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Capítulo 42

POV do J.V.

Com as roupas que J.V. só o tinha visto usar para suas reuniões importantes, cabelos bem penteados e carregados de gel e um largo sorriso estampado no rosto, seu pai encarava a câmera com uma tranquilidade e naturalidade que fazia J.V. se questionar se isso era algo que ele fazia com frequência.

Provavelmente sim. Provavelmente com mais frequência do que ele gostaria de pensar.

— Então, senhor Azevedo. Depois de atingir tanto sucesso com a sua carreira, e de ajudar tantos atletas a alcançarem o sucesso também, ainda existe alguma coisa que gostaria de conquistar?

— Sim, Cecília, — mantendo o sorriso estampado em seu rosto, seu pai desviou o olhar da câmera momentaneamente para olhar para a reporter antes de se voltar para a câmera mais uma vez. — Entenda, eu sou um pai e, no fundo, tudo o que nós pais queremos é o melhor para nossos filhos, não é mesmo?

— Claro, — a mulher deu um sorriso compreensivo. — isso é natural.

— Exatamente, natural. — o homem sorriu abertamente. — Eu fiquei extremamente feliz quando eu vi que meu filho tinha talento para o futebol, extremamente orgulhoso, e eu quis incentivá-lo. Não é isso que devemos fazer? Não devemos incentivar nossos filhos? — questionou, mas não deu tempo para que a repórter respondesse. — Eu sabia que a fase da adolescência seria uma fase difícil: são muitos interesses, muitas distrações. Hormônios em polvorosa, sabe como é, — dando uma risadinha, seu pai deu uma piscadela para a câmera e J.V. quis gritar.

— Meu Deus, eu não acredito que ele está falando assim em rede nacional...

— Pois é, ele decidiu ir e passar a vergonha no débito mesmo, — Enzo concluiu, olhando para o telefone na mão de J.V. — tava falando com quem?

— Ih! Desculpa, Aspen, é que meu pai tá dando entrevista no canal sete. — explicou, se despedindo rapidamente da ruiva que disse que ia ligar a televisão para assistir.

— Não sei se me sinto bem dando audiência para esse cara, — Enzo murmurou fazendo uma careta. — mas eu tô com um mau pressentimento por algum motivo...

—... Então quando eu vi que ele queria jogar tudo o que ele conquistou para o alto só por causa de uma namoradinha nova, eu fui contra, é claro, — continuou o seu pai e J.V. suspirou. — talvez eu tenha sido um pouco rígido demais, mas tudo isso vem de amor de pai, sabe?

J.V. soltou um suspiro, seu estômago se contorcendo dentro de sua barriga. Se sentia tão culpado por tudo o que tava acontecendo...

— Você não tá acreditando no que ele falou não, né? — Enzo questionou, arregalando os olhos. — Por que você sabe que ele tá viajando né?

— Não sei, Enzo... às vezes acho que se eu só fizesse o que ele queria que eu fizesse—

— Você viveria a vida dele por ele? — Enzo revirou os olhos, se virando para encarar o amigo. — Escuta aqui J.V.: você se dedicou ao futebol o tempo inteiro, tanto quanto, ou até mais, do que se dedicou à música, na verdade, o único motivo pelo qual você tá afastado dos treinos agora é porque o médico mandou você fazer repouso devido ao seu pé. Na verdade, se o seu pai não tivesse feito todo aquele escândalo na porta do Centro Cultural, você provavelmente nem teria ido ao médico, então teria continuado treinando... olha a ironia aí. — Enzo riu, meneando a cabeça. — Pelo menos para isso serviu.

J.V. soltou um suspiro, se virando novamente para a televisão, onde a repórter parecia estar simpatizando com seu pai.

— Por mais que você me diga isso, Enzo... me parece que tem muita gente que concorda com ele nesse mundo.

J.V. estava apontando para a televisão, onde algumas mensagens de rede social de algumas pessoas que estavam assistindo o programa estavam aparecendo, e todas essas pessoas pareciam estar concordando com seu pai.

"Adolescentes são muito ingratos mesmo" dizia uma mensagem, outra afirmava "Meu filho é igual, só quando nos perder é que vão aprender a dar valor.".

— Bem, tem um monte de gente idiota nesse mundo, — Enzo afirmou, arregalando os olhos conforme mais e mais mensagens iam aparecendo. — além disso, pode ser que tenham bots. Sabe, robôs.

Pegando o celular, Enzo clicou algumas coisas e, pela expressão em seu rosto, claramente não viu nada bom.

— Não são bots não, né? — J.V. comentou, soltando um suspiro.

— Bem, você conhece aquele ditado né: "Falem bem, falem mal, mas falem de mim." — Enzo disse, imediatamente forçando um sorriso. — Se a gente usar isso direitinho, podemos usar toda essa atenção que o seu pai chamou para você a nosso favor... Afinal de contas, quem não ama um bad boy?

J.V. sentiu todo o sangue esvair do seu rosto.

— Enzo, pelo amor de Deus, o que você tá pensando?

— Nada demais, nada demais. — Enzo disse, erguendo os olhos para fitar a televisão e J.V. teve a nítida impressão de ver faíscas saírem dos olhos do amigo. — Só vou mostrar para o seu pai quem é que é o Rei das redes sociais.

Enzo.

— Tá, talvez não o rei, mas um príncipe? Não, melhor ainda, um mestre?! Ah, enfim, isso não importa. — Enzo deu um sorriso largo e animado. — Pode confiar, vai ser divertido.

E assistindo Enzo digitando em seu telefone e soltando risadinhas aqui e ali, J.V. sentiu um arrepio em suas costas e teve a nítida impressão que seu pai não sabia exatamente com quem ele estava mexendo.

*

E, aparentemente, nem ele mesmo sabia.

Nos próximos dias, enquanto J.V. tentava ignorar o que estava sendo dito na internet a seu respeito para se focar na sua apresentação, Enzo volta e meia o interrompia com pedidos aleatórios de 'faz cara de triste' ou 'você tem receitas médicas antigas com você?', e, tirando um dia que ele precisou se ausentar para gravar um comercial, Enzo raramente desgrudava de seu telefone, seja lá o que ele estivesse fazendo com ele.

Seu foco estava completamente direcionado para a apresentação, e assim os dias foram passando até que o dia em que eles estariam viajando para o Rio de Janeiro finalmente chegou.

*

O sol estava começando a aparecer timidamente por trás das nuvens quando J.V. saiu da casa em direção ao carro da família de Enzo, carregando a sua mochila e o seu violão, tudo o que ele ia precisar. Respirando fundo, tentou acalmar o coração que batia com força contra o peito.

— Vai dar tudo certo. — murmurou, tentando se acalmar quando um grito chamou a sua atenção.

— Pelo amor de Deus, vocês dois, são seis da manhã! — Aspen repreendeu, olhando ao redor quase como se esperasse que alguma dona de casa furiosa saísse para ensinar uma lição para os amigos — Não façam barulho!

— Claro, desculpe, Aspen. — Érica mostrou a língua para Enzo, então J.V. duvidava que a menina estivesse de fato arrependida, mas isso não respondia a sua pergunta.

O que é que eles estavam fazendo ali... tão cedo?

— Affe, foi mal, J.V., Enzo. — Liam pediu, revirando os olhos. — Viemos com a sua mãe para poder nos despedir e desejar boa sorte pra você. — se aproximando de J.V., Liam deu uns tapinhas nas costas do amigo. — Vai lá e acaba com eles!

Enzo deu uma pequena risada.

— Cara, não é bem assim que funciona.

— É sim! E, bem, as meninas já estão acampando lá em casa. A Nath deve ir para lá amanhã, pra gente assistir a sua apresentação, então, mesmo que não estejamos presente, não esqueça que estamos com você! — Liam sorriu e se afastou, se colocando de pé ao lado de uma Olívia anormalmente tímida.

— Boa sorte. — ela murmurou, acenando com um sorriso sem graça e J.V. se esforçou para retribuir.

— Obrigado. — disse, e ia abrir a boca para falar mais alguma coisa quando o perfume de sua mãe e a sensação de seus braços o puxando para um abraço apertado o distraíram.

— Você tá lindo, — ela sorriu, afagando os cabelos do filho e o abraçando com ainda mais força. — senti tanto a sua falta.

Engolindo o choro, J.V. assentiu, dando um passo para trás para olhar para sua mãe. Mesmo que apenas algumas semanas tivessem passado, era fácil de ver o quanto aquele tempo havia feito bem a ela.

O rosto mais corado, os cabelos aparados e um largo sorriso no rosto, sua mãe parecia quase uns seis anos mais nova, era incrível de ver. Sentindo uma onda de ânimo preenchendo o seu ser, J.V. acabou sorrindo de volta.

Era a primeira vez que ele sentia que estava fazendo algo certo.

— Senti sua falta também, mãe, — respondeu, passando a mão pelos cabelos e mantendo o sorriso firme em seu rosto. — Obrigado por ter vindo.

— Como se eu fosse deixar de vir... — meneando a cabeça, sua mãe deu um tapinha desajeitado em seu ombro. — não tem nada que me deixe mais feliz do que ver você feliz, filho.

— Ah, Isadora! — A mãe de Enzo a chamou, um largo sorriso em seu rosto. — Que bom que chegou, querida! Quer tomar um cafézinho antes de sair? Pode deixar a sua mala com o Enzo, ele vai colocando ela dentro do carro, vamos, vamos! — se virando para J.V., ela acrescentou. — Temos quinze minutos antes de sair, querido. Melhor começar a se despedir dos seus amigos ou vamos nos atrasar.

— Ah sim. — sem graça, J.V. se virou, levando um sustou ao notar que Aspen havia se aproximado. — Obrigado por virem.

— Camila era pra vir também, mas ninguém conseguiu acordar ela. — Aspen comentou, subitamente sem graça.— A gente só queria desejar boa sorte mesmo.

— Hm, obrigado. — respirando fundo, J.V. ergueu os olhos para fitar Aspen. — Sabe, nada disso estaria acontecendo se não fosse por você...

Aspen piscou em confusão por alguns instantes, antes de soltar um suspiro.

— Eu sinto muito...

— Sente muito? Mas Aspen... quero dizer, não vou dizer que tudo está uma maravilha mas... — J.V. abriu um sorriso. — sabe aquela sensação que a gente tem quando o coração está batendo rápido, a nossa boca parece querer sorrir sem a gente ter que mandar conscientemente e... e a gente se sente cheio de energia?

Aspen sorriu de volta.

— Acho que você está animado, então.

— Animado... e feliz. — J.V. concordou, dando uma risadinha antes de voltar a encarar a Aspen novamente. — Tem muito tempo que eu não me sinto assim, tão... leve. É estranho, ainda tem um monte de coisa para resolver, mas parece que saber que minha mãe está segura, que eu posso ir fazer o que eu quiser e voltar para um lugar onde eu vou poder descansar... que tem um monte de gente que confia em mim, e, acima de tudo, saber que eu tenho a capacidade de modificar o meu próprio futuro... Isso me deixa feliz.

Aspen abriu um sorriso.

— Sabe, nenhum de nós nunca duvidou que você tinha capacidade de conquistar o que quisesse... E nós sabemos que você também vai conseguir conquistar esse prêmio.

J.V. sorriu, colocando uma mecha de cabelo de Aspen atrás de sua orelha.

— Obrigado, viu? Ah, e não deixa de assistir a apresentação, por favor. Vou estar contando com você!

— Queridos, precisamos ir agora! — a mãe de Enzo apareceu, dando um sorriso e acenando para Liam que parecia estar conversando aos sussurros com Olívia, o que aumentou a curiosidade de J.V.. — Quero chegar ao Rio ainda hoje.


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