Capítulo 28: 10,000 emerald pools
Olá amoras e amores, mais um capítulo para vocês. Este está bem maior do que o anterior, espero que gostem (1,700 palavras).
BOA LEITURA!
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Sinto minhas pálpebras fechando e me entrego ao sono.
''Alícia, minha garotinha." - mamãe e eu brincávamos no quintal de casa, estávamos felizes e sorridentes. Era a primeira vez em dois meses que mamãe ficava comigo. Ela tinha compromissos importantes com o FBI e a CIA. Eu a entendia e almejava ser assim, igualzinha a ela. Forte, destemida e linda.
" Mamãe, eu te amo muito." ela sorri; o sorriso que deixa qualquer um feliz. O sorriso que eu via pouquíssimas vezes.
"Eu também Alícia. Caso algo aconteça, quero que não fique triste, dias melhores irão chegar. Quero que continue assim, fiel, doce e espetacular. Tenho muita sorte em ser sua mãe. Mas sinto tanto em não ter aproveitado cada momento. Prometo que serei uma mãe melhor."
" Mas mamãe, a senhora viaja tanto. Sinto sua falta. É muito legal ficar com a mamãe da Kimberly, mas eu prefiro sua comida e o seu carinho." ela solta uma gargalhada que eu me assusto, mas logo acompanho.
" Você não precisará mais ficar com a mãe da Kimberly." ela deposita um beijo estalado em minha bochecha " Irei me aposentar, chega de viagens e tempo perdido."
Naquele dia mais tarde; o dia que era pra ser no parque virou tragédia.
Levanto da cama em um pulo, esses sonhos que tanto me perturbaram estão voltando.
Trato de tomar banho e fazer minha higiene matinal. Meu dia com certeza seria longo e cansativo.
Chego na sala de jantar e todos estão conversando e rindo, menos Ethan. Parece longe, triste. Minha amiga também não estava na mesa, muito menos Hélio e Camille.
- Bom dia. - sento ao lado de Ethan, que vira e solta um básico sorriso.
Como o sonho que tanto estava com saudades e meu suco de caju, magníficos feito por Lili.
- Como ela está? - me viro para Ethan.
- Tive que chamar Maria para ajudar segurar Kimberly. Ela nunca esteve assim, Alícia. Isso me preocupa demais. Tive medo de que ela fizesse algo a noite, então resolvi injetar um calmante.
- Isso me deixou aterrorizada. Ver minha amiga sofrendo foi como enfiar uma faça em meu peito. Ela estava tão indefesa. - os flashs do acontecimento da noite anterior são passados como um filme em minha cabeça.
- Você não sabe a dor que senti vendo ela gritar em socorro. No quarto ela implorava para que eu a matasse, assim poderia lhe encontrar.
Essa confissão acaba deixando meus olhos marejados e meu peito doendo mais do que já estava.
- Você não percebeu nenhuma mudança de comportamento nessas últimas semanas? - perguntei curiosa.
- Não, quando vínhamos para cá ela jantava e ia para o jardim. Ficava lá por horas, caso eu não a chamasse. Em casa, ela gostava de ficar sozinha, porém eu não permitia que ela dormisse sozinha.
- Você fez tão bem a ela. - digo de uma vez. - Ela sempre gostou de você, desde o primeiro dia. - sorrio com as lembranças.
- Está enganada, ela que me fez bem. Meu coração antes dela era pedra, igual ao de Enzo. Porém com o tempo ela me ganhou. - ele solta um sorriso de orelha a orelha. - Quando soube que você tinha voltado, iria pedi- la em casamento.
- Eu prometo que você em breve poderá fazer o pedido. Eu torço por vocês desde o momento em que ela subiu desesperada perguntando o que vestir para sair com você.
- Jura?
- Sim, ela ficou desesperada. Eu disse que era paixão, mas ela é teimosa feito mula e me deu um sermão de que não se apaixonava por caras, mesmo ele sendo um mafiosos gostoso. juro, nesse dia eu ri tanto que fiz uma aposta comigo mesma que ela se apaixonaria de uma forma grandiosa por você.
- Acho que você ganhou, não é mesmo?... Você acha que ela vai piorar? Tenho medo que ela se esqueça de mim, de nós.
- Não irá, te prometo isso. Tenho que visita-la.
Sai da mesa certa que faria de tudo para que ela voltasse ao seu estado normal e divertido.
Atravessei os portões da grande casa dos garotos, cumprimentei as empregadas, que eram uns amores e atenciosas. Perguntei sobre a noite de Kim e elas disseram que fora o ataque, minha amiga estava bem e dormindo.
Subi as escadas e entrei no quarto que antes era apenas de Ethan, agora pertencente aos dois. Me aproximei dela cuidadosamente e depositei um beijo em sua testa.
- Estava com tanta saudade, ontem você me assustou. Pensei que fosse explodir de raiva. Pode ter certeza que te ajudarei a sair dessa, Kim. Irei cuidar de você, igual fez comigo quando éramos mais novas. - continuo com o carinho e ela aos poucos começa a abrir os olhos.
Ela estava assustada, mas seu olhar era o mesmo. Carinhoso, doce com uma pitada de atrevimento.
Minha amiga estava de volta, aquela Kimberly indefesa se foi, posso estar errada, contudo não deixarei ela voltar a ser aquela menina de ontem.
- Alícia? - ela me toca cuidadosamente.
- Sou eu minha amiga, sou eu. - abraço-a com todo carinho que era pra ter sido retribuído ontem.
- Você não sabe como estava com saudades. Mas o que aconteceu? Não me lembro de muita coisa de ontem, apenas de Ethan e Maria aqui.
Expliquei tudo a Kimberly. Ela pediu desculpas e chorou em meu colo, assim como fazíamos quando éramos crianças. Ela não era culpada, o estresse e a sobrecarga do mês a afetaram.
- Eu te amo Kim, nunca mais você irá voltar a ser igual aquela noite.
- Eu também amiga, sinto muito por tudo. Apenas não sei o que houve comigo. Esse mês foi tão desgastante para mim, pressão enorme nas minhas costas e Bekah no hospital. Devo ter ficado louca.
- Shh, você já está bem. Se eu te pedisse uma coisa, faria para seu próprio bem? - receosa, me junto mais a ela.
- Se te fizesse feliz e menos preocupada, sim. - rimos.
- Irei contratar um psicólogo. Apenas para te acompanhar por esse mês, que é tal?
- Sério? Psicólogo? Eu não acho que seja necessário.
- Nem eu. - acabo rindo. - Melhor você tirar umas férias, por que não vai para o Brasil? Te faria muito bem. Descansar, visitar as praias, sua mãe. Aproveite e leve Ethan com você.
- Acha que seria possível? Ele é tão ocupado, não trocaria seu trabalho para se divertir comigo.
- Pois eu acho que sim. Veja bem, você está precisando e ele também. Vai que vocês dois se assumem. - ela faz uma careta e rimos, como antigamente.
- Tenho que te falar uma coisa.
- Hm.
- Meu ciclo não veio esse mês. - ela põe, envergonhada, suas mãos em seu rosto.
- EU NÃO ACREDITO NISSO, KIMBERLY! - levanto e começo a pular na cama. - VOU SER TIAAAA!
- PA-PARA COM...
- IREI SER TIA. Como que isso aconteceu? - me sento em sua frente.
- Você realmente quer ter uma aula de biologia agora? - ri.
- Não idiota, quero saber quando vocês se relacionaram.
- Foi no dia em que você sumiu. Acordei de manhã e não aguentei, no começo queria apenas vim para acorda-lo...
- Que desculpa esfarrapada. - solto.
- Para. - me bate. - Mas quando cheguei aqui e vi ele deitado serenamente apenas de cueca não aguentei.
- Me poupe de seus detalhes. - gargalho.
- Preciso dividir com você, sério.
- Tá, mas me prive de coisas inúteis.
- Lícia, fiz uma coisa que nunca, nunquinha na minha vida pensei que fosse fazer.
- Fala logo menina.
- Ele acordou gemendo. - faço uma cara de nojo.
- Ecaaaa, não acredito nisso. Vo-você. Não aredito. -rio tanto que chego a chorar.
- Vai dizer que nunca acordou o Enzo assim?
- Ainda não. Você sabe que não sou fã de coisas selvagens.
- Aham, tá bom sua safada. Enfim, naquele dia aconteceu. Foi maravilhoso. Ele me deix...
- Chega de seus detalhes.
- Tá, mas e agora?
- Agora, vocês dois vão ter que arcar com o "dia" maravilhoso. Você tá com medo? - pergunto ansiosa.
- Não, eu sabia que isso iria acontecer alguma dia. Queria que fosse com ele, não me vejo entrando no altar com outro, nem brigando por coisas inúteis com outro. Ele me completa, mas tenho medo de não ser o que ele quer. Talvez não seja a hora dele assumir, talvez ele queira viajar muito e continuar com seu trabalho antes de formar uma família. Enfim, caso ele não queira nos assumir, ficarei feliz com meu bebezinho. Acho que estou pronta, mesmo que seja sem ele. Imagina um mini Ethan dentro de casa. - ela sorri e isso me contagia. Lebro-me da maluquice que iria fazer em ter um filho. Eu era tão imatura, talvez Deus me privou da sensação de ser mãe naquela época para que eu amadurecesse e encontra- se a minha cara metade.
Seria hipócrita se disse-se que não sinto falta de ser mãe, verdade seja dita, não cheguei nem um pouquinho perto de sentir o que era ser mãe, mas os poucos meses que convivi com enjôos matinais e repetida troca de humor já me fez sentir uma.
- Tudo bem, mas acho improvável dele não querer arcar com a consequência. - ela sorri, esperançosa. - Tenho que visitar Alexia, e a senhorita necessita conversar com Ethan. Aproveite e já mencione na viagem, acho que ele irá adorar a idéia. - deposito um leve beijo em sua testa e saio do quarto feliz e com menos um peso e sofrimento nas costas.
O que acharam? Por favor, peço para que votem e comentem bastante.
Necessito saber o que estão achando da evolução da história. Lembrando que as críticas são muito bem vindas.
Bjus oficial da louca!
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