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Assim que ouço as batidas na porta, eu atendo, encontrando com Leon e um sorriso nervoso.

— O que foi? Por que está assim? — pergunto.

— Por favor, não me bate — ele pede, o que me faz soltar uma risada.

— O que fez?

— Vem comigo. — Ele pega a minha mão, eu deixo que me guie.

Nós paramos no parque Firewall e eu não entendo o que estamos fazendo aqui pela manhã.

— Chamei uma pessoa. — confessa, estou prestes a perguntar quem quando a vejo.

Os cabelos cheios e cacheados contornam a pele negra de Nádia, que veste uma calça jeans e uma blusa branca social com mangas dobradas até o cotovelo, o óculos escuro é o toque especial. Quando me vê, sorri na minha direção e abre os braços, não demoro para correr até ela e envolvê-la com meus braços.

— Que saudade, meu amor! — ela diz contra os meus cabelos, eu sorrio enquanto mantenho a cabeça na curvatura do seu pescoço.

— Eu também — digo, mas me afasto dela ao lembrar do mundo real. — Mas o que tá fazendo aqui?

— Leon me ligou. — Levo meu olhar a ele, atrás de nós.

Ele sorri sem mostrar os dentes, como algo mecânico e sem graça, e ergue o braço para mostrar a mão, como se ele precisasse se identificar para saber de quem ela estava falando.

— Nós vamos para casa, Tasha. Para a nossa casa. — Nádia põe as mãos nos meus ombros.

Ela fala com tanta convicção que, por alguns segundos, acredito na sua palavra.

Eu quero acreditar.

Nádia não veio de mãos vazias, ela disse que tem contato com um assistente social. Marcou um jantar com ele e vai chamar minha mãe.

Ao saber disso, cruzo os dedos para dar tudo certo.