Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 68 | Até o Altar

Anne Green

Ontem à noite, estávamos sob o céu estrelado de Lido di Venezia, sentados na areia da praia, e Isaque decidiu brincar de astrônomo. Mesmo sem ser o maior entendedor do assunto, ele falava com tanta empolgação sobre as estrelas e o universo que era impossível não me deixar levar por seu jeito divertido e cativante. Eu queria que aquele momento durasse para sempre.

— Se pudesse, passaria a noite toda aqui com você, observando as estrelas e sentindo o seu carinho — confessei, percebendo o olhar apaixonado de Isaque e o sorriso meio tímido, meio galante, que surgiu nos seus lábios.

— Isso é tudo o que eu quero, Anne, viver momentos assim com você — ele respondeu, enquanto acariciava meu queixo com ternura e me envolvia em seus braços, me protegendo do frio.

Eu estava de moletom preto, calça jeans, cabelo preso num rabo de cavalo e tênis branco. Ele, com seu moletom marsala e calça preta, também parecia à vontade. O frio daquela noite não incomodava; na verdade, a presença de Isaque me aquecia de uma maneira especial.

Deitei a cabeça em seu ombro enquanto ele deslizava os dedos pelos meus cabelos, e naquele instante, senti que nada mais importava além de nós dois.

— Eu te amo tanto, Anne — ele sussurrou, deixando um beijo suave na minha testa.

— Eu também te amo, Isaque — respondi, fechando os olhos e me entregando completamente àquele momento perfeito.

De repente, ele perguntou, com um sorriso travesso no rosto:

— Você conhece a história da princesa Ana?

Franzi o cenho e olhei para ele.

— Não, nunca ouvi. Me conta!

— Era uma vez... — começou, e eu ri do jeito teatral que ele adotou. — Uma princesa que vivia em Veneza. Ela tinha os cabelos dourados como o sol, olhos que brilhavam mais que as estrelas, e um sorriso capaz de derreter qualquer coração. Ela adorava passear pela cidade, cantar, dançar e alimentar os pombos. Mas, sabe, só uma pessoa conseguiu conquistar o coração dela: o príncipe Isaac.

Ri ao perceber que Isaque estava criando uma história sobre nós dois. O modo como ele inventou os nomes dos personagens me fez rir ainda mais. Isaac é a versão inglesa de Isaque, mas, como o verdadeiro Isaque é brasileiro, ele resolveu dar um toque especial e chamar o príncipe de "Àizak".

— O príncipe Isaac era um homem imponente, bonito, inteligente, esperto...

— Tá bom, Isaque, já entendi que você está se superestimando — brinquei, rindo ainda mais.

Ele continuou com a mesma seriedade divertida.

— Um dia, enquanto a princesa passeava por Veneza, o príncipe a viu e se apaixonou perdidamente. Foi amor à primeira vista. Ele sabia que jamais poderia deixá-la escapar, então, resolveu cortejá-la.

— Cortejá-la? — repeti, fingindo surpresa e mergulhando nos olhos dele.

— Exatamente! E depois de alguns encontros, ele a pediu em casamento, bem aqui, em Veneza. Logo depois, eles se casaram, tiveram filhos lindos e viveram felizes para sempre.

— Então Isaac e Ana eram uma versão nossa de conto de fadas? — perguntei, rindo da leveza da situação.

— Sem dúvida! Não é incrível, amor? — disse ele, com aquele sorriso sereno que fazia meu coração bater mais forte.

— Você é inacreditável — murmurei, voltando a deitar minha cabeça em seu ombro, completamente tomada pela magia daquela noite.

— Quais serão os nomes dos nossos filhos? — Isaque perguntou de repente, me fazendo sentir um friozinho na barriga.

— Hmmm... Que tal Clara para menina e Davi para menino? — sugeri, tentando imaginar nossos futuros filhos.

— Ou... Skyline para menina e Polo para menino — ele respondeu, com um sorriso sereno.

Eu o encarei, sem acreditar no que tinha acabado de ouvir.

— Nomes de carro, Isaque? — brinquei, e ele soltou uma risada travessa. — Já vi que você não vai ficar responsável por registrar nossos filhos.

— Vai dizer que não gostou? São nomes únicos! E refletem perfeitamente o amor do pai deles por carros — disse com uma naturalidade tão engraçada que me fez sorrir de novo.

— Ah, são únicos, isso eu concordo... — respondi, tentando não rir enquanto imaginava uma garotinha correndo pela casa com o nome Skyline.

O vento suave da noite soprava levemente, trazendo um friozinho agradável, mas o calor dos braços de Isaque ao meu redor me mantinha aquecida. Observávamos o céu profundo, salpicado de estrelas que pareciam brilhar mais intensamente naquela noite. Tudo parecia perfeito: o cenário, o clima, e, acima de tudo, estar com ele, meu noivo. Esses momentos, tão simples e especiais, eram os que eu nunca iria esquecer.

— Podemos chamá-la de Sky, por exemplo — brincou, fingindo estar levando a ideia a sério.

— Polo, talvez eu até aceitaria... Mas Skyline? Amor, fala sério! — fiz uma careta divertida, e ele soltou uma gargalhada, o tipo de riso que iluminava mais que todas as estrelas no céu.

— Tá bom, tá bom, pode ser Clara então — disse, bufando dramaticamente. — Homens nunca têm o poder de decisão mesmo...

Soltei uma risada e dei um leve tapa no ombro dele, que me puxou para mais perto e me deu um beijo suave na testa.

— Vamos? — perguntou ele.

— Já? — resmunguei, fazendo beicinho. — Não acredito que amanhã já vamos embora...

— Não se preocupe, ainda teremos muitas outras viagens pela frente. E o melhor: nas próximas, já estaremos casados — disse ele, e meu coração acelerou. A realidade daquelas palavras me fez sentir uma onda de felicidade.

— Serão os melhores dias da minha vida.

— Das nossas vidas — ele corrigiu, com aquele sorriso tranquilo que eu tanto amava.

Caminhamos de volta para o hotel, de mãos dadas, rindo e brincando, enquanto a brisa suave de Veneza envolvia nossos passos. Tudo parecia um sonho, mas eu sabia que era real. Eu estava vivendo o amor que sempre desejei, com o homem que Deus confirmou ser o escolhido para mim.

A manhã surgiu com um sol suave e acolhedor, que filtrava pelas frestas da janela, enchendo o quarto com uma luz dourada. Eu estava tomada de entusiasmo para conhecer Roma, mas antes disso, havia algo especial a ser feito: comprar um presente para Isaque, pois era seu aniversário. Meu coração estava acelerado só de pensar em encontrá-lo, de poder abraçá-lo, e de guardar todos os beijos que eu queria lhe dar, reservando-os para o nosso casamento. Eu queria estar linda, perfeita, para comemorar esse dia tão especial ao lado do homem que amo, em uma viagem inesquecível pela Itália.

Eu usei um vestido rosa bebê que ia até os joelhos, perfeito para o clima leve da Itália. Ele era equilibrado — não muito justo, mas também não solto demais, realçando a minha silhueta de forma sutil e elegante. Os detalhes, discretos, davam um toque refinado ao tecido, sem exageros, exatamente do jeito que eu gosto. O corte era simples, sem decote, mas com charme suficiente. As mangas bufantes curtas adicionavam um ar romântico, algo que eu achava que combinava perfeitamente com a atmosfera da viagem.

Deixei meu cabelo solto e ondulado, como sempre gostava de fazer, mas dessa vez coloquei uma tiara bege, com pequenos detalhes que traziam ainda mais charme ao visual. Nos pés, sapatilhas também em tom bege, que completavam o look de forma simples e graciosa. Eu me sentia pronta para o dia, ansiosa para surpreender Isaque e celebrar esse momento que seria inesquecível, tanto para ele quanto para mim.

Depois de me arrumar, saí do quarto e fui diretamente à loja para comprar o presente de Isaque. Pedi a ajuda de Gabriel, que já esteve na Itália tantas vezes e sabia exatamente onde encontrar o que eu procurava. Com o presente nas mãos, caminhei de volta ao hotel, sentindo o ar leve e a tranquilidade das ruas italianas, com uma felicidade quase palpável por estar vivendo aquele momento tão especial.

Chegando ao hotel, bati na porta do quarto de Isaque, o coração acelerado de expectativa. Quando ele abriu, lá estava ele, com os cabelos desordenados, vestindo uma bermuda de moletom e uma regata que destacava seus músculos de uma maneira irresistível. Aquele ar de sono, o cabelo desgrenhado, só tornava tudo mais difícil de acreditar — era como se estivesse me testando, como se eu estivesse na verdadeira prova do crente, porque, mesmo com aquela aparência despreocupada, ele parecia ainda mais atraente.

Eu ri ao vê-lo daquele jeito, mas, mesmo assim, ele continuava perfeito, como um príncipe moderno, atraente e impecável, sem um único defeito. Nem bagunçado ele conseguia ficar menos bonito.

— Não acredito que estava dormindo — comentei rindo, enquanto entrava pela porta.

— Por que madrugou, Anne? São... — ele olhou para o pulso, onde obviamente não havia relógio, o que me fez rir ainda mais. — Cadê meu relógio?

— Acorda, Isaque! — brinquei, fazendo um gesto com a mão. Seus olhos estavam quase se fechando novamente, e ele se jogou na cama, rendido ao cansaço. — Hoje é seu aniversário, amor.

— Vem deitar aqui, vamos dormir mais — disse ele, com a voz rouca e sonolenta, como se mal soubesse o que estava falando.

— São quase 9h da manhã, pra que dormir mais? — respondi, percebendo que ele já tinha voltado a dormir.

Levantei-me da cadeira e fui até a cozinha. Notei que não havia nada para o café da manhã, então decidi ir ao mercado local. Queria surpreendê-lo com um delicioso café da manhã, digno da ocasião especial.

O sol ainda subia lentamente no horizonte, tingindo os canais de Veneza com um brilho dourado que se refletia nas águas tranquilas. Decidi caminhar até o mercado local, certa de que encontraria ali os melhores ingredientes para tornar o aniversário de Isaque ainda mais especial.

Ao chegar, fui envolvida pela atmosfera vibrante da manhã veneziana. As barracas se alinhavam em uma praça à beira d'água, e os vendedores italianos, com seus sorrisos calorosos e sotaques cantados, chamavam atenção de quem passava. O aroma inebriante de pão fresco, frutas e queijos já dominava o ar.

Minha primeira parada foi na barraca de pães, onde escolhi uma ciabatta italiana, com sua crosta dourada e irresistivelmente crocante. O padeiro, um senhor de rosto gentil e sorriso acolhedor, me assegurou que o pão havia saído do forno há pouco tempo. Não resisti a provar um pedaço, e o sabor suave confirmou que eu havia feito a escolha perfeita.

Em seguida, fui à barraca de queijos e frios. As opções eram tantas que os queijos pareciam compor uma obra de arte, e o aroma intenso de pecorino me chamou imediatamente. Pedi uma fatia generosa e, ao lado, algumas finas fatias de presunto de Parma e salame italiano, que reluziam sob a luz suave do sol. O vendedor, ao me entregar as delícias, piscou e comentou que eu tinha ótimo gosto. Ri, imaginando como Isaque adoraria essas escolhas.

Logo depois, avistei uma barraca repleta de frutas secas: figos, damascos e tâmaras em cestas rústicas, suas cores caramelizadas brilhando sob o sol da manhã. Escolhi um pouco de cada, sabendo que esses toques doces dariam um charme especial ao café da manhã que eu planejava.

Por fim, comprei algumas laranjas frescas para fazer um suco natural e passei por uma pequena loja de cafés. Pedi o melhor café italiano, e o aroma forte do pó recém-moído me transportou àquele momento que já visualizava: um cappuccino perfeito servido na mesa do quarto.

Com a sacola cheia, voltei caminhando pelas ruas encantadoras de Veneza. O ar fresco, o som suave das águas e a beleza dos canais me acompanharam de volta ao hotel, enquanto uma sensação de paz e alegria crescia dentro de mim.

Ao chegar no hotel, me preparei para pôr a mão na massa. Primeiro, preparei dois cappuccinos, com aquele creme espesso que faz qualquer um se perder no aroma do café. Não sou profissional, mas me esforcei para criar aquela espuminha que tanto gostamos. O cheiro do café invadiu o ambiente, e eu sabia que seria um ótimo jeito de acordá-lo.

Enquanto isso, ajeitei a mesa com algumas frutas secas — damascos, figos e tâmaras, que eram perfeitas para dar um toque doce ao café da manhã. Coloquei-as em uma pequena travessa, ao lado dos cornettos que pedi na confeitaria do hotel, crocantes e dourados, como manda a tradição italiana.

Depois, cortei o pão italiano fresquinho que tinha recebido. As fatias finas exalavam aquele aroma irresistível de pão recém-assado. Ao lado, organizei queijos e frios que eu sabia que ele amaria: presunto de parma, salame italiano e um pedaço generoso de pecorino. A combinação era simples, mas perfeita.

Em seguida, preparei ovos mexidos, do jeito que Isaque gostava — macios, com uma pitada de ervas frescas, que eu tinha conseguido na cozinha do hotel. Senti o cheiro delicioso subir, e sorri satisfeita, imaginando o rosto dele quando visse tudo pronto.

Por fim, espremi algumas laranjas e servi o suco fresco em dois copos, o toque final que faltava. A mesa estava pronta, o sol brilhava lá fora, e o café da manhã estava perfeito. Me aproximei da cama, com um sorriso nos lábios, e o chamei suavemente:

— Bom dia, aniversariante! Preparei uma surpresa para você.

Quando ele abriu os olhos e viu a mesa cuidadosamente preparada, seu sorriso iluminou o quarto, e naquele instante, percebi que era tudo o que eu precisava.

— Não acredito, amor! Você preparou tudo isso enquanto eu dormia? — ele perguntou, sentando-se devagar, coçando os olhos como uma criança, com a voz ainda rouca.

— Você não lembra de ter acordado e me deixado entrar, quase sonâmbulo? — perguntei, sentando-me ao seu lado na cama, rindo suavemente.

— Não... — ele franziu o cenho, tentando puxar na memória. — Meu Deus, Anne! — exclamou de repente, seus olhos se abrindo em surpresa. — Você está tão linda!

Sorri, sentindo o calor das suas palavras.

— Obrigada, amor. Mas você deveria se arrumar logo, porque nosso tempo está correndo. Antes disso, vamos aproveitar esse café da manhã que preparei com carinho — falei, me levantando com um sorriso meigo.

Ele também se levantou e ficou de frente para mim, seus olhos fixos nos meus.

— Obrigado pela surpresa, minha princesa — disse, acariciando meu rosto com delicadeza. — Você não faz ideia do quanto isso significa para mim.

— Não precisa agradecer — respondi, retribuindo o carinho com um sorriso afetuoso. — Se quiser me agradecer de verdade, vai logo tomar um banho, porque estou morrendo de fome — brinquei, arrancando uma risada dele.

— Só um minuto — disse, se dirigindo ao banheiro, enquanto eu me acomodava na cadeira, ansiosa para compartilhar aquele momento especial com ele.

Aproveitei o café da manhã para fazer uma chamada de vídeo com Layla e mostrar a ela o banquete que preparei. Ela já estava por dentro do meu noivado com Isaque.

“Amiga, desse jeito o Isaque vai ficar ainda mais apaixonado por você”, disse Layla, com os olhos brilhando.

“E pra mim isso é um privilégio, amiga”, respondi, sorrindo.

“Como você está resistindo a esse pedaço de mau caminho? Sei que vocês estão no propósito de não se beijarem… Tá funcionando?”, perguntou com um sorriso cheio de curiosidade.

“Luta após luta, mas sim, estamos conseguindo. Mesmo com o Isaque sendo uma verdadeira tentação... A gente tá firme no propósito”, ri, observando a reação divertida de Layla.

Meu coração deu um salto quando vi Isaque se aproximando da cozinha com um sorriso travesso, e eu percebi que ele tinha escutado a conversa.

“Opa... Acho que essa é a minha deixa. Boa sorte, amiga”, disse Layla antes de encerrar a chamada, me deixando ali, totalmente sem graça, com Isaque parado atrás de mim, suas mãos repousando nos meus ombros, como se esperasse para ver minha reação.

— Pedaço de mau caminho... Verdadeira tentação... — ele murmurou em tom provocante, a voz grave acariciando meus ouvidos enquanto seu perfume dominava o ambiente, me deixando completamente hipnotizada.

— É... Então... — continuei sentada, sem coragem de olhar para ele, até que Isaque deu a volta e se sentou de frente para mim. — Bom... A gente estava falando sobre...

— Você me acha uma verdadeira tentação, Anne? — ele perguntou, e eu sorri, mais de nervoso do que de tranquilidade.

— Estamos noivos, né? É normal que haja uma... certa atração, digamos assim — respondi, tentando encontrar as palavras certas. — Isso é normal, você sabe.

— Gosto quando você fica envergonhada, sempre me lembra que você é minha Cerejinha — ele comentou, e dessa vez, meu sorriso foi de pura admiração. — Claro que é normal, afinal, sou completamente atraído por você.

Ele segurou minha mão sobre a mesa, num gesto suave e cheio de carinho, me olhando de um jeito que fazia meu coração acelerar.

— Nunca vou cansar de dizer que te amo — ele falou, e senti meus olhos brilharem, enquanto meu estômago parecia abrigar um festival de borboletas.

— Você tem o dom de me deixar sem palavras, não é, Isaque? — brinquei, rindo com carinho. — Bom... Agora se levante, tem um presente te esperando.

— Presente? — ele ergueu uma sobrancelha, curioso.

Levantei para pegar o presente e entreguei a Isaque, que já estava de pé, ansioso para ver o que era.

— Como você encontrou a loja? — ele perguntou, tentando desatar a fita do presente com um sorriso curioso.

— O Gabriel me deu uma mãozinha — respondi, dando de ombros, mas cheia de expectativa, ansiosa pela reação dele.

Assim que Isaque abriu a caixa, seus olhos brilharam de surpresa, e ele ficou boquiaberto ao ver o que estava dentro.

— Uau! — exclamou, quase sem acreditar, tirando o Patek Philippe Calatrava da caixa como se estivesse segurando uma joia rara. — C-como você conseguiu? Caramba, Anne, é perfeito! Obrigado, amor, sério, muito obrigado — ele me envolveu em um abraço apertado, cheio de gratidão.

— Feliz aniversário, amor — sussurrei, ainda envolvida em seus braços.

— Obrigado, meu amor — ele repetiu, se afastando suavemente do abraço, mas sem deixar de sorrir. — Agora é minha vez. Também tenho um presente para você — disse, indo buscar algo. Enquanto ele caminhava, já colocou o relógio no pulso, e não pude deixar de notar como ficou impecável nele, acrescentando um charme inconfundível.

Quando voltou, trazia uma caixa de veludo nas mãos. Meu coração disparou de expectativa e, ao abrir a caixa, meus olhos se arregalaram. Uma pulseira de ouro branco, delicada, cravejada de pequenos rubis intercalados com diamantes. Os rubis brilhavam como pequenas chamas vivas, enquanto os diamantes refletiam a luz ao redor, como se a devolvessem diretamente para mim. Era uma peça sofisticada, discreta, mas ao mesmo tempo cheia de intensidade — exatamente o que eu imaginaria vindo de Isaque.

Ele não precisou dizer muito. Apenas pegou a pulseira com cuidado e a prendeu no meu pulso, seus dedos roçando suavemente minha pele. O peso dela era reconfortante, um lembrete tangível do quanto aquilo significava para ele, para nós. Olhei para ele, tentando encontrar palavras, mas tudo o que consegui fazer foi sorrir.

— Isaque, isso é tão... — olhei para a pulseira, acariciando-a em meu pulso. — perfeito! — suspirei, com os olhos brilhando de felicidade enquanto o encarava, hipnotizada por seus olhos cor de mel, que sempre me faziam estremecer.

— É apenas um símbolo desse passo importante que demos aqui na Itália. Quero que você se lembre desse momento todas as vezes que olhar para a pulseira — ele disse, segurando minha mão e acariciando o dorso com ternura.

— Obrigada, meu amor, muito obrigada por tudo — murmurei, e antes que eu pudesse dizer mais, Isaque me puxou para um abraço, me envolvendo no seu perfume, fazendo meu coração disparar ainda mais.

— Agora preciso experimentar esse café maravilhoso que minha noiva preparou para mim — disse ele com um sorriso animado, enquanto nos sentávamos.

— Espero que esteja bom — comentei, e começamos a nos servir.

Assim que Isaque provou a comida, soltou um gemido de satisfação, fazendo-me rir de sua reação exagerada. Ele fez questão de fazer uma cena, fechando os olhos como se estivesse no auge da apreciação culinária e me olhou com um brilho de felicidade.

— Eu não tenho palavras para descrever o quão perfeito está isso — disse ele, enquanto terminava de mastigar, a expressão divertida.

— Que bom que você gostou! Confesso que estava com medo de dar errado. Cozinhar na mini cozinha do quarto de hotel foi um desafio — respondi, colocando um pouco dos ovos mexidos no garfo, tentando conter um sorriso.

— Anne, tá impecável, sério. Parabéns, meu amor — ele comentou, e eu senti as borboletas no estômago voando mais alto, presa naquele sorriso que derretia qualquer preocupação.

— Não precisa agradecer, é seu aniversário! Eu queria fazer algo especial. Aproveitei que você estava praticamente sonâmbulo e saí para comprar os ingredientes, daí resolvi preparar o café da manhã — expliquei, capturando o olhar de admiração nos seus olhos.

— Tá tudo incrível — ele disse, tomando um gole do suco, ainda com aquele sorriso de gratidão.

Depois de terminarmos o café, ficamos conversando e rindo, falando de tudo e de nada ao mesmo tempo. Logo depois, fui para o meu quarto para organizar minhas coisas antes da partida para Roma. Com as malas prontas, Isaque veio até o quarto para me ajudar. O bellboy logo chegou para pegar as bagagens, e descemos juntos no elevador rumo ao carro.

A sensação de deixar Veneza já me trazia uma saudade antecipada. Sabia que aquela viagem era o marco de algo grandioso nas nossas vidas, algo que nunca esqueceríamos. As ruas estreitas, as cafeterias acolhedoras, os restaurantes charmosos, os pontos turísticos, as pontes, os canais e gôndolas... Mas, acima de tudo, o pedido de casamento. Tudo ficaria gravado, não só na minha memória, mas profundamente no meu coração.

Embarcamos no jatinho rumo a Roma, ansiosos por mais uma experiência incrível na Itália. Quando chegamos, o sol brilhava forte, e parecia que cada canto da cidade sussurrava histórias antigas. A arquitetura imponente se destacava sob o céu azul, criando um contraste entre a grandiosidade histórica e a sensação acolhedora que Roma transmitia. Assim que saímos do carro, não pude deixar de me encantar com as ruas de paralelepípedos e os prédios que pareciam tirados de um livro de história.

O calor do dia realçava ainda mais os detalhes das igrejas e fontes que surgiam em cada esquina. Roma tinha uma grandiosidade única, com monumentos que pareciam nos lembrar de sua importância a cada passo.

Exploramos a cidade sob o sol radiante, com Isaque me guiando pelos pontos turísticos e históricos. Ele falava com paixão e conhecimento sobre a Roma antiga, e até discutimos a famosa carta aos romanos que o apóstolo Paulo escreveu, imaginando juntos como seria viver naquela época.

O calor da tarde não diminuiu nossa empolgação. Após explorar museus, praças e monumentos, resolvemos almoçar em Trastevere, um dos bairros mais charmosos de Roma. O restaurante ao ar livre nos recebeu com mesas espalhadas sob o céu aberto e uma brisa suave que aliviava o calor. Isaque pediu uma pizza, enquanto eu optei pela clássica carbonara. O aroma da comida italiana nos envolvia enquanto aguardávamos, e eu não pude deixar de admirar as ruas vibrantes ao nosso redor, cheias de vida.

Quando os pratos chegaram, a expectativa foi mais do que atendida. Saboreei a primeira garfada da carbonara, fechando os olhos para absorver a mistura perfeita de sabores. Isaque fez o mesmo com a pizza.

Depois do almoço, não resistimos e fomos até uma sorveteria para tomar um gelato. A leveza daquele momento, com o sol ainda brilhando sobre nós, tornava tudo perfeito. Enquanto eu saboreava o meu gelato, Isaque roubou uma colherada do meu, o que me fez rir alto. A simplicidade daquele dia, ao lado dele, foi inesquecível.

À noite, depois de um jantar romântico em um dos restaurantes charmosos de Roma, embarcamos para a Califórnia. Já no jatinho, nos acomodamos nos assentos que se transformavam em cama. Isaque puxou uma manta macia para nos cobrir enquanto nos preparávamos para relaxar. Colocamos um filme na TV, mas minha atenção se desviava constantemente para ele. Deitei a cabeça em seu peito, sentindo o calor de sua presença, e os dedos dele deslizavam suavemente pelos meus cabelos, tocando delicadamente meu rosto e ombros, sem jamais ir além.

Aproveitei aquele momento para retribuir o carinho. Alisei seus cabelos, toquei seu rosto, sentindo a textura da barba que tanto amava. Sem perceber, comecei a desenhar seus lábios com os dedos, um gesto quase instintivo, mas logo me dei conta do que estava fazendo e voltei a acariciar seu cabelo. Mesmo assim, não pude ignorar o ritmo acelerado de seu coração, que batia no mesmo compasso do meu.

Havia uma tensão palpável entre nós, uma atração forte e inegável que, no entanto, estávamos determinados a conter. Era um amor profundo, uma química intensa, e um desejo que permanecia controlado. Sabíamos que o que mais importava para nós era estar no centro da vontade de Deus, para que fôssemos honrados por Ele. Isaque entendia isso profundamente, pois já havia experimentado o valor de obedecer a Deus e sabia que esperar no Senhor era sempre a melhor escolha.

E é nessa verdade que também quero me manter firme, até o altar.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro