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Capítulo 27 | Noite de Cinema

Anne Green

— Samuel disse que já está a caminho — comentou Layla, sentada na minha cama enquanto deslizava os dedos pela tela do celular, provavelmente em uma troca de mensagens cheia de provocações com ele.

Layla já estava pronta para o cinema, com um vestido azul que destacava os olhos brilhantes dela, enquanto eu ainda aplicava um batom malva no espelho, tentando finalizar meu visual. Escolhi um look casual, com um short de alfaiataria bege até um pouco acima dos joelhos, um cinto marrom e uma blusa branca sem mangas. Combinei tudo com um par de tênis brancos que completavam o ar despojado.

— Prontíssima! — falei, ajustando o cabelo. — Sabe, eu podia deixar vocês irem juntos no carro dele e ir no meu.

— Está louca? — Layla exclamou, os olhos arregalados em fingida indignação. — Se eu fico sozinha com Samuel por mais de cinco minutos, eu perco o juízo!

Soltei uma risada e cruzei os braços.

— Vocês brigam tanto que parece coisa de gente apaixonada.

Layla bufou, revirando os olhos, mas era impossível ignorar o rubor leve em suas bochechas.

— Aff, está repreendido! — disse ela, mas seus lábios entregavam um sorriso de canto.

Foi então que ela se levantou de um pulo.

— Ele chegou!

Descemos as escadas juntas, e Layla praticamente voou até a porta para encontrar Samuel. Ainda no último degrau, dei uma última olhada para minha mãe na cozinha.

— Tchau, mãe! — chamei.

— Manda um abraço para o Isaque! — ela gritou, e eu só pude franzir o cenho, confusa.

Cumprimentei-a rapidamente e saí, ignorando o comentário sobre o filho do pastor.

Layla tomou o banco da frente do carro sem pensar duas vezes, deixando-me no banco de trás. Logo estavam imersos em uma troca de farpas e risos, enquanto eu observava o Instagram no celular, tentando ignorar o quanto eles pareciam sincronizados juntos. Havia algo nos olhares e sorrisos que trocavam, ainda que nenhum admitisse.

Isaque não era de postar muito em redes sociais, e eu estava curiosa para saber algum detalhe do seu dia a dia, porém não tive muito sucesso, porque nem stories rotineiros ele publicava, apenas sobre os carros da empresa que ele demonstra ser fascinado.

— E eu já falei que queria vir dirigindo! — Layla se queixou em um tom brincalhão.

— Dirigir o meu carro? — Samuel riu, com uma das mãos no volante e a outra descansando casualmente na janela. — Era para ter vindo no seu, então.

— Você insistiu em levar a gente, então não tive muita opção — ela protestou, cruzando os braços com um sorriso sereno, e ele apenas rolou os olhos, sem esconder a diversão.

Eu sorri, perdida em pensamentos sobre o jantar do dia seguinte com Isaque, até ser trazida de volta à realidade pela voz grave de Samuel.

— Anne, fala para sua amiga que ela é insuportavelmente mimada — disse ele, me lançando um olhar divertido pelo retrovisor.

— Talvez seja você que a mima demais — devolvi, sorrindo.

— Não suporto você, Samuel! — disse Layla, mas o brilho no olhar dela contava uma história bem diferente.

— Mas eu te amo, baixinha!

Samuel, com um sorriso encantador, se aproximou e deslizou a mão pelo queixo dela, num gesto cheio de provocação. Layla o encarou, relutando contra um sorriso tímido, mas o olhar dela vacilou por um segundo, deixando escapar uma faísca de ternura mútua que os dois fingiam não notar.

Enquanto eles trocavam esse momento, me vi torcendo internamente para que essa dança silenciosa entre os dois evoluísse. Havia uma tensão ali, uma chama que eles negavam, mas que parecia querer tomar vida.

Assim que chegamos ao shopping, desci do carro com o coração batendo em expectativa. Samuel, de brincadeira, segurou a mão de Layla enquanto caminhávamos, e ela o empurrou de leve.

— Por favor, mantenha distância! — provocou ela, fazendo sinal de "pare".

— Nesse caso, vou deixar você ir sozinha ao cinema e voltar pra casa.

— Ah, vai deixar mesmo? Vou ficar segurando vela? — ela devolveu, entrando no elevador com uma risadinha.

— De vela nada! — eu protestei. — Eu e Isaque nem somos um casal!

— Ainda — retrucou Layla, com um sorrisinho perspicaz.

Revirei os olhos, mas, no fundo, sabia que não estava preparada para discutir isso.

Saímos do elevador e seguimos em direção ao cinema, com Layla segurando meu braço. Meu coração batia forte enquanto eu olhava ao redor, ansiosa para encontrar Isaque. Minhas mãos suavam, e cada passo parecia me levar para mais perto de um encontro com algo novo, algo que eu não sabia como nomear.

Então o vi. Nossos olhares se cruzaram, e ele sorriu, aquele sorriso encantador que parecia iluminar tudo ao redor. Vestia uma camisa cor marsala e uma bermuda preta com tênis combinando. Seu cabelo castanho estava perfeitamente arrumado, pequenas ondas caindo de um jeito que o deixavam ainda mais atraente; a barba alinhada, como sempre. Ele estava mais do que agradável aos meus olhos; estava fascinante.

Isaque se aproximou, o olhar intenso percorrendo dos meus pés à cabeça. O celular em sua mão era praticamente esquecido, como se nada mais importasse além de estarmos ali.

— Ele não tira os olhos de você — sussurrou Layla, com um sorriso travesso.

— Nada disso! — respondi, sentindo meu rosto corar.

Samuel e Isaque se cumprimentaram, trocando risadas que mostravam a amizade fácil entre eles, e percebi que Isaque parecia totalmente à vontade. Mas, depois de alguns minutos, ele se voltou para nós com um sorriso que me fez prender a respiração.

— Oi, Layla — disse ele, com um ar calmo e gentil.

— Oi, Isaque. — Ela respondeu e, antes de se afastar, cochichou no meu ouvido: — Futuro cunhado. — lancei um olhar mortal para ela, mas ela apenas saiu sorrindo travessamente, me deixando com a certeza de que Isaque ouviu isso.

Senti meu rosto esquentar, mas antes que pudesse responder, Isaque estava mais perto, olhando para mim com aquele olhar sério e, ao mesmo tempo, cheio de algo que parecia carinho.

— Está bonita, Anne  — disse ele, o sorriso em seu rosto ganhando um toque encantador.

— Obrigada — respondi, tentando não parecer nervosa. — Você também...

— Também o quê? — perguntou, brincando com minha timidez.

— Está... — pigarreei. —  Bonito. — Falei, desviando o olhar, mas incapaz de esconder o sorriso.

— Obrigado — respondeu ele, parecendo ainda mais divertido. — Marcos e Melissa estão a caminho, e Sara e Micael estão saindo de casa.

— E o Daniel? Não vem?

— Queria que ele viesse? — perguntou, me observando com atenção.

— Achei que vocês sempre saíam juntos — respondi, sem jeito.

Ele deu um leve sorriso.

— Nem sempre. Mas você realmente queria que o Daniel viesse e ficasse entre você e sua amiga? — perguntou, e percebi que ele estava certo.

Eu não tinha resposta; ele me deixava sem palavras de um jeito que eu não conseguia explicar.

— Que tal passarmos ali na loja para comprar algo para o cinema? — sugeriu, com as mãos enfiadas nos bolsos da bermuda, um hábito seu que já me parecia familiar.

— Mas e se o pessoal chegar? — perguntei, olhando ao redor, como se isso pudesse salvar-me do nervosismo.

— Eles entram, e a gente vai depois. — Ele deu um leve sorriso e começou a andar.

— Então... Tudo bem — respondi, tentando parecer tranquila. — Vou avisar a Layla.

Fui até Layla, que me olhava com um sorriso que mal cabia no rosto. Samuel estava ao lado dela, e, ao ver Isaque, puxou conversa, parecendo se dar bem com ele também.

— Nem comece — murmurei para Layla, revirando os olhos.

— Está rolando um clima, e você sabe disso. Até o Samuel percebeu.

Olhei para Isaque e Samuel, vendo como riam juntos. Uma parte de mim queria ceder e acreditar nas palavras de Layla, mas...

— Amiga, sério, não está rolando nada. Ele não é cristão e não segue os mesmos princípios que eu. Isso é uma barreira muito grande entre nós — afirmei, mas ela apenas riu, incrédula.

— Se você diz.

— Ele me chamou para comprar alguma coisa, então vá entrando com o Samuel. A gente se encontra lá dentro — falei, e ela sorriu, aquele sorriso que dizia "eu sabia".

— Estão ficando bem amiguinhos, hein? E ainda diz que não tá rolando nada — provocou, enquanto Samuel e Isaque se aproximavam de nós duas.

— Não podemos ser amigos? — indaguei rápido, tentando disfarçar diante da aproximação deles.

— Vamos? — chamou Isaque, com um olhar que me fez sentir um calor diferente, uma mistura de ansiedade e expectativa.

— Vamos — respondi, tentando conter o nervosismo, mas sabendo que cada vez mais era difícil esconder o que sentia.

— E eu vou comprar o milkshake que você tanto quer e depois a gente vai para a sala de cinema — disse Samuel, passando o braço pelo pescoço de Layla e puxando-a para mais perto, com aquele toque casual, mas cheio de uma intimidade crescente.

— E depois reclama que ela é mimada — brinquei, vendo Samuel rir enquanto ele e Layla iam em direção à lanchonete.

Eu e Isaque nos dirigimos para a loja ao lado, à procura de algo para beliscar durante o filme.

— Acho que está rolando algo a mais entre esses dois — comentou Isaque, com um sorriso ligeiro nos lábios.

— Só eles não percebem — concordei, rindo.

— Na verdade, acho que o Samuel percebe, sim — ele disse, e eu arqueei a sobrancelha, surpresa.

— Como assim?

Ele lançou um olhar conspirador.

— Confiança total, certo? — perguntou com um brilho no olhar.

— Conta logo, estou curiosa! — disse, inclinando-me um pouco mais para ouvi-lo.

— Perguntei casualmente sobre a Layla, e ele confessou que sente algo por ela. Mas acha que, se confessar, pode estragar a amizade. Está com medo de ela não sentir o mesmo — revelou.

Senti meu coração se aquecer com a possibilidade. Aquilo tudo realmente poderia virar um romance! E agora minha missão era descobrir se Layla também sentia algo por Samuel.

— Nossa, eu sempre achei que eles combinam muito! Tomara que ela sinta o mesmo.

— Sem dúvida, eles têm tudo a ver — concordou ele, assentindo com um olhar satisfeito.

Enquanto íamos para a seção de doces, ele pegou um chocolate meio amargo e o examinou, voltando-se para mim.

— Que tal esse aqui? — perguntou, com um sorriso curioso.

— Não gosto de meio amargo — comentei, e ele devolveu o chocolate à prateleira.

— E este com morangos? — ele mostrou outro chocolate, agora ao leite e recheado com morango, esperando minha aprovação.

— Esse parece ótimo, vamos levar — disse, e ele colocou o chocolate na cesta com um brilho de satisfação.

Procuramos mais, e ele colocou um com amendoim na cesta.

— Não gosto de amendoim — confessei, e ele parou, me observando com um ar surpreso.

— Sério? Quem não gosta de amendoim? — perguntou, inclinando a cabeça, incrédulo.

— Eu.

— Inacreditável — murmurou, ainda rindo, enquanto continuávamos a busca por mais chocolates.

— Que tal procurarmos uns salgadinhos, Sr. Fitness? — brinquei, o chamando de um jeito provocativo, e ele abriu um sorriso.

— Sr. Fitness?

Não deveria sequer admitir, mas é inevitável notar o físico de Isaque. Ele é o tipo de homem que exala força e charme, o tipo que, mesmo sem querer, desperta algo em quem está perto. Sua presença é marcante e, francamente, uma tentação ambulante. Preciso vigiar meus pensamentos, afastar essa admiração que me escapa; não posso permitir que uma atração como essa invada minha mente e meus princípios.

Tento manter em mente o ensinamento sagrado que, nestas horas, torna-se meu escudo: "Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca.” (Mateus 26:41). Porque, ao lado de alguém como Isaque, é um verdadeiro desafio manter o foco e evitar que os pensamentos se desviem.

— Suponho que você faça academia e seja fitness, acertei? — perguntei, tentando soar casual.

Ele riu, de um jeito descontraído.

— Que eu faça academia, acertou, mas quanto a ser fitness… Eu diria que apenas tento manter uma vida saudável. Mas não recuso uma boa comida nada saudável de vez em quando — respondeu, parando à minha frente, próximo o suficiente para que eu pudesse sentir a intensidade de seu olhar.

Soltei uma risada do seu comentário, desviando o olhar rapidamente. Notei que, sem querer, estava tentando decifrar seu porte físico debaixo da camisa marsala, tentando imaginar como seriam seus músculos definidos, mas logo sacudi esses pensamentos. Respirei fundo, lembrando a mim mesma de manter a santidade e os princípios em mente.

"Anne, cuidado com as tentações! Vigia e foge!", pensei, reprimindo a si mesma.

— Então vamos pegar os salgadinhos — falei, mudando de assunto de forma brusca, tentando escapar dos pensamentos que teimavam em me distrair.

Depois de juntarmos os salgadinhos e os chocolates, seguimos para o caixa, mas a fila estava extensa.

— E agora? O pessoal já deve ter chegado e nós estamos aqui na fila — comentei, ansiosa.

— Relaxa, o trailer demora. E Marcos e Sara já chegaram — disse ele tranquilamente, olhando o celular com um leve sorriso.

— Então só nos resta esperar — murmurei.

Depois de alguns minutos, finalmente pagamos as compras e seguimos em direção ao cinema, onde os outros nos aguardavam. Por mais que tentasse afastar esses sentimentos inesperados, era cada vez mais difícil negar que Isaque tinha um efeito sobre mim que eu não estava preparada para enfrentar.

Ao sairmos da loja, compramos os ingressos do filme de ação e seguimos para a sala do cinema, que estava quase toda escura. Procuramos pelos nossos amigos, mas o ambiente dificultava encontrar qualquer rosto conhecido. Desistimos de procurar e fomos para a última fileira.

— Vou mandar uma mensagem para a Layla perguntando onde eles estão sentados — disse, pegando o celular.

Antes que eu pudesse digitar, Isaque colocou a mão suavemente sobre a minha, interrompendo o movimento.

— Deixa, Anne. Vamos aproveitar o filme. Quem sabe essa é a chance para ela e Samuel perceberem que sentem algo um pelo outro? — sugeriu ele, com um sorriso discreto.

O toque de Isaque em minha mão, firme e ao mesmo tempo gentil, fez um calor subir até meu rosto. Ele estava certo; talvez fosse a oportunidade perfeita para Layla e Samuel ficarem sozinhos e, quem sabe, algo a mais pudesse florescer entre eles. Respirei fundo, bloqueei a tela e guardei o celular na bolsa.

No entanto, outra possibilidade começou a rondar meus pensamentos: será que ele realmente acreditava que seria bom dar um espaço para o possível romance entre Layla e Samuel, ou isso era apenas uma desculpa para passar o tempo a sós comigo? Afinal, durante toda a noite, Isaque parecia buscar esses momentos. Ele se inclinava para falar comigo, chegando tão perto que eu podia sentir a suavidade da sua respiração; isso fazia meu coração disparar e as borboletas no meu estômago ganharem vida.

“Noite de cinema é um verdadeiro xeque-mate para o início de um romance", me lembrei das palavras da minha mãe. Ela sempre me contava com carinho sobre o primeiro beijo que trocou com meu pai numa sala de cinema, como foi a faísca que acendeu o relacionamento deles.

E aqui estava eu, sentada ao lado de Isaque, sentindo uma mistura de ansiedade e expectativa por essa noite de cinema.

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