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Capítulo 20

POV do J.V.

Algumas ruas a distância, naquela mesma cidade e naquela mesma sexta-feira, J.V. acordava com um largo bocejo.

Se deu permissão para espreguiçar lentamente, se sentindo até mesmo seguro o bastante para dar um sorriso enquanto esfregava os olhos com as costas da mão.

Que manhã maravilhosa.

Se sentou na cama e se espreguiçou mais uma vez, admirando o sol que já estava bem alto no céu, o que era um pouco estranho, considerando que não era verão.

Deve fazer calor hoje, pensou, dando de ombros.

Se levantou e começou a se arrumar para ir para a escola, tentando lembrar o que precisava fazer no dia.

Preciso encontrar o Enzo e confirmar com ele que foi Aspen que escreveu essa carta., pensou, determinado. Isso seria seu foco do dia, o que mais precisava se certificar.

Ele simplesmente precisava ter certeza de que aquela carta era de Aspen.

Ele também precisava checar se haviam saído as notas das provas, refinar os detalhes da apresentação do show de talentos com seus amigos e aproveitar que o seu pai ainda estava viajando e que eles tinham o dia de folga do clube para se preparar para o grande jogo no dia seguinte para treinar um pouco para sua apresentação.

Decidido a chegar cedo na escola para começar logo a cumprir tudo o que queria fazer no dia, J.V. deu um pulo para fora da cama e partiu direto para o banheiro.

Seu bom-humor durou até ele chegar na cozinha e, enquanto seguia para a geladeira para pegar um pouco de leite, se virar para olhar para o grande relógio na parede.

Seis e cinquenta e cinco da manhã.

Soltando uma meia dúzia de palavrões, J.V. sentiu o seu coração acelerar enquanto ele começava a usar todos os seus conhecimentos de matemática para tentar sair daquela situação.

Ok, as aulas começam as sete, eu moro a mais ou menos quinze minutos da escola de ônibus, então se eu der sorte e o ônibus também estiver atrasado...

Mas é claro, a menos que tivesse uma forma de se teletransportar para a escola, nada além de um milagre faria com que ele chegasse em sua sala de aula antes das sete.

Conformado de que iria perder pelo menos o primeiro tempo, J.V. decidiu sentar e tomar o seu café da manhã mesmo assim.

A inspetora não vai me deixar entrar no meio do primeiro tempo mesmo, pensou, colocando o leite em uma xícara. Pelo menos assim vou ficar de estômago cheio.

Instintivamente olhando para os dois lados procurando pelo pai, J.V. soltou um suspiro de alívio e decidiu pegar o achocolatado.

Ninguém precisa saber.

Misturando rapidamente no leite, J.V. estava decidindo se prepararia algumas torradas quando a sua mãe entrou na cozinha carregando uma grande pilha de roupas sujas.

— Ah, bom dia, querido. Já deu hora para você ir para a escola? — questionou, enquanto continuava o seu caminho até a máquina de lavar roupa, que ficava na área de serviço, logo atrás da cozinha.

— Sim, mãe. Já são sete horas... — isso fez a sua mãe soltar uma exclamação de surpresa e J.V. soltou um suspiro.

Sei bem como é, pensou, dando um sorriso sem graça para sua mãe e voltando a se focar no pão em suas mãos. Sinto como se alguém tivesse esquecido de adicionar algumas horas na manhã de hoje...

— Mas já?! — Perguntou ela, dando alguns passos atrás e esticando a cabeça para ver o número no relógio. — Jesus!

— Pois é, levei um susto também, — J.V. soltou um suspiro, colocando as fatias de pão na torradeira. — Já vi que o dia de hoje vai acabar num piscar de olhos...

— Desculpa, querido. Não vi a hora, eu podia ter ido te acordar...

— Não esquenta, mãe. — J.V. deu um sorriso sem graça. — Eu sempre acordo sozinho, não sei o que deu em mim hoje...

Provavelmente a combinação de estresse e muito esforço físico tinham finalmente conseguido me derrubar.

— Mas eu podia ter te ajudado e—

— Não, tá tudo bem. Pelo menos assim eu posso ter um café da manhã tranquilo. — disse, tamborilando os dedos na pia enquanto esperava a torradeira fazer a sua mágica. — Nem me lembro da última vez que comi torrada, capaz até de chover hoje.

Sua mãe soltou uma risada triste

— Nunca vi ninguém tão feliz em comer torrada—

— Não é só torrada! — J.V. propositalmente alargou o seu sorriso e se aproximou de sua mãe como se estivesse a ponto de contar um grande segredo. — É torrada com achocolatado! Melhor café da manhã que isso é impossível!

— Bem, então não vou nem te dizer que tem bolo na geladeira. — sua mãe disse, rindo abertamente ao ver os olhos arregalados do filho. — Só não abusa muito, se você tiver engordado quando o seu pai chegar...

Com a voz trêmula, ela deixou a frase no ar, quase como se terminá-la fosse atrair alguma espécie de mau agouro.

— Tudo bem, mãe. Não se preocupe. — J.V. sorriu afetuosamente, seu olhar caloroso carregado de preocupação. — eu sei me cuidar, tá? Vou comer com cuidado...

Sua mãe forçou um sorriso e assentiu, retomando os seus afazeres. Enquanto tomava seu café da manhã dos sonhos, porém, J.V. se enchia de determinação.

Um dia, ele se prometeu, um dia, ele poderia comer tranquilamente o que ele quisesse.

Não teria medo de engordar, de perder velocidade, de perder um jogo, não. Ele continuaria jogando futebol, mas talvez praticasse outros esportes também. Natação ou talvez vôlei. Talvez karate.

Tinha tantas coisas que ele queria tentar!

Sua mãe não teria medo da reação do seu pai no caso dele ganhar ou perder um ou dois quilos. Ele não teria medo do que aconteceria se ele ganhasse ou perdesse um ou dois quilos. Ou se perdesse um jogo.

J.V. e sua mãe seriam livres para fazerem o que quisessem, sem medo.

Mas para isso, esse final de semana tinha que ser um sucesso dobrado.

Por isso, tão logo limpou os rastros do seu café da manhã, J.V. pegou sua mochila e saiu para o ponto de ônibus.

Eram sete e quinze... certamente chegaria antes do segundo período, às sete e quarenta e cinco. Certo?

*

J.V. soltou um suspiro de alívio quando viu a inspetora se afastar.

Hoje realmente não era seu dia de sorte.

Começou o dia acordando tarde e agora teve a sorte de pegar o dia da inspetora Verônica, a mais chata da escola inteira. Depois de passar um bom tempo dando uma lição de moral sobre como o 'atraso era um desvio de moral' e que ele 'não ia ser ninguém na vida se não entrasse no eixo', ela saiu para receber a 'próxima vítima'.

E olha que é a primeira vez que eu me atraso esse ano.

Sentando no banco para esperar o sinal indicando o início do segundo tempo de aulas, J.V. colocou a mochila ao lado dele e estava procurando por sua garrafa de água quando viu, de canto de olho, Enzo se aproximando dele com a mesma expressão que ele devia ter tido em seu rosto enquanto estava ouvindo o sermão da inspetora Verônica.

— A senhora viu o bilhete da minha mãe? Ou a declaração da minha contratante? — Enzo parecia extremamente frustrado. — Eu estava trabalhando!

— Mas isso não é desculpa para se atrasar para a aula, — ela continuou e Enzo claramente desistiu de argumentar. — é importante cumprir com todos os compromissos, e— ela parou, olhando ao redor e soltando um suspiro. — Eu juro, todos os alunos decidiram se atrasar hoje! — e, deixando Enzo lá para se virar, ela voltou para a porta da escola para receber a próxima vítima.

— Eu tô acordado desde às quatro da manhã, — Enzo choramingou, se aproximando e sentando ao lado do J.V. — a contratante queria usar a luz do nascer do sol nas fotos. Teoricamente, teoricamente, era para dar tempo, mas acabei ficando preso no engarrafamento... sabia que teve um acidente no Trevo?

J.V. arregalou os olhos embora, na verdade, não estivesse muito surpreso.

— Aquele cruzamento tem acidente dia sim, dia não.

— Pois é, e eu dei azar de pegar justo o dia sim. Pelo menos parece que ninguém se machucou.— soltando um bocejo, Enzo se virou para ele — eu disse que eu tô acordado desde às quatro da manhã?

— Sim, você mencionou.

— Desde às quatro. O céu tá escuro às quatro da manhã. — respondeu, soltando mais um bocejo. — Mas, bem, o nascer do sol tava bem bonito. A luz tava incrível. — Mais um longo bocejo. — Eu acho.

J.V. soltou uma risadinha.

— Você devia ter ficado em casa hoje, cara. Você vai acabar dormindo na aula...

Enzo assentiu.

— Sim, sim, mas eu estou provando um ponto.

— Hm?

— Eu disse para minha mãe que eu dava conta... ela queria recusar o trabalho, mas a proposta era boa demais para recusar.

— Oh?

— Sim, eu sei que as fotos vão ficar maravilhosas no meu portfólio. E, bem, o fotógrafo que eles escolheram é muito legal e ele sempre me ensina um monte quando eu faço fotos com ele, então eu queria muito participar desse projeto. — concluiu, soltando mais um longo bocejo. — Enfim, eu tô morto, mas não posso admitir, então por favor, me distraia.

Imediatamente, veio na cabeça de J.V. que aquele momento seria a oportunidade perfeita: não tinha ninguém em volta, a carta estava em sua mochila e Enzo estava bocejando do seu lado.

Tudo parecia estar colaborando para lhe dar uma oportunidade de questionar Enzo se ele conhecia algum outro Enzo que podia ter colocado fogo na cabeça de uma menina ruiva, ou até mesmo se ele conhecia alguma menina ruiva na cidade que não fosse Aspen.

É claro, era uma grande oportunidade. A oportunidade perfeita.

J.V. chegou a abrir a boca para começar sua investigação com Enzo quando o amigo soltou um outro bocejo, quase tão grande quanto a onda de culpa que tomou J.V. naquele momento.

Ele sabia como era estar cansado naquele nível.

— Eerh... você quer um café? Ou uma coca? — J.V. perguntou, a mistura de culpa e curiosidade o fazendo hesitar em perguntar o que ele realmente queria saber, mas Enzo imediatamente sacudiu a cabeça.

— Não, não, eu quero uma distração, não comida. — arregalando os olhos como se ele tivesse subitamente tido uma ideia genial, Enzo se virou para J.V. — Eu trouxe o seu figurino!

Figurino?

O cérebro de J.V. subitamente parou, em choque.

— Figurino? — ecoou os seus pensamentos incapaz de evitar o tom de surpresa. — Mas por que você separou um figurino? Eu achei que... bem, eu achei que eu ia escolher uma roupa qualquer e ia botar uma máscara e tava pronto...

— Ha! — Enzo parecia ofendido. — Se você vai fazer alguma coisa, faça direito! A ideia original era montar uma fantasia usando algumas coisas que encontramos, mas o tecido era horrível, então eu pedi para uma amiga que é costureira criar um figurino para você seguindo as nossas ideias e usando as medidas do Liam, já que vocês dois são do mesmo tamanho e eu não tinha como arrastar você para a casa da minha amiga para ficar experimentando e ajustando figurino.

J.V. ficou encarando Enzo por alguns minutos, em choque.

— Vocês... não, você realmente se empolga com essas coisas, né, Enzo?

Enzo revirou os olhos e, parecendo completamente reenergizado, começou a empurrar J.V. na direção do banheiro.

— Cara, peraí, a minha mochila! A minha mochila!

Quase não conseguindo pegar sua mochila a tempo, J.V. foi arrastado pelo seu amigo na direção do banheiro, enquanto Enzo continuava falando sobre como eles refinaram a ideia do figurino até o ponto em que estava naquele momento.

Onde é que ele tinha se metido?


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