capítulo onze: Sádismo
Eu havia chegado à casa de Colle há um tempo.
Parei meu carro um pouco mais atrás, e antes que eu fosse descer, estudei cada detalhe as movimentações da casa.
Não tinha ninguém passando na rua, estava totalmente vazia.
Perfeito.
Desci do carro, guardando minhas duas pistolas e minha faca grande, e segui até a porta da casa do garoto.
Como não havia ninguém na rua, não senti olhares sobre mim enquanto eu andava com minha máscara de pássaro.
Me posicionei frente à porta, e bati três vezes.
Respirei fundo, e ajeitei meu sobretudo preto.
Sem muita demora, logo Colle abre a porta.
Ele me olha de cima a baixo, expressando medo, mas ao mesmo tempo, calma.
Aquilo era estranho.
O garoto estava sujo de sangue, seu olho estava roxo e haviam marcas de queimaduras em seu corpo.
- L-Lord!? Você veio mesmo...
Respirei fundo e não disse nada, apenas passei por ele e adentrei a casa.
O mesmo veio atrás de mim ainda com um pouco de medo.
- Não posso ficar perdendo tempo, então me diga o que tenho que fazer.
Falei, grave e arrepiante, me virando pra ele.
O rapaz engoliu em seco e olhou para o chão, tentando evitar contato com minha máscara de esqueleto de ave.
- E-Eu os desmaiei... eles estão no meu quarto.
Ele falou, trêmulo e suando frio.
Suas expressões mostravam um misto de emoções, de uma vez só.
Ignorei seu olhar preocupado e nervoso, caminhando até um dos quartos da casa.
Abri a porta lotada de adesivos de bandas e mulheres semi- nuas, já imaginando que aquele era o quarto do garoto e logo vi os pais do mesmo no chão.
Sem manchas de sangue, eles estavam realmente apenas desmaiados, estirados no chão.
Me abaixei, e toquei no pulso de ambos.
Estao desmaiados mesmo, há pulsação.
Me virei para encarar Colle, que estava atrás de mim.
- E ai? Se decide porra. Não tenho muito tempo.
Falei, grosso e em tom alto.
Vi que ele se sentiu nervoso e não muito seguro comigo ali.
Claro, eu era um assassino canibal, ele deve ter medo, realmente.
- Faça oque você quiser... só quero que eles fiquem longe de mim.
Colle falou, um pouco baixo e com a voz trêmula.
Sorri de canto, por baixo da máscara e me levantei, ajeitando meu chapéu.
Fiquei de frente ao garoto, porém olhando um pouco pra baixo devido ao fato de eu ser bem mais alto que ele.
- Oque eu quiser, você tem certeza, jovem?
Falei, o encarando.
Colle então assentiu.
- Sim.
Me afastei dele, e voltei minha atenção aos pais desmaiados do garoto.
Me abaixei novamente, pegando a mãe dele pelos pés, para facilitar pra mim e a arrastei até a porta da frente, que estava fechada.
Em seguida voltei e peguei o pai do jovem pelo braço, o arrastando também até a porta.
Respirei fundo, enquanto minha mente martelava com mais ideias de tortura e formas de matar.
Isso seria perfeito, as vítimas de hoje já foram sequestradas.
- Lord?
Susurrou Colle, um pouco baixo.
Me virei para olhá-lo.
- Diga.
Falei seco, esperando uma resposta rápida.
Ele me olhou, expressando alívio.
- Obrigado, agora eles não irão mais me machucar como todos os dias.
Ele falou, e depois o silêncio tomou conta de mim e dele.
O garoto era torturado pelos pais todos os dias, eram visíveis as marcas em seu corpo, o olho roxo e as muitas marcas de queimaduras de cigarro.
Assenti, enquanto abria a porta da frente.
- Me pague quando puder, não precisa de pressa. Você sabe onde me procurar.
Falei, enquanto saia para fora.
O rapaz me olhou confuso.
- Oque você vai fazer?
Perguntou.
Eu odiava quando me vinham com muitas perguntas, então apenas respondi que encostaria o carro bem na porta da casa.
Ele deu de ombros e continuou me observando.
Entrei no meu carro e acelerei em direção à entrada, o parando.
Desci, e olhei para os lados para ver se a rua continuava vazia.
Já era noite, e eu não via ninguém passar na rua.
Ótimo.
Abri o porta-malas do meu carro, e rapidamente, sem levantar suspeita alguma, joguei o corpo dos pais do garoto dentro do carro e os cobri com um cobertor que Colle havia trago para mim, para os esconder.
Fechei o porta-malas e o olhei por trás da máscara mais uma vez.
- Se contar pra polícia sobre oque aconteceu aqui... Você já sabe.
Falei, enquanto puxava minha arma do sobretudo e apontava para ele, para ameaçá-lo.
O garoto negou desesperado.
- Não, lord! Porque eu contaria? Eu sou muito agradecido por que você está me livrando de toda dor que eu passei durante anos da minha vida! Muito obrigado, mais uma vez!
Fiquei em silêncio, observando e estudando cada detalhe de suas expressões. Ele parecia estar sendo verdadeiro.
Mas, se ele não estivesse sendo, estaria fodido.
Não Disse nada, apenas Assenti e entrei no meu opala preto, no banco do motorista e rodei a chave o ligando.
Vi o olhar nervoso, porém aliviado de Colle sobre mim, e me virei para vê-lo pela última vez.
- Esteja online na deep web às meia noite.
Falei, autoritário, com minha voz grave soando tão grossa como sempre.
O garoto assentiu, e eu acelerei, saindo dali.
Claro, não podia ficar por muito tempo.
Então eu acelerava cada vez mais, adentrando a estrada cheia de árvores altas, cobertas pela neblina daquela noite que se iniciara.
Eu iria pra casa, tomar um banho e iniciar minha sádica live de tortura.
Com os pais de Colle, como vítimas.
E eles mereciam.
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