Capítulo 57 | Reconciliação
Anne Green
Enquanto dirigia pela estrada ensolarada da Califórnia, com o ronco suave da Maserati de Isaque preenchendo o ar, minha mente ainda estava presa à batalha que enfrentei. Aquele momento não saía da minha cabeça, então, em busca de paz, decidi colocar um louvor, tentando afastar a lembrança amarga e chamar a presença de Deus.
O tempo parecia passar devagar, até que meu celular tocou, trazendo uma onda repentina de ansiedade. Meu coração disparou ao ver o nome na tela, e o estômago se revirou com um turbilhão de sentimentos. Isaque. As borboletas faziam festa dentro de mim enquanto pensava rapidamente em como reagir, especialmente ao lembrar da rosa que ele havia enviado.
Com as mãos trêmulas, atendi o telefone, a voz de Isaque ecoando pelo sistema de som do carro, transformando o ambiente.
— Oi, Isaque — consegui responder, lutando para manter a voz firme.
— Já estou no jatinho. Tenho uma longa viagem pela frente — ele disse, sua voz carregada de cansaço, mas também de uma confiança tranquila. Respirei fundo, buscando as palavras que Deus tinha colocado em meu coração, certo de que Ele o protegeria.
— Assim que chegar, me avisa, tá?
— Não se preocupe, você será a primeira pessoa que vou ligar — sua resposta trouxe um sorriso suave aos meus lábios.
— Isaque... — minha voz saiu mais baixa do que eu esperava. — Eu amei as rosas.
Do outro lado da linha, ele soltou um riso suave, rouco e irresistível.
— E você tem algo a me dizer?
Fiz uma pausa proposital, o silêncio carregando o peso da expectativa.
— Gostei da escrita da carta — brinquei, deixando escapar um sorriso. Ele soltou um suspiro divertido.
— Eu praticamente me declarei, e você só reparou na escrita, moça? — O tom leve dele fez com que eu risse.
— É claro que eu aceito, Isaque.
Houve uma breve pausa.
— Mas você sabe que não é um pedido oficial, certo?
— E como pretende me pedir em namoro? — perguntei, a curiosidade brincando com minhas palavras.
— Bom... Primeiro, quero saber: você prefere o pedido antes ou depois do resultado do teste?
A pergunta fez meu coração acelerar, trazendo de volta a lembrança da batalha, quando eu mesma declarei que o filho não era de Isaque. Uma esperança cresceu dentro de mim. Talvez Deus estivesse preparando o momento certo para revelar a verdade.
— Quando você voltar de viagem, que tal?
— Perfeito. Se prepare, moça, porque vai ser inesquecível.
Minha excitação era palpável, mas eu tentei manter a calma.
— Estou ansiosa.
— Onde você está agora?
— Como sabe que estou no carro?
— Ouvi você buzinar, foi meio óbvio.
Sorri, sentindo-me boba.
— Estou virando a esquina da minha casa.
— Manda um abraço para os seus pais e faz um carinho na Molly por mim.
De repente, um carro parado na frente de casa chamou minha atenção. A placa de Connecticut trouxe um arrepio instantâneo, uma sensação estranha de curiosidade e receio.
— Anne?
— S-sim, estou aqui — respondi, tentando manter o foco enquanto estacionava. — Vou desligar agora, mas assim que você chegar, me avisa, tudo bem?
— Com certeza, irei avisar, princesa.
A palavra "princesa" fez meu rosto corar imediatamente, e por um instante, até me esqueci do carro misterioso.
— Princesa? — sorri, sentindo o calor subir pelas minhas bochechas.
— Já chegamos na fase dos apelidos de casal, não? — ele brincou, e eu ri.
— Vou me acostumar com isso.
— Pode me chamar de amor, meu bem... Fique à vontade para escolher. Ou podemos revezar, se quiser.
— Você é bem direto, né? — Eu o interrompi com um riso.
— Sou seu namorado agora, lembra?
Meu coração vacilou.
— Acho que também vou me acostumar com isso — falei em tom descontraído, mas por dentro, meu coração batia forte. — Até mais... — tentei continuar, mas as palavras se enrolaram na timidez. Pude sentir o sorriso dele do outro lado da linha, como se estivesse me esperando concluir.
— Até mais... — ele repetiu, deixando o espaço para o que viria a seguir.
Respirei fundo e, finalmente, deixei escapar:
— Amor — soltei, e, no mesmo instante, uma onda de calor tomou conta de mim, enquanto meu estômago se agitava em pura euforia.
Ele riu do outro lado da linha, arrancando um sorriso de mim também.
— Caramba, acho que vou precisar de um coração extra, porque esse aqui quase saiu pela boca — ele brincou, e eu ri de novo, sentindo-me leve como nunca antes.
— Você não existe — murmurei, ouvindo sua risada como música.
— Até mais, amor.
— Até mais, amor — dessa vez consegui, e me senti mais leve, como se houvesse fogos de artifício e uma realização como nunca antes.
Desligamos, e eu fiquei ali, por um instante, com o sorriso ainda nos lábios, o coração flutuando entre o presente e o que o futuro prometia trazer.
Desci do carro com um turbilhão de emoções. O coração acelerava entre a euforia e a curiosidade. Quem seria o dono daquele carro com placa de Connecticut? Só uma pessoa vinha à minha mente, e era impossível acreditar que, depois de tantos anos, ele havia voltado. Do nada, sem aviso.
Meus pais já estavam em casa. Eles tinham voltado na noite anterior, após o encerramento do congresso, e agora Molly, com sua habitual euforia, veio me recepcionar, farejando meus pés como se quisesse me alertar de algo. Acariciei sua cabeça rapidamente e entrei em casa, determinada a descobrir quem estava ali.
Os passos eram pesados, carregados de lembranças. E ao cruzar a porta da cozinha, lá estava ele. Gabriel. Conversando descontraidamente com nossos pais, arrancando risadas como se não tivesse sumido por anos. Meus braços se cruzaram involuntariamente, enquanto eu parava na entrada, encarando aquela cena com uma mistura de choque e raiva contida.
Minha mãe foi a primeira a notar minha presença, e seu susto quase derrubou a xícara que segurava. Logo, os olhares de meu pai e, finalmente, de Gabriel, voltaram-se para mim. Ele se levantou de imediato, os olhos carregados de um peso que eu conhecia bem. Aquele peso de quem trazia o arrependimento nas costas.
— Anne... — sua voz era baixa, quase suplicante. Nossos pais ficaram em silêncio, observando o que viria a seguir.
Ele se aproximou lentamente, e naquele momento pude ver o quanto ele havia mudado. O garoto que partiu havia se transformado em um homem. Os mesmos olhos azuis, mas agora mais maduros, o cabelo loiro curto e desgrenhado, a barba bem feita. Gabriel estava diferente, e ainda assim, o mesmo sorriso que outrora era de confiança agora transparecia arrependimento.
— Gabriel — articulei, tentando manter minha postura firme, mas seu olhar implorava por algo mais profundo: perdão. Ele não disse nada, apenas me encarou com uma tristeza que carregava anos de distância e mágoa.
Sem pensar muito, antes que a razão tomasse conta, dei um passo à frente e o abracei. Senti o nó em meu peito se desfazer, e de repente, tudo que estava preso por tanto tempo se libertou. Gabriel retribuiu o abraço com força, e naquele momento, eu soube que perdoá-lo era a única coisa que poderia realmente me libertar.
— Você veio pra ficar? — perguntei, me afastando do abraço, mas ainda buscando alguma resposta no olhar dele.
— Vim passar alguns dias... Não posso ficar muito por causa da clínica.
— Ah, claro, Dr. Gabriel — brinquei, tentando suavizar o clima, e vi um sorriso genuíno surgir em seu rosto.
— Temos muito o que conversar — ele continuou, com um brilho de esperança nos olhos. — Que tal fazermos como antigamente? Um filme com pipoca e sorvete, só nós dois?
Aquele convite trouxe de volta tantas lembranças da nossa infância, de noites de filme que pareciam intermináveis. E por um segundo, eu quase me senti como a irmã mais nova que ele havia deixado para trás.
— Fechado. Eu faço as pipocas — respondi, sentindo uma pontada de nostalgia.
— E eu trago os sorvetes — ele disse, voltando a se sentar, mas antes de retomar a conversa, lançou uma pergunta casual: — Ei, e a Layla? Como ela está?
Eu sabia o que ele queria dizer com isso. Gabriel sempre teve uma queda por Layla, e o sentimento era mútuo, mas os dois nunca admitiram. Respirei fundo antes de responder.
— Quase noiva — vi os olhos dele se arregalarem, como se não pudesse acreditar.
— Sério? Quem é o sortudo?
— Samuel. Você não o conhece.
— E você, Gabriel? Não tem ninguém na sua vida? — minha mãe interrompeu com uma pergunta direta, e ele soltou um suspiro.
— Tinha... Mas ela foi para a Espanha fazer outra graduação — confessou, e percebi o peso em sua voz. — Agora, estou focado na clínica e nos meus estudos. Sem tempo para relacionamentos. Um cirurgião nunca fica parado.
— Você é dono de uma clínica e trabalha em hospitais? Estamos orgulhosos de você, filho — meu pai comentou, com um sorriso de satisfação.
— Obrigado, pai. Faço o meu melhor para honrar a confiança de vocês. E você, Anne? Como está a sua vida? — ele perguntou, tentando mudar o foco.
— Quase casando com um homem milionário — minha mãe interrompeu antes que eu pudesse responder, com um sorriso travesso. — Cristão, escolhido por Deus para ela, desde a adolescência, e ela ainda lidera a juventude da igreja em que os pais dele são os pastores presidentes. Ele é o filho do dono da empresa multimilionária onde ela trabalha.
Revirei os olhos, ligeiramente constrangida.
Meus pais já estavam a par de toda a história, e eu já havia lhes contado que Isaque havia retornado para Cristo. Quando ouviram essa notícia, eles vibraram de tanta felicidade que quase se esqueceram de manter a calma. Era como se toda a expectativa que eles tinham estivesse se concretizando. O único detalhe que faltou naquele momento de euforia foi eles mesmos marcarem a data do nosso casamento.
— Mãe, precisa desse exagero?
— Estou mentindo? — ela replicou com um ar de inocência.
— Não — admiti, e meu pai balançou a cabeça em concordância.
Gabriel riu e balançou a cabeça.
— Caramba, Anne. Que reviravolta, hein?
O riso foi leve, mas carregava algo mais. Era o início de uma longa jornada de redenção e reconciliação, e eu estava pronta para seguir por esse caminho.
Depois de algumas conversas triviais na cozinha, decidi subir e tomar um banho, com a mente dividida entre Isaque e Gabriel. Era surreal pensar que, depois de tanto tempo, ele estava ali, na minha casa, tão próximo novamente. Sentia uma mistura confusa de alegria e apreensão. Eu já o havia perdoado, ainda que silenciosamente, mas estava pronta para deixar o passado para trás de vez.
Passei a tarde imersa no trabalho, mas quando o relógio marcou seis da tarde, resolvi que era hora de uma pausa. Coloquei um pijama confortável e desci para a sala com o plano de passar um tempo com Gabriel, assistindo a algum filme.
Fui à cozinha preparar pipocas. Gabriel já havia providenciado os sorvetes e estava na sala, escolhendo o filme, provavelmente uma comédia. Ao me aproximar, fiquei um momento na porta, apenas o observando. Era estranho ver o quanto ele havia mudado. De médico cirurgião renomado em Connecticut, a dono de uma cobertura na cidade, ele parecia outro homem. A cada palavra que ele dizia sobre sua vida, meu peito se enchia de orgulho. Ele realmente queria consertar as coisas. Já não era o garoto impulsivo de antes, mas sim um homem feito.
— Aqui estão as pipocas! — exclamei, me jogando no sofá ao lado dele.
— Escolhi esse filme, acho que você vai gostar.
— Só espero que não seja um daqueles filmes ridículos que assistíamos quando éramos mais novos — provoquei, rindo.
— Nossa, nem me fale — ele riu junto. — Como a gente conseguia assistir aquilo?
— Nem me pergunte — sorri. — Gabriel... — comecei, hesitante. Ele virou-se para mim, com a sobrancelha arqueada, em um gesto típico. — O que realmente te trouxe de volta?
Ele respirou fundo, como se estivesse reunindo coragem.
— Eu me arrependi, Anne. De verdade. De ter abandonado vocês. Fiz muita besteira, me iludi com a vida lá fora, com as pessoas, a faculdade, as festas, o trabalho. Acabei esquecendo do que realmente importa. Deus, nossa família... — ele fez uma pausa, seus olhos vagando pelo passado. — Eu queria voltar muitas vezes, mas a vergonha me impedia. Até que, no mês passado, fui a uma igreja e... foi como se algo tivesse desmoronado dentro de mim. Chorei, me entreguei a Deus de novo. Pedi perdão e Ele me deu a força que precisava para vir aqui. Tenho orado para que vocês também me perdoem. E agora, aqui estou — sua voz estava firme, mas cheia de emoção.
Eu o olhei, sentindo um peso que nem sabia que carregava.
— Eu vi suas mensagens, sabe? Mas não sabia que já tinha voltado para Deus. — confessei, tentando lidar com o arrependimento em meu peito.
— Eu percebi que você estava me ignorando, mas não desisti. Sabia que tinha que estar aqui, frente a frente — ele disse, com um meio sorriso.
— Desculpa por ter te ignorado... Eu errei. Você é meu irmão, eu devia ter ao menos ouvido.
— Não precisa se desculpar. O importante é que estamos aqui agora, juntos. E, pelo que ouvi, parece que tem um cunhado na jogada, né?
Senti meu rosto corar e ri, um pouco desconcertada.
— É... na verdade, sim. Oficialmente, ainda não... mas estamos juntos.
— Quando vou conhecê-lo?
— Ele está indo para Londres agora, mas quando voltar, com certeza vocês vão se conhecer.
— Londres? — Gabriel sorriu de lado. — Então a mamãe tinha razão, ele deve ser bem de vida, né?
— E por acaso só vai pra Londres quem tem dinheiro? — retruquei, cruzando os braços.
— Ele foi de quê?
— Jatinho.
— Dele?
Suspirei.
— Sim, dele.
— E você me diz que ele não tem dinheiro, Anne? — Gabriel riu, balançando a cabeça.
— Arg, tá bom, você venceu. Mas ele tem um coração humilde, é o que importa.
— Ah, claro! Milionário com coração humilde, o combo perfeito — brincou ele, rindo ainda mais.
Eu o empurrei levemente, rindo também.
— A história dele me lembra um pouco a sua — continuei, agora mais séria. — Ele também se afastou de Deus por um tempo, mas voltou.
Gabriel levantou as sobrancelhas, surpreso.
— Então, vamos ter muito o que conversar — ele disse, sorrindo, e eu não pude deixar de sorrir junto.
— Gabriel, como você é médico, eu queria te fazer uma pergunta — comecei, sentindo um certo peso no peito. Precisava de uma opinião profissional.
— Manda — ele disse, casualmente, enquanto ajeitava a almofada no sofá.
— É possível um biomédico falsificar um teste de DNA? Sei que isso acontece em filmes e novelas, mas... Na vida real, isso pode acontecer?
Gabriel franziu o cenho, claramente surpreso pela pergunta. Ele tomou um segundo antes de responder, sua postura mudando, mais séria.
— Anne, um biomédico tem acesso a todo o processo de análise de DNA, desde a coleta da amostra até a interpretação dos resultados. Se alguém quisesse falsificar um teste, poderia fazer isso em várias etapas. — Ele fez uma pausa, como se organizasse os pensamentos. — Por exemplo, pode haver troca da amostra logo na coleta, usando o DNA de outra pessoa. Ou então, durante a análise no laboratório, o biomédico poderia manipular os dados ou até alterar os resultados no sistema. Se ele estiver envolvido em todas as etapas e as pessoas ao redor confiarem nele, é possível fazer isso sem levantar suspeitas — explicou, o que só aumentou a minha inquietação.
— Mas isso seria crime, certo? — perguntei, tentando manter a voz neutra, apesar do turbilhão interno.
— Sem dúvida. Falsificar um teste de DNA é um crime grave. Além de ser antiético, pode ser enquadrado como falsidade ideológica, fraude e até estelionato, dependendo da situação. As consequências legais são pesadas, tanto para o biomédico quanto para quem está envolvido. Se descoberto, a pessoa pode perder a licença, ser processada, e até pegar pena de prisão. Manipular esse tipo de exame afeta decisões importantes, como disputas de paternidade, por exemplo, ou até casos criminais — ele completou, seus olhos me analisando como se tentasse decifrar o motivo por trás da minha pergunta.
Senti um calafrio percorrer minha espinha. A sensação de que aquilo que eu temia estava acontecendo se intensificava. Mas não podia contar a Gabriel, não agora.
— Só curiosidade — respondi com um sorriso forçado, tentando desviar o olhar de sua análise cuidadosa. Voltei a focar no filme, ou pelo menos tentei.
Apesar do peso do que acabara de ouvir, me senti aliviada por estar ali com Gabriel. A leveza do perdão que havíamos trocado, as risadas, as brincadeiras, faziam tudo parecer mais simples, pelo menos por um instante. Compartilhamos as histórias dos últimos anos, rimos de como a vida havia nos transformado, e quando percebi, a noite já havia avançado. O tempo ao lado dele passava rápido demais, e pela primeira vez em muito tempo, senti que as feridas entre nós realmente começavam a cicatrizar.
Meu celular vibrou suavemente, e um sorriso involuntário brotou em meus lábios ao ver quem era. Meu coração acelerou, ansiosa pela ligação que tanto esperava.
— Cheguei no hotel — a voz dele soou do outro lado, carregada de cansaço, mas ainda assim, tão confortante, tão familiar.
— Chegou bem? — perguntei, sentindo o alívio se espalhar pelo meu corpo.
— Sim, graças a Deus. Depois de uma turbulência no jatinho, mas estou inteiro e a salvo — ele respondeu com um toque de humor, como se o simples fato de estar bem fosse um grande alívio.
Um arrepio percorreu minha pele, lembrando-me das orações da manhã. O inimigo tentou tocar naquele avião, mas Deus, em Sua fidelidade, o protegeu. Era como se cada palavra que Ele havia prometido se cumprisse mais uma vez diante de mim.
— Graças a Deus, meu amor — murmurei, minha voz suave, mas cheia de gratidão.
— Preciso descansar agora... — ele suspirou do outro lado da linha, a fadiga tomando conta. — Tenho uma reunião importante amanhã cedo. Te ligo assim que acordar, tá?
— Vai descansar. Que você tenha um sono tranquilo — disse, o carinho transbordando na minha voz.
— Você também, amor. Boa noite! — ele sussurrou, quase como uma despedida doce, carregada de afeto.
— Boa noite, amor — respondi, meu coração ainda mais leve.
A ligação se encerrou, mas o som da voz dele ecoou por mais alguns minutos em minha mente, aquecendo meu peito. Eu encostei a cabeça na almofada, mergulhada nos pensamentos sobre ele, sobre nós. Estava tudo bem. Mesmo a quilômetros de distância, sentia como se estivéssemos mais conectados do que nunca.
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