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Capítulo 24

POV do J.V.

A hora estava se aproximando com toda a velocidade de uma lesma, e a cada tiquetaque do relógio, J.V. conseguia sentir o seu coração batendo mais e mais forte.

Ele realmente ia fazer isso.

Se apresentar. Na frente de tantas pessoas... parecia algo completamente louco, insano e fora do esperado para ele que J.V. simplesmente não conseguia... acreditar que ele realmente ia fazer tudo isso.

– Filho, tá tudo bem? – sua mãe questionou da porta do quarto, fazendo J.V. dar um pulo e forçar um sorriso.

– Sim, tá sim. – olhando ao redor para ver se estavam sozinhos, J.V. soltou um suspiro antes de acrescentar. – E a senhora? Tá tudo encaminhado?

Sua mãe deu um largo sorriso.

– Nem foi tão difícil assim, tenho que dizer que o Brasileirão ajudou a gente. – dando um risinho, sua mãe meneou a cabeça. – Seu pai está super animado com o jogo de hoje. Coloquei umas cervejas para gelar, ele já está na terceira. Se dermos sorte, nem vamos precisar explicar porque saímos, ele nem vai notar.

– Isso realmente é uma ótima notícia. – sorriu, olhando para o relógio. Quatro e quinze. – Não falta muito agora...

– Não, não falta. Fica calmo, filho, você está fazendo isso para se divertir, lembra? Não se cobre tanto...

Sua mãe não sabia, mas, na verdade, aquilo havia deixado de ser apenas por diversão há muito tempo para J.V.. De fato, havia muito, muito mais em jogo do que ele jamais admitiria para ela... e talvez até mesmo para si mesmo.

Sentiu o aparelho celular vibrar ao lado da perna e, não pela primeira vez, lamentou que o seu pai ainda estava com o seu celular - ter que ficar se escondendo para checar e responder mensagens era algo extremamente inconveniente.

Além de estressante, é claro.

– Vou fazer o meu melhor, mãe. – respondeu, um sorriso tenso em seu rosto. – Prometo.

– Eu sei, querido. Só não se cobre tanto, tudo bem? Vou estar torcendo por você, como sempre.

Recebendo mais um sorriso de sua mãe, J.V. a assistiu sair da porta do quarto antes de pegar o celular e decidir se esconder no banheiro para poder ler as mensagens e respondê-las...

O que acabou sendo uma excelente escolha, uma vez que ele tinha mais de duzentas mensagens no grupo.

– Céus, o que tá acontecendo?

Abrindo a conversa com a Nath, que só dizia que estava tudo correndo nos conformes, e que não era para ele se preocupar, J.V. sentiu um pouco da tensão que havia se acumulado em suas costas se dissipar, e ele relaxou com um alto suspiro.

Abrindo o grupo, logo percebeu que várias coisas pareciam estar acontecendo simultaneamente. Liam havia perguntado sobre os sintomas de infarto, pois estava sentindo dormência, ao que Érica disse que ele devia estar tendo um AVC. Camila entrou no argumento dizendo que, se continuasse tomando café do jeito que estava, ela teria um AVC, ao que Aspen retorquiu que ela devia ter ido dormir mais cedo no dia anterior ao invés de ficar assistindo doramas. Enzo perguntou qual dorama que Camila estava assistindo e agora, por algum motivo, eles estavam discutindo quais eram os seus atores preferidos na obra.

Desistindo de tentar acompanhar a conversa, J.V. desligou o celular e o colocou embaixo da camisa, sorrindo ao encontrar o caminho livre para voltar para o quarto.

*

Cinco horas e quinze minutos

Uma onda de euforia encheu o corpo de J.V. no segundo em que entrou no ônibus, ainda escorando a sua mãe que estava se sentindo 'mal'.

Seu pai, entretido com o futebol e mais do que bêbado ao julgar pela quantidade de latinhas espalhadas pela sala, não pareceu duvidar da sua palavra... nem mesmo questionar que o filho levaria a mãe ao médico. Ainda assim, ambos mantiveram o ato até entrarem no ônibus e sentarem lado a lado no veículo.

– Eu deveria me sentir mal por mentir para ele, não deveria?– Sua mãe perguntou, a súbita vulnerabilidade em seu tom fazendo J.V. sentir uma enorme vontade de abraçá-la. – Mas eu só consigo me sentir triste. Às vezes, acho que ele não se importaria nem mesmo se eu morresse.

Abraçando a mãe de forma desajeitada, J.V. ponderou sobre o que poderia dizer. Internamente, se fazia a mesma pergunta, mas não queria que a mãe ficasse ainda mais triste. Por outro lado, argumentar que o pai só agiu dessa forma por estar cansado ou bêbado também lhe soava como algo extremamente falso além de, certa forma, ser desleal ao seu pai.

Mas será que o seu pai merecia a sua lealdade?

– Bom, não posso falar sobre o meu pai, mas eu sei que sentiria muito a sua falta. – concluiu, abraçando a mãe com mais força.

– Ah, querido. – sorrindo para o filho, sua mãe assentiu. – Bem, melhor pararmos de falar disso, precisamos focar na sua apresentação agora. Mal posso esperar para te ver no palco, J.V., eu tenho tanto orgulho de você, querido.

De alguma forma que o rapaz não sabia explicar, ouvir sua mãe falar que tinha orgulho dele fez com que seus olhos se enchessem de lágrimas - algo muito diferente do que havia acontecido no dia anterior, quando o seu pai havia lhe dito o mesmo.

Engolindo o choro junto com o sentimento avassalador de culpa que o tomava, J.V. forçou um sorriso para sua mãe.

– Obrigado, mãe, – murmurou, respirando fundo – obrigado mesmo.

*

– Gente, chegou a nossa estrela! – Liam avisou, correndo na direção de J.V. e sua mãe com um largo sorriso. – Cara, tá tudo pronto. Você vai ser o quinto a se apresentar, então vamos entrar logo para o pessoal começar a te arrumar. – disse, sinalizando para que Érica saísse de trás dele e guiasse J.V.– Tia Isa, eu posso te chamar de tia, né? – Não dando tempo para a mãe de J.V. responder, Liam lhe ofereceu o braço e deu um largo sorriso.– A senhora está comigo! – tão logo a mãe de J.V. aceitou a ajuda de Liam, ele começou gentilmente a guiá-la para dentro do Centro Cultural.

Sem nem ao menos conseguir se despedir propriamente de sua mãe, J.V. se viu arrastado pelo braço por Érica, que o guiou por corredores cheios de gente, o alto ruído de conversa, risos e música se misturando e tornando qualquer conversa virtualmente impossível.

J.V. não sabia dizer quanto tempo havia demorado, mas não conseguiu deixar de sorrir aliviado quando reconheceu o rosto de Aspen, iluminado pela luz de celular que ela segurava.

– Chegamos! – Érica o empurrou para próximo do Enzo, que estava atrás de Aspen, parecendo ler algo por cima de seu ombro.

– Ei, J.V.! – Aspen deu um sorriso. – Que bom que deu tudo certo.

– Só vai ter dado tudo certo depois que o J.V. passar para a próxima etapa. – Enzo concluiu, pegando o braço para o J.V.– Vou ajudar o J.V. com as roupas. Camila, prepara a maquiagem.

– Maquiagem?

– Nada pesado, não se preocupe. Por incrível que pareça, a máscara que a Érica preparou ficou boa o bastante, – Érica protestou ao seu lado, mas claramente decidiu que aquele não era um bom momento para discutir e se conformou em ficar apenas lançando o olhar da morte na direção de Enzo. – Isso aqui é só uma medida extra de segurança que a Camila e eu pensamos hoje de manhã.

– Pode confiar na gente, J.V. – Camila deu um largo sorriso. – Tá tudo pronto aqui, Enzo... Podemos começar a transformação de J.V. em Victor?

*

O som de aplausos ainda estava a ecoar nos ouvidos de J.V. quando o grupo de dançarinos que tinha acabado de se apresentar passou por ele.

Mãos trêmulas, J.V. ergueu os olhos para as cortinas pretas que estavam a menos de cinco passos de distância.

Céus, ele realmente ia fazer isso.

Uma onda de adrenalina percorreu o seu corpo, a sensação similar a de quando havia levado um pequeno choque no chuveiro do banheiro dentro do vestiário.

Com o coração batendo forte, olhou para trás procurando os seus amigos, mas eles já não estavam ali.

Ele estava sozinho agora.

Em suas mãos, seu velho violão que Nath havia trazido para ele era seu único companheiro - seu único conforto. Tinha uma grande parte dele que desejava ardentemente sair daquele lugar correndo, gritando.

Estranhamente, nunca havia se sentido dessa forma quando estava prestes a jogar uma partida de futebol.

Foi apenas o pensamento de que teria de ver a decepção nos rostos de todos os seus amigos novamente quando fosse a escola o segurou no lugar.

E a sua mãe, que tinha se arriscado mentindo para seu pai para que ele pudesse fazer essa loucura.

E Aspen. Tinha Aspen que, de certa forma, tinha sido a maior inspiração para que ele finalmente fizesse alguma coisa.

Se ele não tivesse encontrado aquela carta, será que ele algum dia teria coragem de fazer algo que seu pai não aprovaria?

– E eu quero dar as boas-vindas ao nosso próximo concorrente! Victor!

Era agora ou nunca.

Respirando fundo, J.V. estufou o peito, segurou o violão com força e caminhou na direção da voz do apresentador do evento.

*

Todos mudam durante a vida, disso J.V. sabia bem.

Ele sabia também que gostava de cantar e de tocar o violão... E que, de certa forma, toda essa loucura com os seus amigos havia sido extremamente divertida.

O que ele não sabia, porém, era como ele se sentiria no palco.

Similar a sensação após o primeiro gole de café, a onda de euforia que preencheu o seu ser no instante em que ele entrou no palco e as luzes se acenderam na forma que Enzo havia planejado era algo... simplesmente viciante.

Começando a dedilhar as notas no seu violão, as mesmas notas da mesma melodia que havia praticado tantas vezes na casa de Nath, cantando a mesma letra que sabia de trás para frente e que, outro dia mesmo, havia reclamado estar entediado de tanto cantar parecia algo completamente diferente, algo novo, mágico.

Magia.

Era isso, havia magia no ar; magia conjurada pelas vozes cantando junto consigo, pelos risos e sorrisos que estavam nascendo enquanto olhavam para ele, pelas palmas que acompanhavam o seu violão e pelos corpos que se moviam de forma ritmada. Algumas pessoas filmavam, outras tiravam foto, mas nada importava.

Ele, que sempre se sentia desconfortável com as câmeras sobre si, hoje ele se sentia livre.

Sabia que devia se preocupar em cumprir o que tinha combinado com Enzo, sabia que precisava agradar os jurados, mas, de uma forma que simplesmente não sabia explicar, foi tomado pelo que quer que estivesse acontecendo ali e, como que num transe, se apresentou.

E quando acabou, arfando, com apenas aquela sensação viciante de prazer e adrenalina continuava pulsando em seu sangue, permitiu-se focar na plateia, seus olhos sendo automaticamente atraídos pelos de Aspen.

– Obrigado! – Agradeceu a todos, seus olhos completamente fixos na ruiva que nem mesmo sonhava ter mudado completamente a sua vida. – Vocês são demais!

E, sob uma chuva de aplausos, J.V. saiu do palco do Centro Cultural, se sentindo mais vivo do que jamais se sentiu.


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