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|04| me leve para casa

N/a: contém cenas de assassinato narradas por uma visão periférica. Tentei deixar o mais simplificado possível para não ser causa de gatilho, mas... Eu realmente não me garanto. Era importante colocar esse fato no enredo e provavelmente isso seja abordado outras e muitas outras vezes de forma mais agressiva, portanto, se for sensível, por favor, não leia essa obra. Proteja sua mente e seu coração♡. 
 
 

 Alguém me leve para casa
Eu não quero mais ficar sozinho aqui
O lugar que eu sonho todas as noites
Alguém me leve lá
Saia da cidade cinzenta e siga a luz
Até aquele lugar em nossa memória
— Take Me Home, ATEEZ


 

●●●
 

Hongjoong estacionou na garagem de sua casa por volta de três horas da manhã. Suspirou, levando as mãos aos cabelos e olhando a figura desacordada deitada nos bancos traseiros de seu carro. Yeosang, do banco do carona, pôs uma mão em seu ombro, massageando a região com suavidade, também preso àquele silêncio premeditador na qual estavam desde que colocaram Yunho no veículo. As coisas estavam cada vez mais complicadas.

— Devíamos dar um banho nele antes. Está todo suado e tenho certeza de que Chaewon não vai gostar de sentir cheiro de álcool logo pela manhã — o garoto loiro disse, atraindo a atenção do mais velho entre eles. Ele havia acompanhado Hongjoong até o dito bar para buscar o amigo, já que o Kim fora alertado pela voz grave e misteriosa que não fosse até lá sozinho. Felizmente, Hongjoong não morava sozinho e pôde contar com a ajuda do namorado.

— Isso se ele não passar o dia aqui mais uma vez — disse, se lembrando do estado que haviam encontrado ele da última vez.

Não era a primeira vez que Hongjoong precisava cuidar de um Jeong Yunho bêbado. Entretanto, estava sendo frequente demais, instável demais, nocivo demais. Eram raros os dias em que Yunho não terminava sua noite com uma garrafa de vodca ou qualquer outra merda que encontrasse pela frente, havia até mesmo sido hospitalizado recentemente por isso. Era uma máscara alegre, apenas um envoltório para inúmeras feridas abertas que jorravam cada dia mais. Yunho precisava de ajuda. Uma ajuda que em algum momento eles não seriam suficientes para oferecerem.

— É possível e eu até prefiro — o Kang conhecia bem o Jeong para saber que ele estaria mais seguro se ficasse entre eles do que se voltasse para sua casa. — Vamos, estou com sono e amanhã o dia vai ser cheio.

— Hoje, no caso.

— Você entendeu, bobo — riram um pouco, saindo do carro e tirando o terceiro entre eles de lá.

[...]

Era sete da manhã quando a figura esbelta e alta de um Yunho sonolento e bagunçado cruzou a sala em direção à cozinha onde o casal terminava de tomar café da manhã, entre conversas cotidianas. O silêncio logo se instaurou, e Jeong sabia o porquê. Sabia que era por sua causa. Sabia que era o culpado.

— Bom dia — cumprimentou, e não precisou olhar no rosto de nenhum deles para saber que mantinham o olhar sobre si, não precisou olhar para saber que lhe dirigiam preocupações, que buscavam qualquer que fosse um sinal de que não iria desfalecer. Yunho não ousou tocar na comida, nem olhar para seus amigos. — Não me olhem com essa cara.

Hongjoong suspirou, pousando o copo com café sobre a mesa. Yeosang respirou pesadamente.

— Sabe que temos motivos, não sabe? — o Kim perguntou, baixo o suficiente para soar como um sussurro. Alto o suficiente para que Yunho se distraísse com suas próprias mãos em vez de tentar encará-lo.

— Hyung...

— O que contou para Chaewon? — Hongjoong foi direto ao perguntar sobre a progenitora de Yunho. — Que estava dormindo aqui?

Yunho sentiu os nós dos dedos adormecerem e um sentimento ruim lhe consumir. Aquele nome... Não gostava disso. Não gostava da carga de emoções que ele trazia. Nem do sufocamento. Nem do amargor. Mas nem Hongjoong ou Yeosang tinham culpa por seus problemas familiares ou pelo que eles carregavam em sua alma. Devia sim o mínimo de explicações a eles.

— Sim, — respondeu — mas mesmo que não tivesse dito nada, ela não ligaria. Você sabe.

— Mas nós ligamos, Yun — Hongjoong voltou a falar, trazendo a atenção do garoto para ele. — Você estava sozinho em um lugar perigoso, bêbado, vá saber o que encontraria?

Os dedos de Yunho não surtiram mais o efeito de se desviar dos pensamentos iminentes. Ele olhou para o casal, que ainda esperava uma resposta. Jeong não tinha. Não tinha.

— Diz como se eu também me importasse.

Hongjoong pensou em argumentar, mas não conseguiu. Não ao ver como seu garoto estava ainda mais quebrado, mais do que ele mesmo podia suportar, mais do que podia imaginar. Yunho tinha o olhar vazio, frio, profundo. A voz seca e firme, como um vento cortante de inverno. Sem maquiagem, eram evidentes as olheiras e até alguns leves arranhões que sabia que ele fazia com suas próprias unhas. Cada dia mais o garoto de cabelos azuis definhava e não sabia como poderia ajudá-lo a se reerguer. Apesar de receptivo e extrovertido, Jeong era inacessível. Uma casca pesada de chumbo cobrindo uma flor de verão, tampando o sol, a chuva, a vida. Era questão de tempo até que a flor murchasse e por fim, morresse completamente.

— Yunho...

— Não, Joong hyung — cortou, o embargo das lembranças tomando seu corpo e sua voz — Não adianta. Já disse que não tenho salvação.

— Não diga coisas assim — Yeosang interveio.

— Você sabe que é verdade. Deveriam... Deveriam parar de tentar.

— Yunho, nós-

— Por favor. Parem de tentar. Para o bem de vocês, parem de tentar — pediu.

Um único e último soluço foi ouvido antes que Yunho deixasse a mesa.

Hongjoong e Yeosang se entreolharam depois que o garoto virou o corredor. O mais velho mencionou ir atrás de Yunho, mas as mãos suaves do namorado impediram-no.

— Eu falo com ele, amor — Hongjoong, vendo o quanto seu namorado estava abalado, assentiu. Sabia que ele conseguia conversar melhor e ser ouvido melhor também quando essas coisas aconteciam. Assentiu, mais uma vez.

Yeosang deu-lhe um beijo acalentador e se levantou, calmo, indo em passos lentos até o cantinho de Yunho. Era somente um quarto pequeno de hóspedes com uma cama e um guarda-roupa, mas que havia mais da essência de Jeong do que qualquer outro lugar do mundo. Ele costumava passar as noites ali desde seus doze anos, evitando voltar para sua casa e enfrentar o olhar reprovador e desdenhoso de Chaewon e Moongyu, de ver a decepção estampada em seus rostos, de ver cada centímetro daquele lugar e lembrar o que haviam feito a Dongpyo, lembrar como o destruíram pouco a pouco, em uma dança sádica de poder e consequências.

Yeosang se lembrava pouco, mas sabia o suficiente. Ainda estava preso em suas memórias quando Yunho, que na época era somente uma criança travessa e ainda tinha seus fios em um preto natural, bateu em sua casa, ofegante, chorando, pedindo por toda e qualquer ajuda em extrema urgência. Quando chegaram na enorme casa dos Jeong, Dongpyo já estava desacordado em seu quarto, e sangue escorria de sua face e seu corpo, salpicando o carpete branco com um vermelho vivo e quente. Chaewon não estava no local, Moongyu lavava as mãos sujas no banheiro juntamente com a faca; porta adjacente aonde o irmão mais velho de Yunho estava. Fora uma corrida agonizante até o hospital, horas lentas esperando por alguma melhora, dias e mais dias de um garotinho que vivia perante o medo, perante a dor. Todos os dias, passando suas tardes ao leito do irmão, colorindo, brincando, fazendo suas lições, até que as linhas do monitor estivessem planas. Em nenhum momento qualquer um dos outros da família Jeong havia adentrado o local. Moongyu nunca pagou por aquela alma, Chaewon sequer demonstrou luto. Yunho não tinha a mais ninguém.

Kang não imaginava e nem queria imaginar o que o garoto presenciara naquele dia. Não queria pensar no que aquelas pessoas podiam transformá-lo se continuasse lá. Mas não teve outra opção a não ser colaborar para que o patriarca dos Jeong não fosse preso, não queria que o pequeno Yunho sofresse de consequências maiores e piores, não queria ter a si, a ele ou Hongjoong como alvos. Mesmo que se corroesse todos os dias por essa decisão, iria protegê-los a todo custo, mesmo que precisasse fingir que o assassinato na verdade fosse um assalto à mão armada que resultou no falecimento de Jeong Dongpyo, o primogênito do dono da JJ Company, uma distribuidora de bebidas alcoólicas. Mesmo que precisasse colocar sua cabeça à prova. Mesmo que soubesse ser apenas uma marionete nas mãos habilidosas de Moongyu, uma marionete controlando um garotinho indefeso que, se explodisse, traria mais caos do que se poderia imaginar.

Parou em frente à porta entreaberta. Ouviu os soluços. Seu coração se apertou ainda mais. Seu menino... Seu menino chorava, como naquela época, com medo, com dor. Yeosang se sentia completamente impotente, se sentia um bastardo, um farsante. Sabia que nunca iria conseguir tirá-lo dessa situação, não sem que mais sangue fosse derramado, sabia que, da forma que levavam as coisas, era questão de tempo até que o perdesse completamente. Sua garganta se contraiu, mas não deixou que as lágrimas viessem.

— Yunho? Eu posso entrar?

Uma leve movimentação foi ouvida de dentro do quarto. E quando Yeosang percebeu, Yunho estava na porta. Cabeça baixa, camiseta úmida, orelhas avermelhadas. Ele lhe deu passagem.

— A casa é de vocês, hyung, não tem que me pedir permissão.

— Você sabe que a casa é tão sua quanto nossa, bebezão — deixou um carinho nos cabelos azulados que aos poucos desbotava assim que se sentaram na cama. — Sabe por que estou aqui?

Yunho sabia. Mas não queria.

— Eu não quero voltar. Lá não é minha casa, hyung. Não consigo ficar uma hora dentro daquele lugar sem me sentir sufocado. Foi por isso que... Que fugi. Mais uma vez.

— Eu não julgo você por fazer isso, Yun. Mas eles são... — Yeosang engoliu as palavras. — Eles têm o mesmo sangue que você. E são seus responsáveis. Continue dando o seu melhor.

— Ia dizer que eles são minha família, não é?

— Ia. Mas sei que não são — suspirou. — Eu sei.

Yunho deu de ombros.

— Dei muito trabalho ontem?

— Você dormiu que nem um patinho, nem reclamou da água gelada.

Sorriram. Yunho se conhecia bem pra saber que seu hyung estava mentindo para lhe agradar, sabia que era muito bagunceiro no banho, especialmente banho frio de ressaca. E Yeosang sabia que ele não havia acreditado. E nenhum deles parecia se incomodar com isso.

— Desculpa, Sangie hyung. Por tudo.

— Você é nosso bebê, não tem que ligar pra isso. Nós... Ficamos preocupados, Yun, — disse, abraçando o garoto. Talvez assim conseguisse mais tempo para controlar suas próprias emoções, conseguisse mais tempo para evitar o choro sem que o mais novo visse — e nós dois te amamos e queremos o seu bem. Você não merece segurar essa barra sozinho e procurar se distrair com essas coisas não vai te livrar dos problemas que precisa enfrentar.

— Você fala igual ele — Kang desfez o abraço mergulhado em uma careta de confusão e Yunho sorriu mais, se deitando então em seu colo. — Mingi, — disse, se aninhando ainda mais ao mais velho à medida que recebia carinho vindo dele — o nome dele é Song Mingi.

— O garoto de ontem? Conhece ele? — Kang questionou, curioso.

— Sim e não. Ele me lembra um pouco o Pyo, mas sua energia é totalmente diferente. Ele é violinista e tem uma voz gostosa de ouvir, mas fala pouco. Ele me salvou.

— Foi realmente gentil da parte dele ligar para o Joong e esperar até que chegássemos pra te buscar.

— Não digo por isso. Ele... Ele me dá esperança — disse, um pouco mais baixo. As palavras pareciam ter um peso maior quando saíam por sua boca.

— Esperança...? — Yeosang não compreendeu.

— De que... Ainda posso tentar — explicou. — Quando olho pra ele, consigo ver mais do que um homem gostoso com quem eu gostaria de foder — Yeosang arregalou os olhos e Yunho riu. De verdade, dessa vez. — Não é mentira, ele é muito lindo, tem uns braços fortes e quando ele está sério e concentrado ele-

— Foco, Yun. Foco.

— Ah, certo. Eu dizia que... Bem, eu consigo ver uma bondade escondida nele. Como se... Ele me entendesse. Eu sinto... — Yunho não conseguia achar o suficiente para explicar ou entender o que sentia — Algo de superação, força, motivação, alicerces, sei lá... É estranho. Sinto que ele se parece comigo.

Yeosang assentiu.

— Talvez ele te entenda o suficiente para ter te protegido ontem.

— Talvez. Ontem foi a segunda vez que nos vimos. Ele estava mais bonito que da primeira vez — observou, lembrando de como os cabelos escuros caíam sobre os olhos da mesma cor e a camisa preta larga o acolheu em um abraço enquanto desabava. Nos dedos macios lhe acariciando. Na voz calma lhe instruindo, nos braços firmes carregando-o. No pequeno sorriso que este havia lhe dado enquanto fazia o que fazia de melhor: música. — Pedi o número dele, mas ele não me deu.

— Acredito que ele tenha bons motivos — Yeosang disse, encarando então o olhar perdido de Jeong para o teto, e depois, para ele — Por favor... Não volte lá, Yun.

— Eu preciso vê-lo, hyung.

O Kang negou, preocupado.

— Sabe o que pode encontrar naquela região, foi muita sorte que esse Mingi tenha agido com princípios, mas com toda certeza não será sempre assim — disse. — Ele mesmo nos alertou sobre isso, e tenho certeza de que alertou você também.

— E alguma vez eu já fui um garoto obediente, hyung? — Jeong brincou.

— Mas bem que poderia, viu? — Hongjoong se apoiou no batente da porta. Há certo tempo ele os observava sem que soubessem.

— O que conversamos sobre não ouvir a conversa dos outros, amor? — Yeosang ralhou, em tom divertido. O Kim riu, sentando-se com eles, colocando as pernas de Yunho em seu colo para isso.

— É, Joongie hyung, você mesmo me ensinou que crianças que escutam conversas proibidas ficam feias quando crescem — Jeong provocou, se lembrando dos ensinamentos dos mais velhos de quando era novo. — Apesar de que você não cresceu tanto assim...

— Se falar de novo da minha altura eu te dou dois tapas, moleque abusado — e começou a provocar cócegas no mais novo.

Yunho era, definitivamente, muito sensível, e mal Hongjoong encostou em sua barriga quando começou a rir e se contorcer; Yeosang seguiu os passos do namorado e então agora havia duas pessoas lhe fazendo chorar em via das gargalhadas que não conseguia segurar. Para Hongjoong e Yeosang, o som mais lindo do mundo.

Foram alguns minutos de brincadeiras até que parassem antes que Yunho caísse da cama. E ficaram abraçados a ele até que recuperasse o fôlego, até que seu coração acalmasse, até que a tensão de mais cedo se esvaísse. Até que tivessem a certeza de que teriam seu Yunho por mais um dia, vivo, bem.

— Vamos bebezão, você ainda não tomou seu café. E não vai ficar em jejum — Yeosang avisou, pedindo então para se levantar. Tinha algumas coisas para organizar antes de ir para o trabalho; Hongjoong também.

— Estou indo, vou apenas arrumar a cama.

— Está bem. Estamos na cozinha.

Eles deixaram o quarto. E em vez de Yunho fazer o que havia dito, caiu na cama, mais leve, mais calmo e ainda com a preguiça da manhã. No peito, a certeza de que não estava tão sozinho, de que havia uma casa, um lar para retornar. Mesmo que não merecesse.

Eles eram sua família. Sua única família.

Nunca seria grato o suficiente por Yeosang e Hongjoong terem o acolhido, e continuava achando que eles deveriam desistir de tentar salvá-lo. Desistir de si. Yunho não agregava em nada em suas vidas. Amava-os mais do que a si mesmo e sabia que em algum momento lhes traria muitos problemas por conta de suas escolhas e as escolhas de seus pais, por isso não queria estar ali, não queria destruir aquele lugar, destruir a seus hyungs. Mas não conseguia se afastar deles, por mais que soubesse ser o melhor. Por mais que soubesse... Que ele não era responsabilidade deles, não deveria ser. Em algum momento, aquele não poderia mais ser seu lar, sabia disso. E não queria aceitar.

Yunho não era bobo, sabia bem do que seus progenitores eram capazes para esconder aquele segredo, sabia bem que tinham os olhos sobre ele e uma forca ameaçando sua verdadeira família. Sabia o que aconteceria a seus hyungs se contasse a verdade, e eles também sabiam. Não havia escolha. Não havia para onde fugir. Não havia lugar seguro. Yunho nunca teria uma vida normal enquanto Moongyu estivesse por perto, com as asas abertas de um abutre pronto para atacar ao mínimo deslize. Sua única opção era esperar verdadeiramente pela morte; a dele ou a sua. E nenhuma das duas se daria em uma conclusão feliz.

Jeong fechou os olhos, imaginando se um dia não precisaria fugir deles, das sombras que o atormentavam. Imaginava se algum dia não precisaria se perder pelo mundo para ser esquecido, se não precisaria mais se afogar em bebidas ardentes e transas superficiais para saciar sua ansiedade. Se algum dia voltaria a encontrar pureza no mundo. Se poderia um dia andar de mãos dadas com alguém sem a culpa de estar colocando aquela pessoa em perigo, se poderia construir sua casa, sua família, ter um emprego, rir e chorar por coisas banais. Se algum dia seria válido. Se veria seus hyungs felizes e orgulhosos de si. Se algum dia seria feliz de verdade. Se poderia viver sem medo.

Suspirou. Era apenas um sonho distante.

Se levantou e se pôs a arrumar suas coisas como havia prometido. Pensamentos da noite anterior ainda rondavam em suas memórias; Mingi e seu violino. Os olhos rasgados que lhe penetrava a alma. O sorriso curto sempre abafado por uma frieza implacável. Yunho fantasiada as situações que poderiam ter levado o Song a precisar estar naquele lugar com aquela gente, se ele havia escolhido ou se era forçado, se tinha dificuldades em casa como ele ou se somente queria se distrair. Não sabia dizer. Mas sentia, fortemente, tudo. Não sabia explicar. Mas sentia, aquela máscara, aquele cobertor escondendo uma criança frágil que um dia precisou apanhar das adversidades da vida. Não enxergava, mas era levado pelo mesmo instinto. Precisava ver Song Mingi novamente.

Yunho voltou à cozinha e se alimentou normalmente enquanto Hongjoong deixava o almoço pronto e Yeosang terminava de se arrumar para o trabalho. Logo, o Kim também saiu. Yunho ficou ali. Há certo tempo havia se formado no ensino médio e não possuía qualquer ocupação que não fosse preocupar seus hyungs e, infelizmente, ser submetido à empresa de seu pai quando era solicitado. Vez ou outra, reuniões de negócios e festas empresariais onde precisava se mostrar um bom herdeiro apto a assumir as rédeas quando precisassem, apenas um teatro que terminava em um Yunho fora de si ao final da noite. Mais um teatro. Era melhor ser encarado como um inconsequente burro e inválido que se meter naquilo. Moongyu não seria imbecil nem louco para colocá-lo verdadeiramente à frente da JJ. Esperava que fosse o suficiente para ser descartado pelo pai.

Seria mais um longo e entediante dia jogado no sofá tentando não pensar em nada até que seus hyungs voltassem. Dessa vez havia dado sua palavra de que não sairia de casa perambulando por aí, principalmente por lugares com uma segurança duvidosa, e estava decidido a não desobedecer – mesmo que soubesse que não era uma ordem.

Poderia então ir à casa de algum colega para passar o tempo, talvez ligar para Wooyoung para que fizessem qualquer coisa besta que ao final terminasse em seus corpos suados e nus sobre seu colchão. Chegou a pegar o celular, mas algo na lista telefônica chamou sua atenção. Precisou olhar e conferir para ter certeza e ainda assim não acreditou, mas ali estava, em sua frente, com todas as letras que precisava para ler. Suas mãos chegaram a ceder, entretanto, era mesmo real.

Yunho não conseguiu deixar de sorrir, verdadeiramente animado ao ver o número de Mingi salvo em seu celular.

 
●●●

 

Acho que vai ter musiquinha em todos os capítulos, elas tem sido inspiração pra eu escrever aqui. Dá até pra ir montando uma playlist, quem sabe.

Mas então, tudo bom? Já bebeu água hoje? Beba água.

Não sei vocês, mas tô me encantando demais com eles aqui, apesar de ser um tema mais difícil, estou conseguindo me sair bem e controlar meus sentimentos e emoções. Me sinto orgulhosa. Devo agradecer muito a soul por isso.

❤Thank u, soul❤

Volto logo, espero. Se cuidem aí também.

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