Capítulo 78 | Alpes Suíços
Anne Green
Isaque saiu do banheiro vestindo uma camisa polo branca e uma bermuda salmão, que realçavam cada detalhe de seu corpo, tornando-o simplesmente irresistível. Seus cabelos caíam despreocupadamente sobre a testa, e era impossível para mim desviar o olhar. Ver o homem que eu amava, agora como meu marido, despertava um desejo que me deixava quase sem fôlego. A tensão entre nós, intensa, parecia se aprofundar a cada segundo.
O perfume amadeirado que ele usava, aquele que eu amava, preenchia o ar do jatinho, despertando todos os meus sentidos. Ele se aproximou e sentou-se na poltrona ao meu lado, sem tirar os olhos de mim, e um sorriso lento e envolvente brincava em seus lábios. Eu o observava, tentando entender o motivo daquele sorriso que parecia transbordar felicidade e, ao mesmo tempo, me deixava completamente derretida.
— Por que está sorrindo assim? — perguntei, sentindo minha voz falhar levemente.
— Quer mesmo saber? — ele respondeu, o olhar queimando sobre mim.
— Claro.
— Porque agora você é minha esposa, e ainda estou tentando absorver o fato de que isso é real — ele disse, e um sorriso brotou naturalmente nos meus lábios.
Escolhi um vestido de cetim leve para o voo ao lado dele, algo pensado para agradá-lo. Eu não queria esperar até a lua de mel para começar a surpreendê-lo. Deixei o cabelo secar naturalmente e usei um perfume delicado que ele amava. Ele se inclinou, afastando meu cabelo do ombro com uma carícia cuidadosa, e deixou seus lábios tocarem suavemente meu pescoço enquanto aspirava meu perfume. Cada toque seu enviava ondas de arrepio pelo meu corpo, e eu mal conseguia conter a antecipação.
Sim, eu estava nervosa.
Saber que, em poucas horas, estaríamos inteiramente entregues um ao outro fazia com que meu coração disparasse. Era minha primeira vez, e, embora eu tentasse não pensar demais e deixar tudo fluir naturalmente, cada gesto dele, cada olhar, fazia a ansiedade aumentar, enquanto uma tempestade de borboletas tomava conta do meu estômago.
— Não sabia que você ficaria arrepiada com isso — ele murmurou, a voz grave e quente contra meu ouvido, fazendo meu coração saltar no peito. Ele passou um braço firme ao redor dos meus ombros, me envolvendo, enquanto seus dedos deslizavam pelo meu braço em um toque suave e delicioso.
Sorri, tímida, incapaz de manter nossos olhares conectados, sabendo que o nervosismo estava estampado em mim.
— Amor — ele segurou meu queixo com delicadeza, fazendo-me encará-lo. — Não quero que fique com medo nem nervosa. Só quero que seja a minha Anne de sempre e aproveite cada segundo comigo, tá?
— Não estou nervosa — menti, desviando para a janela. — Tá bom, amor, estou nervosa.
Ele soltou uma risada suave, e eu o acompanhei.
— Não ria! — brinquei, dando um leve tapa em sua coxa.
— Estou rindo porque você fica tão linda nervosa — ele disse, com aquele sorriso sedutor que me deixava com vontade de beijá-lo profundamente, sem mais demora.
— Ah, amor — tentei parecer casual. — É tudo novo para mim.
— Então… podemos começar devagar — ele disse, mas havia algo em seu olhar que sugeriu segundas intenções.
— Devagar, como?
— Com um selinho — proferiu, segurando meu queixo e aproximando seus lábios dos meus. Ao tocar sua boca, uma vontade veroz tomou conta de mim.
— E agora, o que vem em seguida? — perguntei, segurando o riso.
— Que tal um brinde? — ele sugeriu, pegando o espumante sem álcool e nos servindo com um sorriso suave. Erguemos as taças e brindamos, mas foi seu olhar, profundo e intenso, que realmente chamou minha atenção, dizendo tudo o que as palavras não conseguiam.
— E se a gente incrementasse? Que tal um morango? — sugeri, pegando um da bandeja.
— Só se você me der na boca — ele respondeu com um sorriso. Dei o morango na boca dele, e ao saborear, Isaque fez uma expressão divertida, o que me arrancou uma risada.
— Vou tornar isso ainda mais romântico — ele murmurou, mergulhando o próximo morango no chocolate e aproximando-o da minha boca. O chocolate derretia em minha boca de uma maneira surreal. O sabor em meu paladar me fez suspirar, e Isaque riu da minha satisfação.
— Acho que vou precisar de mais disso! — brinquei, pegando outro morango.
Isaque se inclinou mais perto, e meu coração acelerou. Ele pegou um morango e, desta vez, passou-o no chocolate, melando delicadamente o canto dos meus lábios antes de sorrir para mim.
— Tem chocolate bem no canto da sua boca — ele disse em tom baixo, o olhar fixo no meu, enquanto minha pulsação disparava. Então, ele segurou minha nuca, aproximou-se e beijou delicadamente o canto da minha boca. Eu quase tremia.
— Esperto, hein? — tentei brincar, embora estivesse quase sem fôlego.
— Eu posso fazer melhor — ele disse, pegando outro morango, deslizando-o no chocolate e tocando suavemente meu lábio inferior. Sem pressa, ele deixou o morango de lado, puxou-me para mais perto, dessa vez com mais firmeza, e olhou fundo nos meus olhos. Pude sentir sua respiração próxima ao meu rosto e, quando menos esperei, ele colou seus lábios nos meus, beijando-me.
O beijo era quente, faminto, e com toda a paixão que havíamos aguardado para aquele momento. Senti que todo aquele tempo que passamos aguardando pelo nosso casamento, estivesse se recuperando ali. Isaque segurava minha nuca, enroscando seus dedos no meu cabelo, enquanto sua outra mão me puxava pela cintura, subindo pelas minhas costas. Eu me sentia imersa naquela conexão magnética. Minhas mãos exploravam seu cabelo, deslizavam por seus ombros e braços, e eu podia sentir o calor de sua pele sob meus dedos. Quando o beijo se tornou mais profundo, ele diminuiu o ritmo, e encostou a testa na minha, os olhos fechados, respirando ofegante enquanto se recompunha.
Ele abriu os olhos, ajeitou uma mecha do meu cabelo que caía no rosto e me observou, os olhos brilhando.
— Por que se afastou? — perguntei em um sussurro.
— Feliz aniversário, amor — ele disse baixinho, ainda com os rostos próximos. O sorriso dele me aqueceu, e meu coração disparou de alegria ao perceber que Isaque estava sendo romântico em todo esse tempo.
Ele lembrou, pontualmente, do meu aniversário.
— Já é meia-noite, e eu queria ser o primeiro a te desejar parabéns.
Sorri, emocionada.
— Você é incrível e sempre me surpreende! Obrigada, meu amor. Eu te amo tanto! — beijei-o novamente, sentindo a doçura daquele momento, enquanto ele me envolvia nos braços, retribuindo com carinho.
— Tenho um presente para você — disse ele, levantando-se com um sorriso misterioso.
— Presente? O que é? — perguntei, tentando adivinhar.
Isaque retornou segurando uma pasta de couro marrom, de uma elegância impecável. Ele se sentou ao meu lado, os olhos brilhando, e colocou a mão sobre a pasta, me olhando com uma intensidade que fez meu coração acelerar.
— Antes de você abrir, preciso dizer que merece esses dois presentes mais do que qualquer outra coisa. Quero que aceite, sem hesitar. Fiz isso porque te amo e admiro quem você é, em cada detalhe — ele sussurrou, e eu estava muito curiosa.
— Dois presentes? — ergui as sobrancelhas, o tom curioso. — Você me deixa intrigada, amor.
Ele me entregou a pasta, e ao abrir, senti um arrepio percorrer meu corpo. Meu coração acelerou, e minhas mãos quase tremeram ao ver os documentos. Olhei para Isaque, buscando confirmação, e ele assentiu, sorrindo, sabendo exatamente o que aquilo significava para mim. Com um sorriso, ainda sem palavras, continuei folheando os papéis, até que uma segunda surpresa me deixou completamente sem fôlego. Levei as mãos até a boca, atônita e imóvel, sem saber como reagir.
— E-eu... — gaguejei, sem saber o que dizer, com a voz embargada. — Isso é sério?
— Sim, meu amor, muito sério. Você merece mais do que isso — ele murmurou, segurando minhas mãos com firmeza.
— Você é uma mulher incrível e uma profissional que admiro profundamente. Observo cada esforço, cada detalhe no seu trabalho. Sei o quanto você ama o que faz, e quero que aceite isso de coração, sem medo — ele disse, o olhar transbordando orgulho e afeto.
Ele estava me presenteando com 20% das ações da empresa, me tornando oficialmente sócia. E não só isso — ele também me promovia a CFO. Suas assinaturas já estavam nos documentos, esperando apenas pela minha. Me entregou uma caneta elegante, e, ainda tremendo, a segurei, perdida entre a emoção e a surpresa.
— Isaque... Eu... mal consigo segurar a caneta — confessei, entre risos nervosos e um sorriso emocionado.
Ele se inclinou, me puxou gentilmente e me deu um beijo profundo, inesperado, como se quisesse gravar aquele momento. Quando afastou os lábios, olhou fundo nos meus olhos.
— Você nasceu para ser sócia, e não aceito outra resposta — brincou, rindo baixo. — Agora assina e prometo que o trabalho fica fora dessa nossa viagem.
Com um sorriso, assinei os documentos, oficialmente me tornando sócia e diretora financeira da empresa. Ainda absorvendo a notícia, olhei para ele, grata e emocionada.
— Obrigada, amor... Você realmente me deixou sem palavras.
Ele acariciou meu rosto, o olhar caloroso e cheio de desejo.
— Então que tal ficarmos juntinhos até o destino?
Isaque se levantou e colocou a pasta sobre a outra poltrona, como se estivesse ajeitando o espaço. Ele então estendeu uma manta sobre as poltronas reclinadas, criando um pequeno refúgio para nós dois. Nos acomodamos debaixo da manta, inicialmente buscando um filme para assistir.
Mas, em pouco tempo, a atenção se voltou completamente um para o outro.
A luz suave do exterior entrava pelas janelas do jatinho, refletindo sobre o rosto de Isaque, que havia desligado as luzes internas, criando um clima de intimidade. Em meio a sussurros e risadas baixas, nossos lábios se encontraram, e os beijos se tornaram intensos, cheios de uma intimidade contida e um romance arrebatador. O toque de seus dedos percorrendo minha pele, explorando cada detalhe, fazia o coração acelerar. Passamos a madrugada entre beijos e carícias, sem passar disso, ambos firmes na decisão de esperar pela noite de núpcias para dar um passo a mais.
Quando acordei, percebi que estava deitada no peito de Isaque, que ainda dormia serenamente. Olhei pela janela e fui surpreendida por uma visão mágica: o mundo lá fora estava coberto por um manto de neve. Montanhas brancas se estendiam no horizonte, pontuadas por pinheiros que pareciam flocos de algodão. Levei alguns segundos para processar o cenário — estávamos sobrevoando a Suíça.
Sorri, admirando a paisagem, e logo percebi que Isaque começava a despertar. Ao ver meu sorriso, ele abriu os olhos e ergueu as sobrancelhas.
— Por que esse sorriso? — perguntou, espreguiçando-se preguiçosamente.
— Você acertou em cheio! — respondi, sem tirar os olhos da janela.
Ele olhou para o horizonte e sorriu.
— Suíça... — murmurou, contemplando a neve. — Chegamos.
— Não acredito, amor! Eu amo a Suíça — deitei novamente, apoiando a cabeça no punho, enquanto o admirava. Cada traço de Isaque parecia esculpido com perfeição.
— Eu sabia — ele respondeu, um sorriso satisfeito iluminando seu rosto. — Sabia o quanto ama a Suíça e quis te surpreender. Além disso, é época de neve. Sei o quanto você ama.
Seu olhar fixo nos meus lábios fez meu coração acelerar. Mordisquei o lábio inferior, tentando conter a felicidade que transbordava.
— Obrigada por tudo, Isaque — murmurei, mais séria agora, sem desviar os olhos dele.
Ele se inclinou ligeiramente, os dedos deslizando pelo meu rosto.
— Ouvir meu nome na sua voz é como música — disse, num tom grave e cheio de carinho.
Antes que eu pudesse responder, ele me puxou para cima dele, rindo enquanto fazia cócegas em mim. Num movimento rápido, revirou-nos na cama, agora ele por cima. Seu olhar profundo me prendeu; aquele sorriso suave e cheio de significado fez meu coração derreter. Sem dizer uma palavra, ele se inclinou e me beijou, como um gesto de bom dia que aqueceu meu coração.
Logo, o jatinho pousou, e a animação tomou conta de mim. A Suíça nos esperava, com suas paisagens que pareciam saídas de um quadro.
Enquanto Isaque se ajeitava no banheiro, comecei a vasculhar a mala, buscando algo para usar. Quando ele saiu, com os cabelos úmidos e um ar descontraído que só aumentava seu charme, fui trocar a roupa.
Escolhi um vestido verde-oliva, sem mangas, de gola alta, que terminava logo acima dos joelhos. Ele se ajustava perfeitamente ao meu corpo. Deixei meu cabelo ondulado cair sobre os ombros e fiz uma maquiagem leve. Depois de me perfumar, saí do banheiro.
Isaque estava encostado na janela, observando a vista. Quando ouviu meus passos, virou-se lentamente. Seus olhos percorreram cada detalhe, e o sorriso que surgiu em seus lábios me deixou sem fôlego.
— Você está linda — ele disse, vindo em minha direção em poucos passos. Segurou minha mão e me puxou suavemente para ele. — Vamos, minha esposa. A Suíça nos espera.
Assim que descemos do jatinho, o ar frio da Suíça envolveu minha pele, trazendo uma sensação de encantamento. A paisagem ao nosso redor era como uma pintura: montanhas imponentes cobertas de neve contrastavam com o céu de um azul profundo, enquanto vilarejos charmosos surgiam ao longe, seus telhados brancos da neve brilhando sob o toque suave do sol da manhã.
Isaque segurou minha mão com firmeza, e juntos caminhamos em direção ao carro que nos aguardava. Seus dedos entrelaçados aos meus emanavam um calor reconfortante, contrastando com o frio que nos cercava. A cada quilômetro percorrido, nos aproximávamos dos Alpes Suíços, e a sensação de estarmos deixando o mundo para trás crescia. As estradas sinuosas serpenteavam por colinas cobertas de neve, cada curva revelando paisagens mais deslumbrantes.
Quando chegamos ao chalé, meu coração disparou. Ele era tudo que eu havia sonhado: paredes de madeira escura, janelas de vidro amplas que emolduravam a vista majestosa das montanhas, e uma fina camada de neve cobrindo o telhado, de onde subia uma leve fumaça da chaminé. A visão era tão acolhedora quando aconchegante.
Ao entrar, fui imediatamente envolvida por um ambiente que exalava calor e intimidade. O cheiro de lenha queimando misturava-se ao perfume delicado das velas que decoravam o espaço. A lareira, com suas chamas dançantes, irradiava um calor que parecia abraçar todo o chalé. Mantas macias estavam estrategicamente espalhadas pelo sofá, e um lustre de ferro forjado lançava uma luz suave sobre a mesa de madeira rústica.
— Uau… — murmurei, encantada, enquanto percorria o ambiente com os olhos.
Sobre a mesa, um cesto bem-arranjado chamava atenção: frutas frescas, chocolates artesanais, uma garrafa de vinho, duas taças e suco de uva, tudo cuidadosamente preparado. Fui até a grande janela de vidro e fiquei por um momento em silêncio, absorvendo a vista espetacular da neve cobrindo o horizonte.
Senti Isaque se aproximar, e em segundos, seus braços me envolveram pela cintura. Ele encostou o queixo no meu ombro, e juntos observamos a paisagem.
— Sou eternamente grato a Deus por ter você como esposa — ele disse, a voz suave e acolhedora.
Eu sorri, sentindo cada palavra penetrar fundo em meu coração.
— E eu sou eternamente grata a Deus por ter você como esposo — respondi, com igual intensidade.
Isaque se afastou apenas o suficiente para me olhar, seus olhos brilhando de ternura e algo mais que fazia meu coração acelerar.
— Por que não sobe? — ele sugeriu, apontando para a escada com um sorriso perfeito. — Acho que você vai amar nosso quarto.
O tom de sua voz prometia mais do que apenas uma surpresa, e eu mal podia esperar para descobrir o que ele havia preparado.
Subi as escadas e, ao abrir a porta do quarto, fui imediatamente envolvida por uma atmosfera totalmente romântica. O ambiente exalava romantismo, cada detalhe transparecendo o clima da nossa lua de mel. No centro, a cama king-size era uma obra de arte: pétalas de rosas vermelhas estavam espalhadas sobre o edredom branco, formando um contraste que falava de amor e paixão. Uma manta de pele sintética e travesseiros macios completavam o cenário, convidando ao descanso e à intimidade.
À frente da cama, janelas enormes iam do chão ao teto, oferecendo uma vista espetacular dos Alpes cobertos de neve. A luz do sol refletia nas montanhas, pintando o céu com tons claros e serenos. A ideia de acordar ali, cercada por tanta beleza, encheu meu coração de gratidão.
Uma lareira moderna ao lado da cama lançava um calor acolhedor, enquanto velas perfumadas estavam espalhadas pelo quarto. Seus aromas de baunilha e lavanda preenchiam o ar, criando uma sensação de paz e conforto. O chão aquecido era um toque sutil, mas reconfortante, e um tapete felpudo ao lado da cama completava a sensação de acolhimento.
No canto do quarto, uma banheira de hidromassagem estava estrategicamente posicionada junto à janela, cercada por mais pétalas de rosas e velas. A vista para as montanhas, o calor da água e o ambiente romântico criavam um cenário perfeito.
Respirei fundo, absorvendo cada detalhe. Virei-me para Isaque, que me observava com um sorriso satisfeito.
— Nota mil para tudo isso! — exclamei, jogando-me na cama e rindo.
Ele riu, jogando-se ao meu lado.
— Eu sabia que você ia gostar. Eu mando bem, não mando?
— Muito bem — respondi, inclinando-me para beijá-lo de leve. — Então, o que você planejou para explorarmos por aqui?
Isaque sorriu de forma misteriosa e se levantou, estendendo a mão para mim.
— Vem comigo, vou te mostrar algo especial.
Ele me guiou até a varanda privativa do quarto, que eu ainda não tinha notado. Uma pequena mesa estava preparada ali, cercada por mais velas e flores. A vista para os Alpes era de tirar o fôlego.
— Café da manhã com essa vista maravilhosa? É um sonho — murmurei, encantada, enquanto ele puxava a cadeira para eu me sentar.
Isaque sentou-se do outro lado da mesa, os olhos fixos nos meus.
— Tudo isso é só o começo, meu amor.
Me surpreendendo, Isaque segurou minha mão com firmeza, seus olhos fechados enquanto respirava fundo. Sua voz, suave e carregada de emoção, ecoou na varanda.
— Senhor, quero Te agradecer por nos conduzir até aqui, por responder às minhas orações e me conceder Anne como esposa. Que o Senhor nos dê sabedoria para caminharmos juntos como marido e mulher. Abençoe essa nova fase de nossas vidas, blindando nosso casamento com Tua proteção. Que nossa união seja um testemunho de amor verdadeiro, firmado na Tua Palavra e sustentado pela rocha que é Cristo Jesus. Amém.
— Amém — respondi, a voz quase trêmula. Quando abri os olhos, me deparei com o sorriso sereno de Isaque. Era difícil acreditar que tudo aquilo era real, que ele era o homem que sempre pedi a Deus.
Nosso café da manhã de lua de mel foi um verdadeiro banquete, digno do cenário perfeito que nos cercava. A mesa estava decorada com uma simplicidade elegante: uma toalha de linho branca, pequenas flores silvestres em um vaso delicado, e uma bandeja rústica de madeira que exibia uma variedade de pães e doces. Croissants dourados, brioches amanteigados e baguetes frescas compunham uma harmonia visual e aromática.
O ar se enchia do cheiro reconfortante de café recém-passado e chá de ervas, completando a atmosfera acolhedora. Em pequenos potes de cerâmica, havia geleias artesanais de frutas vermelhas e damasco, além de um mel suíço dourado e brilhante que parecia capturar a luz do sol.
No centro, uma tábua elegante com queijos e frios locais destacava-se: fatias de queijo suíço de diferentes maturações, presunto defumado e salame delicadamente cortado. Uma seleção de frutas frescas — morangos, uvas, mirtilos e maçãs fatiadas — trazia cor e frescor à mesa.
Como toque final, uma travessa com ovos mexidos cremosos e fatias de salmão defumado oferecia uma opção sofisticada. Ao lado, iogurte natural e granola crocante eram perfeitos para um equilíbrio mais leve.
Isaque serviu uma taça de suco de laranja para mim e uma para ele, levantando a sua com um sorriso.
— À nossa nova jornada, meu amor.
Ergui minha taça, os olhos fixos nos dele.
— À nossa nova jornada.
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