Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 36 | Ponto Fraco

Anne Green

— Vê se serve em você — Isaque disse descendo as escadas, com algumas roupas femininas nas mãos.

Encolhi o cenho ao tentar adivinhar a que atribulada pertencia aquelas roupas.

— Quem é a dona dessas roupas? — peguei as roupas em suas mãos, franzindo o cenho.

Seus lábios expandiram-se em um sorriso convencido, medindo-me com o olhar.

— Dona Esther — respondeu, deixando os dentes brancos aparecerem quando soltou um sorriso aberto, divertindo-se com tudo isso.

Minhas bochechas coraram quando eu percebi que dei a entender que eu estava com ciúmes dele, supondo que uma outra mulher, sem ser da sua família, esteve na casa de campo com ele anteriormente.

Assenti sem ter a coragem de olhar nos seus olhos, apenas analisando a roupa.

— Aqui está a toalha — entregou-me. — Pode usar o banheiro do andar de cima — ele se jogou no sofá da sala de TV.

Ergui as sobrancelhas e prendi o lábio inferior com os dentes. Não imaginava que estava passando por essa situação.

Subi as escadas e fui à procura de um banheiro, até que o encontrei. Fiz minha rotina de higiene e tomei banho, aproveitando para lavar o cabelo. Depois de desembaraçá-lo, já tomada banho, vesti o moletom muito confortável e quente que coube bem em mim, e calcei as pantufas também de Esther. Tirei uma foto no espelho e enviei-a para Layla, explicando para ela a situação. A reação da garota, nada mais nada menos, foi:

"Eu não acreditooooo! Finalmente esse romance vai acontecer!!! Estou surtandooo!!! Amiga, se ele te beijar, não hesite, simplesmente beije o gato e não se preocupe que você não vai estar pecando, até porque eu sinto no coração que ele é o seu futuro marido! Coloca um perfume, um hidratante labial e faz esse romance acontecer logo!!!".

Sim, essas foram exatamente as palavras de Layla me respondendo no WhatsApp, sem acréscimo ou decréscimo. Mas, a verdade é que, se eu seguir os conselhos de Layla, eu caio em pecado e ela simplesmente dá de ombros. Por isso eu falei que, se ela namorar com Samuel, deveria ser à corte, porque ela não tem juízo.

Porém não consegui evitar passar o perfume que eu trouxe em minha bolsa e o hidratante labial, não por causa de Isaque, mas, sim, devido ao frio que deixava meus lábios ressecados.

Desci as escadas e voltei para a sala. Isaque já havia tomado banho e estava jogado no sofá assistindo TV, e eu pude comprovar que, realmente, homens são mais rápidos que as mulheres para se arrumarem.

Fiquei uns segundos parada atrás do sofá, sem ele perceber, apenas lhe admirando. Isaque usava uma camisa de manga casual preta e um short de linho cinza, com os cabelos ainda molhados por causa do banho, porém enrolados e perfeitos como sempre. O cheiro do seu perfume preenchia toda a sala, deixando-me desnorteada. Foi aí que eu percebi que foi uma péssima ideia me render à proposta de passar essa noite na casa de campo.

Nesse momento, ainda admirando sua beleza arrebatadora que faria qualquer mulher desejar estar em meu lugar agora, tive a ideia de sair de fininho e subir as escadas, me trancar no quarto e dormir. No dia seguinte eu daria a desculpa de que caí no sono depois do banho.

Mas que tola! Quando eu estava subindo o primeiro degrau, sua voz grave ecoou pela sala e também em meu coração, fazendo-o pulsar mais forte que agora há pouco.

— Onde está indo, Cerejinha? — indagou, olhando sobre o sofá.

Franzi os lábios, percebendo que falhei miseravelmente na tentativa de fugir mais uma vez da tentação impecável, vulgo Isaque.

— E-e... — titubeei, tentando encontrar uma desculpa convincente para a minha fuga. — Pensei que tinha esquecido meu celular lá em cima.

— Ele está em sua mão — apontou.

Soltei um riso tímido, sentindo minhas bochechas queimarem.

— Verdade — olhei para o celular por alguns segundos, percebendo que estava passando vergonha. — Acho que não esqueci mais nada lá em cima — falei baixinho, ainda analisando o celular, notando que havia um pequeno trinco na película.

— Então por que não se senta aqui e vamos assistir um filme?

— U-um filme? — juntei a coragem para finalmente lhe olhar. — Nesse frio? A sala está um gelo, acho melhor eu ir para o quarto — subi o próximo degrau mas senti que Isaque levantou-se do sofá.

Quando olhei para trás, tremi ao vê-lo se aproximando.

— Eu acendo a lareira.

— Não! — exclamei.

Ele franziu o cenho.

— A-acho desnecessário quando se tem um quarto quentinho lá em cima para eu dormir — subi mais um degrau. — Boa noite, Isaque.

— Só porque vou preparar dois chocolates quentes deliciosos para acompanhar o filme?

Ele pegou no meu ponto fraco. Chocolate quente!

Parei no meio da escada, apertei os olhos e respirei fundo.

— Tudo bem, só um filme — regressei os degraus.

— Pode ir para o sofá, e se quiser pode escolher algum filme. Vou só acender a lareira.

— Certo — sentei no sofá e analisei a minha roupa para ter a certeza de que não havia nada em mim que pudesse chamar a atenção de Isaque.

Meu coração quase pulou para fora do meu peito quando Isaque abaixou as luzes da sala, deixando apenas a iluminação da lareira. Tentei ignorar esse cenário e o clima romântico que pairava no ar, e rolei a tela da TV tentando escolher um filme para assistirmos. Com certeza, escolhi de ação sem nenhum traço de romance.

— Escolheu? — senti borboletas no estômago ao ouvir sua voz se aproximando do sofá.

Olhei para ele e vi duas canecas em suas mãos, o que fez meus olhos brilharem.

— Ação — respondi, ajeitando-me no sofá.

Isaque pediu licença e abriu o sofá retrátil para ficar mais confortável para assistirmos. Junto com as canecas, ele trouxe debaixo do seu braço uma manta de lã.

Ele se sentou no sofá, colocando as duas canecas na mesinha de centro e abriu a manta, me dando uma parte e cobrindo as pernas com o mesmo cobertor.

Eu estava estática, completamente sem jeito. Estávamos muito próximos, a ponto de nossos braços se tocarem e eu sentir seu perfume, atordoada por não poder cheirá-lo mais de perto.

— Quer o chocolate agora?

— Sim — respondi de forma objetiva, olhando fixamente para a TV.

Tomei um gole de chocolate quente e relaxei apenas ao sentir o sabor maravilhoso da bebida adocicada que aquecia o meu corpo ao mesmo tempo, deixando-me mais leve.

— Estou achando que esse chocolate quente é melhor do que aquele que tomamos no shopping — brinquei, dando outro gole.

— Não mesmo — riu, sorvendo a bebida. — Aquele não se compara.

— Está muito bom, Isaque, realmente é o melhor que já tomei — elogiei, sem ousar olhar para ele.

Minhas bochechas estavam tão quentes quanto o chocolate quando percebi seus olhos me observando, na esperança de me virar para ele, mas eu estava resistindo, pois estávamos perto demais em um clima extremamente romântico e uma grande tensão entre nós.

Pigarreei.

— Isaque, aquilo é uma... — me inclinei para frente, analisando a mesinha de centro. — Aranha?

Isaque arregalou os olhos, travado no lugar.

— Você não vai ver? — indaguei, chamando sua atenção.

— Anne. Pelo amor de D... Do seu Deus — respirou fundo. — Se for uma aranha, dá sumiço nela antes que eu tenha um ataque cardíaco aqui — bradou, ainda estático no sofá.

— Você tem medo de aranha? — zombei, com um sorriso travesso. — Não acredito que Isaque Campbell tem medo de aranha — brinquei, levantando do sofá para tentar pegá-la.

— N-não! Não é medo, é repugnância — ele encarava fixamente à aranha, sem mover um membro do corpo sequer. — Misericórdia, Anne, como consegue ficar tão perto dela assim? Oh God!

Consegui matar a pequena aranha que não assustava nem um mosquito, e eu não conseguia controlar a minha risada do pânico que se instalou em Isaque.

— Pronto, medroso, já matei a aranha — comentei sentando-me no sofá novamente. — Não acredito que descobri seu ponto fraco.

Isaque voltou a se mover depois do susto e ajeitou a postura, recompondo-se. Após alguns segundos, eu já estava começando a prestar atenção no filme, Isaque chegou mais perto. Ele virou-se para mim com um sorriso galante, dizendo:

— Aranha não é meu ponto fraco, é apenas uma fobia — esqueci como se respirava no instante em que seus olhos cor de mel desciam até os meus lábios. Sua mão percorreu minha nuca, chegando até meu cabelo e arrepiando-me completamente. Seu semblante já estava sério enquanto perscrutava o meu rosto com um olhar carinhoso e firme, como se estivesse decidido a dar o próximo passo. Confesso que não resisti e desci meu olhar até os seus lábios que estavam umedecidos e entreabertos. Percorri meus olhos pelo seu rosto até encontrar sua íris âmbar, encarando-me. Pude sentir sua respiração, de tão próximos que estávamos, e um suspiro saiu de sua boca, acompanhando a sua voz grave e aveludada, emitindo: — Meu ponto fraco está bem à minha frente.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro