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Capítulo 12

POV do J.V.

J.V. estava de bom humor naquela manhã.

Tinha acordado na hora certa. Seu pai tinha avisado que estava de saída para uma viagem naquele final de semana — e ele poderia dormir, graças a Deus. Era terça-feira — e terças não eram dias de treino. As aulas de literatura estavam indo bem — as explicações de Aspen eram claras e ele tinha quase certeza de que se daria bem nas provas. Seu dever de casa estava em dia... e ele tinha planos de ensaiar com Nath mais tarde.

Aquele dia tinha tudo para ser maravilhoso...

Se Enzo Mendes não o tivesse encurralado às sete e meia da manhã.

Não que tivesse problemas com Enzo, ao contrário de seus colegas de time que sempre pareciam achar que Enzo era arrogante e se achava o galã da escola simplesmente por ser modelo, J.V. simplesmente não conseguia achar que aquilo fosse verdade.

Na maioria dos casos, J.V. achava que Enzo simplesmente não se dava conta que existiam outras pessoas e que elas estavam tentando interagir com ele... seus olhos estavam sempre focados em seu telefone, sua mente distante... Mas ele não achava que o rapaz o fizesse por mal.

— Sério, cara, você não pode fazer as coisas meia boca daquele jeito, o que os outros vão falar? — criticou Enzo, sacudindo a cabeça enfaticamente. — Aquele vídeo tá horrível! Sem estabilizador de câmera, sem iluminação direita, o áudio tá cheio de chiado e–

Com um sorriso sem graça, J.V. soltou um suspiro enquanto se convencia de que precisava ser educado com Enzo.

— Eu sei que tá meio amador, mas nós fizemos o melhor que deu e–

— Mas o melhor que deu não é o suficiente! Você notou quão baixas estão as suas visualizações? Assim você não vai conseguir nem mesmo se apresentar no show de talentos!

J.V. estava a ponto de dizer para Enzo não se preocupar com isso — afinal de contas, nada daquilo era da conta dele. — quando algo o fez parar.

Com os punhos cerrados em frente do rosto, Enzo o encarava com uma expressão de determinação que... bem, praticamente gritava "eu quero ajudar".

Mas isso não fazia muito sentido...

Além de trocar alguns memes ocasionalmente no grupo de WhatsApp que tinha sido criado para um trabalho em grupo e, depois, simplesmente nunca mais foi desfeito, os dois não tinham muito contato. Enzo não tinha motivo nenhum para querer ajudá-lo com isso, então ele provavelmente estava entendendo as coisas errado.

— Hm, bem, obrigado pelo–

— Bom dia! — Liam abraçou os dois amigos, e J.V. soltou um suspiro. Talvez Liam conseguisse lidar com Enzo, porque ele, com certeza, não conseguia. — Do que vocês estão falando nessa linda manhã?

Liam também parecia estar estranhamente de bom humor.

—Liam, o quê–

— Você viu o vídeo do J.V.? — Enzo interrompeu, imediatamente abrindo o telefone e apontando para o vídeo enquanto J.V. quis enforcá-lo com toda a sua força.

Será que Enzo não havia notado que havia algo de diferente com Liam?

— Vídeo? — Liam disse, parecendo surpreso, o que fez Enzo soltar um grito de frustração e J.V. suspirar.

— Você não mostrou para ele?

J.V., subitamente se sentindo sem graça, meneou a cabeça; ainda encarando Liam de canto de olho.

O que será que tinha acontecido?

— Hm, é que, como você disse, não tá muito bom e– disse, tentando se justificar enquanto pensava em alguma forma de direcionar essa conversa para Liam.

— Pode não estar muito bom, mas é o que você tem né? E propaganda é a alma do negócio! — Enzo disse, apertando play no vídeo e entregando para Liam.— Sem contar que, sem críticas, como é que você espera melhorar?

Gaguejando algumas explicações que não faziam sentido nem mesmo em sua cabeça, J.V. abaixou o olhar para os pés e deu um sorriso meio sem graça.

— Ah, cara, você vai participar do show de talentos!—Liam assentiu, dando um sorriso.— Que legal! Posso ajudar também? Eu posso ajudar a divulgar os links.

Peraí, ajudar também?

— Eu posso ajudar com as suas redes sociais... ah, e vou fazer os seus vídeos também. Para de tentar fazer eles sozinho, pelo amor de Deus. — Enzo concluiu, guardando o telefone no bolso. — Você é um criminal do mundo audiovisual.

Liam soltou uma gargalhada.

— Ah, e eu imagino que a Nath esteja te ajudando também né? Ei, a gente podia marcar um dia para fazer uma reunião para montar um plano para te ajudar com o concurso! Ia ser divertido. — Liam fez uma longa pausa. — Eu podia chamar a Olívia.

Ah.

J.V. tentou segurar o riso.

Alguma coisa tinha acontecido com a Olívia, hm?

A curiosidade agora fazia cócegas em seu estômago.

— Desde que você não chame aquele demônio que você chama de irmã, para mim tudo bem. — Enzo sacudiu a cabeça, como se estivesse tendo um pesadelo.

Liam riu.

— Você sabe que a Eri só brigou com você porque você colocou fogo no cabelo da Aspen.

— Foi um acidente! — Enzo exclamou, erguendo as duas mãos para o céu. — Eu tinha quatro anos, pelo amor de Deus! Foi a primeira vez que vi alguém de cabelo vermelho, eu achava que o cabelo dela era fogo puro.

J.V. piscou, sentindo uma onda de deja vu. Um Enzo que colocou fogo no cabelo de alguém? Onde é que ele havia ouvido essa história antes?

— Sabe, eu nunca entendi. Se você achava que o cabelo dela era fogo, por que raios você usou aquela vela–

— Porque aquele demônio que você chama de irmã tinha virado a jarra de suco em mim e a Aspen tentou me ajudar e acabou tomando um banho também. — As bochechas ficando ligeiramente avermelhadas, Enzo desviou o olhar. — Eu achei que aquilo ia apagar o cabelo dela, e que isso ia fazer mal. Quero dizer, a mula sem cabeça não morre se você apagar o fogo da cabeça dela?

Liam soltou uma gargalhada e, dessa vez, até J.V. teve alguma dificuldade contendo o riso.

— Você achou que a Aspen era um tipo de mula sem cabeça?! — Liam disse, quase sem ar de tanto rir.

— EU TINHA QUATRO ANOS, LIAM! — Enzo disse, parecendo extremamente sem graça. — Eu achei que ela ia morrer, então tentei acender o cabelo dela de novo usando a vela... E, bem, você sabe o resto da história.

— É por isso que você sempre culpa a Eri por isso. — meneando a cabeça, Liam soltou um suspiro.

— É porque ela é a culpada. — Enzo retorquiu, mal humorado.

— Ah, bem. Ela também só tinha quatro anos e isso são águas passadas. Tá mais do que na hora de vocês dois se acertarem e virarem amigos... E, o que melhor para fazer amizades do que ter um projeto em comum?

J.V. teve a súbita impressão de que ele era o 'projeto' e ele não tinha certeza de que gostava disso.

E que ele ia se arrepender amargamente de aceitar a ajuda desses dois.

*

Como a 'equipe' dele havia subitamente aumentado de duas pessoas para oito, eles haviam decidido se encontrar na casa de Liam depois da escola, mas foi somente quando J.V. chegou na casa de Liam que ele realmente entendeu a dimensão do que estava acontecendo.

Acho que minha vida saiu um pouquinho do meu controle.

Sentados ao redor da mesa de Liam estavam Érica, Enzo, Camila, Aspen, Olívia e, por algum motivo que ele ainda não sabia, Fábio Yukimura.

Ao lado dele, Nath deu uma risadinha.

— Isso vai ser divertido. — Ela comentou, olhando dele para Aspen, que estava sentada lendo alguma coisa em seu telefone.

Ok, J.V. pensou, forçando um sorriso. Vamos começar a pensar no número de coisas que pode dar errado.

Mas ele realmente não precisou chegar a tal ponto.

— Bem, agora que estamos todos aqui, podemos começar, — Liam disse, sorridente. — a nossa missão é fazer com que o J.V. ganhe no show de talentos. Alguém tem algo a comentar?

— Bem, eu só não sei o que ele tá fazendo aqui. — Érica imediatamente respondeu, lançando um olhar torto para Enzo. — Acho que devemos esconder os fósforos se a presença dele vai ser algo frequente.

— Eu estou aqui porque sou um gênio no audiovisual — Enzo retorquiu, olhando para Érica com raiva. — E você tá aqui por que? Ah, é, porque essa é a sua casa. — disse ele como quem diz 'você não é boa em nada'.

Furiosa, Érica se ergueu na mesa e se virou na direção dele.

— Pelo menos, eu não sou piromaníaca, você, por outro lado–

— Pelo menos eu tenho algum talento, você, por outro lado–

— Talento? O que, ficar parado para os outros tirarem foto de você é talento agora?!

— Pois é, tem algumas pessoas que até me pagam pra isso!

— Esse mundo tá perdido mesmo, pessoal tá gastando dinheiro com essas coisas agora–

— Pelo menos alguém acha que vale a pena gastar dinheiro comigo, já com você–

Soltando um suspiro como se ele estivesse muito cansado dessa cena, ele se virou para os outros.

— Alguém faz eles pararem?

— Parar por que? Alguém devia fazer pipoca, isso sim, — Nath disse por entre gargalhadas. — Isso aqui é entretenimento puro.

— O que, mas gente, vocês sabiam que isso ia acontecer. — Aspen sacudiu a cabeça, rindo. — É impossível você colocar esses dois num ambiente fechado e não se preparar para a briga.

— Briga?! — Camila questionou, meneando a cabeça. — A Nath está certa, Aspen, isso aqui é entretenimento puro! A gente devia gravar isso aqui e botar online, vamos ficar ricos, isso sim.

— Cami sendo Cami, já tá pensando em lucrar, — Aspen riu, meneando a cabeça. — Lembra de mim quando ficar rica, tá amiga?

— Sempre, — Camila sorriu, jogando os cabelos para trás e dando uma olhada de canto de olho em Fábio, que parecia estar sussurrando alguma coisa para Olívia e não estar prestando atenção nela, o que pareceu aborrecê-la.

Hm. Interessante.

Ao lado de Érica, Olívia subitamente se levantou e puxou Fábio com ela, dando alguns passos para o lado apenas alguns segundos antes de Enzo, irritado, jogar o suco na direção de Erica, que imediatamente retribuiu jogando biscoitos de polvilho em sua direção.

— Oi? Oi? Vamos ficar de boa? — Liam ainda tentou, desviando de um caderno, que foi jogado na sua direção. — Gente, nós estamos aqui hoje para ajudar o J.V., não criar ainda mais problemas para ele!

— Teoricamente, eles estão criando problemas para você, Liam, — Fábio acrescentou, olhando ao redor e franzindo o cenho. — se fosse lá em casa minha mãe ia querer comer o meu fígado se visse essa bagunça aqui.

J.V. não conseguiu evitar de olhar ao redor, juntamente com Liam, sentindo uma onda de compaixão imediata ao notar a zona de guerra que tinha se transformado a cozinha de seu amigo... que só queria ajudar.

— Vocês vão me ajudar a arrumar, né? — a voz de Liam estava em claro tom de súplica. — Por favor?

— Claro, — J.V. concordou imediatamente, se sentindo culpado e quase levando uma mochilada na cara. — mas acho melhor mandarmos esses dois para casa... antes que tenhamos que levar alguém para o Hospital.

— Hospital? Só se for para levar esse louco aqui para ser internado! — Érica disse, sendo imediatamente interrompida.

— Cuidado, J.V. , gente assim é melhor não contrariar... fica violenta a toa, toa.

— Quem é que você tá chamando de violenta?

— Se a carapuça serve...

Talvez a minha vida tenha saído um pouco mais do meu controle do que eu estava esperando, concluiu, soltando um suspiro e se afundando na cadeira. A gente vai acabar indo a lugar nenhum...

— Gente, vamos focar na reunião? — Liam pediu, claramente desistindo de parar a briga entre os dois. — Quanto mais cedo a gente acabar aqui, mais tempo eu tenho para salvar a minha vida e matar a minha irmã depois que a reunião acabar.

— Certo, acho que a gente podia fazer uma lista do que a gente acha que precisa ser feito e depois fazer uma divisão de tarefas, — sugeriu Aspen, dando uma olhada na direção de Enzo e Érica, que continuavam discutindo sem nenhum sinal de estarem ficando cansados. — pelo menos assim podemos garantir que eles não trabalhem em nada juntos.

Algo dizia a J.V. que aquela seria uma longa, longa tarde.


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