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Capítulo 21

POV do J.V.

— Mas nem ferrando, — J.V. sacudiu a cabeça enfaticamente, enquanto erguia os braços para olhar para a roupa. — nem sonha, Enzo.

— Ah cara, mas ficou legal demais! — Enzo deu um sorriso vitorioso, secando o suor inexistente do seu rosto. — Cara, a Nath tava certa. Você fica muito bem de preto!

Respirando fundo para controlar a raiva, J.V. meneou a cabeça.

— Nem vem, cara. Ninguém fica bem com essa roupa estilo Peter Pan brilhante.

Enzo revirou os olhos, parecendo ter ouvido algo extremamente burro.

— Muito pelo contrário! Esse estilo tem tudo a ver com você, e não é brilhante, é porque o figurino foi feito com malha acetinada. — dando um sorriso satisfeito, Enzo assentiu. — Ótimo então, o figurino tá completo.

J.V. franziu o cenho.

— Sério, mas precisa desse decote todo? — J.V. explicou, se sentindo desconfortável, mas Enzo revirou os olhos.

— Eu acho que sem camisa ia dar mais certo, mas as meninas me convenceram.

— E você não acha que vai chamar atenção demais?

— Primeiro, você quer chamar atenção, lembra? Isso é uma competição... e, segundo, bem, considerando que a apresentação é à noite, tá até discreto demais... Hm... talvez eu devesse conversar com a--

— Não! — J.V. deu um suspiro, se dando por vencido. — Não. Tá bom, eu vou usar isso... você tem a máscara, pelo menos?

— A máscara ficou com a Érica. Aparentemente, ela é muito boa criando essas coisas. — a voz de Enzo estava carregada de descrença, mas aparentemente ele não tinha conseguido vencer essa discussão em particular. — Não sei até onde eu acredito que aquela criatura tenha alguma noção artística, mas não se preocupe... se tudo mais falhar, bem, eu tenho um plano B.

Plano B?

— Sim, quero dizer... — o sorriso que Enzo deu apenas podia ser descrito como sendo sádico, e J.V. se sentiu engolindo em seco. — como você se sente em relação à maquiagem?

*

Faltavam alguns minutos para o primeiro tempo acabar quando J.V. e Enzo saíram do banheiro, Enzo claramente muito mais animado sobre toda aquela situação do que J.V., que se sentia extremamente sem graça.

Ainda assim, ele estava determinado a seguir com o plano – afinal de contas, aquilo tudo tinha se tornado muito maior do que apenas ele tentando algo novo, do que ele tentando ajudar a sua mãe.

Aquilo era um projeto no qual todos os seus amigos tinham se dedicado muito e, nem que fosse apenas por eles, ele precisaria se dedicar com igual determinação para fazer jus a tanto esforço.

E o que era um pequeno mico para retribuir o apoio dos seus amigos?

Determinado a não decepcionar ninguém, J.V. respirou fundo e tentou ignorar todos os sentimentos ruins de medo e insegurança que insistiam em perturbá-lo.

As coisas não vão mudar se eu apenas ficar esperando que elas mudem, preciso tomar uma atitude concreta para que elas aconteçam, pensou, se lembrando mais uma vez da carta na sua mochila.

E, voltando os seus olhos para a mochila, mais uma vez pensou que aquela seria uma ótima oportunidade de confirmar se o Enzo da carta e o Enzo sentado ao seu lado podiam ser a mesma pessoa.

— Então... — J.V. respirou fundo mais uma vez, encarando Enzo de canto de olho. — Você conhece ou conheceu algum outro Enzo aqui na cidade?

*

— Honestamente, J.V., — Enzo resmungou enquanto os dois entravam na sala. — em quantas pessoas você acha que eu botei fogo no cabelo? Você acha que eu sou algum tipo de piromaníaco ou sei lá o quê? — bufou, colocando a mochila na sua carteira e se virando para encarar J.V. — Eu sei que fiz uma coisa idiota quando eu era criança, mas eu aprendi com os meus erros, sabe? Como se já não me bastasse a Érica que–

— Tá, tá, desculpa. — J.V. respondeu, vendo Aspen escrevendo alguma coisa no seu caderno apressadamente de canto de olho. — Eu só queria confirmar as minhas suspeitas, só isso.

— E por que não perguntou diretamente para a Aspen então? Certeza de que ela também poderia confirmar que essa letra é dela. — Enzo retorquiu, parecendo procurar alguma coisa na mochila.

— Hm... digamos que eu acho que você não é a única pessoa que se arrepende de coisas que fez no passado. — admitiu, olhando ao redor mais uma vez antes de se virar para Enzo. — Não queria deixar ela sem graça.

— Ah, mas eu, tudo bem né? — Enzo resmungou, e J.V. estava a ponto de dizer que Enzo não parecia nem um pouco sem graça quando ele deu um largo sorriso. — Ahá!

Se virando para J.V., Enzo sacudiu na sua frente um envelope branco encardido, sem remetente, muito parecido com o que ele mesmo havia lhe mostrado a alguns minutos atrás.

— Agora, se você quer saber, eu afirmo pra você que essa carta aí é da Aspen, do mesmo jeito que eu tenho certeza absoluta de que essa carta aqui é da Érica. — Explicou, baixando o tom de voz quando se aproximou de J.V. — A grande pergunta é como é que raios isso veio parar nas nossas coisas?

*

As palavras de Enzo ainda estavam em sua mente quando o intervalo chegou e uma Aspen extremamente estranha se aproximou dele.

— Oi, — ela cumprimentou, parecendo olhar para alguma coisa atrás dele. — tá tudo bem?

— Hm, tá sim. — ele sorriu. — Tô um pouco nervoso com o jogo e a apresentação, mas de resto, tá tudo certo.

— Hm, que bom. — ela respondeu, ainda sem olhar diretamente para J.V., que estava começando a se sentir desconfortável. — Sabe, professora Karla elogiou a sua prova de literatura.

— Sério?! — J.V. sentiu uma onda de alívio preencher o seu corpo e não conseguiu conter um sorriso. — Que ótima notícia! Sabe, eu estava muito preocupado de acabar te prejudicando e–

— Como assim?! — Aspen questionou, olhando pela primeira vez desde que aquela conversa havia começado diretamente nos olhos de J.V. — Todos nós sabíamos do problema que você tá enfrentando em casa J.V., eu estava mais preocupada em você parar no hospital do que qualquer coisa e–

— É, eu sei que você não ia me cobrar a nota nem nada assim, mas eu sou seu primeiro 'aluno' né? Você devia estar preocupada com a professora te demitindo ou te chamando atenção e–

— E daí? — Aspen questionou, cruzando os braços. — Eu até podia estar um pouco preocupada com isso, mas não quer dizer que eu seja tão sem coração que eu fosse te cobrar por isso... Ou que fosse usar isso contra você, de qualquer forma. — Aspen soltou um suspiro e baixou os olhos. — Eu já tinha até pensado em continuar te ajudando mesmo depois que a professora me demitisse. Poxa, eu sei que as pessoas acham que eu sou arrogante, mas eu nunca–

— Eu sei, eu sei. Não foi o que eu quis dizer, desculpa. — J.V. disse, dando uns tapinhas meio sem jeito no ombro de Aspen. — Eu só não queria te atrapalhar.

— Pois não ia atrapalhar, de jeito nenhum. — Aspen revirou os olhos e soltou um suspiro — De qualquer forma, queria te avisar que ela me disse que ia te elogiar, então não precisa levar susto se ela te chamar na sala dela, tá?

— Ah, sim, obrigado. — J.V. deu um sorriso, tentando fitar Aspen nos olhos mais uma vez, mas não conseguiu. Franzindo a testa, J.V. concluiu que devia ter algo realmente errado com ela. — Tá... tudo bem com você?

— O... o quê? — Aspen arregalou os olhos, sacudindo a cabeça rapidamente. — Não, quero dizer, sim, tá tudo bem. Eu tô ótima. — gaguejou, outra coisa que não era muito normal para ela, e que deixou J.V. ligeiramente preocupado. — Ah, eu tenho que ir agora, tá? Tchau. — E antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, Aspen saiu andando a passos rápidos e apressados em direção a porta da sala.

— O que será que aconteceu com ela?

— Acho que eu traumatizei a Aspen, — A voz de Nath estava carregada de humor, como se ela estivesse se esforçando muito para não gargalhar. — foi mal, J.V.

Se virando para encarar Nath, J.V. tentou fazer uma expressão de desaprovação.

— Se você traumatizou a Aspen, não é pra mim que você tem que pedir desculpas, não é não, moça?

Nath deu um sorriso que negava qualquer arrependimento, enquanto se aproximava e deu uns tapinhas no ombro de J.V.

— Vou me desculpar com ela depois, — Nath disse, mas algo em sua voz não inspirou muita confiança em J.V. — como você está hoje? Ansioso?

— Não muito... acho que vai ser pior no sábado... não, no domingo. Sábado a noite eu ainda vou estar muito cansado da partida, então não vou ter muito tempo para me preocupar com o show, agora domingo de manhã eu já sei que vou estar uma pilha...

— Não se esquece do combinado, tá? Você lembra do plano?

— Minha mãe vai fingir que está doente, e eu vou dizer ao meu pai que vou levá-la ao médico. Vamos sair de casa às cinco, para ter certeza de despistar meu pai se ele decidir seguir a gente por qualquer motivo... Se nada der errado, devemos nos encontrar com Liam e Érica as cinco e meia, e o Liam vai levar minha mãe para a plateia do Centro Cultural enquanto a Érica vai me levar para encontrar vocês para me arrumar. Depois disso, é só me apresentar e rezar para dar tudo certo... né?

— Isso aí, certinho. Mas amigo, vai dar certo. Victoré um sucesso. — Nath deu um sorriso largo. — É só lembrar de guardar um empreguinho pra gente na sua equipe depois que estourar no Brasil... ou pelo menos guardar uns ingressos pro show.

J.V. deu um sorriso para a amiga.

— Não se preocupa, Nath. Se der tudo certo, vocês já podem se considerar contratados - são os empresários e produtores adolescentes mais eficientes desse país.

Os olhos de Nath faiscaram com entusiasmo.

— Preciso lembrar de adicionar isso no meu currículo.

*

Era o final do dia, e J.V. estava se preparando para ir para casa quando Enzo o chamou.

— Então, — ele disse, olhando ao redor com certa preocupação. — sobre aquele negócio que a gente tava conversando mais cedo...

— Sim? — J.V. levou alguns segundos para chegar a conclusão de que Enzo provavelmente estava se referindo às cartas.

— Estava pensando, e acho que talvez devêssemos falar com Liam sobre isso, — concluiu, passando a mãos pelos cabelos e olhando ao redor mais uma vez. — Ele deve conseguir devolver as cartas sem levantar suspeitas ou chamar atenção para nós.

— Não seria melhor ser honesto e simplesmente contar tudo para a Érica e a Aspen? — Questionou, mas sua voz estava claramente hesitante. — Aspen já sabe que eu tenho a carta dela de qualquer forma e--

— Você tá louco? Você já viu o quanto a Érica me odeia? — Enzo engoliu em seco, sacudindo a cabeça como se aquela fosse a pior ideia que ele já ouviu na vida. — Ela não vai me dar tempo nem de concluir a história, muito menos de me defender! Vai fazer picadinho de mim, como se eu fosse o culpado de ter acabado com essa carta na minha mochila, sendo que eu só sou culpado de reconhecer a letra dela! Só isso! Se você quer mesmo saber, eu já pensei em vários planos para me desfazer dessa coisa aqui, eu só ainda não descobri o jeito mais seguro de fazer isso... Mas aí, eu pensei... Se falarmos com Liam, talvez...

— Seguro?— J.V. soltou um suspiro. — Cara, do jeito que você fala, parece que isso aqui é uma bomba ou algo do tipo... Enzo, isso é só um pedaço de papel, não vai te machucar.

— Não vai TE machucar, você quer dizer. Se a Érica descobre que isso aqui tá nas minhas mãos, eu vou apanhar tanto que vou ficar mais de um mês sem poder trabalhar, e nem revidar eu vou poder, já que ela é uma menina. Não, sem chance. Eu prezo muito pela minha segurança, cara. Isso aqui vai continuar sendo tratado como a bomba que é.

J.V. revirou os olhos, mas assentiu, decidindo que não valia a pena contrariar o amigo já claramente angustiado.

— Bem, se você acha... talvez devêssemos falar com Liam primeiro sim. Ele é quem as conhece melhor, de qualquer forma.

Assentindo, Enzo ficou quieto por um longo minuto enquanto aguardava J.V. terminar de arrumar as suas coisas e caminhar em direção a porta, onde o acompanhou.

— Vamos ver se falamos com Liam sobre isso semana que vem então. Depois do jogo de vocês no sábado e da sua apresentação no domingo... além do mais, as férias do meio do ano estão chegando, e o último dia de aula parece um ótimo dia para resolver esse problema. — Enzo soltou um suspiro de alívio. — Dá as férias inteiras para a Érica se acalmar.

— Ou para ela planejar a sua morte. — J.V. adicionou, acelerando o passo até começar a correr e rindo quando Enzo gritou "EI!" e saiu correndo atrás dele.


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