tenho clima para ver meu melhor amigo, e sua família. Sua querida irmã... Ando até o banheiro, com o papel do exame em minhas mãos... Analiso o papel com cada detalhe da minha futilidade, e quando leio o enunciado que diz baixa probabilidade de gravidez, desabo no chão em lágrimas, discando o primeiro número que vem em minha agenda... Ele precisa saber... Ele não merece ficar sem saber disso... Quando escuto a voz de quem faz meus dias melhores, a realidade pesa, e não consigo segurar as lágrimas...

ZAC

Katy soluça de tanto chorar ao meu lado. Quando leio sobre a baixa probabilidade de gravidez, minha ficha cai definitivamente. A frase ecoa por minha mente, como um eco irritante, perturbador. Olho para minha menina tão arrasa, e a puxo para meus braços enquanto tento consolá-la.

-Hey... Está tudo bem, calma! Shiii... – Digo segurando a angústia em meu peito.

-Desculpas... – Ela repete incansavelmente. Ficamos um bom tempo em silêncio, enquanto suas lágrimas copiosamente caem. Não sei o que dizer nesse momento. Imagens de um pequeno bebe em meu colo, uma mini Katy correndo pela casa parecem ficar cada vez mais distantes. Respiro fundo, ignorando a pontada de dor que cresce em meu peito...

-Katy, porque fez exames? Está tudo bem com você amor? – Pergunto tentando entender o que fez com que ela fosse atrás desses exames. Ela me olha com os olhos inchados e vermelhos. Com o polegar enxugo uma lágrima teimosa que cai de seu rosto vermelho. Ela encosta sua cabeça em meu peito e começa a falar.

-Algumas semanas atrás Lucy me contou que você disse a ela que sonha em ser pai... Nunca falamos sobre esse assunto, mas quis estar preparada para quando o assunto viesse à tona. Queria já saber se estava tudo certo comigo... E o final você já sabe. – Ela diz fungando, e sei que segura o choro. Eu nunca fiquei bravo por Lucy ser tão tagarela... Até agora. Lembro que disse a ela que não queria pressionar Katy com esse assunto...

-E porque não me contou? Não pediu que fosse junto com você nos exames Katy? – Digo tentando esconder o quanto estou irritado.

-Não contei a ninguém. Nem mesmo a Lucy... – Ela diz tão baixo que quase não compreendo.

-Pensei que entre nós não haveria segredos Katy. Vamos nos casar em breve não quero que faça as coisas escondidos. Tem noção do quanto me deixou assustado quando me ligou? Eu nunca... Nunca senti tanto medo na vida... Não precisamos de segredos entre nós. Vamos nos casar esqueceu? – Pergunto enquanto deposito um beijo no topo de sua cabeça.

-Eu vou entender se você não quiser mais casar comigo... Eu não sou mais tão suficiente para você... Tem algo muito importante, que você quer muito, e talvez eu não possa te dar... A Dra. Foi bem clara Zac... Se eu engravidar as chances de um aborto são grandes... E a dificuldade em engravidar é maior ainda... – Ela diz enquanto suas lágrimas voltam com força.

-Está brincando? – Digo levantando seu rosto, forçando nosso contato visual. – Você só pode estar ficando louca Katy! Nada nem ninguém vão fazer com que eu desista do nosso casamento. Eu amo você por que você é Katy, amo cada detalhe seu cada pedacinho seu... E sabemos que isso tem tratamento, temos várias outras opções também... Não quero que se sinta pressionada, algo assim... Disse isso a Lucy... Mas ela não sabe segurar a língua na boca...

-Não fique bravo com ela... Ela não fez por mal... Acho que ela me conhecesse o suficiente para saber que iria programar tudo...

-Foi exatamente por isso que não falei nada a você... Quis esperar o momento certo, sentir que você estava preparada para isso... Tudo o que mais quero Katy é me casar com você... É passar cada dia da minha vida ao seu lado... Eu amo você Katy... Eu amo você... – Digo enquanto beijo seus lábios inchados por conta do choro.

-Eu também te amo Zac... – Ela diz me abraçando forte. –Isso pode ficar entre mim e você? Não é algo que eu queira compartilhar...

-Claro meu amor... Talvez seja bom você compartilhar com a Lucy... Sei que ela se importa com você também... E não se preocupe em relação a esse assunto. Não é nossa prioridade agora... – Digo sem saber se estou convencendo Katy, ou a mim.

-Tudo bem... – Ela diz com a voz triste, partindo meu coração.

-O que você acha de irmos para casa? Está uma situação esquisita, nós dois sentados no chão do banheiro... – Consigo por fim, tirar um sorriso seu... Sei o quanto ela se esforça por ele. Passamos em sua sala para que ela pegue sua bolsa. Ela reluta um pouco dizendo para irmos cada um com o seu carro, mas sei que tudo é para ela ficar sozinha, coisa que não vou deixar. Depois de suborná-la com a promessa de um almoço na fazenda com que reatamos a convenço ir a meu carro. Durante todo o trajeto ela se mantém em silêncio, com o olhar perdido sobre a janela. Uma parte de mim agradece pelo silêncio... Pois não sei quais palavras usar. Sempre quis ser pai... Sempre quis ser o que não tive... Recordo-me da conversa com Gal sobre filhos... Foi horas a trás, mas de repente ela parece ter sido tão distante...

-Chegamos... Você precisa descansar um pouco... O que acha de ir dormir na fazenda hoje? Sei que você gosta de lá, podemos ir pra lá pra você se distrair um pouco.

-Adorei a ideia... – Ela diz sorrindo, porém deixando aparente sua tristeza. Entramos em sua casa, não deixando passar batido o detalhe do carro de Lucy estar estacionado em frente. Estou chateado com ela, embora saiba que ela não tenha falado por mal. Katy sobe diretamente para seu quarto e ainda em silêncio toma um banho rápido. Faço algumas ligações, cancelando uma reunião que teria um pouco mais tarde. Deito ao lado de Katy que rapidamente se aninha em meus braços. Suas lágrimas voltam a cair silenciosamente, e eu a abraço forte enquanto acaricio seus cabelos, e sussurro o quanto a amo. Um tempo depois vejo que sua respiração cessa, e a vejo dormindo. Dessa vez são as minhas lágrimas que caem. Sinto em meu peito, que o que mais dói é o fato dela dizer que não é mais o suficiente para mim... Eu a amo tanto... Amo muito mais do que ela possa imaginar... Pego seu notebook que está sobre o criado mudo ao lado de sua cama, e sorrio enxugando minhas lágrimas quando vejo nossa foto de ainda adolescentes em destaque em seu computador.Não sabia que ela ainda tinha essas fotos. Começo a pesquisar sobre o assunto. Vejo o relato de várias mulheres que conseguiram engravidar e isso me conforta um pouco. Algumas relatam o aborto... E não consigo imaginar a carga emocional que isso pode trazer... Decido que irei convencer Katy a ir a outro médico juntos para poder ter outra opinião sobre o assunto. Deixo o notebook de lado, descendo até a cozinha para tomar um remédio para dor de cabeça. Sinto-me exausto, totalmente exaurido... Assim que entro na cozinha, o celular toca em meu bolso e vejo o nome de Gal na tela. Recordo que a deixei no meio da loja sem explicar o que aconteceu.

-Zac querido! Estou preocupada, Katy está bem? Está tudo bem? – Ela pergunta com a preocupação evidente em sua voz.

-Vai ficar mãe... Eu explico a você depois, é algo bem mais complexo para explicar por telefone.

-Mais é algo de saúde filho? Ela está bem mesmo? Onde vocês estão?

-Bom... Estamos na casa dela, mas vou levá-la para fazenda daqui a pouco... Ela por conta própria procurou um médico e descobriu ter certo problema para engravidar... – Digo sentindo os olhos arderem...

-É o que? – Lucy diz me assustando.

-Filho... Eu não sei o que te dizer... Precisamos conversar... – Ela diz e sei o quanto está triste.

-Eu passo ai depois. Preciso desligar mãe. Beijo... – Digo desligando sem dar tempo para que ela responda. –Virou um fantasma agora? – Não consigo esconder que ainda estou irritado com ela. Ela me olha revirando os olhos.

-Eu moro aqui, se esqueceu? O que você disse sobre a Katy? – Pergunta afobada e preocupada.

-Você ouviu Lucy... Graças a sua boca grande, Katy decidiu por conta procurar um médico e descobriu que tem uma síndrome do ovário policístico... Descobriu isso tudo sozinha...

-Eu não contei por mal Zac... Eu jamais iria querer o mal para Katy... Entramos no assunto sobre filhos, crianças e comentei somente isso... Você deveria saber que jamais desejaria mal a ela. – Ela diz com os olhos emocionados, e me arrependo pela forma com que falei...

-Desculpe... Só fiquei arrasado... Você não sabe o estado em que ela estava quando a encontrei... É só... Muita coisa... Tento sempre proteger ela de tudo, mas tem coisas que infelizmente não tem jeito... – Olho para ela que ajusta a camisa larga que deduzo ser de Steven, e vem em minha direção me dando um abraço rápido.

-Eu sinto muito... Vou falar com ela... Ela precisa de mim... E uma observação Zac... Katy é forte, não é do tipo que quer ser poupada, sempre vai ter algo que você não irá conseguir fazer por ela... E é isso que faz ser quem é, aquela rocha de fortaleza...

-Ela está descansando... Vou levar ela para a fazenda depois, para que ela possa se distrair um pouco e não se culpar tanto... – Digo ignorando suas palavras, com meu lado protetor dizendo o quanto sempre vai proteger Katy.

-Ela ama aquele lugar... Vai ser bom para ela... Mas ainda sim quero falar com ela quando ela acordar... Você pode me chamar antes de sair?

-Se não estiver atrapalhando seu romance chamo sim... – Digo rindo indicando a camiseta duas vezes maior que ela.

-Cala boca Zac... – Ela diz com um sorriso bobo. – Estava tão feliz, agora estou preocupada com Katy...

-Ela vai ficar bem... Você mesma disse, ela é forte... – Ela me olha, enquanto meus olhos começam a me trair novamente...

-E você é forte? - Ela me pergunta vindo me abraçar novamente. Eu a olho, e então lágrimas silenciosas caem dos meus olhos, fazendo eu abraçar forte, esse ser detestável e tão amável em minha frente...

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