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Capítulo 34: O prazer não é meu

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– Amanda, prazer em revê-la. – digo me sentando no sofá.

– Pare, sei que não é um prazer para você, pois também não é para mim, contudo as circunstâncias me fizeram vim até aqui para pedir sua ajuda.

– Hm, e quais seriam elas? Espero que sejam boas o suficiente para que eu possa pensar em lhe ajudar.

– Jhon é o problema. – suspira. — Ele está atrás de mim, Alícia.

– Novidade? — rio irônica, eu sabia que isso um dia viria acontecer, só não pensei que fosse chegar tão rápido.

– E o que te faz pensar que ajudarei você a fugir? Estou correta, me procurou, pois posso te ajudar a fugir, hm?

– Você me deve isso, sabe que deve. — ela me olha.

– Não devo nada Amanda, você praticamente me quis morta. Eu acho melhor ir embora.

– Estou grávida, GRÁVIDA ALÍCIA. — cai no choro, desesperada? Eu nunca tinha a visto chorar.

— C-calma, olha, eu sei como é. Ele fez algo que você não quis?

– Não. – fala mais calma. – Eu só não queria um filho daquele traste. Me salva Alícia, eu peço.

– Tá, o que eu ganho em troca? Quero informações. – digo direta, algo eu tinha que tirar dessa maldita.

– O que quer? Eu digo tudo.

– Vamos para o escritório, lá é melhor para conversarmos.

– O.k!

– Sente-se, quero saber de tudo sobre o assassinato dos meus pais.

Ela se engasga. – O quê? E-eu não sei de nada sobre os seus pais. – ela fala.

– Sabe e irá me ajudar a descobrir tudo.

Passamos um terço da hora conversando sobre como abrir o cofre, até que eu disse a senha... Confesso ter ficado surpresa dela não saber a senha.

Eram papeis para toda vida, o cofre era extenso. Provavelmente pegava a parte de baixo da casa. Além de papeis, encontramos também, armas e bebidas.

– E agora? – ela pergunta.

– Eu que deveria fazer essa pergunta, afinal foi você junto deles que fizeram a sujeira.

– Eu não matei seus pais, Alícia. E Enzo só fez isso por justiça.

– Não quero saber. Vamos, está demorando demais.

Demoramos meia hora para achar os papeis, subimos novamente para o cofre. Abruptamente a porta da frente fora aberta, e gritos convencionais, nós que estávamos dentro de quatro paredes, começamos a escutar.

– São eles, vamos. – digo para ela.

Pego todos os papeis, saímos de fininho e subimos a escada.

– Irá me ajudar né? – pergunta enquanto fecho a porta do quarto.

– Sim, já providenciei sua passagem para Seul, com algum dinheiro. Só quero que suma da minha vida.

– Seul Alícia? Eu quero algo mais fino.

– Você está em uma posição em que escolha é algo que não terá. Ou vai, ou morre.

– E o que eu farei lá?

– Eu estou tão boazinha, que irei te mandar uma verba pó três meses. Guarde um terço para o seu filho. Caso dê sorte, encontrará alguma máfia. Vá e tente viver.

– Obrigada Alícia, sério.

Eu só não sabia que a ajuda que eu tinha dado hoje iria me custar lá na frente.


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