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Capítulo 43 | Confissão

Anne Green

— Isaque, pelo amor de Deus, para o carro e me conta logo o que está acontecendo! — implorei, tentando arrancar alguma resposta dele.

Ver Isaque na igreja hoje foi o ponto alto do meu dia. Ele estava tão bonito naquele terno que, confesso, quase me fez desmaiar. Quando ele segurou minha mão, foi como se fogos de artifício tivessem explodido dentro de mim. Tudo o que eu queria era que a noite nunca terminasse, só para poder ficar ao lado dele, sentindo seu perfume e o calor da sua mão. Mas ele, claro, resolveu brincar com meus nervos, dirigindo calmamente e se divertindo com o meu desespero.

Quanto mais Isaque enrolava, mais eu tinha certeza de que a promessa que o pastor mencionou hoje tinha a ver com a gente. Será que ele estava prestes a fazer uma grande revelação? O que só fez meu coração acelerar ainda mais.

— Isaque, você vai me matar de curiosidade! — resmunguei, cruzando os braços, fingindo uma raiva que eu não conseguia realmente sentir.

Ele lançou um sorriso travesso, mantendo os olhos na estrada como se estivesse prestes a dizer algo muito sério.

— Tá bom, vou te contar... Mas antes, que tal passarmos para comprar um sorvete? — sugeriu ele, com aquele sorriso que sempre me desarma.

Suspirei, tentando manter a seriedade, embora estivesse rindo por dentro com a audácia dele de querer comprar um sorvete a essa hora da noite, especialmente em meio a uma conversa tão importante.

— Sorvete, Isaque? É sério que você está criando todo esse suspense por causa de um sorvete? — perguntei, entre a incredulidade e a diversão.

Ele apenas riu, claramente satisfeito com a minha reação.

— Quem disse que grandes revelações não podem vir acompanhadas de um bom sorvete? — respondeu, piscando para mim.

E, claro, eu só podia rir com ele, mesmo morrendo de curiosidade para saber o que ele realmente queria dizer.

— Não vamos tomar sorvete! Quero que pare o carro ou me diga para onde estamos indo!

— Eu não vou parar o carro. Você foi teimosa e entrou, agora vai comigo para onde eu for — ele respondeu com aquele sorriso travesso, o braço apoiado na janela fechada, aproveitando o ar-condicionado.

— Você não pode simplesmente me levar sem me dizer para onde está indo — retruquei, tentando manter a compostura.

— Isso era pra você ter pensado antes de entrar no carro — disse ele, tão tranquilo como se estivéssemos apenas discutindo sobre algo comum.

— Isaque, como o pastor acabou de falar sobre casamento, aliança, promessa... E você simplesmente ignora? Eu estava na África e você também! Você mentiu quando disse que não tinha me visto lá? — continuei, determinada a arrancar alguma resposta, mas ele continuava impassível, os olhos fixos na estrada.

— Me recuso a falar sobre isso — ele disse, mantendo a calma e sem sequer me olhar.

Revirei os olhos e respirei fundo, tentando controlar a ansiedade que só aumentava.

— Isso é sério, Isaque, não pode simplesmente agir como se nada tivesse acontecido!

— Posso sim. Afinal, quem foi que disse que uma boa dose de mistério não faz bem? — respondeu, lançando um rápido olhar de canto, como se estivesse achando graça na minha impaciência.

Eu queria estar brava, mas a verdade é que aquele sorriso estava me deixando mais confusa do que qualquer coisa. E claro, ele sabia disso muito bem.

— Então abre a porta do carro que eu vou descer!

— Eu estou te sequestrando, é claro que não vou deixar você sair.

Soltei uma gargalhada irônica, observando aquela expressão travessa que ele fazia tão bem.

— Você não faria isso — comentei, enquanto um sorriso escapava pelos meus lábios.

— Faria sim, e estou fazendo — ele retribuiu o sorriso, dessa vez me olhando de lado, com aquele brilho arteiro nos olhos.

— Se você me sequestrar, vai se arrepender, porque não vou te deixar em paz.

— Eu já disse que estou te sequestrando, e o preço por sua liberdade será o seu beijo — ele comentou com sua voz grave e aveludada, o sorriso agora mais arteiro do que nunca.

As borboletas no meu estômago começaram a fazer uma festa, mas dessa vez, com mais intensidade.

— Para de gracinha, Isaque, o assunto é sério! — tentei repreendê-lo, embora por dentro estivesse completamente derretida.

— Estou falando sério — ele disse, virando em uma avenida que eu conhecia bem.

Olhei para a direção que ele estava indo e depois voltei meu olhar para ele, curiosa para ver até onde ele iria com essa brincadeira.

Ele parou o carro em frente à minha casa, mantendo uma mão no volante e a outra alisando a barba, enquanto me olhava com aqueles olhos cor de mel que sempre me deixavam sem fôlego.

— Até amanhã, Anne — disse ele, claramente esperando que eu saísse do carro. Mas eu permaneci no lugar, encarando-o com determinação.

— Não vou descer até você me contar — afirmei, cruzando os braços, o que fez um sorriso surgir em seus lábios.

— Então, foi você quem pediu — ele respondeu, ligando o carro novamente, enquanto passava a mão pelos cabelos enrolados, como quem se preparava para continuar a brincadeira.

Meu coração acelerou, mas mantive a expressão firme. Se ele achava que me convenceria a sair assim tão fácil, estava muito enganado.

Ficamos em silêncio, eu observando a paisagem da Califórnia sob a suave luz noturna. O céu estrelado emoldurava a noite com um brilho mágico, e dentro de mim se misturavam curiosidade, esperança, ansiedade, amor e uma deliciosa sensação de borboletas por estar ao lado de Isaque.

À medida que entramos em um bairro repleto de prédios e condomínios luxuosos, Isaque fez uma curva e estacionou em frente a um prédio imponente. Eu fiquei sem fôlego com a grandiosidade do edifício e com o respeito do porteiro ao recebê-lo como "Sr. Campbell".

— Tem certeza que vai entrar comigo no meu apartamento? — perguntou ele, estacionando o carro e me lançando um olhar cheio de expectativa.

— Eu já disse que não vou sair daqui até você me contar o que está acontecendo — respondi, com firmeza, tentando ignorar a maneira como ele me olhava intensamente.

— Então... Voilà! Você está prestes a conhecer meu apartamento — disse ele, ajeitando-se para sair do carro com um sorriso enigmático.

Senti meu coração acelerar e respirei fundo, tentando controlar a ansiedade.

Isaque saiu do carro e, como sempre, fez o gesto cavalheiro de abrir a porta para mim.

— Obrigada — proferi, saindo do carro e sentindo a eletricidade no ar.

Caminhamos em direção ao hall do prédio e pegamos o elevador até seu apartamento, cada passo carregado de uma expectativa palpável.

Entramos na cobertura dele e, logo de cara, fiquei maravilhada. As janelas enormes deixavam a cidade inteira à mostra, toda iluminada, como se as luzes estivessem dançando só para nós. O chão de mármore refletia a iluminação moderna e minimalista, e tudo parecia tão impecável, tão sofisticado.

Caminhamos juntos pelo ambiente, e eu me peguei admirando cada detalhe. As mobílias eram modernas, elegantes, e cada peça parecia ter sido escolhida com tanto cuidado. Havia quadros de artistas renomados nas paredes, e uma lareira acesa no canto, que deixava o ambiente ainda mais aconchegante.

Enquanto eu me aproximava da estante de livros, toquei suavemente nas lombadas de alguns volumes, sentindo a textura dos livros entre os dedos. Era impossível não me sentir encantada com tudo aquilo. Ele me observava o tempo todo, e quando nossos olhares se encontraram, senti uma tensão familiar no ar, aquela que sempre paira quando estamos juntos, mas nenhum de nós diz o que realmente sente.

Apesar de tudo, havia um conforto em compartilhar esse momento com ele. A vista da cidade lá fora, as estrelas brilhando pela janela… Tudo parecia estar em perfeita harmonia, mesmo com todas as palavras não ditas entre nós.

— É tudo tão... — comecei, admirando o ambiente e pensando em como Isaque parecia se encaixar perfeitamente ali. — Perfeito.

Ele sorriu, abaixando a cabeça de forma que seu olhar se tornou ainda mais intenso quando se aproximou de mim. Eu estava absorta na vista da cidade pela grande vidraça da sala quando Isaque se aproximou, as mãos nos bolsos e um olhar que parecia penetrar a alma. Naquele momento, parecia que o mundo tinha parado, as estrelas estavam apenas para nós, e nossos corações batiam em uníssono, enquanto nossos olhares se encontravam e se prolongavam.

— Você... — ele começou, desviando o olhar. — Quer beber alguma coisa? Um suco, café, chá, água...

— Aceito um café — respondi, tentando aliviar a tensão que pairava no ar.

Isaque claramente estava perdido, seu olhar incapaz de se manter firme. Cada vez que eu olhava para ele, era como se estivéssemos em um ringue de tensão, onde a carne e o desejo eram os adversários. Vê-lo com aquela calça social e a camisa branca de botões que destacava seus músculos era uma tentação irresistível. Apesar de meus esforços para me concentrar, meus olhos pareciam ter vida própria, percorrendo-o dos pés à cabeça e parando inevitavelmente em seus lábios. Eu precisava afastar esses pensamentos e voltar ao motivo real da minha presença ali: descobrir o que o pastor Cristian queria dizer com tudo aquilo.

Aproximei-me do balcão que dividia a cozinha americana da sala de estar e sentei em um dos bancos altos. Observei Isaque preparando o café na cafeteira expressa, não conseguindo evitar a admiração pela maneira como ele parecia ainda mais atraente na cozinha. Já havia cozinhado com ele na casa de pedras, mas aquele momento parecia diferente — era mais profundo, mais íntimo e, de algum modo, mais apaixonado. O fato de estarmos juntos, completamente arrumados, dentro de uma cobertura milionária e preparando café como se fôssemos um casal vivendo uma rotina cotidiana, me fazia sentir como se estivéssemos casados e compartilhando um momento precioso.

À medida que passava mais tempo com Isaque, eu me confessava apaixonada por ele, embora não pudesse expor isso completamente devido à sua falta de fé cristã. No entanto, ver seus olhos marejados durante o culto de hoje reacendeu minha esperança de que ele pudesse voltar para Cristo. Se for da vontade de Deus, talvez possamos ficar juntos, pois nada mais pareceria nos impedir.

Isaque colocou as xícaras sobre o balcão e deu a volta, sentando-se no banco à minha frente. A iluminação do apartamento era suave, com a luz amarelada da cozinha e o brilho da cidade que entrava pelas vidraças. O ambiente estava perfeito para um romance, e eu sentia que um beijo estava no ar.

Ele olhou para mim com um olhar profundo e sincero, sua expressão agora séria. Eu tinha a sensação de que ele estava prestes a revelar algo importante.

Tomei um gole do café, que estava incrivelmente delicioso, tentando me concentrar nos seus olhos. Mesmo com o esforço, eu falhei, pois seu olhar estava mais hipnotizante do que nunca, deixando-me completamente desnorteada.

— Já que você está tão curiosa, nada mais justo do que te contar — começou ele, ajustando a postura de forma que sua seriedade se tornava ainda mais evidente.

— Pode falar — incentivei, mantendo o olhar fixo nos seus olhos, mesmo que o coração estivesse acelerado.

Ele respirou fundo e, finalmente, começou a falar, o que fez meu coração bater com uma intensidade que eu nunca tinha sentido antes.

— Meus tios decidiram fazer uma missão na África, a mesma que você participou — começou ele, mantendo seus olhos firmemente nos meus. Eu consegui sustentá-los também. — Em um dos acampamentos, meus olhos passaram pelo lugar e se encontraram com os seus, que estavam adorando a Deus com um fervor que eu nunca tinha visto em outra pessoa da sua idade — confessou, fazendo minhas mãos suarem enquanto tentava lembrar se o tinha visto naquele dia. Mas, infelizmente, eu não me recordava dele. — Ao te observar, eu fiz uma oração silenciosa, pedindo a Deus que, se fosse Sua vontade, um dia você se tornasse minha esposa. Naquele tempo, eu tinha uma fé inabalável e depositei toda a minha confiança nessa oração.

Meu coração quase saiu do peito ao ouvir sua confissão. A certeza de que eu era a promessa de Isaque se confirmou de uma forma tão surpreendente e intensa que parecia impossível de acreditar.

— Foi então que o pastor Cristian veio até mim e pediu para que eu abrisse a Bíblia em Marcos 11:24, confirmando que Deus estava respondendo à minha oração. Quando eu li o versículo, senti uma paz profunda, como nunca antes, e voltei para casa esperançoso, acreditando que havia encontrado a mulher da minha vida, mesmo sem saber quem você era ou de onde vinha — ele disse, com uma voz que transmitia a sinceridade do momento.

Ele respirou fundo mais uma vez, desviando o olhar, antes de continuar:

— Quando te vi naquele dia no escritório, sabia que uma nova pessoa iria começar a trabalhar comigo, mas nunca imaginei que seria você. Quando você entrou pela porta, quase perdi o chão, lembrando da promessa de Deus e da possibilidade de ela estar se cumprindo. No entanto, minha fé estava tão enfraquecida que eu duvidei. Mesmo assim, quando cheguei em casa, depois do trabalho, olhei para o céu e perguntei a Deus por que Ele havia colocado você na empresa após nove anos da promessa. A resposta que recebi foi clara: "Eu prometi, e assim farei. Você será cooperador do Meu evangelho, e você cumprirá Meu ide, indo pelo mundo para pregar Minha palavra. Mas você não estará sozinho; trouxe para você uma companheira, aquela que Eu prometi, para ser sua esposa e juntos cumprir Meu propósito. Mas antes, você precisa se render a Mim para que Minha palavra se cumpra na vida de vocês."

Meus olhos se encheram de lágrimas ao ouvir suas palavras. Um sentimento de paz e alegria tomou conta de mim, e quanto mais eu olhava nos olhos de Isaque, mais desejava convencê-lo a voltar para Cristo, para que pudéssemos viver juntos a promessa que Deus fez para nós.

— Eu já recebi a promessa de que seria usada para ministrar a Palavra dEle pelas nações, e que não iria sozinha, mas com um companheiro. E Deus confirmou em meu coração, na casa de pedras, que a mesma promessa que Ele fez para mim também foi feita para você. Por isso, imaginei que eu seria a sua promessa, e agora vejo que sim, sou a sua promessa — declarei, observando seus olhos brilharem e sentindo um alívio em sua respiração, enquanto ele segurava minha mão e se inclinava levemente para frente, aproximando-se de mim.

— Você é a promessa de Deus na minha vida, Anne. Mas eu nunca tive coragem de lhe contar até agora, porque perdi a fé e sabia que não poderia ser a pessoa que você merece.

— Você não pensa em voltar para Deus? — perguntei, com um misto de ansiedade e esperança. — Isaque, se Deus tem um propósito para nós dois, por que não deixar de ser tão teimoso e retornar para Jesus, que quer te usar de maneira poderosa em Seu evangelho? Vamos superar essa barreira e ficar juntos. Eu também sinto algo por você, mas não posso me entregar a isso até que você se reconcilie com Deus de todo o coração — insisti, vendo-o recuar um pouco, o olhar carregado de conflitos internos.

Ele desviou o olhar, contemplando as vidraças da sala, pensativo.

— Você sabe que Julia Henning foi apenas uma distração — pontuei, lendo o olhar dele. — Deus já havia te mostrado claramente quem seria a mulher que Ele preparou para você. Mas, com o tempo passando e suas esperanças de me encontrar diminuindo, você se deixou iludir por outra mulher, acreditando que ela era a pessoa certa. Contudo, Deus, em Sua bondade, te livrou dessa distração e, mesmo você se afastando dEle, me colocou em seu caminho. Não consegue ver que tudo isso foi a bondade de Deus na sua vida? Por que continuar rejeitando-O?

Ele suspirou, com os olhos marejados, como se eu tivesse atingido o seu ponto mais profundo e vulnerável.

— Você não conhece toda a minha história. Há algo que preciso que você saiba.

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