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Capítulo 15 | Cupcake

Anne Green

O melhor de um feriado é acordar sem pressa, no meu próprio tempo. E hoje, me permiti esse luxo, levantando da cama às 10h, cheia de energia para fazer algo que eu amo: cupcakes!

Assim que entrei na cozinha, Layla já estava lá, rindo enquanto colocava os sacos de compras no balcão. Ela havia trazido os ingredientes que faltavam, e eu não poderia estar mais animada. Hoje seria o dia em que faríamos os melhores cupcakes da nossa vida! Pelo menos, esse era o plano.

— Farinha de trigo? Check!
— Chantilly? Check!
— Morangos? Check!
— Leite? Check!
— [...].

Fomos marcando cada item da lista, com aquele entusiasmo que só quem realmente ama fazer bagunça na cozinha consegue entender. Coloquei meu avental, e Layla fez o mesmo. Estávamos prontas, como duas crianças que sabem que vão aprontar alguma travessura. Cozinhar juntas era nosso passatempo desde a adolescência, uma espécie de terapia que sempre funcionava.

— Eu fico com os de morango, e você faz os de chocolate, pode ser? — Layla disse, já segurando uma espátula com ares de chefe. Assenti rapidamente, afinal, morango era o meu favorito.

O sol entrava pela janela da cozinha, iluminando tudo, e parecia refletir o clima leve e divertido que pairava no ar. Era um daqueles dias em que nada poderia dar errado.

— Agora me diz — Layla começou, enquanto mexia a massa na tigela. — Você está mais ansiosa pelos cupcakes ou pelo que o Daniel tem pra te dizer?

Eu parei por um momento, tentando lembrar do que ela estava falando.

— Com certeza pelos cupcakes! — respondi, rindo. — Nem lembrava dessa conversa com o Daniel.

Layla revirou os olhos, mas continuou:

— Será que ele vai finalmente se declarar? — perguntou, com um brilho no olhar. Ela ainda gostava dele, e aquilo ficava óbvio pela forma como falava dele.

— Se for isso, você sabe que não é recíproco, Layla — comentei, tentando ser delicada, enquanto começávamos a arrumar as forminhas na bancada.

— Vamos mudar de assunto então — ela disse, pegando mais uma tigela. — Estou muito empolgada para o congresso!

Eu ri e comecei a lavar os morangos. Não resisti e, discretamente, comi alguns.

— Anne! Larga esses morangos! — Layla reclamou, como sempre fazia quando eu atacava os ingredientes antes de estarmos prontas.

Levantei as mãos em rendição, rindo ainda mais, mas peguei mais um antes de parar.

— Relaxa, amiga, não vou comer todos!

— É sério, precisamos de todos! — ela resmungou, mas com um sorriso no rosto. — Enfim, voltando ao congresso, estou com uma boa sensação.

— Tenho fé que o congresso vai ser incrível. Precisamos dar uma sacudida na juventude da igreja, especialmente agora com a chegada de novas pessoas.

— Verdade! — concordou, enquanto mexia a massa. — Ah, seria tão bom se o Isaque fosse — ela disse, e imediatamente eu levantei as sobrancelhas.

— Por quê? — perguntei, desconfiada.

— Porque ele que começou esse congresso, e é estranho ele ter se afastado assim.

— Ele largou, mas o congresso continua sendo uma benção, graças a Deus. E todo mundo está animado — comentei, tentando ver o lado positivo.

— E a Julia Henning? Você conheceu a ex do Isaque, né? Como ela é? — Layla perguntou, claramente curiosa.

— Estranha — respondi, enquanto untava as forminhas com manteiga. — Mas ela é muito elegante, parece uma modelo internacional.

Layla suspirou, pensativa.

— Você acha que ele ainda gosta dela?

As massas estavam prontas, e Layla começou a colocá-las nas forminhas.

— Como eu vou saber? — disse, dando de ombros. — Mas eu acho que não. Ele parecia bem irritado com ela, mas tem uma coisa.

Layla largou a tigela e ficou completamente atenta, esperando ansiosa pelo que eu diria.

— Fala logo! — ela insistiu, com os olhos arregalados.

— Ela deu um cartão de visita do hotel onde está hospedada pra ele. Não sei se ele foi até lá, mas ela vai voltar pro Brasil em breve, foi atrás dele antes disso.

— Será que ele foi? — Layla se perguntou, revirando os olhos. — Aff, se eles estão juntos agora... Detestei ela!

— Você nem conhece a mulher! — retruquei, rindo enquanto colocávamos as massas no forno.

Depois de finalizar o recheio de morango, coloquei-o no saquinho de confeiteiro e esperei Layla terminar o de chocolate. Estava ansiosa para decorarmos juntas os cupcakes, era sempre a parte mais divertida.

— Só o fato dela ter traído o Isaque já mostra que ela não é uma boa pessoa. E ainda afastou ele de Deus — comentou Layla, enquanto mexia o recheio.

— Ele tomou as próprias decisões. Desobedeceu a Deus e sofreu as consequências — respondi. — Toda escolha traz resultados, e a dele, de se afastar de Deus por causa de uma mulher, foi ruim.

— Concordo totalmente — Layla disse, terminando o recheio de chocolate. — Agora só esperar a massa assar.

De repente, me veio um pensamento.

— Amiga, esquecemos de comprar os confetes! — exclamei, abrindo os armários na esperança de achar algum pacote escondido. Mas nada.

— Não dá pra fazer cupcake de chocolate sem confetes! É quase tradição! — Layla disse, claramente desapontada. — Quer que eu vá comprar?

— Não, deixa comigo! — respondi rapidamente. — Aproveito para passar no escritório do meu pai, tenho que resolver uma coisa com ele.

— Tá bom, mas não demora! — Layla gritou enquanto eu já estava saindo da cozinha.

Estava vestida bem casual, mas não liguei. Feriados geralmente deixam as ruas desertas, e os mercados costumam encher só ao meio-dia. Como já eram umas 16h, imaginei que estaria tranquilo. Quando estava saindo de casa, ainda no hall de entrada, Molly, minha cadelinha, começou a choramingar pedindo para sair comigo.

— Ah, Molly, hoje não! — tentei resistir, mas seus olhinhos pidões me venceram. — Ok, ok, você venceu! Vamos lá!

Ela veio correndo, língua de fora, toda empolgada. Como o mercado era perto, a deixei no banco do carona, feliz da vida. Acabei decidindo deixar o escritório do meu pai para mais tarde. O assunto era sobre o congresso da igreja, e eu estava ansiosa para falar com ele, mas sabia que poderia esperar.

Quando chegamos ao mercado, desci do carro e peguei Molly no colo. O lugar estava tão vazio quanto eu imaginava, só algumas pessoas vagando pelos corredores. Fui direto para a seção de doces e festas, vasculhando as prateleiras em busca dos confetes de chocolate. E, no meio da busca, meus olhos brilharam quando avistei uma geleia de morango, a minha favorita.

Peguei o confete e a geleia, mas não dava para comprar muita coisa com Molly no colo. Por sorte, ela era pequena e ficava quietinha enquanto eu finalizava as compras.

Caminhei em direção ao caixa, perdida em meus próprios pensamentos, até que algo chamou minha atenção de forma abrupta. Meus olhos quase saltaram quando o vi, de longe, parado na fila, esperando pacientemente sua vez.

Meu coração disparou. O que ele está fazendo nesse mercado? — perguntei a mim mesma, surpresa e um tanto nervosa. A ideia de encontrá-lo me pegou de surpresa, e minha primeira reação foi fugir.

Sem pensar muito, tentei mudar de rota e fui na direção de um caixa mais distante, torcendo para que ele não me visse. Mas meu plano foi arruinado em segundos quando um latido alto ecoou pela loja. Molly, ingênua, decidiu anunciar sua presença para todos, inclusive para Isaque.

Eu fechei os olhos por um segundo, tentando me esconder atrás de minha própria frustração.

Ótimo, Molly. Ótimo.

— Nunca mais te trago ao mercado, Molly! — murmurei baixinho, apertando os lábios e seguindo rapidamente para o outro caixa, sem ousar olhar para trás, na esperança de que ele não tivesse percebido nada.

Paguei pelas compras o mais rápido que pude, aliviada ao perceber que Isaque não estava mais à vista. Ufa, escapei dessa. Saí do mercado com Molly em um braço e a sacola de compras no outro, já pronta para me livrar daquele pequeno incidente.

No entanto, assim que pisei no estacionamento, as borboletas no meu estômago voltaram com força total. Isaque estava lá, casualmente encostado no meu carro, com aquele sorriso travesso que sempre me desarmava.

— Escolheu bem essa BMW — comentou ele, afastando-se um pouco para me deixar passar. — Não sabia que tinha tão bom gosto para carros.

Engoli em seco, tentando parecer despreocupada.

— Ah, eu escolho mais pela estética, porque não entendo nada de carros — respondi, dando um sorriso tímido. — Meu pai que me ajuda com as escolhas mais... racionais.

Ele sorriu, aquele sorriso discreto que sempre me deixava meio tonta.

— Ainda bem que você não trabalha na área de vendas da concessionária, então — brincou, e nós dois rimos.

Isaque olhou para Molly, que estava agora se contorcendo no meu braço para tentar chamar sua atenção.

— E essa fofura no seu colo? — perguntou ele, se aproximando para fazer carinho nela, o que o deixou perigosamente perto de mim. Eu senti minhas bochechas queimarem.

— Essa é a Molly — disse, enquanto Molly parecia pedir desesperadamente para ir para os braços dele. E, para minha surpresa, Isaque a pegou no colo sem hesitar. Ela imediatamente se acomodou, como se ele fosse o dono dela.

— Acho que ela iria gostar de conhecer o Duque — ele comentou casualmente.

Franzi o cenho.

— Duque?

— Meu doberman. Um amor de cachorro, apesar de sua cara de poucos amigos — brincou, com um sorriso sereno. — Já minha irmã é louca por gatos.

Meu coração deu um pulo.

— Sério?! — perguntei, tentando disfarçar o nervosismo. A última coisa que eu queria era que ele soubesse do meu pavor por gatos.

Ele me olhou de forma inquisitiva.

Parece ridículo, mas desde criança eu tenho um medo irracional de gatos. E o pior é que eles parecem sentir isso, porque nunca tive boas experiências com felinos. Lembro de uma vez, na adolescência, enquanto eu caminhava para a igreja, fui cercada por quatro gatos. Eles pareciam prontos para me atacar. Meu irmão riu e disse que eles só queriam me "atacar de carinho", mas eu não caí nessa, não com os olhares sinistros que eles me lançaram.

— Você não gosta de gatos? — Isaque perguntou, me devolvendo Molly e observando minha reação com curiosidade.

— E-eu? G-gatos? Não é bem isso... Eles são fofos — tentei disfarçar, mas minha hesitação era mais que evidente. Internamente, eu só conseguia pensar no quão patética eu devia parecer agora.

Ele sorriu, claramente se divertindo com a situação, mas não me pressionou mais.

— Bom, eu preciso ir. Tem uma galera me esperando e eu já estou atrasado — disse, dando um passo para trás. — Nos vemos amanhã no jantar.

O jantar. Um arrepio percorreu minha espinha. Eu não estava nem um pouco preparada para ter Isaque e sua família em casa, junto com a minha. Era muita coisa para processar.

— Sim... estou ansiosa — respondi, tentando disfarçar a preocupação enquanto mordia levemente o lábio.

Ele acenou com a cabeça e começou a caminhar em direção ao carro. Mesmo de longe, o jeito descontraído e casual com que ele se movia conseguia me deixar boba. Eu o observei, notando o quanto ele era atraente, mesmo vestido com simplicidade. Foi então que olhei para mim mesma: calça de moletom cinza, uma camiseta rosa bebê folgada e o cabelo preso em um coque completamente desalinhado.

Eu não acredito que ele me viu assim!

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