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Capítulo 28 Perdão

STEVEN

Tenho minha mãe em meus braços enquanto ela soluça de tanto chorar. Sinto sua tristeza, e me preocupo com Hanna. Ela parece em choque desde que recebemos a notícia. Alex se trancou em seu antigo quarto e desde então, não saiu de lá. Hanna me olha enquanto minha mãe chora, e vejo em seus olhos a preocupação que ela tem com a nossa mãe. Sinto o peso do mundo em minhas costas. Tenho a sensação de que voltamos a ser criança, e vejo Hanna e Alex com medo de levar bronca dos nossos pais. Era sempre assim. Eu sempre cobria as travessuras deles, sempre tentava protege-los. Eles pareciam mil vezes mais pequenos do que realmente eram. Crianças com os olhos assustados, completamente indefesos, esperando que o irmão mais velho os protegesse. Por um segundo repenso a minha super proteção. Alex cresceu frustrado, Hanna precisou ser internada, e Lucy... enfim quis protegê-la de ser destruída, e quem acabou destruído fui eu. Meu peito lateja de vontade de tê-la aqui comigo, de sentir o seu cheiro, de ter um abraço seu.

-Steven... Ela dormiu... - Hanna me avisa, ainda com os olhos assustados parecendo uma menina indefesa. Deito minha mãe em sua cama e meu coração se comprime no peito com a tristeza em seu semblante. Hanna joga um cobertor sobre ela, e ainda parece estática sem reação.

-Você está bem? - Pergunto a ela ainda sem saber como reagir com ela. Melhoramos nossa relação, mais ainda sim, não somos tão próximos. E não sei se um dia ela irá conseguir recuperar a minha confiança.

-Vou ficar... - Ela diz com a voz baixa e triste. Aceno positivamente a ela, e saio do quarto a procura de Alex. Quando chego em seu antigo quarto, o vejo sentado sobre a cama, com a cabeça abaixada entre as pernas, enquanto as chacoalham, nervoso. Exatamente como era quando criança.

-Alex você está bem? - Pergunto enquanto me sento próximo a ele em sua cama.

-Você tem a chance de reformular a sua pergunta.

-Hey qual é cara! Eu estou aqui, sou seu irmão.

-Nosso pai acabou de falecer, como você acha que estou? - Ele pergunta e vejo seus olhos vermelhos, por conta das lágrimas.

-Eu sei que você não está feliz, eu perguntei se você está bem. - Ele me olha revirando os olhos. -O que houve com você Alex durante todo esse tempo? Cara é hora de nós se unirmos, darmos forças para nossa mãe, e não se trancar dentro de um quarto. A sua dor é a mesma minha, é a mesma que a da Hanna a da Katy e a da nossa mãe Alex!

-Eu até entendo, mais não mencione a Katy nisso. Ela só se preocupa com ela. - Olho pra ele tentando entender o que o tem chateado. E não consigo entender.

-O que houve com você Alex? Você era o melhor amigo dela, vivam grudados, porque se afastou tanto dela assim? - Ele me olha e vejo raiva em seus olhos.

-Katy é uma egoísta Steven. Mas fique tranquilo, já avisei a ela sobre o nosso pai. - Ele diz dando ênfase na palavra pai. - Talvez ela nem venha, deve estar ocupada com sua empresa e o Zac, mas quem sem importa não é?

-O que houve com você? Porque tanta raiva quando se trata dela? Você sabe o quanto ela ama você e se preocupa com você, com Becky e com a Rosie? Eu sério, não entendo você. - Ele me olha fazendo sinal de negativo com a cabeça.

-Não houve nada. Simplesmente nada. - Olho para ele o encorajando a falar. Ele abre a boca, tropeça nas palavras até que por fim começa a falar.

-Eu... Bom... Eu nunca a esqueci Steven. Por um tempo eu achei que estivesse me apaixonando pela Rosie, quando Becky nasceu achei que enfim amava Rosie, mas... mas com o tempo ela sempre esteve lá... Sempre me assombrava, estava em meus sonhos. E quando ela e Zac por fim não reataram eu tive esperanças. Por um bom tempo achei que ela fosse se apaixonar por mim novamente, mas nada... Ela namorou até aquele nerd sem graça, mas nunca se importou comigo, e olha que dediquei a minha vida a ela, recusei a bolsa da faculdade por ela. Mas ela nunca se importou com isso, nunca viu nada do que fiz por ela. E eu guardei esse sentimento por tanto tempo, sufoquei por tanto tempo, vivi infeliz todos esses anos. Rosie e eu só estamos juntos pela Becky, mas não dormimos mais juntos nem dividimos o mesmo quarto. E quando encontro ela, ela está com ele novamente... Você consegue entender como isso é frustrante! Vai muito além da raiva Steven... muito...

-Alex... - Digo a ele completamente surpreso. - Você acha que ela tinha que ficar com você pelas coisas que fez pra ela? - Solto um riso nervoso. - Ela sempre foi sincera com você Alex, sempre. Você se frustrou com você mesmo e esta jogando a culpa para cima dela! Isso é ridículo!

-Não tem nada de ridículo Steven... Não fui para a faculdade para ficar com ela, Rosie e eu ficamos juntos por causa dela, tudo foi porque eu gostei dela, porque sempre me dediquei a ela, agora olha só onde estamos.

-Você esta sendo um babaca Alex! Não acredito que estou ouvindo isso!

-Vocês ficaram não foi? Eu esperei muito tempo pra vocês se assumirem... - Ele diz e por um segundo consigo entender o porque de sempre ele ter sido tão rude comigo e com Katy.

-Cara... Eu amo a Katy. Amo. Amo a força dela, a dedicação, a preocupação que ela tem com quem ela gosta. A proteção sem sufocar dela. Conheço seu jeito e suas manias, assim como ela conhece as minhas. Dedicamos muitos anos da nossa vida um pelo outro. E eu a amo sim Alex, mas nunca ficamos juntos. Eu a amo como irmão, ela tem sido meu apoio minha força em tudo, ela nunca desistiu de mim assim como você e nossos pais. Ela sempre me apoiou, me incentivou, e eu devo a ela o que sou. A minha estabilidade hoje,  quem eu sou, tudo isso eu devo a ela, por sempre ter me apoiado. Mas não a amo como mulher, isso não. Poderia ficar horas falando sobre ela e o quanto a admiro, mas não a amo como você esta imaginando! Porque nunca me disse isso? Nunca me perguntou sobre isso?

-É tudo complicado demais... E você bom, sempre esteve ao lado dela, só estava esperando o dia que vocês assumissem que estavam juntos... Até que descobri que ela voltou com aquele babaca do Zac...  Só estou esperando ele largar dela novamente, e a deixar acabada novamente. Ela não entende que escolhendo ele, ela abandonou a todos. Destruiu minha vida, a nossa família, olha tudo o que aconteceu com Hanna? Ela não sente nem uma pontada de remorso. 

-Vou ignorar essa parte, ela não sente porque ela não tem que sentir, quem tem que sentir isso é a Hanna..., mas enfim, você sabe que a Katy e o Zac vão se casar, não é? - Ele acena positivamente dizendo que Hanna contou a ele. - Eu entendo o seu lado, mais Alex, Katy sofreu muito. Ela nunca deixou de amar o Zac, ela se trancou dentro de si, se fechou para o mundo de uma forma que me deixou por muito tempo preocupado. Ela só trabalhava trabalha e trabalhava, ela sofreu muito Alex, merece estar feliz agora. Eu entendo o seu lado, mas ela precisa do seu apoio, e não da sua raiva. E se você sente alguma coisa por ela, você tem que estar feliz por ela. Se eu visse a Lucy feliz, mesmo que não fosse comigo, eu me sentiria bem, porque por mais que eu a ame, tudo o que eu quero é ver ela feliz... -

-Eu imaginei mesmo que você estava de quatro pela irmã dela, parecendo um cachorrinho... - Ele diz dando um sorriso forçado, mais sei que só está mudando de assunto. E não nego que fico preocupado com tanto sentimento ruim em relação a Katy. Dou um tapa em seu ombro de brincadeira, o puxando para um abraço e me dou conta de quanto tempo não abraço o meu irmão.

-Senti sua falta... - Ele diz

-Eu também... Precisamos ser fortes agora, Hanna e a nossa mãe precisa da gente... Somos os Trampells cara... - Digo a ele tentando soar forte, ignorando lá no fundo do meu peito, o quanto me sinto triste, e o quanto me sinto sozinho...

KATY

Algum tempo depois chego a Forks com Lucy. O hotel me traz lembranças de toda a minha história com Zac. Do fim que tivemos, do tempo que ficamos separados e até mesmo o sentimento de solidão que senti quando fiquei hospedada aqui. Olhando para as paredes do hotel, faço uma pequena retrospectiva de tudo o que vivi em Forks. Sinto a nostalgia, quando lembro da primeira vez que vi a casa em que morei com meus pais, Alex, Hanna e Steven crianças. A perda horrorosa dos meus pais, e como me perdi e perdi tudo depois. Lembro do quanto sofri para enfim me reencontrar novamente. Lucy me olha como se estivesse tentando adivinhar em que estou pensando. Durante toda a viagem ela se manteve calada, desinquieta, porém, sem dizer uma palavra. Seus olhos refletiam a sua preocupação. Seu pensamento se mantém em Steven, e sinto vontade de bater nos dois, por ficarem fugindo do que sentem.

-Você está bem Lucy? - Pergunto a ela que me olha com o olhar de compaixão.

-E se ele não quiser me ver? - Sorrio segurando em suas mãos.

-Eu tenho certeza que ele precisa de você Lucy. - Ela me olha sorrindo de volta, e vejo esperança em seus olhos.

-E você... Está bem? Ele era como se fosse seu pai... - Repasso sua pergunta em minha cabeça. O Sr Greg realmente foi como um pai pra mim, se não fosse por ele por ter cuidado de todas as coisas que meu pai deixou, talvez não teria o que tenho hoje. O dinheiro que ele investiu e guardou por anos, foi a base para chegar onde cheguei hoje. Além disso ele teve um papel muito especial em minha vida. Um papel paterno sim, mais a minha confusão interior faz com que eu sinta que seja errado chorar por ele como se fosse meu pai, já que não tive a oportunidade de fazer isso por ele. Eu simplesmente acordei de um coma, e meus pais já não existiam mais. Foi como se tivesse sido puxada para outra dimensão, outro mundo, outra realidade. - Katy?

-Ah sim... Estou bem sim... - Digo a ela sacudindo a cabeça tentando dissipara nuvem de pensamentos confuso em minha mente. - Vou ir até a casa do Steven ver se ele precisa de algo, vamos? - Ela me olha receosa, confusa e diria que com um pouco de medo.

-Claro vamos sim, só vou deixar as malas em meu quarto e te espero lá fora. - Aceno positivamente pra ela, enquanto pego meu celular e envio uma mensagem para Zac avisando que já cheguei, ele rapidamente me responde avisando que já está a caminho. Espero por Lucy em frente ao hotel, ela não demora a chegar, e vamos para a casa de Steven. Dirijo o carro alugado me sentindo completamente confusa, e tendo o coração comprimido dentro do peito. Quando estaciono na frente da casa que um dia foi meu lar, meu coração se comprime ainda mais, e a nostalgia me atinge com força. Respiro fundo antes de sair do carro. Lucy me pega de surpresa quando aperta a minha mão, me passando força. Sinto ela tensa também com o reencontro com Steven. Quando toco a campainha, Steven abre me puxando tão forte para um abraço, que não consigo segurar o choro. Ele me abraça forte  fazendo com que eu me sinta protegida. A saudade que eu estava dele, chega a transbordar.

-Você está bem? Desculpa não ligar, fiquei preocupado com minha mãe. - Ele diz enquanto me aperta mais uma vez em seus braços.

-Está tudo bem, como você está? - Pergunto enquanto deposito um beijo em seu rosto. Meu coração se comprime ao ver o seu semblante cansado.

-Estou bem, só um pouco preocupado com a nossa mãe e Hanna. Ela parece petrificada, sem reação nenhuma. Alex está trancado no quarto a muito tempo.

-Vou falar com ele. - Digo a ele que me agradece. Ele olha para Lucy, que olha para ele com lágrima nos olhos, e então ele a puxa para um abraço. Eu os deixo a sós, indo até o antigo quarto de Alex. Eu o encontro sentado na cama, enquanto fala algo no celular, e imagino que esteja falando com Becky. Ele sinaliza para que eu entre. Noto seus olhos vermelhos e inchados, e sei que foi por conta do choro. Ele se levanta, me abraçando friamente.

-Você está bem? - Pergunto a ele segurando em sua mão, tentando encontrar algum vestígio do meu antigo melhor amigo.

-Não tenho outra alternativa, não é? - Ele diz enquanto dá de ombros.

-Eu sinto muito... Como ela está? - Pergunto me referindo a Sra Trampell.

-Ela está dormindo. Ficou muito nervosa e Hanna a medicou. Ela dormiu e preferimos deixa la descansar até o funeral ficar pronto.

-Eu vou esperar ela acordar para falar com ela então. Você precisa de algo? Já conversou com a Becky?

-Não, deixei essa tarefa para a Rosie, ela faz perguntas demais e eu acabaria me enrolando com a resposta. E ela era o xodó do meu pai então, não vai ser uma coisa fácil de contar.

-É eu imagino... Becky é inteligente demais para acreditar em qualquer coisa. - Digo tentando sorrir.

-Você não convive com ela há tanto tempo, acredito que não saiba mais como ela é. - Ele diz me pegando de surpresa, pela sua aspereza. - Onde está o seu noivinho?

-Alex, já chega! Lamento que nem mesmo uma situação como essa faça você amadurecer um pouco. Eu estou de saco cheio da sua arrogância, eu nunca te fiz nada, nunca te tratei mal, e me tratar mal é a unica coisa que você tem feio ao longo dos anos. Não vim aqui pra discutir com você, vim para te apoiar mas estou vendo que você não precisa de nada disso. - Estranho totalmente o seu comportamento. Sei que ele não tem sido uma pessoa fácil de lidar, porém em um momento como esse o que precisamos é de união. O deixo falando sozinho, saindo do seu quarto batendo a porta. Me encosto na porta, respirando fundo enquanto algumas lágrimas caem. Fico um tempo olhando para a porta que um dia já foi o meu quarto, e sei que Hanna está lá dentro. Considero a ideia de simplesmente ignorar e descer para encontrar com Steven e Lucy. Penso em tudo o que Hanna me fez, em toda a dor que me causou, porém sei a dor que é perder um pai, que é a dor que ela está sentindo agora. E por mais que ela tenha feito tudo aquilo comigo, ela estava ao meu lado quando meus pais se foram. Vou até a porta, dando duas batidinhas de leve e entrando. O quarto continua do mesmo jeito que a última vez que entrei aqui. Hanna está sentada na cama olhando pela janela, seu olhar esta do mesmo jeito que Steven falou. Ela não esboça reação nenhuma, totalmente indecifrável.

-Katy??- Ela pergunta assustada. Vou até ela deixando toda a mágoa de lado, e ela me abraça me pegando de surpresa. O que acontece depois me assusta ainda mais. Ela começa a tremer, e então a chorar.

-Hanna... - Digo assustada enquanto a vejo soluçar de tanto chorar. Percebo que ela guardou toda a sua dor, mas não entendo porque desabou quando me abraçou. Ela se acalma, e então volta a chorar novamente. Ela demora um bom tempo para se recompor, enquanto chora em meus braços. - Você está bem? Quer um copo de água, algo assim?

-Não... Desculpa... - Ela diz enquanto enxuga suas lágrimas. - Eu só acho que precisava de um abraço. A ficha não quer cair, eu não quero acreditar. Eu estou esperando a hora em que vou acordar e ver que tudo é só um pesadelo. Que ele ainda está aqui...

-Hey... tudo vai ficar bem, se acalme. - Digo segurando em suas mãos, que segura firme nas minhas. -Eu sei o quanto dói... Nossa, e como sei... Mas tudo vai melhorar, você precisa ser forte... Por você, pela sua mãe, pelo Alex e Steven...

-Por você também Katy, ele te amava como uma filha...

-Eu sei... Eu também o amava como um pai Hanna. Também está doendo em mim.

-Porque veio até aqui? No meu quarto? - Ela me olha com os olhos vermelhos por conta do choro. Eu a olho sem entender realmente a sua pergunta, ou a onde ela quis chegar. -Você me abraçou depois de tudo o que te fiz... Não esperava por isso...- Ela diz e vejo uma pontada de remorso em seus olhos vermelhos. Faço um lembrete de que a situação não é boa, mais ainda sim, é a Hanna, o que significa que tenho que tomar cuidado. Respiro fundo analisando a sua pergunta.

-Você realmente me fez muito mal Hanna. Me fez sofrer muito. Não machucou somente a mim, e sim pessoas que também a amavam. Mas acho que é hora de deixar tudo o que aconteceu no passado Hanna. Nunca vamos voltar a ser amigas, nada vai voltar a ser como era. Você mudou a minha visão do mundo. Por muito tempo perdi a confiança em toda a minha volta, por conta de tudo o que você fez. Não somos mais as mesmas pessoas de dez anos atrás. Eu não sou aquela Katy de anos atrás, e espero que você também não seja. Mas agora não é hora de pensar nisso tudo. A situação toda exige união, precisamos uns dos outros agora... Não é hora de guardar mágoa, rancor ou algo assim...

-Então quer dizer que você me perdoa? - Ela pergunta com lágrimas nos olhos. Abaixo a cabeça procurando não responder. - Ele havia me perdoado um pouco antes Katy... Há poucos dias nós voltamos a conversar normalmente, com nossas brincadeiras... E agora ele se foi... - Ela diz enquanto soluça novamente... - Eu não quero mais ter relação com aquela Hanna de antes Katy, eu me envergonho de tudo o que fiz, sinto repulsa de mim mesmo... Eu perdi um... Perdi muitas coisas, coisas que doem em minha alma, eu não quero perder mais ninguém em minha vida Katy... Você é importante pra mim, eu amo você e te machuquei, fui cruel... Mas se tem uma coisa que a morte do meu pai me ensinou, é que eu quero ser diferente, quero recomeçar a minha vida sem ser julgada pelos erros do passado... A culpa, o remorso me consomem dia após dia, eu perdi muito Katy, muito mais do que você pode imaginar. E a dor, ela é real, é quase física e ela sufoca.... -Ela diz enquanto as lágrimas rolam dos seus olhos... Durante muito tempo, é a primeira vez que vejo verdade em seu semblante.

-Eu já te perdoei Hanna... Há algum tempo atrás, eu precisei perdoar você para enfim me sentir livre... Você está perdoada... Já passou. Você precisa ser forte agora pela sua mãe, ela vai precisar de você... Alex também...

-Eu sei... E eu preciso de vocês... De você Katy... - Ela diz enquanto pega em minhas mãos e me puxa para um abraço. Não sei se é a situação toda em si, faz com que minhas lágrimas se juntem com as delas.

STEVEN

Sinto seu coração batendo na mesma velocidade que o meu. Quando sinto seu cheiro, sinto uma parte de toda a dor se dissolver em meu peito. A falta que eu estava sentindo dela, vinha me sufocando, mais fui orgulhoso o suficiente para não ligar pra ela.

-Você está bem? - Ela diz enquanto acaricia meu rosto com seu pequeno polegar. Coloco minha mão junto da sua, e acaricio o seu rosto, quando ela fecha seus olhos, eu não resisto. Me aproximo, colando nossos lábios. O beijo é intenso e cheio e cheio de significados. Além da saudade, ele deixa aflorar os sentimentos. Eu a amo, e Deus como amo essa anã irritante.

-Agora está... - Digo com minha testa sobre a dela. - Ainda estou triste, mais sua presença aqui aliviou um pouco de tudo o que estava sentindo. Será que podemos conversar Lucy?

-Não acho que seja o momento Steven, seu pai acabou de falecer, você deve estar com a cabeça cheia. - Ela só pode estar de brincadeira...

-Meu pai morreu Lucy, não eu. Eu sinto pela morte dele, na verdade não sei nem como me sentir em relação a ele. Prefiro me conformar que ele não está mais entre nós, do que o ver vegetando em um quarto, conectado a mil aparelhos, completamente infeliz, acordando e pensando, será que é hoje?

-Steven... Não é a hora de falarmos sobre isso Ok? Vim aqui para te apoiar, te ajudar, vamos conversar sobre isso depois. Você está sensível, acabou de perder o seu pai, não vim aqui para te cobrar algo, ou pedir alguma explicação, somente para te apoiar, ficar ao seu lado. Como bons amigos... - Analiso suas palavras, e aceno positivamente. Não vou desistir, mas ela tem razão, não é o momento certo. Tenho algumas coisas ainda para decidir, e me preocupo com a minha mãe. Ela vem até a mim, me dando um abraço apertado, enquanto seu celular toca, e ela me avisa que precisa atender. A deixo sozinha na sala, e vou a procura de Katy. Não chego a subir as escadas que dão acesso aos quartos, e encontro com ela sentada em um degrau, no meio da escada. Vejo seus olhos vermelhos e inchados de chorar e me sento ao seu lado. Ela encosta sua cabeça em meu ombro, e eu encosto a minha sobre a dela.

-Você lembra quando trocamos o creme de barbear dele por chantilly, achando que ele fosse ficar bravo, e na verdade ele riu dizendo que adorou, que deixou a pele do rosto bem macia, e sem coçar... - Ela me diz rindo, um riso que não chega a seus olhos, completamente triste.

-Como esquecer? Ele me deu um vidro de chantilly quando quis fazer a barba pela primeira vez – Digo devolvendo seu riso triste - Lembro de tanta coisa Katy... Mas ao mesmo tempo não lembro... Você viu a Hanna? - Pergunto a ela tomando cuidado para não a encher com esse assunto.

-Sim, nós conversamos, ela está bem... - Ela diz me pegando de surpresa.

-Vocês conversaram? Como assim? - Ela levanta a cabeça, e olha pra mim. Olha para a frente como se estivesse confusa, e então olha pra mim novamente. Seguro em sua mão, a encorajando a falar, assim como sempre fizemos nesses dez anos, um segurando a mão do outro, um apoiando ao outro.

-Ela me abraçou, começou a chorar... Me pediu perdão novamente. Eu queria conseguir dizer não Steven, queria sentir raiva dela, odiar ela..., mas não consigo, sei a dor que ela está enfrentando. Não foi fácil quando perdi meu pai, e ela me apoiou, me deu força. Mas não quero parecer fraca dando o meu perdão a ela. Não quero me sentir fraca, por ser capaz de perdoá-la por tudo o que me fez, ser capaz de abraçar a ela, e dar o conforto que ela precisa nesse momento... Tenho medo que ela tire proveito da situação, que me veja sempre como um alvo fácil, ou pense que estou sendo uma idiota... Queria que a situação toda não fosse tão infantil, tão hipócrita. Não quero que as pessoas pensem que sou fraca, fácil de tirar o proveito, mas não consigo ignorar a dor que ela está sentindo, e não me tocar sabe, dar as costas a ela, por mais cruel que ela foi comigo. Não quero perder minha fé nas pessoas novamente, você consegue entender?

-Fraca? Infantil? Você está brincando? Katy você perdoar ela, dar o conforto que ela precisa em um momento como esse, só mostra a raridade de ser humano que você é, só mostra como você é forte, e tem um coração generoso. As pessoas se aproveitarem de você, não é um defeito seu, e sim delas. Você é o ser humano mais forte que conheço Katy Morgan, você está deixando de lado sua dor, sua mágoa para se doar a dor do próximo, tem noção do quanto isso faz de você digna? O quanto isso é maduro? Eu tenho muito orgulho de ser seu amigo Katy, me sinto honrado em poder dividir a minha vida com você. Não se menospreze, não desacredite de você mesmo, você é incrível Katy! - Ela me abraça forte, enquanto chora. Beijo sua cabeça, e pela primeira vez desde a notícia da morte do meu pai, coloca pra fora a minha dor. Em soluços, coloco pra fora toda a mágoa que sinto, perdoando e me despedindo do meu pai... 



OLÁ MEUS AMORES TUDO BEM? PEÇO DESCULPAS PELA DEMORA EM ATUALIZAR, PARA RECOMPENSAR, FIZ UM CAPITULO BEEEM GRANDE! BEIJOS, BOA LEITURA! NÃO ESQUEÇAM DE DEIXAR A OPNIÃO DE VOCÊS, QUE É DE SUMA IMPORTÂNCIA PRA MIM! BEIJOS

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