Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 6

POV da Aspen

O sol ainda estava alto no céu, o que acentuava os tons de laranja da cozinha da casa de Érica, onde as quatro amigas haviam decidido se reunir depois da aula.

Embora elas alternassem a casa entre as quatro, era um costume das amigas se reunirem para conversar, estudar ou até mesmo apenas para se divertir. Naquele dia em específico, o local escolhido tinha sido a casa de Érica devido em grande parte ao fato da sua vizinha fazer sorvete artesanal e vender a preço de custo para Érica, que ocasionalmente lhe ajudava com as vendas.

A cozinha de Érica era bem grande e arejada, e a grande mesa no centro era um lugar confortável e frequentemente a escolha das meninas quando na casa da amiga, já que o quarto de Érica era muito pequeno para que todas pudessem ficar confortáveis. Como já estavam bem acostumadas com a casa de Érica, cada uma das meninas automaticamente se separou e começou a dividir tarefas, Olívia pegando os potes para servir o sorvete, Camila o jogo americano para colocar na mesa, Aspen os talheres e Érica, a dona da casa, ligando o ventilador e abrindo as janelas para afastar o calor.

Não que adiantasse muito, pensou Aspen bem humorada enquanto secava o suor da testa com as costas das mãos.

Logo em seguida foi a hora da vaquinha, onde cada uma doou uma parte do dinheiro para que Érica saísse e fosse buscar o sorvete. Apenas alguns segundos mais tarde, ela estava de volta, segurando a sacolinha plástica como se fosse alguma espécie de troféu.

— Senhoras, anuncio que temos sorvete!

Em meio a risadas, as meninas começaram a repartir o sorvete enquanto Aspen recontava a sua conversa de mais cedo com a professora Karla e J.V..

—... E foi isso que aconteceu. Nada demais, gente.— Aspen resumiu, se servindo de uma colherada generosa de sorvete de chocolate.

O frescor do sorvete a fez sorrir instintivamente na explosão de sabor na sua boca. Havia poucas coisas na vida que Aspen gostava mais do que tomar um refrescante sorvete de chocolate no calor, então aquela tarde de terça-feira estava realmente começando muito bem para ela.

Embora não pudessem fazer todo dia, já que todas as meninas com exceção de Olívia tinham atividades extracurriculares, essas reuniões de depois das aulas eram algo que todas gostavam.

— Ah, gente, que orgulho da nossa amiga responsável! — Érica sorriu, dando um abraço em Aspen e se sentando na cadeira ao lado dela — Parabéns pelo seu primeiro emprego, Aspen!

— Oi? Eu queria deixar registrado que eu trabalho de modelo desde o ano passado, tá? — Camila disse, fingindo desagrado, enquanto pegava mais uma colherada de sorvete. — E ninguém me deu parabéns.

— Ai, céus, parabéns para a nossa Camilinha, nossa amiguinha carente! — Érica riu, se levantando da cadeira e se esticando por cima da mesa para bagunçar os cabelos de Camila que fez uma careta. — Ai, gente. Que orgulho de vocês. — concluiu, voltando a se sentar.

— Menos, Eri. — Aspen disse, suas bochechas bem avermelhadas. — E, bem, eu só estou aceitando isso também porque o idiota pediu desculpas por ontem.

— Era o mínimo que ele podia fazer, né, Aspen? — Camila revirou os olhos. — Depois de ter ofendido você e a nossa bebê Olívia.

— Eu não fiquei ofendida. — Olívia afirmou silenciosamente, encarando o seu sorvete com atenção. — E não sou um bebê.

— Pois é, eu também acho. — concordou Aspen, pegando um pouco de sorvete com a colher. — E você pode deixar, Olívia, que eu vou fazer ele te pedir desculpas também.

— Mas eu não fiquei ofendida. — Olívia explicou lentamente, fitando Aspen nos olhos. — É muito difícil me ofender.

— Olívia, você é muito meiga por pensar assim, mas não deve deixar essas coisas passarem em branco... Isso vai fazer as outras pessoas não te respeitarem, amiga. — Camila disse, afagando os cabelos da amiga que estava sentada ao seu lado.

Olívia soltou um suspiro.

— Primeiro, não me senti ofendida. Ele ofendeu a você, Aspen, muito mais do que a mim... E se as pessoas precisarem que eu me imponha para me respeitarem, bem, então elas não são pessoas que eu quero perto de mim de qualquer forma. Fico bem sozinha, se for necessário. E, por fim, ele me pediu desculpas, embora na hora eu não me lembrasse exatamente por que ele estava se desculpando.

Satisfeita de que as amigas finalmente a escutaram, Olívia se sentou e comeu uma colherada do sorvete de chocolate.

— Olívia, você se esqueceu do que ele falou ontem? — Aspen perguntou, se sentindo ligeiramente irritada. — Amiga, você ama escrever. Como é que conseguiu esquecer assim?

— Se fosse eu e alguém falasse mal do meu muay thai, eu ia ensinar para ele com quantos paus se faz uma canoa. — Érica concordou, dando de ombros.

— Para quê sujar as mãos, eu pergunto. — Camila disse, um sorriso cruel se desenhando nos seus lábios. — É só você destruir as chuteiras dele. Muito mais simples e eficaz.

Olívia piscou.

— Mas eu também não gosto de futebol. Não diria que é uma perda de tempo na cara dele, é claro, mas assim... eu não gosto. É direito dele não gostar... E você me dá medo, Camila.

— É por isso que eu digo que nós temos que juntar dinheiro para a fiança da Camila. — Aspen acrescentou, parando para comer mais um pouco de sorvete. — O dinheiro do advogado também.

— Ah, ninguém me ama nessa casa! — Camila resmungou no instante em que a porta da cozinha abriu. — Ninguém me entende!

— Eu te entendo, Mila, só acho que você está errada! — Liam disse, colocando a mochila no chão ao lado da porta e tirando os tênis sujos de lama para colocar ao lado dela. — Ninguém me ama nessa casa. Onde é que está o meu sorvete?

Olhando para o pote, agora vazio, de sorvete, as quatro amigas se entreolharam sem graça.

— Bem, a culpa é sua que chegou tarde, — Érica deu de ombros, fazendo questão de comer uma grande colherada de sorvete lentamente. — quem mandou ficar enrolando na escola?

— Fique você sabendo que estou ajudando a organizar a nossa próxima Feira de Ciências, muito obrigado. — Liam disse, se sentando, propositalmente, do outro lado de Olívia. — Vocês não vão acreditar na quantidade de coisas que temos que fazer agora para uma feira que só vai acontecer no meio de junho.

Aspen observou Olívia congelar no instante em que Liam se sentou ao lado dela e quase imaginou que conseguia ouvir a amiga contar até 10.

— Eu acredito. — Érica disse, revirando os olhos. — Fiz parte da comissão ano passado, lembra? Foi por isso que eu disse para você não fazer isso, mas você não me escuta.

Os dois começaram a discutir e Aspen teve que segurar o riso. Era difícil de acreditar que aqueles dois eram irmãos, quanto mais gêmeos.

Não era para gêmeos terem a personalidade pelo menos... parecida?

Foi apenas por que o seu olhar se desviou para Olívia que Aspen notou a menina lentamente, empurrar a sua porção de sorvete na direção de Liam, antes de gentilmente cutucá-lo no braço.

— Aqui, pode comer. — murmurou, desviando o olhar para longe.

— Ah, não Olívia. Eu tava brincando. — Liam disse, empurrando o pote de volta para Olívia. — Fica a vontade tá?

Olívia se virou para encarar Liam por um longo momento, antes de assentir e voltar a comer o sorvete. Com um sorriso que parecia não caber no rosto, Liam pareceu relaxar e se aproximar um pouco mais de Olívia.

— Sabe quem pode te ajudar com isso?— Camila perguntou de súbito, um sorriso se formando em seus lábios. — A Olívia. Ela é ótima com coisas relacionadas a ciência.

Olhando para Camila com os olhos arregalados de um bambi prestes a ser atropelado, Olívia sacudiu a cabeça em um "não" quase indetectável.

— Sério, Olívia? — Liam perguntou, o seu sorriso largo exibindo claramente as suas covinhas e os seus olhos brilhando de alegria pela possibilidade de passar mais tempo com a menina. — Você poderia me ajudar?

Com pena da amiga que, subitamente, parecia querer que o chão se abrisse para cair lá dentro, Aspen decidiu ajudar.

— Bem, todas nós podemos. — ofereceu, fazendo o melhor para ignorar os olhares fulminantes de Camila e Érica — Por que você não faz uma lista do que precisa e a gente divide as tarefas entre nós?

— Nossa, se vocês pudessem ajudar seria ótimo mesmo. Obrigado. — com um sorriso claramente mais modesto, Liam assentiu. — Vocês vão salvar a minha pele.

— Tudo bem, pega o nosso telefone com a Érica depois. — Aspen ofereceu e Liam, parecendo entender que teria acesso ao telefone de Olívia, abriu um sorriso largo novamente.

— Sim, sim, claro. Sem problemas. — Liam sorriu abertamente, se levantando da mesa da cozinha. — Eu vou tomar banho agora, deixar vocês aproveitarem o resto do sorvete em paz. O dia hoje tá ótimo né? Talvez eu deva ir buscar mais sorvete e tomar banho depois... É, vou buscar mais sorvete então, já volto meninas!

E tão rápido como entrou, Liam calçou os tênis sujos de lama mais uma vez e saiu correndo da casa, deixando a mochila no chão da cozinha, ao lado de uma poça de lama.

Aspen soltou um suspiro, desejando que ela tivesse realmente feito a coisa certa e que aqueles dois se acertassem.

— Então, quando é que vocês acham que ele vai notar que deixou a mochila com o dinheiro dele em casa? — Érica quebrou o silêncio para perguntar, arrancando risadas das outras meninas. Olívia, porém, permaneceu pensativa o resto da tarde.

*

O dia seguinte amanheceu com poucas nuvens no céu, prometendo ser mais um dia ensolarado de verão. Aspen chegou na escola antes até mesmo do porteiro, tendo que esperar alguns minutos para que o senhor Wilson chegasse e a deixasse entrar na escola.

Em todo caso, algum tempo depois Aspen sairia vitoriosa da secretaria.

— Tá tudo certo?— Olívia perguntou, embora o sorriso vitorioso de Aspen já fosse resposta o bastante.

— Tudo certinho, sou oficialmente a monitora de literatura da nossa escola.

Olívia deu um pequeno sorriso.

— Fico feliz. — ela respondeu, parando ao notar que o seu celular vibrou. Aspen assistiu a amiga abrir o celular e franzir o cenho ao passar os olhos pelas mensagens.

— Que foi? Problemas? — perguntou, se inclinando na direção da amiga para ler por cima dos seus ombros o que estava acontecendo.

A primeira coisa que ela viu foi uma foto com pouca iluminação de um gato. Depois duas fotos de flores e uma foto de um pôster anunciando a pré-venda de um novo livro do autor favorito de Olívia.

— Não, é só... — mordendo o lábio, Olívia inclinou o rosto para um lado. — eu não entendo o que o Liam está tentando falar. Será que é algum tipo de código? O que um gato tem a ver com a próxima feira de ciências?

Aspen riu, embora sentisse uma pontinha de pena do Liam.

— Amiga, eu acho que ele só tá tentando puxar assunto. — explicou, desejando internamente que Liam tivesse muita muita paciência. — Sabe, são todas coisas que você gosta.

A expressão de confusão era nítida no rosto de Olívia, e ela continuou encarando as mensagens como se tivesse algum tipo de código secreto ali.

Olívia sempre fora do tipo que gostava de complicar as coisas mais simples.

— Puxar assunto? Comigo? Por que? — Olívia ergueu os olhos do celular para encarar Aspen. — Ele tem muitos amigos, Aspen. Não precisa conversar comigo.

Aspen soltou um suspiro. De todas as amigas, Olívia era certamente a que tinha a autoestima mais baixa e, algumas vezes, isso a preocupava.

— Olívia, não é uma questão de precisar, é uma questão de querer. Por exemplo, eu não preciso conversar com você, mas eu quero. Porque eu gosto de conversar com você, sabe?

Olívia ficou em silêncio por alguns minutos, como se estivesse processando a situação.

— Mas não faz sentido, — ela concluiu, olhando para o telefone novamente. — eu não faço nenhum esporte. Não me destaco em nada. Por que?

— Talvez só porque ele te ache fofa? Nós te achamos fofa, certo, Aspen? — Érica apareceu sorridente, afagando os cabelos de Olívia que claramente não tinha compreendido a mensagem.

— Fofa?

— Claro. E você sempre pode perguntar diretamente para ele depois. — Aspen acrescentou, torcendo para que Liam realmente fosse muito paciente com Olívia.

— Bom dia, gente. Por que é que a Olívia tá com essa cara de tela azul do Windows? — Camila perguntou, olhando para a amiga com curiosidade.

— Ela tá confusa com as mensagens do Liam, — explicou Érica, passando a mão pelos cabelos. — Eu disse a ela que é porque ele a acha fofa, mas acho que ela não entendeu.

— Ah, então deixa eu explicar. — Pegando Olívia pelos ombros, Camila olhou fundo nos olhos arregalados da amiga e afirmou. — O. Liam. Gosta. De. Você. Assim, muito. Do tipo que eu nem posso te dizer que ele tem uma quedinha por você não amiga, ele tem um penhasco. Um abismo. Agora vai lá, agarra ele e tira a gente dessa seca de fofoca que tá triste, Olívia. — Dando uns tapinhas de encorajamento no ombro de Olívia, Camila se virou para as meninas com um sorriso angelical.— Prontinho. Expliquei.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro