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Capítulo 34 | Tempo Chuvoso

Anne Green

— Por que você vai ser transferido tão... De repente? — indaguei, sentando-me no sofá ao seu lado, inclinada em sua direção.

Ele suspirou e passou a mão nos fios enrolados da cabeça, ainda embravecido.

— Bem... Não foi tão de repente assim — disse, recompondo-se, virando-se para mim. — Há uns meses eu solicitei para que me transferissem para Londres, mas me esqueci completamente disso.

— Então você quer ir?

Seus olhos cor de mel estudaram-me. Coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, disfarçando meu embaraço por estar tão próxima do seu olhar arrebatador.

— Não mais — proferiu, ao tempo que mordiscou o lábio inferior com um sorriso cativante. — Londres não me interessa mais.

— E por que não tenta falar com eles, para revogarem a decisão?

— Porque a alta direção decidiu, e quando eles decidem, para voltarem atrás é quase que um apelo sem fim.

— Mas o seu pai não é o dono da empresa, Isaque? Lógico que ele pode resolver, não é? — perguntei tentando lhe ajudar, mas ele negou com a cabeça.

Ele olhou as horas pelo smartwatch e suspirou, ajeitando a postura com inquietação, balançando as pernas como se estivesse pensando na situação.

— A reunião já vai começar, você não vai? — indaguei, também olhando em meu relógio no pulso.

— Não sem antes falar com o meu pai — levantou-se. — Porém ele está em Boston e só chega à noite, vou ter que falar com ele amanhã.

— Isaque, se ir para Londres for uma grande oportunidade para você, você não deveria rejei...

— Estou bem onde estou — disse polidamente, com um sorriso discreto. — Está com fome?

Sorri com sua pergunta, até porque eu estava com muita fome e só me atentei nisso porque ele perguntou. Confesso que fiquei incomodada ao imaginar Isaque indo para Londres. Não incomodada com sua conquista, é claro, até porque desejo que ele cresça o mais alto nível hierárquico que puder, porém, saber que a qualquer momento não o verei mais, me deixou desestimulada.

— Se você não vai participar da reunião, por que não voltamos logo para casa? — perguntei levantando-me, percebendo que estava muito próxima a ele, o que me fez dar alguns passos discretamente para trás.

Ele pôs as mãos na cintura e olhou para o lado de fora através dos vidros da janela.

— Olha para fora.

Fiz o que ele pediu e ergui as sobrancelhas, não acreditando no que estava vendo.

— Chuva — exprimi, franzindo os lábios.

— Vamos ter que ficar mais um pouco, Cerejinha, é um risco sairmos de casa nessa chuva — comentou com o seu sorriso travesso, gostando disso.

Bufei.

Ótimo! Ficar sozinha com Isaque em uma casa de campo em plena chuva, era tudo o que eu menos queria. Tudo o que eu vou precisar é de muita força para vencer todas as tentações que vierem, até porque, com certeza, Isaque não vai perder a oportunidade de tentar se aproximar de mim, deixando-me desnorteada com seus galanteios.

— Então vamos preparar alguma coisa para comer — passei em sua frente, mas fui surpreendida quando senti sua mão quente segurar delicadamente o meu braço.

Olhei para sua mão e olhei em seus olhos, que estavam olhando profundamente os meus, mas ao mesmo tempo que essa cena mostrava-se romântica, eu observava o seu sorriso arteiro e galante surgirem em seus lábios. Esse sorriso eu já conhecia, ele queria me dizer ou perguntar algo que, com certeza, me deixará desorientada.

— O que foi agora? — indaguei. Ele ainda me segurava.

— Você não respondeu a minha pergunta.

Ele soltou o meu braço e se aproximou de mim. Tive que olhar para cima, à sua altura, para poder lhe encarar.

— Qual pergunta?

— Se é da sua vontade namorar com Daniel?

Eu não poderia escapar dessa vez, já que não havia mais ninguém para nos interromper. Eu não tinha para onde fugir, mas também não tinha ideia de como responder à pergunta.

— É... — desviei o olhar, tentando encarar qualquer coisa que não fosse ele. Mas fiquei totalmente ruborizada quando senti o toque de sua mão em meu queixo, fazendo-me olhar para ele novamente.

— É só um sim ou um não.

Ele realmente desejava saber, mas eu não tinha conhecimento da resposta. Desejo ter um relacionamento amoroso com Daniel? Eu gosto ele? Sim, eu admiro, mas como um amigo. Eu provavelmente já tive a resposta, e a pessoa que eu estou apaixonada está logo à minha frente.

Mas eu iria dizer diretamente um... Não?

— Bom... É... — eu estava perdida em seu olhar, nervosa e confusa ao mesmo tempo. — Eu n-não... Não sinto nada por ele.

— Então não é da sua vontade namorar com ele? — insistiu, erguendo uma sobrancelha.

— Por que está tão curioso, hã? Por que quer tanto saber? — retorqui, levantando uma sobrancelha.

— Curiosidade, Anne, apenas — respondeu. — Não pode matar a minha curiosidade?

— Você vai ficar na curiosidade, mocinho — cruzei os braços, lançando-lhe uma piscadela.

Meu coração quase pulou pela boca quando, repentinamente, Isaque me puxou pela cintura, deixando apenas um centímetro de distância entre nós dois. Fitou-me o olhar e pude sentir o hálito de menta saindo da sua boca, ao passo que seu perfume me deixava desnorteada.

— Eu preciso saber porque quero te levar para jantar — sua voz grave e aveludada ecoou em meu ouvido deixando-me arrepiada, pois ele estava muito, muito perto do meu ouvido.

Dei um passo para trás, resistindo ao seu encanto, enquanto as inúmeras borboletas tomavam conta de mim, deixando-me confusa sem saber o que dizer.

Isaque me deixa completamente sem palavras.

— Simplesmente você quer, sem ao menos perguntar se eu quero? — ergui uma sobrancelha, lançando-lhe um olhar sagaz.

— Então quer que eu faça a honra de te perguntar? — soltou seu sorriso galante, com suas sobrancelhas atrevidas arqueadas.

— Lógico, como você quer que eu saia com você sem ao menos me convidar? — cruzei os braços, dando-me de empoderada.

— Mas você não respondeu a minha pergunta ainda. Como quer que eu te convide se você estiver prestes a namorar com outro? — um canto da sua boca elevou-se.

— Você venceu — revirei os olhos. — Para ser sincera, eu não sinto nada, porém não sei o que Deus quer. A verdade é essa — soltei um suspiro.

— Se fosse de Deus, você iria sentir, não acha? Se tem dúvidas, é porque não é da vontade de Deus.

Ergui uma sobrancelha ao passo que meu olhar tornou-se incrédulo. Isaque, me dando conselhos sobre... Deus? O que aconteceu com o filho pródigo revoltado com Jesus?

Você... Me aconselhando sobre... Deus? — indaguei ainda incrédula, quase não acreditando que essas palavras saíram da sua boca.

Ele olhou para cima mordiscando o lábio inferior, fazendo-me contemplar como sua barba é incrivelmente alinhada. Uma linha surgiu entre suas sobrancelhas.

Eu só estou tentando dizer que, se você não sente nada por ele, como quer iniciar um relacionamento? Hã? Precisa sentir algo, Anne. Precisa ter amor e vontade — aconselhou-me, fitando-me com seus olhos âmbar.

Por que ele estava tão interessado na minha vida amorosa? Certo, não posso me fazer de boba. Lógico que ele se interessa porque está sentindo algo por mim, até porque ele mesmo assumiu, vindo de sua própria boca.

Mas preciso confessar que Isaque tem razão.

— Você está certo — articulei. — Mas não sei o que responder agora, para ser sincera.

— Então... Pode responder se aceita jantar comigo — proferiu com um sorriso airoso.

Senti minhas bochechas aquecerem à medida que ele me encarava numa expectativa de um sim. Fiz que estava pensando na proposta, para aguçar sua ansiedade, mas o sorriso em meus lábios já entregava qual seria a minha resposta.

— Aceito — respondi, admirando o sorriso aberto que acabara de surgir em seus lábios perfeitamente desenhados. — Mas...

Ele soltou o ar pela boca, insatisfeito com o mas.

Já até sei o que é.

— Primeiro a igreja, depois o jantar, pode ser? — indaguei, desafiando-lhe com o olhar.

Ele pensou por alguns segundos, olhando em direção à grande porta da sala, em que podíamos contemplar os respingos de chuva que estava ficando forte com o passar do tempo.

— Tudo bem, como eu disse, só vou fazer isso por você.

Claro que eu não quero que ele vá para igreja só por minha causa. Eu quero que ele vá por amor a Deus. Mas sei que isso já é um passo e uma grande oportunidade para ele ansear novamente pela presença do Pai.

Eu sorri timidamente, em concordância com o que dissera, e me afastei, fugindo de estar tão próxima dele para que não aconteça o que houve no cinema, o quase beijo. No cinema, um bombardeio no filme nos interrompeu, e aqui, o que iria nos interromper? Simplesmente, eu precisava ficar longe da tentação.

— Vou preparar algo para comermos enquanto a chuva não passa — proferiu indo para a cozinha. Eu assenti. — Aliás, se ela não passar, vamos ter que dormir aqui.

Soltei uma gargalhada curta, mais como um nervosismo do que como graça, ao ouvi-lo dizer isso. De jeito nenhum que eu iria passar uma noite sozinha com Isaque em uma casa de campo. Eu poderia estar apaixonada, porém mantinha meu juízo e princípios.

— Ela vai passar, tenha fé — respondi me aproximando da grande porta da sala.

Olhando de dentro para fora, perscrutei o lindo jardim de grama bem verdinha que ocupava a parte externa da casa. O céu estava escurecendo e a noite já estava surgindo, porém a chuva estava se intensificando, o que me trouxe a preocupação em como iríamos "viajar" uma hora de relógio para voltarmos para casa em uma chuva intensa à noite. Mas eu não poderia concordar com a ideia de passar a noite com Isaque, porque, se ele decidir acender uma lareira e se aproximar demais, não sei se serei forte o suficiente para resistir-lhe. O quase beijo do cinema se tornaria o beijo oficial da casa de campo. E isso não poderia acontecer em hipótese alguma!

Enviei uma mensagem à minha mãe informando-lhe onde estava e com quem estava, para não lhe deixar preocupada. Porém minha mãe confia muito em mim desde nova, e sabe que eu jamais faria algo para me prejudicar, portanto, ela apenas compreendeu e pediu para eu tomar cuidado com a estrada nesse tempo chuvoso.

Realmente, eu estava preocupada.

— Anne, pode vir à cozinha?

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