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Capítulo 51 | Enquanto Pode Achá-Lo

Alguns meses atrás, antes da chegada de Anne...

Isaque Campbell

"mas não afastarei dele o meu amor; jamais desistirei da minha fidelidade." 

— Mentira! — gritei, andando de um lado para o outro na sala do meu apartamento. A Bíblia aberta nas minhas mãos tremia enquanto eu lia em voz alta o versículo de Salmos 89:33, tentando encontrar sentido onde só via frustração.

— Se Deus fosse fiel, Ele teria cumprido a promessa de colocar aquela garota de olhos azuis na minha vida. Mas o que Ele fez? Mandou uma pessoa que destruiu tudo dentro de mim! Quer saber? Chega de relacionamentos, chega de acreditar! — fechei a Bíblia com raiva, jogando-a no sofá, decidido a me livrar daquele livro o mais rápido possível. Fui até a janela da sala e olhei para a cidade, as luzes embaçadas pelo efeito da bebida. — Mulher, agora, só pra cama. Relacionamento? Nunca mais.

— Isaque, você só tá dizendo isso porque tá bêbado, cara. No fundo, sabe que essas palavras não são suas — Marcos tentou me acalmar, sentado no sofá, os olhos cheios de preocupação.

— E daí? Eu cansei, Marcos! — gritei, virando para ele. — Pra que eu vou me envolver de novo? Pra ser traído de novo? E tem mais! Fui enganado por quem eu chamava de "irmão" — minha voz ecoou pela sala.

— Você está indo contra a Palavra de Deus. Vai se arrepender de falar assim. Deus não é culpado pelo que aconteceu — Marcos retrucou, se levantando.

Ri, um riso amargo e sem alegria. Me sentia entorpecido pelo álcool e pela mágoa.

— Eu estou indo contra Deus? Desde quando Deus se importa com alguém como eu? Se Ele liga tanto, por que Ele deixou tudo isso acontecer? — falei, me jogando no sofá, sentindo o peso da raiva. — Deus não está nem aí pra mim.

— Eu só quero que você se acalme, vá tomar um banho e descanse. Não faz nada que vai se arrepender depois — Marcos insistiu, trazendo um copo d’água e um remédio.

— Gabriela, Marcos. Chama a Gabriela pra mim, ela sim entende o que eu tô passando — pedi, desesperado, mas ele balançou a cabeça.

— Gabriela não é boa para você nem para esse momento. Isso só vai piorar as coisas. Por favor, toma esse remédio — ele insistiu, me entregando o copo.

— Não preciso de conselhos, Marcos. Preciso me distrair, só isso — respondi, levantando com dificuldade, a vista embaçada pela bebida e a dor de cabeça latejando. — Vai pra casa, eu vou tomar um banho e tentar dormir.

Bebi apenas a água e deixei o remédio largado no sofá. Em seguida, me dirigi à porta da sala, que levava a um hall com acesso ao elevador privativo.

— Você tem certeza? Não vou te deixar aqui sozinho pra fazer besteira.

— Pode ir, eu sou grandinho — proferi, abrindo a porta para Marcos ir embora.

Assim que ele saiu, o silêncio tomou conta. Peguei o celular sem pensar duas vezes e liguei para Gabriela, chamando-a para passar a noite comigo. Ela não hesitou. Quando dei por mim, ela já estava lá, me olhando com aquele sorriso que eu não conseguia decifrar.

— Você está bêbado, anjo? — ela perguntou, passando a mão pelo meu cabelo, sentando-se ao meu lado no sofá.

— Uma dor de cabeça infernal... não devia ter bebido tanto — murmurei, massageando as têmporas. — Você sabe que eu odeio álcool, mas hoje eu me descontrolei.

— Não se culpe, querido. Às vezes, a gente só quer esquecer um pouco, e a bebida ajuda — ela disse, acariciando minhas costas, descendo a mão pela minha perna.

Olhei nos olhos dela, mas não senti nada além de um vazio incômodo. Gabriela não me afetava, era apenas uma válvula de escape. Eu só queria silenciar a dor por um instante, preencher o vazio que me consumia.

O que ninguém sabia é que, desde a morte do meu avô, eu enfrentava crises de ansiedade diariamente. Sentia meu coração acelerar, falta de ar, tremores, tontura, e uma constante sensação de estar perdendo o controle. Naquele dia, eu cheguei ao meu limite. Saí do trabalho, fui direto para a academia, mas o treino não bastou. Acabei em um bar, bebendo até que a mente adormecesse. Pedi a Marcos para me buscar porque não conseguia mais dirigir. Quebrei minha repulsa pela bebida, repetindo as doses até apagar todos os sentimentos que me atormentavam.

Aquela noite foi o início do meu maior erro, e hoje pago o preço por cada um desses momentos perdidos.

— Vou tomar um banho — disse, me levantando com dificuldade.

— Quer que eu vá com você? — Gabriela perguntou, a voz soando acolhedora e insinuante.

— Eu vou sozinho — respondi, tentando manter a firmeza, mas, ao dar o primeiro passo, tudo girou, e senti minha visão se apagar por um instante.

— Deixa que eu te ajudo, Isaque — insistiu ela, mas eu balancei a cabeça em negação.

— Só me leva até o banheiro. O resto eu faço — pedi com suavidade. Ela assentiu e me guiou até a porta do banheiro que ficava em meu quarto.

Consegui tomar um banho rápido e voltei para o quarto, apenas de bermuda. O que eu não imaginava era que estava prestes a iniciar o maior pesadelo da minha vida.

Gabriela estava deitada na minha cama, me esperando com um olhar convidativo. Ela deu tapinhas na colcha preta, indicando o lugar ao seu lado, e eu fui, acreditando que ali encontraria algum refúgio. Sentei ao seu lado e, movido pelo álcool e pela confusão, senti uma vontade incontrolável de beijá-la. Puxei-a pela nuca e a beijei calorosamente, um beijo intenso e urgente, que rapidamente se transformou em algo mais íntimo.

Aquela noite foi curta, pelo fato de que eu estava consumido pelo álcool, e só me dei conta do erro que cometi no dia seguinte.

Acordei ao lado de Gabriela, sem roupa, enquanto ela dormia serenamente, como se nada tivesse acontecido. Cocei os olhos, o coração apertado, tentando juntar as peças da noite anterior. Vesti uma bermuda que estava jogada no chão e abri a cortina do quarto, mas o brilho intenso da luz me fez recuar, fechando-a de imediato.

Gabriela despertou com um sorriso largo, espreguiçando-se despreocupadamente. Ela olhou para mim com uma felicidade que eu não conseguia compartilhar.

— Bom dia, meu amor.

— O que aconteceu entre nós? — perguntei, franzindo o cenho, ainda perdido nas memórias confusas da noite.

— Não se faça de bobo, Isaque. Nós dormimos juntos — ela respondeu, sentando-se na cama e puxando o lençol para cobrir o corpo.

— Mas... Usamos proteção, certo? — questionei, a voz trêmula, enquanto me aproximava, tentando entender a gravidade da situação.

— Você disse que não precisava — respondeu ela, e eu senti meu coração falhar uma batida.

— Está falando sério, Gabriela? — insisti, sentindo um frio na espinha.

— Você sabe que eu tomo remédio, Isaque. Não precisa se preocupar — ela disse com a tranquilidade de quem achava que estava tudo sob controle.

Mas naquele momento, percebi que havia cometido um erro ainda maior: confiar em Gabriela. O peso da escolha e as consequências que viriam me assombrariam de uma forma que eu jamais imaginaria.

Atualmente

Congresso, Miami

— Esse sorvete está delicioso! — exclamou Anne, e o brilho em seu sorriso fez meu coração vacilar. Observá-la saboreando a casquinha de baunilha sob o sol quente de Miami fez com que o dia se tornasse perfeito. Desejei poder capturar aquele sorriso para eternizá-lo, como se cada segundo ao vê-lo fosse capaz de preencher todos os espaços do meu coração.

Enquanto isso, Layla e Samuel pareciam cada vez mais conectados. Samuel sempre sonhou em encontrar a mulher certa, e Layla parecia ser exatamente o que ele sempre descreveu, mostrando que Deus foi bondoso com ele em colocá-la em sua vida.

Quanto a mim, sentia-me completo por reencontrar a mulher dos meus sonhos. Certa vez, em meio à dúvida e à dor, questionei a fidelidade do Senhor. Agora, compreendia que minha impaciência e escolhas erradas só haviam atrasado meu próprio caminho. Eu estava decidido a recomeçar: sem mais álcool, sem relações superficiais, sem brincar com os planos divinos. Eu queria apenas consertar o que estava quebrado, nada de tentar fugir do que Deus realmente havia reservado para mim.

— Tá na Terra, Isaque? — A voz de Layla me trouxe de volta dos meus pensamentos. Ela me encarava com aquele olhar travesso, já suspeitando do que (ou de quem) eu estava pensando.

— Parece que o sorvete foi direto para o coração, né, irmão? — Samuel brincou, dando um leve empurrão no meu ombro, enquanto Layla tentava segurar o riso.

Ele sabia muito bem que não era do sorvete que estava falando.

— Ah, vocês dois... — Respondi, tentando disfarçar o constrangimento. Mas Anne já me olhava com curiosidade, os olhos brilhando de uma forma que fazia meu desejo de beijá-la crescer ainda mais.

— E você, Anne? — Samuel se virou para ela com um sorriso travesso. — Qual é o segredo desse sorvete de baunilha? Deve ser especial demais pra deixar o Isaque assim, todo bobo.

Anne corou, tentando conter o sorriso, enquanto eu desviava o olhar, sentindo meu coração acelerar. Cada momento ao lado dela me trazia mais certeza do que eu realmente queria para o meu futuro.

— O segredo do meu sorvete? — Anne respondeu, voltando seu olhar para mim. — Acho que é o mesmo do seu, Isaque. Só que o meu vem com uma dose extra de paciência e confiança no plano certo.

Essas palavras ressoaram fundo em mim. Anne tinha razão. Havia algo nela que eu não encontrava em mais ninguém: uma paz e uma certeza que só podiam vir de Deus. Era exatamente isso que eu buscava, algo verdadeiro e duradouro, algo que eu não precisasse questionar ou me arrepender depois.

Observei Anne, que agora conversava animadamente com Layla, e uma onda de gratidão me envolveu. Pela primeira vez em muito tempo, eu me sentia no lugar certo, com as pessoas certas. E sabia que, se continuasse a seguir o caminho que Deus havia traçado para mim, finalmente encontraria a verdadeira felicidade.

Ali mesmo, decidi que faria de tudo para conquistar Anne da maneira certa. Não mais através de impulsos ou desejos passageiros, mas com o tipo de amor que Deus tinha em mente: paciente, verdadeiro e inabalável. Afinal, ela merecia alguém que a amasse por completo, e só faltava eu me render a Cristo para me tornar esse homem.

O Congresso em Miami não era apenas um evento. Era o marco do recomeço da minha história, e Anne era a peça que faltava para completar o quebra-cabeça da minha vida. E eu nunca estive tão certo disso.

— Que tal um mergulho? — sugeriu Samuel, animado.

— Ótima ideia! — Layla respondeu com seu entusiasmo habitual.

— Não sei… — Anne hesitou. — Talvez fosse melhor voltarmos para o hotel e ajeitarmos algumas coisas.

Eu parei e olhei para ela, percebendo que meu gesto a deixou um pouco tímida.

— Por que não aproveitar as pequenas coisas, Anne? Estamos em Miami, com uma praia maravilhosa e entre amigos. Por que não se divertir um pouco na água? — perguntei, tentando convencê-la.

Ela franziu os lábios, hesitando, mas, depois de olhar ao redor e sentir o sol aquecer sua pele, deu um suspiro conformado.

— Tudo bem, você venceu… Vamos nadar um pouco — disse, com um sorriso relutante.

Caminhamos em direção ao mar, enquanto Layla e Samuel iam à frente. Paramos, ficando de frente um para o outro, e senti o olhar de Anne sobre mim — um olhar tímido que fez meu coração disparar. Nunca um olhar havia mexido tanto comigo como o dela. Quando me aproximei, suas bochechas coraram, e ela desviou o olhar.

— Vamos entrar na água, Cerejinha? — provoquei, vendo seu rubor aumentar.

— É o seguinte — ela começou, ainda evitando meus olhos. — Quem chegar na água primeiro tem direito a um pedido.

Arqueei as sobrancelhas, gostando do desafio. Anne, finalmente, havia terminado o seu sorvete. Ela permaneceu com seu maiô azul turquesa que fazia um contraste perfeito com seus olhos azuis claros, e seu short jeans que deixou seu corpo ainda mais atraente para mim.

— Quer competir comigo, senhorita Anne? — desafiei, sorrindo. — Você mal consegue me olhar nos olhos e já quer me lançar um desafio?

Ela respirou fundo e, com um toque de ousadia, encontrou meu olhar. Por um momento, o mundo parou, e tudo o que senti foi a intensidade de seus olhos, tão profundos quanto o oceano ao nosso redor, deixando-me completamente vulnerável.

— Aceita o desafio, senhor Campbell? — ela perguntou com um brilho no olhar. Meus lábios se curvaram em um sorriso travesso, então me posicionei, preparado para vencê-la.

— Aaaaagora! — ela gritou, e começamos a correr. Eu cheguei primeiro na água morna e salgada, que subiu até a altura das minhas panturrilhas.

— Ah, isso não vale! — Anne riu, chegando logo atrás. — Você começou antes!

— Claro que não! — respondi, sorrindo. — Você só corre mais devagar!

— Veremos quem é mais rápido na água! — ela retrucou, avançando em minha direção e jogando um jato de água na minha cara.

— Ei! — protestei, rindo e limpando o rosto. — Isso é golpe baixo!

— Não existe golpe baixo na guerra, Isaque! — ela disse, com um brilho travesso nos olhos.

— Então eu me rendo! — falei, me aproximando dela com as mãos erguidas. — Mas só se houver uma trégua...

Anne sorriu, diminuindo o ritmo, e se aproximou.

— Trégua aceita... por enquanto — murmurou, olhando para mim com carinho.

— Bom, eu posso viver com isso — respondi, puxando-a para um abraço, enquanto o mar nos envolvia com suas ondas suaves e o sol brilhava no céu de Miami. — Então, posso pedir o que eu quiser? — perguntei baixinho, de um modo em que senti seu coração pulsar mais forte contra o meu peito, ainda envolvidos em um abraço confortável.

— Depende… — respondeu, se afastando ligeiramente, mas ainda em meus braços, seus olhos fixos nos meus.

— Vou guardar isso para um momento oportuno. Não esqueça que estou em vantagem — comentei, notando o brilho de curiosidade em seu olhar.

— Pegue leve — pediu, com um sorriso brincalhão.

— Vou começar pegando leve... agora! — exclamei, puxando-a para um mergulho, enquanto a água salgada nos cobria, tornando o momento ainda mais divertido. Emergi e nossos olhares se encontraram de novo. Seus cabelos estavam completamente encharcados, e eu sorri ao vê-la tentando afastar os fios do rosto. Aproximei-me para ajudá-la, acariciando sua bochecha enquanto segurava suavemente sua cintura.

Eu estava completamente perdido naqueles olhos, que pareciam ainda mais claros sob o sol de Miami, despertando em mim um desejo irresistível de beijá-la.

— E o que você vai fazer agora, hein? — ela provocou, sorrindo.

Eu ri suavemente e afrouxei o aperto. Ela levou a mão até a minha nuca, surpreendendo-me, o toque dela enviando uma corrente elétrica pelo meu corpo. O riso de Anne foi diminuindo até desaparecer, substituído por um silêncio cheio de expectativa. O mundo ao nosso redor parecia ter sumido. Só havia nós dois e a brisa quente de Miami.

— Talvez eu faça isso... — murmurei, a voz baixa, me aproximando mais. Nossos rostos estavam a poucos centímetros de distância, e eu podia sentir o calor do hálito dela se misturando com o meu. Seus olhos desceram brevemente para minha boca, e por um instante, tive certeza de que ela estava esperando. Tudo em mim queria me aproximar ainda mais.

— Isaque... — ela sussurrou, quase sem voz, meu nome saindo de seus lábios como um segredo.

Inclinei meu rosto lentamente, quase encostando os lábios nos dela. O toque era mínimo, um roçar suave que fez meu coração disparar no peito. O tempo pareceu parar. As ondas continuavam batendo ao nosso redor, mas eu só conseguia ouvir o som da respiração dela, rápida e descompassada, tão próxima da minha.

Nossos olhos se encontraram novamente, e eu vi a dúvida e o desejo nos dela. Sua mão se apertou na minha nuca, trazendo-me ainda mais perto, e por um segundo, eu achei que finalmente aconteceria, que a mínima distância entre nossos lábios se quebraria. Mas então, como se acordássemos de um sonho, ela riu nervosa, afastando um pouco o rosto.

— Não assim, Isaque... — ela disse, o sorriso um pouco tímido, mas os olhos brilhando de emoção.

Eu respirei fundo, sentindo um misto de frustração e excitação. Ainda assim, sorri, sabendo que aquele quase beijo era apenas o começo de algo que ainda tinha muito a ser descoberto.

— Certo, Anne — respondi, com a voz um pouco rouca. — Mas sabemos que isso não acaba aqui.

Depois de nos divertirmos na água e quase nos beijarmos, voltamos para a areia com o coração cheio de expectativas.

— Layla e Samuel desapareceram, não é? — perguntei, observando ao redor, tentando encontrá-los.

— Ela mandou mensagem dizendo que foram tomar água de coco — respondeu, com os olhos fixos na tela do celular. — Deixe-os aproveitar esse momento, especialmente porque Samuel está prestes a pedi-la em casamento.

— Assim como nós, Anne? — indaguei suavemente, me aproximando dela, enquanto percebia o rubor suave colorir suas bochechas.

— C-como? Você não vai me pedir em casamento — ela riu, mas havia algo em seu olhar que dizia mais do que suas palavras.

— Se eu pedisse, aceitaria? — perguntei, fixando meus olhos nos dela, com uma intensidade que fez o tempo parecer parar.

Seu semblante se tornou sério, e a esperança brilhou em seus olhos. Com um gesto delicado, ela afastou uma mecha de cabelo para trás da orelha e baixou o olhar, pensativa.

— Depende.

— Depende de quê? — perguntei, tentando decifrar seus pensamentos.

— O pedido seria antes ou depois de você voltar para Cristo? — Sua pergunta atingiu meu coração como um lembrete gentil, mas poderoso, de que eu não estava naquele congresso por acaso. Talvez essa fosse a chance perfeita para reencontrá-Lo.

— Depois de eu voltar para Cristo — respondi, com uma voz firme e cheia de convicção.

— Nesse caso, já tem o meu sim — ela disse, e um sorriso espontâneo se formou em meus lábios. Tudo o que eu desejava naquele momento era puxá-la para perto de mim e fazê-la minha, mas sabia que precisava ser paciente.

— Anne, lembre-se de uma coisa — pontuei suavemente. — Daniel.

Ela suspirou e desviou o olhar para o lado.

— Vou conversar com ele hoje, tá? Não se preocupe.

— Tudo bem — respondi, sentindo um misto de alívio e ansiedade.

Nos preparamos para deixar a areia e seguir para o restaurante próximo, onde Layla e Samuel nos esperavam. No entanto, ao nos afastarmos do mar, senti uma súbita necessidade de olhar para trás, para o vasto oceano. E então, uma voz sussurrou dentro de mim, tão branda como som das águas, suave como a voz de um pai amoroso, e eu soube imediatamente de quem era. Meu coração disparava cada vez mais forte e um arrepio percorreu a minha espinha enquanto Ele ministrava em meu coração:

"Busquem o Senhor enquanto é possível achá-lo; clamem por ele enquanto está perto. Que o ímpio abandone o seu caminho; e o homem mau, os seus pensamentos. Volte-se ele para o Senhor, que terá misericórdia dele; volte-se para o nosso Deus, pois ele dá de bom grado o seu perdão."

Isaías 55:6-7.

Neste instante, eu percebi: meu coração estava sendo quebrantado, e todo o meu ser ansiava por voltar.

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