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Capítulo 35

POV do J.V.

Seu coração batia freneticamente contra o seu peito, mas J.V. se forçou a respirar fundo. Suas mãos estavam suadas, então segurou o violão e o microfone com força.

— Calma, calma... — murmurava repetidamente. — você já fez isso uma vez, pode perfeitamente fazer isso de novo...

É claro, dessa vez ele estava completamente sozinho nos bastidores — salvo pelos outros competidores, é claro. Eram as regras da competição, mas J.V. sentia falta da confusão dos amigos, da conversa e da descontração que eles tinham promovido na última fase.

Pelas frestas da cortina, conseguia ver os jurados — os especialistas. Não os conhecia bem, mas segundo a ficha com a mini-biografia de cada um que Aspen havia providenciado, todos eram especialistas no ramo da arte.

A primeira era Adelaide de Souza uma mulher excessivamente magra e com óculos verde-limão que pareciam se destacar como faróis na escuridão. Era tinha uma cara de alguém que estava permanentemente achando tudo o que ela via algo muito inferior ao que ela já havia visto — o que fazia sentido, já que Aspen havia dito que ela tinha viajado o mundo como a primeira bailarina de uma das melhores companhias de balé do mundo. Certamente muito exigente, havia algo sobre o seu nariz torcido que fazia o seu estômago se contorcer, então J.V. tentava não prestar muita atenção nela.

Ao seu lado estava Mano Lo um homem negro e corpulento de sorriso largo servia como contraste. Aparentemente ele era um grande ilusionista, e Aspen disse que seus espetáculos esgotavam tão rápido que era quase impossível conseguir assistir uma de suas performances ao vivo, a menos que você fosse muito sortudo — e com caneta vermelha e letras garrafais ela havia destacado que era para ele ser especialmente cuidadoso com ele. Afinal de contas, por mais que ele fosse conhecido por ser simpático e generoso, ninguém chega à esse nível de fama e profissionalismo sem ser extremamente exigente consigo mesmo... e se você é exigente consigo mesmo...

A terceira jurada era Aninha do Vale, a atriz infantil que tinha explodido nas redes sociais alguns anos atrás. J.V. não a conhecia muito bem já que não acompanhava muito televisão, mas as anotações de Aspen diziam que a menina fazia comerciais desde os 3 anos de idade, mas tinha crescido em fama graças aos seus papéis na novela e ao seu desempenho nas redes sociais. Aparentemente, ela conseguia vender gelo para um esquimó — o que aparentemente queria dizer que ela vendia qualquer coisa para qualquer pessoa. Algo impressionante...

E o último jurado convidado — e o que mais preocupava J.V. — era Pietro, o cantor de sertanejo universitário que ele ouvia todo dia, em todo lugar. Embora J.V. não se considerassse um cantor de sertanejo, era difícil negar o sucesso de alguém que estava todo dia na mídia, no top de todas as plataformas de áudio.

Aspen havia ressaltado que a gravadora de Pietro atualmente passava por dificuldades financeiras e eles provavelmente haviam enviado o Pietro na esperança de a) chamar atenção para que os fãs dele comprassem merchandising do cantor e b) contratar um cantor iniciante por preços baratos e lucrar em cima dele.

Aspen realmente conseguia ser assustadora algumas vezes, J.V. pensou, meneando a cabeça. Como é que ela descobre essas coisas?

Mas isso não vinha ao caso, pensou, dando um pulo quando uma onda de aplausos interrompeu sua linha de raciocínio. Uma garota trêmula passou por ele para entrar no palco, carregando nas suas mãos algumas garrafas que ela provavelmente usaria para se apresentar.

Depois dela, era sua vez.

O coração batia forte em seu peito e J.V. tentou, sem muito sucesso, encontrar algum de seus amigos na multidão que assistia as apresentações através da fresta da cortina, mas era impossível.

— Chega disso, cara! Você sabe que eles vieram, você sabe que eles estão aqui. O que mais quer que eles façam para você? Que te carreguem no colo? — J.V. resmungou para si mesmo, ignorando os olhares de confusão dos outros participantes. — Chega disso, tá mais do que na hora de você assumir as rédeas da sua vida e enfrentar os seus próprios problemas sozinhos, para de esperar que alguém apareça para te salvar, vai lá e salva você mesmo.

Afinal de contas, não tinha sido isso que Aspen havia escrito em sua carta? Que ela tinha que se salvar ao invés de esperar um príncipe encantado?

O quão patético era que ele só tivesse compreendido isso quase dez anos depois dela?

Mas isso não fazia diferença para ele, pelo menos não agora. Mais uma onda de aplausos atingiu seus ouvidos, e J.V. sentiu seu coração parar em seu peito. E então voltar a bater.

Dentro de seu tênis, um de seus pés pulsava — o inchaço e a inflamação parecendo piorar com cada passo que ele dava mas, estranhamente, ele não sentia mais dor, era como se o seu corpo inteiro estivesse anestesiado, como se fosse um grande boneco estufado com algodão.

Nervoso, desajeitado, andou até o centro do palco e foi logo recebido pela plateia. As palmas, os gritos de "Victor", a empolgação que preencheu aquele lugar percorreu o seu corpo como uma corrente elétrica.

O sorriso que se formou em seus lábios foi um pouco mais natural, colocar o microfone em seu pedestal e ajeitar o violão contra o corpo foi quase como colocar uma blusa ou uma calça jeans.

O cumprimento foi natural, assim como foi o início de sua apresentação. Em algum momento que ele não saberia dizer qual foi, J.V. esqueceu dos jurados, esqueceu do pé, esqueceu de todos os seus problemas e se simplesmente se conectou com aquele momento, aquela apresentação.

Foi apenas quando a plateia gritou e as palmas aumentaram consideravelmente que ele se deu conta que havia terminado a apresentação, então agradeceu a todos pela atenção e saiu — mancando — do palco, para aguardar as demais apresentações e os resultados.

— Você foi demais J.V.! — Nath gritou, abraçando o amigo com força. — Tô tão orgulhosa!

— Verdade, nem parecia que tá com o pé todo f... —Angela fez uma pausa, olhou ao redor, e deu de ombros. — ferrado, todo ferrado.

— Vocês viram? A Aninha tava dançando a música todinha, eu filmei –

— Sem a permissão dela? Você é um tosco mesmo, Enzo! — Érica disse, dando um tapa na cabeça de Enzo que gemeu de dor.

— Oi? Ela é famosa, tava todo mundo filmando! — Enzo revirou os olhos, e se virou para J.V. — pensei que podia publicar no seu instagram e marcar ela. Publi de graça, sabe?

— E nem te passou pela cabeça que ela pode não gostar?

— Olha, Érica, ela divulgou nas redes dela que estaria aqui, sabe? Eu só vou dizer que ela curtiu a música do J.V., que não é nem mentira do jeito que ela tava dançando, mas se ela quiser, pode falar 'tira do ar' que a gente tira, sabe? Geez.

— Mas e se ela quiser processar?!

— Processar por que? — Enzo ergueu as duas mãos para o céu como se pedisse paciência ao senhor. — Você quer que eu vá lá pedir um vídeo ou um áudio dela me autorizando a usar a imagem dela nas redes do J.V.? Porque ninguém faz isso, mas tudo bem!

— Chega gente, chega. — Aspen soltou um suspiro, separando os dois e se virou para o J.V. — Por que vocês não fazem algo de produtivo e arrumam um lugar pro J.V. sentar? Talvez algo para ele beber?

— Sentar acho que só lá trás na plateia mesmo, onde o Liam tá com a tia e com o resto do pessoal, aqui no 'vip', que de 'vip' só tem mesmo o nome, só rola ficar em pé... — Nath explicou para Aspen quando os dois saíram, passando a mão pelos cabelos. — embora ele provavelmente devesse tirar um pouco do peso do pé mesmo.

— Não, tá tudo bem, eu só queria que eles parassem de discutir. — Aspen disse, revirando os olhos. — Eles tão assim, sem parar, desde as seis da manhã. Eu não aguento mais.

Como previsto, Érica e Enzo não voltaram com cadeiras e bebidas, mas Angela arrumou um pacote de batatas fritas para J.V. sabe-se lá de onde, que os quatro acabaram dividindo entre si mais para passar o tempo do que para matar a fome mesmo. Ainda assim, as últimas apresentações pareceram se arrastar até que finalmente o diretor do Centro Cultural subiu no palco, um grande envelope em suas mãos.


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