Bônus Rebekah: Fight Song
Eu não estava sóbria, mas conseguia saber muito bem o que acontecia em volta de mim. Na hora que vi Alícia, meu coração parou (Deve estar se perguntando o por que ou simplesmente deve estar achando que eu sou lésbica, mas a resposta é não.) parou pois eu sabia que ela mudaria de alguma forma as nossas vidas.
Desde o restaurante, eu queria saber mais dela, e foi isso que eu fiz. Comecei a investigar a vida dela toda. Descobri coisas que eu nunca iria imaginar. Eu nunca fui de ter amigos, mas eu queria de alguma forma me aproximar de Alícia, ela sim ajudaria Enzo.
Meu irmão ainda sofre muito com a partida de nossos avós, porém se mantém forte por mim e por Alexia.
Eu também sofro, mas sou forte por eles, pois sei que se fraquejar, todos desabamos. Poderíamos acabar com a máfia, mas a verdade é só uma: somos a maior dos Estados Unidos e temos milhares de inimigos espalhados.
Estávamos saindo do Pub em que encontrei Alícia, era a primeira vez que vinha nesse pub depois de ter tido minha princesa, que nessa hora deve estar com saudades -sorrio com meus próprios pensamentos- enfim, o pub era fantástico, super fino. Se eu peguei alguém? Se você respondeu não, acertou.
Depois que Daniel, um bastardo, filho da puta me deixou com Alexia não quis mais ninguém. No primeiro momento em que vi ele no baile dos mafiosos que acontece todos os finais de ano, me apaixonei. No começo tentei cortar esse amor pela raiz, mas não consegui, ele começou a me ligar e acabou rolando. Ele ficou comigo um ano.
Namoravamos escondidos, eu adorava, pois estava com o suposto amor da minha vida, mas depois que soube da minha gravidez e que Enzo tinha acabado de descobrir tudo, ele nem pensou duas vezes em me deixar.
Nos primeiros meses de gravidez, tentei de tudo para abortar, eu era nova, tinha apenas vinte anos e era imatura ainda.
Sou muito agredecida por ter meu irmão, pois ele me ajudou em todos os meses, e depois que minha princesa nasceu, meu mundo se alegrou novamente e foi aí que aceitei a proposta de Enzo e ingressei pro mundo mafioso.
Depois que entrei, Enzo fez questão de me ensinar tudo que meus avós passaram pra ele. No começo era matadora de aluguel, mas depois que aprimorei minhas técnicas, virei braço direito de Enzo e treinadora.
Estávamos duas ruas depois do pub e escutei gritos femininos.
-Para o carro por favor Miguel -Disse calmamente.
-Sim senhora.
-Que foi agora Bekah? -Enzo diz tirando sua atenção do celular.
-Tá escutando? -Digo com feição nervosa.
Pego minha arma e saio do carro em direção ao som, sinto algumas pessoas atrás de mim.
Quando chego no local, vejo uma mulher de estatura baixa e loira sendo pisoteada e chutada. Paro e penso no pior.
Enzo segue reto pisando fundo e começa a bater nos dois caras. Vou pra mais perto pra ajudar a moça, quando....
-Alícia, meu Deus. Enzo venha cá agora, deixe eles com os capangas -grito e vejo ela me olhar.
Enzo pega ela no colo, ela fala algo que não consigo identificar e fecha os olhos.
Quando chegamos, o hospital estava cheio. Alícia estava completamente desacordada.
Se eu sabia o que fazer? Lógico que não. Enzo e eu procuramos o balcão mais próximo, enquanto isso Miguel estacionava o carro . Ao chegar no balcão avistamos uma moça e de cara eu perguntei :
- Olá, a minha amiga está grávida e acabou de sofrer uma agressão no meio da rua, podemos ser os próximos?
- Me desculpe moça, temos casos piores no nosso hospital e não podemos colocá-la de frente. Vamos chamar uma enfermeira pra colocar a paciente em uma cama e ela ficará esperando.
- Como tem casos piores?? - Levantei minha voz - Ela acabou de sofrer uma agressão, está grávida! Ela pode perder o bebê. É dinheiro que vocês querem? Eu pago - Miguel chega a tempo e me segura antes que eu bata naquela biscate - Ela precisa ser atendida agora!
- Moça acho melhor você se acalmar, ou chamaremos os seguranças pra te retirar do local. Já que a senhora tem dinheiro, vamos botar a paciente no outro bloco, em um dos nossos melhores quartos.
- Bekah, fica calma, sua amiga vai ser trocada de bloco e logo vai ser atendida. -Miguel fala calmamente.
- Está bem Miguel, mas se ela não for atendida às pressas....
- Está bem, agora vamos sentar e esperar a enfermeira.
A mesma chega rapidamente e enzo coloca alícia na maca e fica observando ela. Desde o dia do restaurante ele tá estranho, pode ser da minha cabeça, mas eu acho que tem algo acontecendo com meu irmão.
Alícia é trocada de bloco e colocada em um dos melhores quartos. Dinheiro para nós, não é problema. Eu sei que eu não conheço ela direito, mas necessito ajuda- lá.
-Familiares e amigos da paciente Alícia - O médico fala se aproximando com uma ficha nas mãos.
-Somos nós -Digo rapidamente.
-A paciente já está sendo medicada adequadamente. Ela está no quarto 203. Algum de vocês pode me acompanhar?
-Eu vou -Digo me soltando de Miguel.
- Bekah, não acha melhor enzo ir?
- Miguel, tenho certeza que enzo não irá querer entra lá.
- Ok, vá lá então.
Ao entrar na sala, o médico me perguntou o que aconteceu com Alícia, e eu, expliquei todo o ocorrido e o médico começou a examinar ela.
Ele fez umas caras e bocas e pra certificar o que estava suspeitando e me mandou ir com ela fazer uns exames na sala ao lado. Saindo do quarto, fui avisar aos meninos.
- Como foi? - Miguel pergunta esperançoso.
- Vou acompanhar ela nesta sala para fazer alguns exames.
-Ok
Ao chegar a sala dos exames, tudo ocorreu tranquilamente porém, a enfermeira me disse :
- Ela precisará ficar uma noite aqui, pra pegar mais força, você sabe, ficar no soro e amanhã ela será liberada.
- Sem problemas enfermeira.
Voltando pra sala do médico, ele pegou o exames e fez uma careta.Logo pensei que havia alguma coisa de errado, mas meu coração ainda tinha esperança. Depois de uns minutos examinando os resultados ele chegou à conclusão final.
- Pode me falar qual o resultado dos exames.
-Bom, fico triste em dizer, mas a Alícia perdeu o bebê. E pode ter algumas complicações para a próxima gravidez, mas isso veremos com o tempo e com acompanhamento de um especialista, e eu, farei questão de ser o próprio.
Fiquei em desespero e comecei a chorar. O médico me explicou tudo e uma das coisas que mais me desesperava era ela se esquecer de mim. Ele disse que seria temporário, mas mesmo assim teria uma grande porcentagem de chances de acontecer... Depois eu tive que me acalmar.
-Olha, sua amiga será trasferida pro quarto 120. Ela passará a noite lá.
-Ok, Quando ela terá alta?
-Mais provável amanhã à tarde, pois irei explicar algumas coisas para ela.
-Obrigada doutor. -Aperto a mão do doutor e saio da sala triste.
Chegando perto dos garotos dou um abraço em Enzo, pois é lá que me sinto segura.
-Ela perdeu o bebê -Falo segurando o choro.
-Nossa, que situação -Diz Miguel.
-Pois é. Ela irá embora hoje? -Enzo pergunta.
-Não, o médico disse que o mais provável é que ela vá amanhã na parte da tarde.
-O.k, e agora o que vamos fazer? -Enzo pergunta.
-Vocês dois vão passar pra casa, e eu, vou ficar com ela no quarto 120.
-Qualquer coisa, avisa tá? -Miguel fala.
-Tá. Enzo, já pagou às dispesas?
-Amanhã resolvo isso -Termina e sai andando.
Fiquei à noite toda pensando qual seria a reação dela quando acordasse.
Quando acordei, olhei o relógio e marcava sete da manhã. Olhei Alícia e ela estava despertando.
-Quem é você? Porquê estou aqui?
Oiiiiii amoraaaaas, o que estão achando? Me falem, estou curiosa kkkkk
Beijinhos e até o próximo capítulo.
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