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Três: Isaac Newton


"Deus, por favor, me ajude a não odiar aquele garoto. Eu sei que guardar ódio é errado em nosso coração, mas eu realmente gostaria de pedir forças ao Senhor para não acender um fósforo e jogar gasolina nele. É o que eu te peço, em nome de Jesus, amém."

Aquela foi a quarta oração que Maya fez naquele dia. Havia chegado sexta-feira, e ela realmente estava estressada por cinco motivos que estavam escritos em uma organizada lista. Outro fato importante sobre a garota? Ela era obcecada por listas.

Motivo número 1: Ela havia passado os últimos quatro dias se certificando de que não havia sobrado nenhum grão de terra nos cachos do seu cabelo.

Motivo número 2: Ela tentou dar o troco em Nicholas na terça feira planejando riscar o carro dele e desistiu de todo o plano vingativo nos últimos minutos porque lembrou que ela era de Jesus.

Motivo número 3: Ela ficou frustrada porque não se vingou e resolveu se entupir de chocolate assistindo sua série preferida, mas isso lhe causou uma enorme dor de barriga e ela defecou mais do que pudesse acreditar.

Motivo número 4: Nicholas não havia dado a resposta sobre como e onde seria o estudo nessa sexta-feira e ela era orgulhosa demais para ir atrás dele e perguntar.

Motivo número 5: Ela teria que escolher entre quebrar o orgulho e ganhar a bolsa de física tentando ajudar o idiota a passar de ano, ou largar tudo e ir vender miçangas.

— Você não vai vender miçangas. — Rebecca ri da amiga colocando a lista dela de lado, e comendo um grande pedaço do hambúrguer no refeitório do colégio. Maya morde o seu sanduíche natural com ovos e salada, e assente.

— Isso significa ter que ir atrás do Campbell, e isso não vai acontecer. Becca, coitada da vaca que foi parar no seu hambúrguer.

— É uma ótima vaca. — ela se lambuza na mordida e passa o guardanapo, tentando limpar todo o excesso de molho cheddar e ketchup que havia parado em seu rosto. — Não sei como consegue ser vegetariana, May.

— Eu sinto pena dos bichos, Bec.

— Eu também sinto, mas o que os olhos não veem o coração não sente. — ela dá de ombros e Maya sorri, achando graça do ponto de vista da amiga. Desde que ela viu um vídeo matando um boi, nunca mais conseguira olhar para uma carne da mesma forma.

— Bom dia, meninas. — Amber Stewart se senta na mesa com as duas, e joga o longo cabelo ruivo ondulado com babyliss para trás.

Suas sardas combinadas aos seus olhos castanhos esverdeados a faziam ser, além de uma das garotas mais populares do colégio, uma das mais bonitas, já que ser ruiva ultimamente estava na moda (o que não era realidade quando a mesma era pequena).

A cinco anos atrás, ela, Maya e Rebecca formavam o perfeito trio das garotinhas isoladas e "feias". Ambas eram inseparáveis. Mesmo contando com o fato de que Amber era meia-irmã de Jim, isso nunca interferiu na amizade delas. A única coisa que interferiu foi ela mesma.

— Ah, é você. Oi. — Becca responde de forma seca e desvia o olhar, voltando a focar em seu hambúrguer. Maya como sempre, sorri.

— Bom dia, como você está?

— Bem melhor longe da gente. — Becca interrompe e Maya belisca o braço da amiga por debaixo da mesa. — Ai!

— Estou bem May, obrigada por perguntar. — ela sorri de forma tímida e toma um pouco do seu suco diet fazendo um barulho irritante com o canudo. — Eu... eu só gostaria de, sei lá, marcar algo com vocês. Relembrar os velhos tempos.

— Só pode estar brincando. — Bec resmunga e revira os olhos.

— Seria muito legal, vamos marcar sim. — Maya sorri de forma doce.

— Ótimo, eu te mando uma mensagem. Aproveitando que eu estou aqui, May eu estou com dificuldades em química. Sabe como é, eu amo a professora Ruth, mas estequiometria está acabando com o meu cérebro.

— Ah, você ainda tem um? Eu jurava que ele havia sido queimado depois de tanta chapinha. — Rebecca diz e Amber suspira, voltando pela primeira vez o olhar para ela.

— Quanto tempo eu ainda tenho que esperar até você me perdoar, Becca? Eu estou realmente tentando.

— Eu não acredito em você.

— Eu te ajudo sim, Amber. — Maya responde tentando quebrar o clima estranho que se instaurou na mesa com as duas. — Só me passar suas dúvidas que eu te mando as questões que já respondi. É bem simples.

— Sabia que sempre podia contar com você, May. A propósito, gostei do cabelo, Bec. Combinou com você. — ela se levanta e volta a sentar na mesa Gossip girl, onde todas pareciam uma versão alternativa de Blair Waldorf.

— A vaca que deveria ir para o hambúrguer era ela. Falsa.

— Becca, que crueldade, não fale assim! Ela só estava sendo gentil.

— Tentando fazer você fazer o trabalho dela? Parece de ser boba, Maya. Ela só fala com a gente quando quer pedir algum favor.

— Isso não é verdade.

— Ah não? Desde que ela começou a se arrumar e a andar com as novas amizades fúteis a primeira coisa que ela fez foi nos ignorar. Eu ainda fui burra de correr atrás dela naquela época. Minha fase de ser trouxa já passou.

— Eu entendo você, mas não podemos guardar esse tipo de mágoa no coração.

— Falou a garota que disse a poucos minutos atrás que queria acender um fósforo em Nicholas Campbell.

— Com ele é diferente. — Maya morde um outro pedaço do seu sanduíche com raiva, e engole o suco de laranja de uma vez. — Você sabe tudo o que aquele garoto já fez comigo.

— Pelo menos fique satisfeita em saber que a vida deu o troco nele, ou melhor, a Bright. — Rebecca virou o rosto e ergueu as sobrancelhas em direção à mesa Gossip Girl. Ao lado de Amber, estava sentada Bright, com sua clássica franjinha e cabelo escuro. — Está sabendo que ela e Nicholas terminaram?

— Eu imaginei depois da cena aleatória da garota sentada no colo dele no início da semana. O que aconteceu?

— Ela colocou chifre nele com o capitão do time de Lacrosse, Bryan.

— Nossa. Coitado.

— Coitado? Tá vendo May, é isso que estou falando. Você consegue sentir pena até do Campbell. — Becca leva a mão a testa.

— Nós não devemos desejar aos outros o que não queremos a nós mesmos, Bec.

— Eu detesto discutir com você.

— Porque você sabe que eu sempre estou certa. — Maya sorri e abraça de lado a amiga, fazendo cócegas na barriga dela logo depois. — Eu amo você, pequeno projeto de coração de gelo.

— Também amo você. — ela sorri e depois encara o prato vazio em sua frente. — Você ficaria chateada se eu comesse mais uma vaca?


— Quem pode me dizer qual é o agente oxidante e o redutor desta reação? — a professora Ruth pergunta, e não se surpreende ao observar que a única que possuía a mão levantada para responder com um sorriso gigante no rosto era a sua aluna preferida. — Alguém mais além da Maya?

— O Isaac Newton? — o ruivo responde zoando com o grupo de amigos, e Ruth apenas respira fundo. Dá-me paciência, Deus.

— Não Jim, não é o Isaac Newton. Estamos tentando resolver esta reação de oxirredução. Maya, por favor, explique aos seus colegas. — ela respira cansada e se senta na cadeira, sentindo seus pés doerem devido ao salto. A garota sorriu de forma ainda mais larga, e respondeu sentindo orgulho de si mesma por ter estudado o assunto com tanto afinco na noite anterior.

— Numa reação de oxirredução, há a transferência de elétrons entre duas espécies químicas. O agente redutor perde elétrons e provoca a redução de outras espécies químicas na reação, e diante disso, seu número de oxidação, chamado de Nox, aumenta. Desse modo, pode-se dizer que a espécie que sofre a oxidação em uma reação também é o agente redutor. Já o agente oxidante ganha elétrons, sendo a substância que é reduzida durante uma reação de oxirredução. Sendo assim, o agente oxidante é responsável por causar a oxidação de outra espécie química. Devido a esse fato, seu número de oxidação diminui.

— An? — os outros garotos do fundo a interromperam e continuaram rindo. A garota os ignorou e continuou.

— Respondendo à pergunta da professora, nesse caso, após o cálculo do Nox podemos ver que o gás flúor irá agir como a substância oxidante, e a água como redutora.

— Perfeito, Maya, obrigada. — a professora Ruth sorri orgulhosa e se levanta, apagando o quadro. O sinal toca. — Não se esqueçam de me entregar as atividades de estequiometria até o final da unidade. Estão liberados.

— Glória Deus. — alguém gritou e em um recorde de 10 segundos não havia sobrado mais nenhum aluno na sala além de Maya, que arrumava com cuidado o livro e o caderno na mochila para não amassar.

— A aula de hoje foi ótima, Tia Ruth. — ela se vira para a professora e sorri, antes de sair.

— Eu que tenho que te dar os parabéns, mocinha. Fiquei sabendo no conselho que o colégio irá pagar pelo seu curso de física avançada com as suas aulas de monitoria. Estou tão orgulhosa.

— Ah, eu sei. É uma ótima oportunidade sim. — ela sorri fraco.

— Que desânimo é esse? Não foi essa a reação que eu esperava.

— É que eu tenho que dar monitoria justamente pro garoto que mais me odeia da escola. Estava realmente pensando em desistir...

— Ei, o que é isso? — ela apoia as mãos no ombro da garota e ergue a cabeça dela, que estava abaixada. — Desde quando desistir está em seu vocabulário? Sabe como esse curso irá ser importante para você conseguir uma bolsa em uma boa universidade?

— Eu sei, mas...

— Não tem mais. Desde que a conheci, você me disse que seu sonho era entrar em Harvard, e eu acredito em você. Você tem capacidade, Maya. Lembra de quanto lhe contei que na minha época eu era a única negra na minha turma da faculdade?

— Lembro sim. — ela sorriu e ajeitou a mochila nos ombros. — Eu nem chego aos seus pés, tia Ruth.

— Com certeza não, você chega muito mais alto. — ela beija o topo da cabeça da garota, e a olha com carinho. — Nunca duvide de você. Não importa o quão difícil seja dar aulas a esse garoto, dê o seu melhor, e confie em Deus que tudo dará certo.

— Obrigada. — ela abraça a professora, e se vira para sair da sala mais confiante. Ruth sempre foi o exemplo mais próximo de mãe que Maya pudesse conhecer. A relação das duas sempre foi mais do que meramente aluna e professora.

Desde que a garota começara a se interessar por química, pouco antes de se apaixonar intensamente pela física, Ruth começara a incentivar nos estudos e até a dava aulas extras em casa. Com seus 40 anos, viúva e sem filhos, ela adotara Maya em seu coração, e acabara ganhando uma outra pessoa no pacote.

— Mande um oi para o seu pai.

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