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Capítulo 39

POV da Aspen

Eles não precisavam fazer tanto drama, pensava Aspen enquanto se olhava no espelho que ficava atrás da porta do seu guarda-roupa. Tirando o pijama, que era muito folgado para ela, e o rosto ligeiramente pálido, ela simplesmente não entendia o motivo de ter tido que passar a noite no hospital.

Os médicos haviam enrolado tanto para liberá-la pela manhã que ela tinha imaginado que, no mínimo, tivesse vários hematomas pelo rosto ou uma expressão visivelmente doente, mas não — estava perfeitamente normal.

Pelo que tinham falado, ela tinha perdido bastante sangue naquela noite, mas era difícil de acreditar quando ela se sentia perfeitamente bem e só sabia que tinha se machucado devido ao curativo nada discreto que a enfermeira havia feito em sua testa.

— Tudo isso foi tão desnecessário...

Ainda assim, Aspen pensou, soltando um suspiro, precisava ir se encontrar com J.V. e com seus outros amigos — em parte por que queria saber o que tinha acontecido no resto da noite, e em parte por saber que todos eles estavam provavelmente muito preocupados com ela.

Até porque a única explicação plausível para o grande buraco em suas memórias seria ela ter desmaiado, o que, inevitavelmente preocuparia seus amigos.

Voltou para a cama e soltou um suspiro, pegando o celular para checar o grupo de WhatsApp, o que logo confirmou suas suspeitas, tanto do desmaio quanto da preocupação. Camila com certeza zombaria dela por ter demaiado...

Cogitou enviar uma mensagem para acalmá-los, mas, se sentindo animada, decidiu fazer uma surpresa e ir encontrar com seus amigos na casa de Enzo.

Levantando da cama rapidamente, Aspen trocou de roupa e já estava quase na porta quando deu de cara com seu pai, com uma expressão nem um pouco contente, de braços cruzados e expressão nada amigável.

— Onde a senhorita pensa que vai, mocinha?

Aspen deu um sorriso sem graça para seu pai — não podia dizer que ele era um pai particularmente rigoroso, pelo contrário, ele era mais do tipo de querer conversar e lhe dar doces escondidos de sua mãe, mas naquele dia em particular ele estava com a expressão cansada e muito preocupada, então ela não podia deixar de sentir um pouco de culpa.

— Hm, eu queria encontrar com meus amigos, pai. Eles devem estar preocupados e—

— Nem pensar, a senhorita não vai botar o pé para fora dessa casa por pelo menos uma semana! — ele disse, sacudindo a cabeça veementemente. — Você sabe o tamanho do susto que você me deu?

Aspen olhou para os pés, subitamente muito sem graça para encarar o pai nos olhos.

— Desculpa pai, eu—

— Não, eu acho que você não faz ideia! — ele sacudiu a cabeça, começando a andar de um lado para o outro na frente da porta como se estivesse nervoso demais para ficar parado em um lugar só. — Aspen, deixa eu te dizer que nenhum pai ou mãe quer receber uma ligação de algum hospital, dizendo que a filha foi internada e está inconsciente, tá me ouvindo? Eu juro que meu coração parou e ainda não voltou a bater.

Aspen engoliu em seco e assentiu, respirando fundo.

— Eu sei, eu sinto muito pai, eu—

— Não que eu esteja te culpando, filha, não, eu estou culpando aquele filho da... — ele parou para respirar fundo. — estou culpando o homem que te empurrou, é claro. Mas mesmo assim, filha. Você passou a noite no hospital e—

— Eu sei, mas é porque os médicos estavam tomando precauções, pai. Eu estou bem, juro.

Respirando fundo, seu pai a encarou com seriedade.

— Você está bem porque está medicada, meu anjo, mas seu pai não está... então até que eu sinta que consigo respirar sem lembrar daquela ligação, não, pelo menos até eu sentir que meu coração voltou a bater... por favor... fica em casa quietinha tá?

Aspen deu um sorriso amarelo e assentiu, sabendo perfeitamente que seu pai estava fazendo com que ela se sentisse culpada de propósito para que ela aceitasse ficar em casa quieta por alguns dias e, por mais que odiasse ser manipulada, acabou deixando seu pai guiá-la de volta ao quarto, onde ele ajeitou seus travesseiros e a ajudou a se deitar, saindo do quarto apenas quando ela estava se sentindo tão confortável que era um crime pensar em sair dali.

Droga, agora ela estava entediada.

Aspen estava a ponto de pegar o telefone quando seu pai voltou, dessa vez com uma bandeja contendo uma sopa que não parecia nada apetitosa, água e alguns comprimidos.

— Aqui, come direitinho e depois toma seus remédios do jeito que o médico falou, — ele pediu, afagando os cabelos da filha e soltando um suspiro quando tocou em sua testa. — Você tá quente. Vou pegar o termômetro para ver se está com febre.

Se afogando em um turbilhão de sentimentos de culpa, Aspen permitiu que seu pai a mimasse até que ele estivesse satisfeito e a deixasse sozinha no quarto, com uma advertência sólida de que ele viria visitá-la em alguns minutos para garantir que não estivesse dormindo.

Como se ela fosse conseguir dormir sem saber o que estava acontecendo.

Pegou o telefone e fez uma careta — sua cabeça estava começando a se fazer notar. Diminuir o brilho ao máximo foi sua primeira providência, logo seguido por abrir um aplicativo para escrever uma mensagem.

Hm, como tranquilizar meus amigos o máximo possível...

Pensou em gravar um vídeo, mas logo desistiu — o curativo em sua testa era bem visível, além de ser pelo menos umas duas vezes maior do que o que Aspen julgava como sendo necessário, o que provavelmente assustaria os seus amigos...

Não, áudio é a melhor alternativa, decidiu, apertando o botão para gravar.

— Oi gente, é a Aspen. Eu já saí do hospital, —avisou, soltando um suspiro. — então por favor, não se preocupem. Estou bem... Queria ver vocês, mas meu pai tá muito preocupado, então vai ter que ficar para depois... Vamos tentar marcar para amanhã? Me digam o que acham.

*

Algumas horas mais tarde, Aspen estava agradecendo ao pai por não ter deixado que ela saísse de casa. Não que ela fosse admitir em voz alta, é claro que não; não queria preocupá-lo mais do que ele já estava preocupado, afinal de contas.

Mas sua cabeça...

Teve de olhar para o teto por alguns instantes e respirou fundo, tentando encontrar calma e paciência dentro de si. Era uma mistura de tédio, irritação e frustração que faziam a ruiva querer gritar e, não demorou muito, seu estômago logo começou a protestar também.

Respirando fundo, Aspen estava tentando se distrair enumerando os melhores livros que havia lido até aquele momento quando o barulho de vozes vindo do lado de fora de seu quarto chamou sua atenção.

— Aspen, — seu pai abriu a porta, sua expressão claramente preocupada. — seus amigos vieram te ver, você está se sentindo bem?

— Sim, por favor. — Se sentando abruptamente na cama, Aspen imediatamente se arrependeu quando sua cabeça e seu estômago se contorceram em protesto, mas a ideia de finalmente ter alguma coisa para fazer era simplesmente tentadora demais para que ela sequer arriscasse comentar algo sobre seu desconforto. — Deixa eles entrarem, pai.

Seu pai soltou um suspiro e assentiu.

— Só vê se não abusa, — aconselhou, antes de fechar a porta atrás dele e sair para chamar seus amigos.

Em apenas alguns instantes, seu quarto estava cheio — J.V., Enzo, Liam, Érica, Camila e Olívia estavam se espremendo pelos cantos.

— Vocês podem sentar na cama, — Aspen ofereceu. Ela nunca tinha recebido tantas visitas na vida.

— Não precisa, — Olívia respondeu, dando um pequeno sorriso.

— A gente só queria te ver mesmo, Aspen... Ficamos preocupadas. — Érica sorriu, soltando um suspiro.

— É, quem diria que a nossa Aspen seria a primeira de nós a desmaiar em público? — Camila disse, rindo, arrancando um grunhido de Aspen. — Digno de mocinha de novela das seis.

— Nem brinca com isso, Camila, — Aspen suspirou, meneando a cabeça. — Tô morrendo de vergonha...

— Vergonha de que? Você fez mais do que muita gente, Aspen, não tem por que ter vergonha não.

— Bem, mais do que você ela fez, né, Enzo? — Érica retorquiu, olhando com raiva para o loiro que soltou um suspiro como se estivesse extremamente cansado de tudo aquilo. — Até porque tudo o que você fez foi ficar lá filmando que nem um idiota!

— O que você quer dizer com isso? — Enzo sacudiu a cabeça, respirando fundo. — Você sabe que fui eu quem ligou para a polícia né? Foi só quando o Liam chegou que eu deixei ele na linha com a polícia e comecei a filmar o que estava acontecendo!

— Então, não fez nada! Você podia ter tentado ajudar a Aspen ou fazer alguma coisa que prestasse!

— Ele fez o certo e você sabe disso, Érica. — Liam soltou um suspiro e se virou para Aspen. — E como é que você tá, Aspen? Tá com muita dor?

Aspen deu um sorriso e sacudiu a cabeça.

— Não, eu tô bem... não foi nada demais.

— Como assim 'não foi nada demais'? — J.V. pareceu ultrajado — Você desmaiou, Aspen! E tinha tanto sangue também e—

— Ah, bem é. — Aspen deu um sorriso, se sentindo subitamente sem graça. — Me disseram que eu perdi muito sangue mesmo. É difícil de acreditar, já que o corte na minha cabeça é minúsculo.

— É que cortes na cabeça sangram muito. — Olívia explicou, colocando um pouco de cabelo atrás da orelha. — É uma área muito vascularizada.

— É uma área muito... o quê? — J.V. questionou e Olívia sorriu, parecendo sem graça.

— Ah, sabe. Com muitos vasos sanguíneos. Hm, e Aspen, eu peguei o nosso prêmio.

— Prêmio? — perguntou, confusa, antes de finalmente se lembrar do concurso de literatura que as duas estavam participando... e que tinham ficado em segundo lugar. — Ah, sim, isso é ótimo.

Olívia — que claramente não achava que segundo lugar era algo 'ótimo', mas que já tinha se conformado com a situação — assentiu, soltando um suspiro.

— O prêmio eram cinco barras de chocolate e uma caneca muito bonita com algumas canetas coloridas — concluiu, dando de ombros. — Quando você estiver melhor, nós podemos dividir.

— Não, melhor ficar com você, Olívia. — Aspen sorriu, meneando a cabeça. — Você fez a maior parte do trabalho nesse concurso de qualquer forma...

E ela meio que só tinha entrado no concurso porque Olívia nunca entraria sozinha, de qualquer forma.

— Mas você também trabalhou duro no concurso... — Olívia parecia relutante, então Aspen abriu um sorriso.

— Me dá duas barras de chocolate então e não se fala mais nisso.

Antes que Olívia pudesse protestar — e ela claramente iria — Aspen se virou para J.V. com um sorriso.

— E você? Ficou bem?

Um milhão de expressões diferentes passaram pelo rosto de J.V., antes que ele simplesmente soltasse um suspiro.

— Sim...

— Ele tá morando comigo agora, — Enzo interrompeu, uma expressão eufórica em seu rosto. — dividimos um quarto e tudo!

— Pobre J.V., — Érica comentou, meneando a cabeça. — ter que te aturar, ninguém merece...

— EI, para a sua informação, tá sendo muito legal tá? É como se fôssemos irmãos de verdade! — se virando, Enzo cutucou J.V. em sua barriga. — Não é?

— Sim, Enzo. — ele parecia estar tentando conter o riso. — Sim, é como ter um irmão mais novo... que tem energia infinita...

— Viu, ele não acha ruim. — Enzo retorquiu, não parecendo notar que todos estavam segurando o riso. — E agora que a Aspen tá se recuperando, tia Isadora está bem e o pai do J.V. está morando em um hotel, podemos nos focar em conquistar a vitória do show de talentos!

— Meu pai tá morando aonde?!


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