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Capítulo 30


POV do J.V.

Na manhã seguinte, J.V. acordou determinado a faltar a escola para visitar Liam – não que ele fosse contar para alguém, mas seu pai sabia que ele ainda teria aula naquela semana e, como não tinha treino naquele dia, provavelmente ficaria tomando conta para que ele não se atrasasse nem mesmo um minuto no caminho até em casa.

Então faltar a aula era sua única opção.

Por sorte, como as férias começariam logo na semana seguinte, nem mesmo os professores pareciam muito dispostos a dar aulas naquela semana – então ele provavelmente não perderia nada de importante... e o simples fato desse pensamento cruzar a sua mente o fez sorrir.

Aspen está me influenciando mais do que eu imaginava, pensou, rindo enquanto colocava a mochila nas costas, sempre fui responsável, mas nunca fui de me importar com a minha frequência nas aulas assim.

Ainda estava de bom humor até chegar na cozinha e se deparar com a casa estranhamente silenciosa – normalmente, naquele horário, sua mãe estaria preparando o café e cantarolando alguma coisa baixinho. O silêncio não era apenas estranho, era incômodo e perturbador e J.V. subitamente se lembrou do seu pensamento do dia anterior.

Sua mãe estava estranhamente ausente.

Nervoso, J.V. decide procurar a sua mãe antes de sair de casa. Mentalmente, se criticou pelo seu nervosismo, pelo seu estômago estar se contorcendo e por estar sentindo calafrios: seu pai podia ser muitas coisas, mas ele nunca tinha machucado a sua mãe... pelo menos, não fisicamente. Ele não é do tipo que bate em mulher.

Mas o olhar dele estava tão estranho na noite passada..., uma vozinha sussurrava no ombro de J.V., quase como que naqueles desenhos animados onde um anjinho e um diabinho ficavam nos ombros do protagonista. Ele pode ter feito alguma coisa dessa vez.

Ele não faria isso, J.V. argumentou consigo mesmo. Ele não é assim.

Tenho certeza de que nenhum criminoso é assim... até que ele é, não é mesmo?, a voz argumentava de volta, fazendo J.V. querer gritar.

Sua mãe, pensou, apressando o passo em direção à área de serviço, era só ele encontrar a sua mãe, ver que ela estava bem e que tudo isso não parecia de coisas da sua imaginação.

Mas ela não estava na cozinha, nem na área de serviço ou na sala, nem mesmo no banheiro ou em seu quarto, onde seu pai ainda dormia pesado.

Onde estaria a sua mãe?

Nervoso, J.V. quase estava ligando para a polícia quando ouviu um barulho vindo do quintal.

Correu para lá, seus passos apressados nem um pouco silenciosos até que viu que, para seu grande alívio, sua mãe ajoelhada em frente ao canteiro, Pombinho investigando o que ela estava fazendo com clara curiosidade.

– Mãe, a senhora quase me matou do coração, – J.V. disse, soltando todo o ar que ele não tinha notado que estava segurando. – tá tudo bem com a senho—

Foi um reflexo, tão rápido que J.V. não tinha certeza de que tinha visto o que ele achava que ele tinha visto.

– Mãe? Suas mãos...?

– Ah, tá tudo bem, filho. – ela sorriu, mas era um sorriso pequeno. Triste. – Você dormiu bem?

– Eu to bem, mas as suas mãos... a... a senhora se machucou? Foi o pai que...?

– O quê? – Ela desviou o olhar para as mãos e viu, meneando a cabeça – Ah não, querido. Estou bem. Estou cuidando do jardim, isso é só um pouco de terra que ficou.

Ela esfregou uma das manchas em seus punhos e J.V. se sentiu relaxar quando viu o tom escuro ficar ligeiramente mais claro.

– Seu pai tem andado mais nervoso mas... Não acho que ele faria algo para nos machucar. – sua mãe o consolou e J.V. assentiu, se sentindo culpado pelos seus pensamentos.

– Eu sei, mãe...

– Quando a temporada de futebol passar, o humor dele deve melhorar, – seu tom era tão otimista que era quase doloroso, muito similar ao de uma criança que acredita em papai noel. – e aí, nossa vida vai melhorar um pouco.

– Espero que sim. – J.V. sorriu, incapaz de dizer que não acreditava na melhora de humor do seu pai. – Espero que sim, mãe.

***

Ao lado de sua mãe, J.V. voltou para dentro da casa enquanto sua mãe falava em uma voz que contradizia a sua suposta animação sobre as sementes que ela havia plantado no canteiro. J.V. estava ouvindo enquanto arrumava o seu café, tentando embarcar na animação falsa que a sua mãe estava tentando passar.

– Parece que vai ficar bem legal, mãe. – J.V. comentou, pegando alguns ovos na geladeira. – A senhora quer ovos mexidos também?

Sua mãe recusou – o que ele esperava já que ela detestava ovos, mas bem, era educado oferecer. Começando a preparar os seus ovos, J.V. tentou imaginar o jardim que sua mãe estava criando quando passos pesados vindo do quarto fizeram ela subitamente se calar.

– Que que você tá fazendo, J.V.? – a voz, rouca pelo sono, de seu pai soou atrás deles. J.V. soltou um suspiro.

– Café da manhã, – respondeu, tentando soar bem-humorado. – quer ovos, pai?

– Sua mãe tá preguiçosa mesmo, nem faz mais café para você, – resmungou, fazendo com que a sua mãe desse um pulo da cadeira e começasse a andar na direção de J.V. – você é um atleta, devia estar se preparando para treinar.

J.V. respirou fundo, tentando conter a resposta que ele realmente queria dar enquanto dava um sorriso calmo para sua mãe.

– Não, eu já terminei, mãe. Obrigado. – agradeceu, sinalizando que ela devia se sentar novamente, mas ela agora claramente não se sentia mais a vontade para fazê-lo. – A senhora sabe que eu gosto de cozinhar.

Na verdade, não é bem que ele gostasse, mas J.V. não se incomodava de fazer algumas coisas na casa – como preparar seu próprio café da manhã ou fazer algumas tarefas pela casa. Afinal de contas, ele morava ali. Era justo.

Sua mãe lhe deu um sorriso e caminhou na direção da pia, começando a lavar a pouca louça que tinha acumulado.

– Hoje você não vai para a escola, J.V. – seu pai informou, enquanto pegava o seu celular e digitava algumas coisas lá. – você vai ficar aqui e ajudar o seu velho com algumas coisas.

J.V. congelou, garfo no meio do caminho em direção a boca, e se virou na direção do pai.

– Mas pai, não posso ficar matando aula, – falou, fingindo que a ideia não tinha passado pela sua cabeça. – como o senhor sabe, se meu rendimento cair na escola, posso ser retirado do time e—

– Sei sei, isso é uma baita besteira se você me perguntar, mas eu sei que é assim. – pegando a garrafa térmica, seu pai se serviu do café e colocou algumas generosas colheres de açúcar antes de prosseguir. – Mas hoje vai ser uma excessão. Preciso que você vá comigo lá na polícia e faça um depoimento a favor dos meus meninos, o Antônio e o Felipe. Parece que eles arrumaram confusão com um desses mimizentos irritantes por aí que agora tá querendo processar os meninos. Veja só se tem cabimento uma coisa dessas! Processar dois meninos bons desses só porque eles falaram umas verdades e brigaram um pouquinho com o outro garoto da mesma idade! Parece até que é crime ser homem hoje em dia, meu Deus. Onde é que a gente vai parar...

E, enquanto o pai continuava defendendo os meninos que 'só fizeram o que devia ser feito', J.V. sentia o seu apetite ir embora pouco a pouco.

Então os rapazes que tinham atacado Liam eram os meninos agenciados pelo seu pai?

***

Saiu da delegacia algumas horas mais tarde, tão enjoado que queria vomitar.

Seu pai, que graças aos céus não pôde acompanhar o seu depoimento, teve que ficar na delegacia e tudo o que pôde fazer foi mandar que J.V. voltasse diretamente para casa.

A culpa era toda sua.

Tudo do qual ele suspeitava, do qual ele tinha medo, agora era uma certeza aterrorizante.

Sua culpa, sua...

Foi por sua culpa que Liam estava na rua naquele horário, por sua culpa que seu pai não havia viajado para encontrar com os seus agenciados e sim tinha feito com que eles viessem para Felicidade, por sua culpa que Liam agora estava ferido, internado, e sabe-se Deus lá mais o quê...

Tinha decidido dizer a verdade no depoimento – indo contra a vontade de seu pai, mas era o mínimo que podia fazer por Liam e Érica e todos os seus amigos. Por outro lado, porém, se perguntava se ao fazê-lo não tinha acabado condenando a si mesmo e a sua mãe a um destino ainda pior do que o que eles estavam enfrentando naquele momento.

Ele precisava fazer alguma coisa, qualquer coisa.

Não podia continuar vivendo dessa forma, sempre com medo, apavorado, tremendo de pavor na ideia de tão simplesmente ir contra a algo que seu pai determinava como sendo o certo, como sendo o caminho a ser seguido.

Mas por que é que parecia que, toda vez que ele juntava coragem para desafiá-lo, alguma coisa acontecia para provar a ele que ele nada mais era do que um reles mortal incapaz de batalhar contra algo tão poderoso quanto um deus?

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