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Capítulo 48 | Charme Francês

Anne Green

Ao chegarmos ao restaurante francês mais luxuoso da cidade, senti meu coração acelerar. Sempre sonhei em conhecer esse lugar, onde o romantismo está no ar e tantas histórias de amor começaram, com pedidos de casamento e juras eternas. Eu não fazia ideia de que Isaque me traria aqui, mas quando nos aproximamos da entrada, um arrepio percorreu meu corpo. A ideia de entrar nesse refúgio de paixão ao lado dele fez meu coração disparar.

Isaque estacionou o carro na entrada, onde um manobrista de uniforme marsala veio, com um gesto elegante, abrir minha porta. Quando meus pés tocaram o macio tapete vermelho, senti como se estivesse em um conto de fadas. O ambiente ao nosso redor transbordava charme francês, e eu me deixei levar pela magia do momento. Isaque, sempre tão atencioso, ofereceu seu braço, seu sorriso me deixando sem fôlego, como sempre. Juntos, caminhamos em direção à entrada, imersos na atmosfera romântica que parecia ter sido criada só para nós.

Dentro do restaurante, a elegância nos envolveu como um abraço. Lustres de cristal pendiam do teto, espalhando uma luz suave que dançava pelo ambiente, refletindo nas paredes adornadas com impressionantes obras de arte francesas. Uma melodia delicada de piano flutuava no ar, tornando o cenário ainda mais encantador.

O maître nos conduziu a uma mesa reservada junto a uma janela, revelando uma vista deslumbrante da cidade iluminada. Isaque puxou a cadeira para mim, com a gentileza de sempre. Quando ele se sentou à minha frente, nossos olhares se cruzaram, e eu senti aquele calor familiar invadir meu peito, o mesmo que sentia todas as vezes que estávamos juntos.

Naquele momento, me senti transportada para a França. Tudo o que queria era reviver aquele beijo mágico à sombra da Torre Eiffel, como se o tempo parasse e nossa história de amor ganhasse um novo capítulo. Mas estávamos na Califórnia, e, de alguma forma, parecia ainda mais especial.

O cardápio estava repleto de delícias que prometiam uma noite inesquecível, mas meus olhos estavam fixos em Isaque. A forma como ele examinava o cardápio, com uma atenção quase reverente, como se cada prato fosse uma promessa de prazer, me fazia sorrir. Ele escolheu com cuidado, pensando em mim em cada detalhe, e eu não pude conter um sorriso de felicidade.

Quando o garçom anotou nossos pedidos e se retirou, ficamos apenas nós dois, imersos naquele clima romântico que parecia criado especialmente para nós. Eu estava sem palavras, perdida na beleza do lugar, mas, acima de tudo, encantada pela presença de Isaque. Naquele instante, soube que essa noite ficaria gravada para sempre em minha memória, não apenas pelo lugar ou pela comida, mas pelo simples fato de estarmos juntos, vivendo esse momento perfeito.

— Você tinha razão, esse lugar é realmente famoso. Sei que várias celebridades já passaram por aqui — comentei, quebrando o silêncio que nos envolvia.

Ele sorriu e olhou ao redor, como se estivesse absorvendo cada detalhe.

— É a primeira vez que venho aqui — disse com sua voz grave, que sempre tinha o poder de acalmar meu coração. — Meus pais vieram no aniversário de casamento deles este ano e ficaram maravilhados com o restaurante e o cardápio. Achei que seria perfeito te trazer aqui — acrescentou, e um sorriso suave surgiu nos meus lábios.

— A comida deve ser tão boa quanto o ambiente — respondi, ainda lutando para encontrar as palavras certas, pois Isaque sempre me deixava sem fôlego.

Eu esperava que ele dissesse algo em resposta, mas o silêncio voltou a nos envolver. Isaque me olhava com seus olhos cor de mel, tão brilhantes quanto as estrelas, e senti uma reviravolta em meu peito, como se minha respiração ficasse mais difícil sob seu olhar. Com uma delicadeza que me deixava sempre encantada, ele tocou minha mão sobre a mesa, entrelaçando seus dedos nos meus enquanto me fitava intensamente. Meu coração disparava, ansiando por suas palavras, mas ele permanecia em silêncio, apenas me observando, como se estivesse contemplando algo precioso.

Conforme eu sentia o calor suave do toque dele, um arrepio percorreu minha espinha, e soube que estava prestes a tremer de nervosismo sob o peso daqueles olhos. Com um gesto tímido, afastei minha mão, sentindo minhas bochechas corarem instantaneamente.

— Eu estava certo quando pedi a Deus que você se tornasse minha esposa um dia — ele disse, e meu coração acelerou, batendo ainda mais forte.

— C-como assim? — perguntei, totalmente desnorteada.

— Já te contei, Anne, quando te vi na África, orei a Deus sobre você — explicou, e eu assenti, lembrando daquele momento. — Nunca imaginei que um dia viveria isso, compartilhando esse instante com você, a mulher que me hipnotizou naquele dia, quando eu tinha apenas quatorze anos — acrescentou, sua voz carregada de sinceridade.

Um sorriso meigo escapou de meus lábios enquanto eu colocava uma mecha do cabelo atrás da orelha, sentindo um turbilhão de emoções dentro de mim.

— Quando te vi pela primeira vez no escritório, percebi algo misterioso no seu olhar, como se Deus estivesse me mostrando que havia algo a mais ali — confessei, notando o sorriso se formar nos lábios de Isaque.

— Não posso negar, Deus faz tudo perfeito, inclusive você — ele disse com aquele sorriso galante que sempre me deixava sem palavras.

— Ah, Isaque, você me elogia tanto que às vezes é difícil acreditar — respondi, tentando disfarçar a timidez. Ele sorriu abertamente, com um sorriso doce que sempre me marcava.

— E todas as vezes que te elogio, é do fundo do coração — declarou, sua voz carregada de sinceridade. — Anne, sei que sou teimoso, talvez até demais, mas quando percebi que estava começando a gostar de você, não consegui lutar contra o meu próprio coração. Não tive forças para resistir. Preferi aceitar que você havia despertado em mim o que tentei bloquear, mas me senti aliviado em saber que você é a mulher por quem um dia orei.

As palavras dele entraram no meu coração como uma onda de esperança, criando um sentimento de expectativa dentro de mim. Senti, naquele momento, que havia algo que eu precisava fazer: intensificar minhas orações por Isaque. Sabia que, embora ele tivesse voltado a reconhecer a soberania de Deus, seu coração ainda não havia se arrependido genuinamente dos pecados que o afastavam do Senhor.

— O que está nos impedindo, Isaque? — ousei perguntar, agora com um olhar mais sério e uma voz firme. — Se somos destinados um ao outro, o que ainda te impede de fazer o que deve ser feito?

Senti o peso de sua hesitação enquanto ele desviava o olhar, fixando-o em qualquer coisa que não fosse em mim. A tensão no ar era palpável, como se estivéssemos à beira de uma decisão que mudaria tudo.

— Anne, você não tem ideia do turbilhão que minha vida se tornou, mas, no meio desse caos, você é a única que consegue me trazer conforto. Só de olhar em seus olhos, encontro a paz que tanto preciso.

Meu coração disparou novamente. A sinceridade em seus olhos era impossível de ignorar.

— Mas você quer falar sobre esse turbilhão? — perguntei, tentando oferecer um refúgio para suas preocupações.

Ele sorriu suavemente, pensando nas próximas palavras.

— Não te trouxe aqui para colocar um peso entre nós — disse, com um leve sorriso nos lábios. — Quero falar apenas sobre nós dois.

As palavras "nós dois" saindo da boca dele fizeram borboletas revoarem no meu estômago.

— O que você quer dizer sobre nós? — perguntei, a voz quase um sussurro.

Ele abriu a boca para responder, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, o garçom apareceu com a entrada: um prato de foie gras meticulosamente preparado, acompanhado por torradas finas e uma compota de figos. O momento foi interrompido, como se o encanto tivesse sido momentaneamente quebrado. O garçom, alheio ao nosso mundo, colocou o prato entre nós com um sorriso profissional, e Isaque recuou ligeiramente, agradecendo com um aceno.

Olhei para o prato, tentando recompor meus pensamentos, mas não conseguia parar de pensar no que Isaque queria me dizer. Ainda estávamos naquele espaço íntimo que criamos, e naquele momento, entendi que a conversa poderia esperar. O que importava era estarmos juntos, naquele instante.

— Para ser sincero, eu sempre achei que havia uma barreira entre nós — ele confessou, assim que o garçom se afastou.

— Que barreira? — perguntei, enquanto tentava concentrar-me no prato à minha frente.

— Deus — ele suspirou, como se fosse um fardo que carregava por muito tempo.

— Deus nunca será uma barreira. Ele é a base que sustenta qualquer relacionamento — eu disse, com o coração apertado, querendo mostrar a ele a verdade que eu acreditava.

— Sim, é isso que eu queria dizer — ele continuou, e eu arqueei as sobrancelhas em surpresa. — Eu via Deus como uma barreira, mas agora enxergo de forma diferente. Contudo, ainda existem duas barreiras que podem nos separar — ele admitiu, levando uma torrada à boca, tentando disfarçar suas preocupações.

— Quais são essas barreiras, Isaque? A única que eu conheço é sua teimosia em não voltar para Cristo — eu disse, brincando, mas com um fundo de seriedade. Ele riu, balançando a cabeça.

— A transferência para Londres, que ainda está pendente, e uma outra coisa que... não posso dizer agora.

— Bem, sobre a transferência, eu já sabia. Estou orando para que a vontade de Deus seja feita. Mas o que é essa outra coisa? Por que você não pode me contar?

Ele respirou fundo, como se quisesse se livrar de um peso que carregava no peito. Minha curiosidade aumentava, enquanto eu esperava, ansiosa, para descobrir o que ele guardava tão profundamente dentro de si.

— Não quero estragar esse jantar, eu quero aproveitar esse momento com você, sem que algo nos atrapalhe, entende?

— Não, Isaque — eu disse suavemente, tentando esconder o medo que começava a crescer dentro de mim. — Eu não entendo se você não me contar o que é.

A angústia em seus olhos era palpável, e eu sabia que algo importante estava por vir, algo que poderia mudar tudo entre nós. Mas naquele momento, eu só queria estar ali, com ele, esperando o que o destino nos reservava.

— Bom... Eu não sei como dizer isso — começou, a voz vacilante, enquanto tentava encontrar as palavras. — Estamos nos aproximando, e eu estou gostando muito dessa nossa conexão. Tenho expectativas em nós dois, mas, ao mesmo tempo, tenho medo de que isso estrague tudo e você se afaste de vez.

Minhas mãos começaram a suar, e minha ansiedade aumentava com cada palavra dele.

— Você está me deixando curiosa — respondi, tentando manter a calma. — Eu também estou gostando da nossa proximidade e tenho esperança na sua redenção. Não consigo imaginar o que poderia impedir isso, especialmente depois que Deus nos revelou que somos prometidos um ao outro.

Eu vi o peso em seu olhar, uma preocupação que me deixou inquieta. Ele suspirou, como se estivesse se preparando para uma revelação dolorosa.

— Anne, vou direto ao ponto — ele disse, finalmente, com uma seriedade que fez meu coração disparar.

Eu o encarei com olhos carregados de expectativas, cada fibra do meu ser implorando para desvendar o que o atormentava tão profundamente, o que de tão terrível poderia erguer-se como uma muralha entre nós. Ele suspirou, deixando o silêncio se estender entre nós, um silêncio que se arrastou apenas o suficiente para semear o medo em meu coração, um presságio das palavras que viriam. Então, com a voz trêmula, quase um sussurro quebrado, e um olhar perdido em algum lugar além de nós, ele finalmente confessou:

— Gabriela está grávida.

Eu mal podia acreditar no que acabara de ouvir. Era como se o chão tivesse se dissolvido sob meus pés, e meu coração, que antes pulsava freneticamente, agora vacilava, tentando desesperadamente entender a gravidade daquela revelação. Meus olhos se arregalaram, e a dura realidade me atingiu com a força de uma tempestade implacável. Outra mulher... grávida dele. Essas palavras martelavam em minha mente, cada repetição mais dolorosa e cruel. A surpresa me paralisou, mas logo um turbilhão de emoções começou a se formar, ameaçando me consumir por completo.

— Entendi que ela está grávida, mas... O que isso tem a ver com você? — perguntei com uma voz falha, tentando desesperadamente afastar o pensamento que começava a se formar na minha mente.

— Há uma probabilidade de eu ser o pai da criança — ele confessou, e naquele instante, o mundo ao meu redor pareceu congelar.

Fiquei paralisada, tentando assimilar a informação. A mente trabalhava a mil, tentando encontrar alguma lógica, alguma forma de negar a realidade que ele estava me apresentando. Isaque me encarava, e eu podia ver em seus olhos que ele estava tão perdido quanto eu.

O garçom chegou com a segunda entrada, um bisque de lagosta tão delicado e saboroso que em qualquer outra ocasião teria me encantado. Mas naquele momento, a perfeição do prato não tinha importância. Assim que o garçom se retirou, ele voltou seu olhar para mim, esperando uma resposta.

O ambiente, normalmente acolhedor e confortável, agora parecia sufocante. Eu podia sentir o peso do olhar dele, esperando pacientemente por uma resposta, mas com uma intensidade que não me permitia escapar. A colher na minha mão pairava sobre o bisque de lagosta, o aroma rico e cremoso subindo até minhas narinas, mas a refeição era a última coisa em minha mente.

Respirei fundo, tentando organizar os pensamentos. Sabia que qualquer palavra que saísse da minha boca poderia moldar o que aconteceria a seguir.

— Não vai dizer nada? — perguntou, com uma mistura de expectativa e temor.

— Você realmente acredita nessa probabilidade? — indaguei, buscando seus olhos.

— Ela marcou um teste de DNA, e eu fui hoje ao laboratório. Parece improvável que seja mentira. Se fosse, por que ela faria o teste?

— Isaque, você é inteligente e esperto, como não considera a possibilidade de que ela esteja mentindo para você?

— Mas eu fiz o teste, Anne. Ela estava lá, na minha frente, coletando o sangue também. Como poderia ser mentira?

— Você não assiste filmes? Ela pode falsificar o teste, não acha? — Eu ergui uma sobrancelha, tentando mostrar que podia haver algo a mais por trás daquela situação. — Tenho certeza de que ela seria capaz disso. Eu vejo isso nos olhos dela.

Ele franziu o cenho, visivelmente pensativo.

— Senti algo estranho durante a coleta. O Dr. Henrique parecia muito confortável com ela, como se já se conhecessem.

— Se você sentiu algo, pode ser Deus te dando discernimento. Eu sinto dentro de mim que o bebê não é seu, não sei como explicar esse sentimento.

— E se for mentira e ela conseguir falsificar o teste, como eu descobriria?

— Você pode pedir a direção de Deus. O que acha? — sugeri, oferecendo-lhe um sorriso suave, disfarçando a minha preocupação.

— Sério, Anne, você me surpreendeu. Achei que você se afastaria de mim.

— Pensa comigo, Isaque: Deus faz algo errado? — perguntei, tentando guiar seus pensamentos.

— Não.

— Ele já deixou de cumprir algo que prometeu?

— Somos a prova viva de que Ele cumpre o que promete — ele respondeu com um sorriso que, por um breve momento, fez as borboletas no meu estômago voltarem a voar. Mas eu mantive a compostura, focada em ajudá-lo.

— Então, se Deus lhe deu uma promessa, você acha que Ele permitiria que algo a impedisse de se cumprir?

— Mas também sabemos que o ser humano colhe as consequências de seus erros, e venhamos e convenhamos, Anne, eu pequei muito. Sei que mereço esse castigo.

— Mas Deus falou comigo sobre você. Ele disse que estava fazendo algo novo e que eu não deveria ter medo. Eu confio no meu Deus. Você acha que Ele permitiria que algo assim destruísse o que Ele planejou? Talvez Deus tenha permitido isso para que você busque a ajuda dEle. E, se ela falsificar o teste, só Deus pode desmascará-la. Você precisará pedir a ajuda dEle mais uma vez.

— Como sabe que eu já pedi a ajuda dEle antes? — perguntou, com curiosidade.

— Deus é meu amigo. Ele me mostra coisas que preciso enxergar — respondi, piscando, sentindo o alívio no suspiro que ele deu.

— Espero que você esteja certa, Anne. Eu me prostrarei a Ele, se for preciso, para que Ele me ajude.

— Não se proste apenas porque você quer algo dEle, mas sim para adorá-Lo por quem Ele é.

— Você está certa quanto a isso. Mas, com relação à Gabriela, se o resultado do teste for positivo, não haverá mais esperança para nós dois? — perguntou, e uma onda de frustração tomou conta de mim.

— Prefiro confiar na resposta de Deus do que no resultado de um teste que pode ser falsificado. Acho que você deve prestar atenção aos sinais de Deus e orar ainda mais para que Ele te ajude. O primeiro sinal foi o comportamento estranho do Dr. Henrique. Acho que você deveria investigar mais sobre ele.

Enquanto refletia sobre as palavras de Isaque, uma nuvem de incerteza pairava sobre o meu coração. Se ele estivesse certo e fosse realmente o pai do bebê, toda a minha esperança de ter algo com ele se despedaçaria. Não sabia se conseguiria permanecer ao seu lado sabendo que um laço eterno o uniria a Gabriela. Mas, no fundo, preferia acreditar na promessa de Deus, confiando que, de alguma forma, Ele nos guiaria através dessa tempestade.

— Quanto mais tempo eu passo com você, mais percebo o quanto você é incrível, Anne. Agradeço por me apoiar, e espero de coração que tudo isso seja uma mentira de Gabriela, para que nada fique entre nós — disse ele, enquanto eu retribuía com um sorriso que, por dentro, carregava o peso das minhas dúvidas.

O garçom, sempre impecável, chegou com o prato principal: um magret de canard, servido com purê de batatas trufado e aspargos grelhados. Isaque cortou um pedaço e me ofereceu, sua atenção e cuidado sempre presentes. Quando provei, o sabor sublime do prato arrancou de mim um suspiro de contentamento, um pequeno consolo em meio à turbulência dos meus pensamentos.

Depois, veio a sobremesa. A tarte Tatin, com sua massa folhada crocante e maçãs caramelizadas, foi o fecho perfeito para a noite. Dividimos cada garfada, trocando sorrisos cúmplices, e por um breve momento, consegui esquecer a revelação que pairava entre nós. A doçura das maçãs e o calor do sorvete de baunilha trouxeram uma sensação de paz que eu desejava que durasse para sempre.

Quando nos levantamos para sair, senti o peso do que aquela noite significava. O restaurante havia sido palco de uma confissão que poderia mudar o curso das nossas vidas. Eu torcia com todas as forças para que tudo não passasse de um mal-entendido, uma prova que eu ainda não estava pronta para encarar.

Saímos do restaurante com um misto de sentimentos e expectativas no ar. Assim como me senti em um conto de fadas quando chegamos, também senti, ao sair, como se estivesse ao lado de um príncipe encantado, o que acabou com todas as minhas forças para tentar resistir à minha consciência e esperar o momento certo para me render ao seu beijo.

Entramos no Rolls-Royce, e não havia muito o que dizer no carro. Uma certa tensão, preocupação e desejo pairavam entre nós, mas nenhum deles podia ser resolvido naquele momento. Então, colocamos uma música gospel suave na multimídia do carro e simplesmente curtimos o momento e a presença um do outro.

Na porta de casa, Isaque mais uma vez mostrou seu cavalheirismo abrindo a porta para eu descer. Estávamos entre o carro e a brisa da noite, que trazia um frio confortável. O vento bagunçava seus cabelos, deixando-o ainda mais irresistível aos meus olhos. Ele tocou minha mão suavemente, acariciando-a, e se aproximou com um sorriso que derreteu qualquer resistência que eu ainda pudesse ter.

— Obrigado por jantar comigo. Eu nunca vou esquecer desse momento — disse ele, e meu coração se encheu de uma ternura quase dolorosa. — Espero que haja esclarecimento sobre isso tudo e nada fique entre nós.

— Eu que agradeço pelo convite. Estarei orando por essa situação — respondi, minha voz mais calma do que eu realmente me sentia.

— Minha vontade seria encerrar a noite com um beijo seu, mas vou me controlar — disse ele, brincando, mas com uma sinceridade que me fez sorrir.

— Obrigada por entender — murmurei, enquanto meu estômago se revirava em uma festa silenciosa. — Acho melhor focarmos no teste de DNA sem distrações, tudo bem?

Isaque se aproximou mais uma vez, depositando um beijo suave em minha testa, como se estivesse concordando com o que eu falei. Seus lábios eram quentes e macios, e quando ele encostou sua testa na minha, senti uma onda de eletricidade passar por mim. Ele segurou minha cintura com delicadeza, e minha respiração falhou ao sentir a proximidade, a tensão no ar quase palpável.

— Boa noite, Anne — sua voz grave e aveludada soou perto, ecoando em meus ouvidos.

— Boa noite, Isaque — respondi quase num sussurro, notando que minha mão havia se colocado involuntariamente sobre seu peito.

Ele deslizou a mão da minha cintura até a minha nuca, e antes que eu pudesse reagir, tocou seus lábios nos meus, num beijo leve e breve que fez meu corpo inteiro estremecer. Eu não encontrei palavras para argumentar ou forças para impedir. Havíamos combinado que não nos beijaríamos até ele se render a Cristo, mas foi quase impossível resistir a esse momento.

Quando se afastou, seu olhar era terno e profundo, e ele se dirigiu até o carro. Ele me esperou entrar em casa, então, fiquei lhe observando pela janela da sala. Esperei até vê-lo partir, o brilho das luzes do carro desaparecendo na noite. Nesse instante, eu senti como se fogos de artifício explodissem dentro de mim. Naquele momento, apesar de tudo, havia uma parte de mim que ainda acreditava que nossa história poderia ter um final feliz.

💫

Oiii, gente! 🩷

Eu pensei em dividir o capítulo em dois, mas ambos ficariam curtos e rápidos de ler. Então, optei por deixar tudo em um único capítulo, por isso ele acabou ficando mais extenso.

Mas me digam: vocês preferem capítulos curtos ou mais longos?

O que acharam deste capítulo? Estão com medo como Isaque ou otimistas como Anne?

Isaque é o ou não é o pai do bebê? 🤔

Beijos, fiquem com Deus! 🩷

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