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Capítulo 15

POV do J.V.

Sol amanheceu na quinta-feira e encontrou um J.V. ainda completamente admirado de si mesmo por faltar a um treino de futebol para fazer alguma outra coisa.

Qualquer outra coisa.

E tinha dado certo.

O treinador tinha aceitado com muita facilidade — o fato de que as suas provas estavam se aproximando e que ele nunca faltava provavelmente tinha alguma coisa a ver com isso.

— Você tá chegando naquela idade né? — o treinador disse, batendo no seu ombro com tanta força que J.V. chegou a dar alguns passos para frente. — Isso aí, tem que estudar mesmo! Se dar bem nas provas para entrar na faculdade!

J.V. deu um sorriso sem graça — se sentia mal em mentir para o treinador, mas Liam aparentemente não se sentia tão culpado assim.

— Mas nós vamos estudar, — Liam havia justificado, com a cara mais lavada que J.V. já tinha visto em alguém. — é só que nós vamos fazer outras coisas primeiro...

Mas ele tinha se divertido.

Liam era um idiota na frente de Olívia. Ele fazia as coisas mais estúpidas apenas para arrancar um sorriso da menina... e Olívia... Era surpreendentemente intuitiva. As sugestões dela eram as mais razoáveis, e as de mais bom gosto, se ele fosse ser honesto. Enzo, por outro lado, era louco. Completamente insano — mas de um jeito bom, o que significava que ele era brilhante. Fábio, porém, tinha os pés no chão e era muito bom em encontrar um meio termo entre as sugestões de Olívia e Enzo, por mais que Liam claramente odiasse todas as interações que ele tinha com a Olívia.

J.V. não conseguia se lembrar da última vez que tinha se divertido tanto.

Talvez fosse por isso que, quando ele voltou para casa naquele dia e passou com sucesso por seu pai, ele tenha ido direto para a cama e não acordou nem mesmo para jantar.

Que dia maravilhoso...

E era por isso que ele ainda estava com um sorriso idiota no rosto enquanto ele recontava os detalhes do dia anterior para Aspen, ele tinha certeza disso. Não tinha nada a ver com o fato de que os dois estavam sozinhos no banco próximo ao portão da escola, nem com o fato de que as suas mãos tinham encostado nas dela três vezes enquanto eles trocavam as folhas de questões que ela havia preparado para que ele revisasse para a prova de literatura, ou que ele tinha acabado de reparar que, quando ela estava prestando muita atenção em algo que estava lendo, Aspen torceria o seu nariz só um pouquinho, uma expressão que chamava atenção para suas pequenas sardas ao redor do seu nariz, que ele achava completamente adorável.

— Fico feliz que você tenha se divertido, — Aspen comentou, depois de um longo silêncio. — Mas você conseguiu estudar alguma coisa?

— Revisamos biologia, Olívia e Fábio parecem ser muito bons nisso, na verdade. — sabia que soava surpreso, mas a forma como Olívia havia subitamente se soltado enquanto estava explicando o ciclo de reprodução de angiospermas era algo entre fascinante e assustador. — Conseguimos gravar alguns vídeos para o Instagram também, para divulgar o youtube.

— É? Então vocês criaram o personagem? — Aspen deu um sorriso, e J.V. sentiu o seu coração bater mais forte. Desviando o olhar, J.V. soltou um suspiro.

— É... — disse, o coração batendo ainda mais forte. — Vou usar o nome 'artístico' de Victor.

— Ah, legal!

— É, o Enzo inventou uma de eu encarnar o Zorro e falar com um sotaque espanhol, mas graças aos céus Olívia e Fábio foram enfaticamente contra.

Aspen riu abertamente.

— E o Liam?

— Não disse nada, estava muito ocupado rindo da minha cara. — J.V. estreitou os olhos quando Aspen começou a rir ainda mais. — Igualzinho a você, diga-se de passagem.

— Desculpa, mas você não pode dizer que não foi engraçado...

J.V. soltou um suspiro e segurou um sorriso. Tá, talvez não tivesse sido tão ruim assim... se fazia Aspen rir desse jeito...

Céus, pensou, mexendo no cabelo e se sentindo um pouco sem jeito. Eu tô ficando pior que o Liam...

Mas a risada de Aspen era tão bonita...

— E depois, a gente foi para a casa do Enzo, — concluiu, decidindo que a sua dignidade não valia mais que o riso de Aspen. — e ele insistiu em regravar o vídeo.

— Hm?

— E olha só o que ele fez — abrindo o youtube no celular, J.V. rapidamente abriu o vídeo que tinham colocado no lugar do outro.

Objetivamente, ele tinha que admitir que Enzo estava certo — o novo vídeo tinha, em menos de vinte e quatro horas, alcançado o triplo de visualizações do antigo e mais que o dobro dos likes. Mas ainda assim era tão... embaraçoso.

E ele ainda tinha que agradecer a Olívia por não ser ainda mais embaraçoso do que já era.

O conceito "Zorro" era nítido na iluminação do vídeo, mas essa iluminação também ajudava a esconder o seu rosto... o jogo de sombra e luz era usado de forma brilhante ali, mas J.V. ainda morria de vergonha.

Por que é que ele tinha que gravar sem camisa?

— Já que a gente vai esconder o seu rosto, alguma coisa tem que aparecer, — Enzo havia dito, e J.V. odiava admitir que ele soava razoável. — e, cara, você sabe que as meninas amam um tanquinho.

— Mas eu queria fazer sucesso só cantando e–

— E isso aqui é um show, J.V.. Para vender o produto, sua voz, precisamos de uma embalagem bem bonita para chamar a atenção.

Se essa embalagem não pode ser o seu rosto, bem...

Liam havia argumentado que ele vivia jogando futebol sem camisa e, bem, ele não estava errado... Mas havia algo de diferente entre jogar futebol sem camisa e aparecer cantando sem camisa. De uma forma que ele não sabia explicar, cantar sem camisa o fazia se sentir tão... vulnerável.

— Hm, ficou bem melhor o vídeo. — Aspen comentou, e J.V. se sentiu estranhamente ofendido. Poxa, ela não podia nem ao menos fingir que vê-lo sem camisa a perturbava um pouco? Ou a deixava um pouco sem jeito?

O que será que Aspen achava dele, que ele era um poste?

— Você acha? — questionou, tentando fazer com que Aspen elaborasse no vídeo.

— Uhum, o áudio continua bom, mas agora parece ser mais profissional. Você vai chamar bem mais atenção assim, Victor. — Aspen devolveu o celular para J.V. com um sorriso. — Victor também soa bem melhor que J.V..

J.V. estava a ponto de responder quando sentiu o seu sangue gelar.

Porque ele conhecia a silhueta do homem que havia acabado de virar a esquina, e estava caminhando a passos largos para a escola.

O que é que ele estava fazendo aqui?

Aspen, sem ter a menor noção de que J.V. estava vendo a sua personificação do apocalipse, bateu com o dedo indicador gentilmente nas folhas que estavam em cima do caderno de J.V..

— Mas agora precisamos focar na prova de literatura, então melhor focar em terminar esses questionários, J.V. . Você tem alguma dúvida?

— V-você não acha melhor a gente ir para a biblioteca? — J.V. perguntou, pegando os papéis de forma desajeitada e gesticulando a Aspen para entrar na escola. — Lá é mais silencioso e eu vou conseguir focar melhor e–

Aspen franziu o cenho.

— Ué, mas você não tinha dito que preferia estudar aqui fora hoje? Porque estava muito frio dentro da biblioteca por causa do ar-condicionado?

J.V. se xingou por aquela ideia de girico, e imediatamente respirou fundo e forçou um sorriso para Aspen, enquanto acompanhava seu pai caminhando em direção a escola a passos largos.

Por sorte, parecia que ele ainda não o tinha visto.

— Pois é, mas é que agora eu estou com calor, estranho né? — sua voz estava trêmula, mas J.V. jogou a mochila nas costas e olhou para Aspen, quase implorando para que ela apenas o seguisse para fora dali. — Vamos?

— Hm, tudo bem por mim, — Aspen disse lentamente, recolhendo seu material e levantando do banco. — eu até prefiro, porque lá nós temos uma mesa.

— Pois é, pois é, burrice minha né? — J.V. disse, mentalmente rezando para todos os santos existentes para que o seu pai não o visse. — Vamos?

A expressão de Aspen comunicava claramente que ela não acreditou numa única palavra do que ele tinha dito, mas, para eterna gratidão de J.V., a menina assentiu e os dois começaram a fazer o seu caminho em direção à biblioteca.

Não tinham nem ao menos chegado na metade do caminho quando uma voz vindo do portão da escola fez o seu sangue congelar.

— JOÃO VÍTOR FERNANDES AZEVEDO! — J.V. parou, respirando fundo e se virando na direção da porta e do pobre porteiro que parecia estar tentando falar ao seu pai para não gritar na porta da escola. — O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?

— Você conhece aquele senhor? — Aspen perguntou baixinho do seu lado e J.V. soltou um longo suspiro.

— Sim. — Admitiu, sem graça. — É o meu pai.

— POR QUE É QUE AINDA ESTÁ AÍ DENTRO? SAIA LOGO DAÍ, SEI BEM QUE A SUA AULA JÁ ACABOU E NÓS PRECISAMOS CONVERSAR.

J.V. engoliu em seco, julgando pelo histórico de que o seu pai nunca ia a sua escola, ele estava um pouco surpreso em descobrir que o seu pai sabia, de fato, onde ele estudava. Além dessa descoberta, o rosto vermelho do seu pai, seu tom de voz irritado, e toda a postura corporal dele dizia que ele não estava contente.

Ele deve ter descoberto que eu faltei ao treino ontem.

Resignado à bronca que ele fatalmente ia receber, deu um sorriso sem graça para Aspen.

— Desculpa, Aspen, vou ter que sair da aula mais cedo... mas juro que vou estudar muito para a prova, tá?

Aspen estreitou os olhos.

— Você tá bem, J.V.? Você ficou pálido e... e você tá tremendo?

Ele estava?

Surpreso, J.V. notou que, de fato, as suas mãos estavam tremendo. Não seria nada bom se o seu pai notasse isso, então segurou o caderno e as folhas que estavam nas suas mãos com mais força.

— Não, que isso, — J.V. forçou um sorriso que ele esperava fosse tranquilizador para Aspen. — Impressão sua tá? Agora eu tenho que ir, tchau.

Sem dar chances para a argumentação que J.V. tinha certeza que viria, saiu correndo em direção a porta para encontrar o pai.

Ao ver sua expressão, o seu sangue gelou. Por um minuto, considerou correr de volta para dentro da escola, mas o coitado do seu Elisandro da portaria não tinha culpa do temperamento difícil do seu pai.

— Oi pai, desculpa não ter avisado, mas hoje eu precisava ficar até mais tarde na escola por causa da–

— E LÁ ME INTERESSA O QUE VOCÊ TEM QUE FAZER NESSE FIM DE MUNDO?! — Seu pai disse e J.V. engoliu em seco.

Ele não vai me bater, J.V. decidiu, respirando fundo e erguendo o rosto para encarar o pai. Se eu ficar machucado, não vou poder jogar futebol.

— O QUE ME interessa, — disse ele, subitamente diminuindo o tom de voz como se notasse, de súbito, que estava atraindo muita atenção dos transeuntes com os seus gritos. — O que me interessa é, por que o senhor está faltando os treinos de futebol?

Os treinos, é claro, J.V. pensou, a amargura nítida em seus pensamentos. Isso é tudo o que importa para ele.

J.V. engoliu em seco, respirando fundo e se convencendo a se acalmar. Certo, tudo o que ele tinha que fazer agora era pedir desculpas e prometer treinar em dobro, ou até em triplo. Isso devia ser o suficiente para acalmá-lo um pouco.

— Pai, eu–

— Estamos em época de provas, senhor Azevedo. — A voz baixinha que veio do seu lado era de Aspen, e sentiu seu sangue gelar mais uma vez. Quando ela tinha chegado ali? Por que tinha vindo falar com seu pai? O que ela estava pensando? — Não é incomum para os jogadores faltarem a alguns treinos nessa época para se focar nos seus estudos.

Subitamente, J.V. pensou o quão pequena Aspen era se comparada com o seu pai. Olhando para a expressão dele, J.V. instintivamente se movimentou para se colocar entre Aspen e o seu pai.

— O que? Você vai deixar essa vadi-- caham — tossiu, para limpar a garganta — digo, essa garotinha falar no seu lugar? — seu pai lhe questionou, J.V. não conseguiu evitar pensar que o termo 'garotinha' nunca havia lhe soado tão pejorativo assim antes. — João Vítor, você é melhor que isso!

J.V. cerrou as mãos em punhos, a raiva subindo a cabeça. Aspen apenas o tinha defendido, ela não tinha feito nada para merecer a atenção do seu pai. Respirando fundo, J.V. se forçou a se acalmar e a pensar no que fazer.

Precisava tomar as rédeas da situação, proteger Aspen e sobreviver ao encontro com seu pai... e para isso, precisava de uma resposta que o seu pai aprovaria.

Mas não queria que Aspen o odiasse ou achasse que ele era um idiota por pensar da forma que o seu pai pensava...

Olhando mais uma vez de Aspen para seu pai, J.V. respirou fundo e encarou seu pai de frente. Melhor que ela o odiasse do que acabasse se machucando.


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