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Capítulo 33


POV da Aspen

Aquele final de tarde estava particularmente agradável — as nuvens acinzentadas no céu e a brisa anormalmente gelada eram sinais claros de que o inverno realmente estava chegando.

O cheiro de canjica preenchia a casa, lembrando Aspen de que estava chegando a festa junina e, embora não fosse a festa preferida da ruiva, ela não podia deixar de apreciar a culinária típica da época.

Porém, já que a mãe de Liam e Érica tinha 'tomado' a cozinha deles, os amigos tinham decidido se reunir na sala para revisar todas as preparações para a apresentação de J.V. que aconteceria no dia seguinte.

Exceto por Liam, que estava sentado em uma das poltronas, e de Aspen, que estava em pé, todos os outros tinham se espalhado pelo chão da sala e encaravam a ruiva como se estivessem em um campo de batalha e ela fosse a general daquele pequeno exército.

Não era um sentimento de todo ruim.

— Muito bem, — Aspen fez uma pausa para limpar a garganta — como estão os figurinos? — questionou, erguendo os olhos de sua prancheta.

— Tá tudo pronto, eu e Cami mantivemos o estilo da última apresentação, —Nath disse, sua voz firme e carregada de determinação. — mas adicionamos alguns detalhes para tornar o visual mais romântico, para o J.V. se sentir mais confortável dessa vez.

— Vocês tão arruinando a minha visão artística... — Enzo resmungou dramaticamente, ganhando um olhar irritado de Aspen. — Só tô falando! Só isso!

— Muito bem, se você tem tempo para reclamar, já deve ter dado uma olhada nas redes sociais do J.V., né?

— Com quem você acha que está falando? — um sorriso arrogante surgiu em seus lábios. — É claro que eu já dei uma olhada, e além disso ainda acrescentei algumas pastagens novas para variar das que o J.V. já tinha feito. E eu posso ter editado algumas fotos que ele postou também, mas só um pouquinho. — O sorriso de Enzo subitamente ficou tímido. — Eu não resisti.

— Ele continua relevante? — Cami questionou, franzindo o cenho. — Fiquei preocupada quando vi que a última postagem dele só tinha cinco comentários.

— Bem, tem um limite para o quanto pastagens recicladas vão chamar atenção... o pessoal quer novidade, sabe? — Enzo meneou a cabeça, mas deu um sorriso animado. — Então como ele estava repetindo as pastagens, perdeu um pouco de relevância... Mas eu tenho certeza de que as novas fotos que a gente fez usando o Liam de dublê vão bombar, ele vai voltar a ficar relevante em tempo para a final. Deixa comigo!

— Isso pode ser um problema, — Aspen soltou um suspiro. — Você acha que ele passa para a próxima fase mesmo com a queda de relevância?

— Acredito que sim, já que nessa fase vamos ter votos dos 'especialistas' escolhidos pelo Centro Cultural também, né? A última fase é onde vamos precisar somente do voto do público... Contando que ele chame atenção dos especialistas, deve dar tudo certo.

— Espero que sim, mas eu tô realmente preocupada com ele... — Nath murmurou, soltando um suspiro.

Um silêncio carregado de preocupação e medos encheu o local – mas Aspen respirou fundo e sorriu confiante, tentando dispersar a tensão.

— Todos estamos, é por isso que estamos fazendo isso, — Aspen disse, se virando para Fábio. — E os efeitos de luz que você disse que podia colocar no palco... como estão indo?

— Tudo pronto, — ele respondeu, parecendo hesitante. — mas não é perigoso para o J.V. a gente organizar tudo sem ele saber? Quero dizer, do jeito que tá indo, ele vai ser tão surpreendido quanto a plateia...

— E isso pode deixar ele nervoso no palco, — Olívia continuou, soltando um suspiro. — além do que ele pode acabar se machucando por causa da surpresa também...

— Mas não podemos deixar o show ser menos grandioso que da última vez! — Enzo protestou veementemente. — Cada show do Victor precisa ser inovador! Fantástico! Impressionante! Se não ele não vai ganhar o coração do público e, consequentemente, o prêmio.

— Ei, o J.V. é bem carismático, sabia? — Nath parecia irritada e Aspen começou a sentir a dor de cabeça vindo. — Não acho que ele precise de todos esses artifícios para ganhar o concurso.

— Você é muito ingênua minha cara Natália, o público ama o esplendor. Ele até pode chamar a atenção de alguns deles com a simplicidade, mas para ganhar o coração da maioria e chamar a atenção dos especialistas, ele precisa fazer algo de diferente, de especial e—

— Oi? Mas o J.V. é especial e ele não precisa ficar provando isso para a grande maioria das—

— Para ganhar o concurso, sim, ele precisa. — Enzo disse, sua voz estranhamente mais fria que o comum. — Gosto dele pra caramba, Nath, mas infelizmente, meu voto só conta uma vez. O seu também. O fato é que precisamos que pessoas que não conhecem o J.V., que não sabem que ele é legal para caramba, votem nele. E assim sendo, tenho certeza de que tem várias pessoas que estão competindo com ele que também são legais para caramba... ele precisa de algo a mais, entende?

O silêncio que se seguiu dizia que sim, Nath entendia — se não exatamente concordava. Aspen compreendia a menina mais do que gostaria de admitir em voz alta, então apenas clareou a voz e se virou para Fábio.

— E é por isso que a gente não pode fazer nada muito louco. Nada de muitas luzes piscando, nada muito súbito. Além disso, Nath vai avisar o J.V. discretamente sobre isso, além de descobrir qual música ele vai estar apresentando, então não vai ser uma surpresa tão grande assim. Certo?

Recebendo as confirmações de todos os amigos, Aspen soltou um suspiro e checou mais um item em sua prancheta.

— Muito bem. Liam, como tem ido a sua recuperação?

— Estou bem, estou ótimo, — Liam disse sorridente, dando tapinhas de leve em sua barriga. — estou pronto para ser o dublê do J.V. de novo e, se encontrar aqueles idiotas mais uma vez, estou pronto para encontrá-los também.

Eu estou pronta para encontrar com eles. — Érica cerrou os punhos e deu um sorriso quase cruel. — Tá mais do que na hora deles aprenderem uma liçãozinha ou duas...

— Ok, ok, mas nós não vamos fazer nada para parar na cadeia, ok? — Aspen soltou um suspiro, massageando as têmporas. — Ainda não sou advogada, então não vou poder fazer nada para ajudar vocês por enquanto.

— Não tem problema, Aspenzinha, — O sorriso de Érica se alargou, provocando arrepios na espinha de todos. — eu sou paciente. Posso esperar você se formar na faculdade para vir me defender... vai valer a pena...

— Você tá louca? Acha que isso é algo que a sua família vai ficar feliz por você ter feito? — Enzo parecia querer sacudir Érica e, Aspen suspirou, ela realmente podia compreender a posição de Enzo.

— Liam vai entender!

— Bem, não vou dizer que não tenho vontade de dar um ou dois socos na cara daqueles idiotas, — Liam admitiu, suspirando. — mas do jeito que as coisas vão, bem. Eles vão ter que responder pelos seus crimes... e isso, em alguns casos, pode doer mais do que simplesmente devolver a agressão na mesma moeda.

— Ma-mas — Érica respirou fundo, encarando o irmão com revolta. — Ainda assim...

— Muito bem, — Aspen interrompeu, vendo Érica continuar resmungando de canto de olho. — Liam, eu tinha pedido para você perguntar algumas coisas para o seu advogado... você perguntou?

— Sobre o que a mãe do J.V. e o J.V. podem fazer na situação atual deles, né? — Liam assentiu, sorrindo para Aspen. — Bem, eu não pude conversar tanto quanto eu gostaria, já que ele estava me questionando sobre a agressão e me aconselhando sobre meu depoimento, mas eu consegui conversar o suficiente para descobrir que ele aconselhava a denúncia.

— Mas eles nunca vão conseguir denunciar o cara por nada, — Nath soltou um suspiro, meneando a cabeça. — a dona Isadora morre de medo e o J.V.... não sei se ele consegue denunciar o próprio pai.

— Mas é exatamente isso o que eu descobri, — Liam disse, sorrindo e se virando para Aspen. — Não precisa, necessariamente, ser o J.V. ou a mãe dele. Qualquer um pode denunciar, até mesmo a gente!

— E como é que a gente faria isso? — Aspen questionou, batendo o lápis gentilmente contra o rosto. — Podemos ir na polícia?

— Bom, sim, mas na verdade, a gente nem precisa disso. — Liam disse, dando um sorriso vitorioso. — Meu advogado disse que, aparentemente, tem um número que a gente pode ligar para denunciar esse tipo de violência. E, como podemos fazer isso de forma anônima, o fato de sermos menores de idade nem vai influenciar muito! — respirando fundo, Liam se acomodou na cadeira mais uma vez e encarou Aspen. — Mas, é claro, ele vai ter o direito de se defender e com o dinheiro que ele tem, duvido que vá ficar algum tempo preso... Agora, se ele for pego em flagrante...

Aspen abriu um sorriso.

— Ele não vai ter como negar nada. — ela concluiu, assentindo. — Por mais que os advogados dele sejam bons...

— Bem, é difícil argumentar contra um flagrante bem dado, — Liam concluiu, passando a mão pelos cabelos. — Mas é claro, não pode ser qualquer flagrante, dado de qualquer jeito. A gente teria que planejar isso muito bem...

— Até pra não correr o risco de alguém se machucar, né? — Camila interrompeu a conversa, ficando de pé. — Seria terrível se a gente piorasse a situação para o J.V. enquanto a gente estava tentando ajudá-lo.

— Sim, sim, a ideia é boa, mas precisamos de um jeito para colocá-la em prática... — Aspen assentiu, batendo no queixo com o dedo indicador.

— Bem, com isso pelo menos, eu acho que posso ajudar. — Angela abriu um sorriso enviesado. — Pode deixar essa parte do plano comigo e com a Nath.

— Oi? — Nath se virou para encarar a namorada com nítida confusão. — Como assim?

— Se tem uma coisa que eu sou boa é em irritar esse tipo de gente, — Angela sorriu abertamente, — deixa comigo.

— Tudo bem, Angela, mas... — Aspen respirou fundo, tentando dispersar os sentimentos de apreensão que preenchiam seu peito.

— se cuida, tá? Não é para ninguém se machucar fazendo isso, e isso inclui você, a mãe do J.V. e ele também, tá?

— Então o pai dele tá liberado? — Érica perguntou, arrancando uma onda de suspiros de todos os amigos.

***

Já era noite quando Aspen e Olívia saíram da casa de Liam, cada uma com seu respectivo pote de sorvete cheio de canjica nos braços.

A brisa estava gelada agora, então o calor que emergia do pote em seus braços lhe trazia certo conforto.

— Vai dar tudo certo, Aspen. — Olívia falou subitamente, olhando ao redor com curiosidade. — J.V. vai arrasar amanhã.

— Eu sei, só tô preocupada. — Aspen forçou um sorriso, desviando o olhar de Olívia para a rua. — Ele teve outro jogo hoje né? Espero que tenha ganhado.

— Pior que ele empatou. — Nath, que estava saindo da casa de Liam juntamente com Angela e Fábio, respondeu. — Pelo menos isso me dá uma desculpa para visitá-lo, eu vou 'consolar' meu amigo.

— Não esquece de passar para ele tudo o que a gente preparou, — Aspen aconselhou ao que Nath assentiu.

— Bem, eu vou levar a Nath lá e depois vou preparar aquilo que a gente tava conversando antes.

O flagrante.

— Tá, mas não faz nada que possa estragar a apresentação dele de amanhã, tá?

— Pode deixar comigo. — Angela sorriu. — Para o que eu tava pensando, vai demorar uns dias mesmo.

— Tá, avisa se precisar de ajuda. — Aspen soltou um suspiro. — Melhor a gente ir andando, Olívia, Fábio.

Houveram alguns murmúrios de concordância e despedida enquanto os dois grupos se despediam e se separavam, cada um seguindo seu próprio caminho rumo a sua casa... mas no dia seguinte, eles se reuniriam mais uma vez.

Mas Aspen nunca poderia imaginar o que estava por vir.

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