Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Dezesseis: Compatibilidade


"Você é a garota mais linda que eu já vi." Maya repassou essa frase por, pelo menos, 48 vezes ao longo do restante do dia, e da noite. Sem saber porque, ela abriu a conversa dela e de Nicholas e o viu online, por vários momentos do dia.

Ele não mandou nenhuma mensagem. Porque ele mandaria? Nada demais havia acontecido. Ele não ia beijá-la de verdade. Ele apenas estava dizendo o que achou que Scoot diria, ela se convenceu.

Era óbvio que Nicholas não a achava bonita dessa forma. Ele sempre zombava das roupas que ela vestia e das cores que nunca combinavam. Era isso. Uma ajuda. Uma ajuda de um amigo. Maya colocou o travesseiro no rosto, e respirou fundo. Então porque ele falara com tanta convicção?

Nicholas, do outro lado da cidade, quis jogar o celular na parede. Ele tinha que encontrar uma solução. Devia ter outras monitoras na escola, não é? Não era possível que só possuísse Maya. Era isso.

Segunda feira ele iria à escola e pediria outra pessoa para ajudá-lo nas próximas provas. Resolvido. Solucionado. Nick se jogou na cama, e respirou fundo. Será que existia alguém que ensinasse tão bem quanto ela?

Os dois tentaram esquecer, cada um à sua maneira, o que havia acontecido. Maya foi dormir na casa de Rebecca, e Nicholas foi jogar vídeo game de novo na casa de Jim. Quando o fatídico dia chegou, ambos se ocuparam com afazeres distintos.

A garota passou a tarde hidratando o cabelo, e Nick foi em busca de um novo violão para comprar. Às 18:00, o alarme tocou e uma mensagem de Scoot chegou ao celular de Maya.

— "Cheguei May. Estou te esperando aqui fora."

O coração da garota acelerou. Terminando às pressas a maquiagem, Maya fechou a última alça do macacão jeans e se olhou no espelho. Seus cachos estavam definidos apesar do volume, sua blusa bege de manga longa não havia a deixado tão simples pelos pequenos detalhes de strass que possuía, e o colar que ela colocou no pescoço deu o toque final.

Era um colar com um pingente dourado em formato de estrela, presente de seu pai em seu aniversário de 10 anos, quando ele havia a chamado pela primeira vez de estrelinha. Era a única peça de ouro que ela possuía.

Pegando o celular sentindo a garganta seca, Maya correu e mandou uma foto para Becca. Em segundos, ela respondeu.

"Você vai com esse macacão?"

— "Eu gosto dele. É só um cinema, não dava para ir arrumada demais." — Maya digitou e desceu as escadas, ouvindo o gato miar.

— Pai, estou saindo! — ela gritou, vendo o grande Sam a olhar de cima a baixo em frente à televisão.

— Então você vai ao cinema. — ele se levantou do sofá, cruzando os braços com um semblante fechado. — Com um garoto.

— Eu já disse pai, vou com o Scoot! O senhor o conhece desde pequeno, disse que não havia problema. Ele já está lá fora esperando.

— E porque ele não entrou e me pediu para sair com você? — Samuel se aproximou da filha, se sentindo impotente. Maya já possuía 17 anos, e nunca dera trabalho. Ele tinha que confiar nela.

— Porque.... — ela tentou se explicar e viu a mensagem de Becca.

— "Tem razão. Você está linda. Sempre está. Não fique nervosa, e não coma muita pipoca para não entrar no dente. Coloque uma bala na boca quando o filme acabar, só por garantia, e me ligue para contar todos os detalhes quando chegar. Beijos."

— Porque...? — seu pai a perguntou, vendo-a digitar. Era impossível conseguir a atenção de um adolescente hoje em dia.

— Pai, eu não sei, ninguém mais faz isso hoje. O senhor o conhece, eu volto logo.

— Nove horas, Maya! Seu horário para estar em casa.

— Eu estarei. — ela fica na ponta dos pés, e dá um beijo no rosto do pai. Samuel permanece com a cara fechada. — Te amo.

— Também amo você. — ele se vira, vendo a filha abrir a porta. — Ei!

— Oi.

— Avise a ele que se ele quiser sair com você da próxima vez, que tenha coragem para entrar e falar comigo, só assim irei respeitá-lo. Não importa se ele é filho do pastor John ou do presidente dos Estados Unidos. Eu não me importo se os tempos mudaram. Se ele gosta mesmo de você, não será um problema.

— Tudo bem pai, eu aviso. — Maya mentiu, fechando a porta.

Bom, não era totalmente mentira. Ela diria. Um dia. No futuro. Era claro que ela não falaria isso hoje ao Scoot! O que ele iria pensar? Era só um primeiro encontro. O pai dela certamente estava exagerando.

A garota se aproximou do carro estacionado, e Scoot desceu abrindo a porta. Os dois sorriram. O loiro deu um beijo na bochecha dela dizendo que ela estava muito bonita, e ela entrou no carro. Ambos estavam nervosos, e se deixaram levar por conversas banais no caminho até o cinema.

Quando chegaram, Maya percebeu o quanto a ajuda de Nicholas havia sido necessária quando o garoto começou a falar incessantemente dos outros filmes da Marvel.

Como um cavalheiro, Scoot pagou os ingressos e comprou o maior balde de pipoca do cinema, junto com refrigerante e uns doces. Assim, eles entraram na sala escura, em duas cadeiras no meio da fileira.

Maya respirou fundo, e sentiu suas mãos suarem. Ele está tão bonito. E se ele a quisesse beijar durante o filme? Ela não havia pensado nisso. Ao lado, um casal de namorados se atacou e o rapaz entrou com a mão na saia da menina, fazendo Maya arregalar os olhos.

Ela não estava mesmo preparada para aquilo. O barulho do telão ressoou a assustando, e os trailers começaram. Scoot sorriu.

Ia dar tudo certo!

— Tenho que admitir, foi um bom filme. — Maya sorriu olhando para Scoot.

Havia mesmo dado tudo certo. O máximo de contato que ele fez foi colocar de forma disfarçada o braço ao redor dela, e conversar ao longo de cada cena. Ela havia relaxado e se divertido. Ele realmente era tudo aquilo que ela sempre imaginou.

— Calma, não levanta, tem os pós créditos, esqueceu? — ele segurou a mão dela a impedindo de levantar, e um arrepio percorreu seu braço.

— Oh, eu sempre esqueço. — ela sorriu, ainda sem coragem de admitir que só havia assistido um filme e meio de toda a franquia, e que ela não havia reparado que depois dos créditos havia mais alguma cena. Nicholas havia se esquecido de contar esse detalhe. Os dois olharam para a frente, e encararam as letras subindo no telão.

— Do que você gosta? — Scoot perguntou, vendo-a olhar e sorrir. — Em três palavras.

— Física, gatos e crianças. — ela respondeu depois de pensar, e o viu gargalhar.

— Então somos bem compatíveis. — ele disse e ela sorriu. Ela sempre soube que eles eram.

— Você já mandou sua carta para uma universidade? Eu lembro que você queria fazer engenharia.

— Ainda quero. — ele assentiu. — Mandei para Harvard, Yale e Princeton. Não acredito que você ainda lembre. Conversamos sobre isso a... 5 anos atrás?

— No dia do congresso da igreja. — os dois falaram juntos e sorriram.

— Eu realmente não acredito que demorei tanto tempo pra te chamar pra sair. — Scoot confessou, admirando-a de lado. Maya sentiu o coração se acelerar, e voltou a olhar para ele.

— Eu também não. — ela soltou sem pensar, e o viu arquear as sobrancelhas. — Quer dizer...

— Ei, vocês, parem de conversar! — um idoso gritou atrás deles, fazendo-os segurar a risada. Os pós créditos começaram, e os dois assistiram, de mãos dadas.

Quando a cena acabou, Maya disse que ia ao banheiro, e lá ela olhou por dois minutos se tinha algum milho de pipoca no dente. Ela estava tão nervosa que mal conseguia respirar. O primeiro beijo dela estava próximo. Com o garoto que ela sempre sonhou.

Tirando o gloss rosado da bolsa, ela passou na boca e depois tirou com papel toalha quando pensou que a boca dela poderia ficar grudenta. Eu devia ter trazido um batom para retocar no lugar do gloss, agora já era. Não tem porque surtar, Maya, ela se convenceu, saindo do lavabo e indo em direção à Scoot, que aguardava na porta do cinema.

— Oi. — ela disse quando voltou, sentindo cada célula do seu corpo em completo desespero. Scoot sorriu.

— Eu estaria indo rápido demais se já quisesse marcar um próximo encontro? — ele segurou na mão dela, e os dois viram o último grupo de pessoas sair do cinema. Maya suspirou. Ele é perfeito.

— Definitivamente não.

— Eu pensei em irmos em um restaurante que conheço, não é longe e serve um ótimo churrasco.

— Oh... — Maya piscou, com as palavras entaladas na garganta. Scoot não sabia que ela não comia carne.

Sem tempo para processar a resposta, e sem aviso, o garoto tocou o rosto dela e se aproximou, olhando para a boca dela. Tudo veio como uma espécie de avalanche.

Não foi assim que ela havia ensaiado com Nicholas. Ele não havia dito que ela era a garota mais linda que ele já havia visto, mas essa não foi a pior constatação.

A pior constatação, foi perceber que eles realmente não se conheciam. Em questão de segundos, passou pela cabeça dela o quanto ela teve que se esforçar para aprender filmes que ela não gostava porque ele não sabia absolutamente nada sobre ela. Ela sabia sobre ele. Sabia porque havia conhecido ele à distância. Ele, no entanto, não sabia o mínimo.

Quando os rostos de ambos estavam a centímetros de distância, Maya se afastou completamente nervosa. Ela não queria que o primeiro beijo dela fosse assim. Não agora. Não sem ele ao menos saber quem ela era. Estava cedo demais. Scoot arregalou os olhos confuso, e a garota saiu correndo.

Literalmente.

Sem saber o que havia feito de errado, Scoot ficou parado na calçada. Ele corria atrás dela? Garota nenhuma havia fugido dele antes. Ele gritou o nome dela, mas Maya não olhou para trás. Olhando o celular preocupado, Scoot olhou a hora e viu que eram 20:18.

Eles não estavam exatamente próximos da casa  dela e estava tarde para ela ter saído sozinha. O loiro entrou no carro perplexo e ligou para Nicholas, que atendeu no segundo toque.

— Nick?

— Oi, cara. O que foi?

— É a Maya. — Scoot olhou para a rua escura, e respirou fundo apoiando o braço ao volante e enfiando o rosto entre as mãos. — Ela simplesmente fugiu.

Maya correu pelos próximos dois quarteirões. Ela não acreditava que havia feito aquilo. Idiota, idiota! Ela se martirizou enquanto apertava a bolsa junto ao corpo, e andava a passos rápidos pelas ruas.

Seu celular tocou pela sétima vez e ela viu novamente o nome de Scoot na tela. Ela não iria atender. Estava morrendo de vergonha. Como ela havia feito uma coisa dessa? Ele nunca ia querer sair com ela de novo.

Nicholas, parando de afinar o violão novo que havia comprado, perguntou a Scoot como raios ele havia deixado Maya ir embora para casa sozinha. Ele pegou o celular preocupado e antes que discasse o número da garota, seu celular vibrou com uma nova ligação. Era ela.

— Campbell? — a voz dela saiu quase chorosa, observando confusa as ruas.

— Maya, onde você está? — ele disse já pegando correndo uma jaqueta e as chaves do carro.

— Eu... eu não sei. Acho que estou perdida. Eu sou uma idiota. Deu tudo errado. — ela deixa a lágrima descer e treme diante a um grupo de homens que pareciam fumar em um beco.

— Me manda a localização. Estou indo te buscar. — ele sai de casa e entra no carro, ligando a ignição. Jogando toda a coisa de se afastar dela fora, Nicholas dirigiu na maior velocidade que conseguia.

Depois de ultrapassar dois sinais vermelhos e quatro amarelos, Nick confere a localização e diminui a velocidade tentando encontra-la na rua. O farol bate em um banco de praça, e ele vê uma garota com o rosto enfiado entre as mãos. Ele a reconheceria em qualquer lugar do mundo.

Estacionando de qualquer jeito, Nicholas pulou do carro e andou em direção a ela. Percebendo a aproximação e ouvindo os passos de alguém se aproximar, Maya se levanta e olha para Campbell.

Foi instintivo.

Os dois correram e se abraçaram, sem conseguirem explicar como se sentiam aliviados por estarem nos braços um do outro. Nick se permitiu sentir o cheiro do perfume do cabelo dela, e fechou os olhos sentindo a respiração dela se acalmar aos poucos.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro