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Capítulo 13 | Home Office

Anne Green

Saber que vou trabalhar de casa é uma das grandes realizações que estou vivendo no momento. Sempre tive vontade de experimentar o home office, mas nunca tive a oportunidade. Agora, a possibilidade de passar o dia de pijama confortável, com um pote de sorvete ao lado, enquanto trabalho em um ritmo mais descontraído, é algo que me traz uma sensação única de liberdade.

Enquanto organizava minhas tarefas, meu celular vibrou em cima da escrivaninha. Era uma ligação da Sara. Não nos conhecíamos há muito tempo, mas eu já havia sentido que ela queria construir uma amizade genuína, e isso me animava. Sua maneira de ser me agradava, e começava a imaginar que poderíamos, de fato, nos tornar grandes amigas.

Oi! — atendi, curiosa.

— Liguei só pra te dizer que, se você precisar de qualquer ajuda no trabalho, pode contar comigo, viu? Sei que você está começando agora e trabalhar de casa sozinha pode ser um desafio no início.

— Nossa, muito obrigada, Sara! Vou te chamar no WhatsApp se tiver alguma dúvida.

— Perfeito! Já vou te mandar um "oi" por lá.

— Certo, então. Beijos!

— Tchau, tchau!

Desliguei a ligação e, como prometido, Sara logo me enviou uma mensagem no WhatsApp. Respondi com um sorriso no rosto. Senti que poderia contar com ela não apenas para questões de trabalho, mas talvez até para conversas entre amigas.

Conforme ouvi mais sobre a vida de Sara, descobri que ela cresceu em um lar cristão, mas acabou se afastando em sua caminhada de fé. Ela vive um relacionamento turbulento, mas seu amor pelo parceiro parece ser o que a mantém firme com ele, mesmo em meio aos desafios. Aquilo me tocou, pois me fez refletir sobre as diferentes formas de luta que cada pessoa enfrenta. Assim como Isaque, que também se afastou de Cristo, Sara estava em sua própria jornada.

Isaque, no entanto, havia perdido completamente a fé. Depois de um relacionamento conturbado e, especialmente, após a morte de seu avô, tudo parecia ter desmoronado. Lembro-me claramente de quando a notícia do falecimento do pastor Jean abalou a igreja. Foi um momento de luto coletivo. Meus pais foram até a casa do pastor para prestar condolências, mas eu estava viajando e não pude estar presente. Orávamos constantemente pedindo que Deus confortasse aquela família em meio à dor.

Entretanto, eu sabia que o sofrimento não era um sinal de que Deus havia os abandonado. Pelo contrário, são nas dificuldades que nossa fé é colocada à prova. Deus não nos poupa do sofrimento porque faz parte da condição humana, mas Ele está sempre presente, fortalecendo-nos e renovando nossas forças. Às vezes, o que vemos como dor é, na verdade, um livramento, como talvez tenha sido o caso do término entre Isaque e Julia. Pode ser que, no futuro, Julia o fizesse sofrer ainda mais, e Deus o poupou dessa dor maior, embora Isaque ainda não consiga enxergar dessa forma.

Em algum momento, quando a ocasião for certa, espero poder falar a Isaque sobre Jesus. Ele enfrentou o maior sofrimento de todos, morreu em nosso lugar e ressuscitou para nos dar salvação. Nada que enfrentamos aqui pode se comparar ao que Jesus suportou por nós.

Essas reflexões tomaram minha mente por um tempo, mas, após um tempinho, consegui me concentrar e adiantar alguns relatórios com a ajuda de Sara.

Ouvi alguns toques leves na porta do quarto e, já sabendo quem era, gritei:

— Entra!

Minha mãe abriu a porta com uma bandeja nas mãos, um gesto que me trouxe instantaneamente um calor familiar.

— Desculpa interromper, querida, só vim trazer um lanche — disse ela, colocando a bandeja cuidadosamente na ponta da cama.

Meus olhos brilharam ao ver a variedade: pão de queijo quentinho, torradas crocantes, um pedaço generoso de bolo de leite, geleia de morango caseira e um copo de suco de laranja fresco. Era como se ela soubesse exatamente o que eu precisava naquele momento.

— Obrigada, mãe! — exclamei, com um sorriso que ela conhecia bem. Esses pequenos gestos, que para outros poderiam parecer triviais, sempre tiveram um lugar especial no meu coração. Desde a infância, minha mãe faz questão de preparar lanches da tarde para mim, e mesmo agora, adulta, ela não abandonou essa tradição.

Ela observou por um momento e, em seguida, comentou:

— Por que você não trabalha no seu escritório? — sugeriu, lembrando do espaço que montei em casa justamente para o trabalho.

Mas havia algo aconchegante em estar no quarto nos dias frios. O escritório ficava esquecido quando a temperatura caía, e o quarto se tornava meu refúgio.

— Hoje prefiro ficar aqui mesmo — respondi, com um tom que deixava claro que era mais uma questão de conforto do que de praticidade. Ela apenas assentiu, respeitosa como sempre.

— Se precisar de qualquer coisa, me chama — disse enquanto se virava para sair. No entanto, antes que saísse, me ocorreu uma dúvida que eu não tinha resolvido.

— Mãe, como vai ser esse jantar? — perguntei, meio inquieta. A ideia de receber Isaque em casa ainda me deixava um pouco desconfortável.

Ela se virou com um sorriso tranquilo, do tipo que me fazia lembrar que tudo estava sob controle.

— Vai ser um jantar simples. Queremos nos aproximar mais, e também agradecer ao pastor Jean por tudo que ele fez por você. Por que a pergunta?

Suspirei internamente. Sabia que o jantar seria discreto, mas ainda assim, a presença de Isaque me causava certo desconforto. Resolvi sondar um pouco mais.

— Isaque me contou sobre o jantar, e eu queria saber o que estão planejando — respondi, tentando manter o tom leve.

Ela sorriu de canto.

— Vocês estão se aproximando?

Era uma pergunta inocente, mas, vinda da minha mãe, carregava uma pitada de esperança. Eu sabia onde ela queria chegar.

— Mãe, trabalhamos no mesmo escritório, temos que conversar, querendo ou não — respondi, tentando manter a conversa casual. Mas o brilho nos olhos dela denunciava que, na sua mente, ela já tinha começado a alimentar algumas expectativas. Ela parecia outra pessoa, quase a minha amiga Layla com suas esperanças e insinuações.

— Eu torço tanto para que o Isaque volte para Cristo. Ele é um homem tão exemplar, bonito... — e lá vinha o discurso.

— Mãe! — a interrompi antes que ela pudesse continuar. — Eu preciso me concentrar nesses cálculos aqui, tá? — Tentei, de forma educada, escapar daquela conversa.

Ela levantou as mãos em sinal de rendição, um gesto divertido.

— Tudo bem, tudo bem. Qualquer coisa, me chama — disse ela, enquanto fechava a porta com um sorriso.

Fiquei ali, suspirando e balançando a cabeça. Ultimamente, tudo parecia girar em torno de Isaque. Era Isaque pra cá, Isaque pra lá. Eu já estava começando a ficar saturada com tantas menções a ele.

Quando voltei para os cálculos no sistema, uma vibração no celular interrompeu meu foco. A tela acendeu com uma notificação do WhatsApp: era Daniel.

Daniel: Como está se saindo?

Anne: Muito bem, Sara está me ajudando!

De fato, Sara estava sendo uma grande aliada no meu home office, explicando tudo pacientemente pelo WhatsApp e tornando o processo bem mais fácil.

Daniel: Estava pensando em visitar sua igreja amanhã, o que acha?

Anne: Acho ótimo, Dan! A Layla também vai estar lá!

Daniel: Depois do culto, pensei da gente sair pra comer alguma coisa, já faz tanto tempo... Topa?

O coração deu um pequeno salto. Eu sabia que Daniel tinha nutrido sentimentos por mim na faculdade, e a última coisa que eu queria era que esses sentimentos ressurgissem. Não sentia nada além de amizade por ele, mas Layla, por outro lado, sempre foi apaixonada por Daniel. Quando ela percebeu que ele gostava de mim, suas esperanças esmoreceram. No entanto, se havia uma chance de ajudar Layla e Daniel a se aproximarem, eu estava disposta a tentar.

Daniel é um homem de fé, bom caráter e, para ser sincera, de boa aparência. Ele e Layla compartilhavam muitas coisas em comum, como o trabalho com marketing, e seria incrível se eles percebessem isso.

Anne: Não seria uma ideia ruim. Quer que eu convide a Layla também?

Daniel: Pode ser.

Seu "pode ser" soou um pouco hesitante, como se preferisse que fosse só nós dois, mas eu estava determinada a ajudar Layla nessa.

Anne: Nos vemos amanhã, então!

Daniel: E eu quero aproveitar pra conversar contigo, pode ser?

Senti um friozinho na barriga. O que será que ele queria conversar?

Anne: Claro! Precisa ser pessoalmente ou quer que eu te ligue?

Daniel: Pessoalmente 😉

Anne: Certo, Dan 😉

Minha curiosidade disparou. O que ele queria tanto me dizer? Por outro lado, uma pontinha de receio se instalou. Eu temia que ele estivesse querendo algo além da amizade. Bloqueei o celular e tentei voltar ao trabalho. Embora o home office oferecesse a vantagem de estar no conforto de casa, as distrações também eram frequentes, e eu odiava perder o foco.

Depois de algumas horas de trabalho, decidi fazer uma pausa. Comi o lanche que minha mãe havia trazido, que estava incrível, como sempre, e me joguei na cama, deixando o corpo relaxar por alguns minutos. Desbloqueei o celular e comecei a rolar o feed do Instagram, aproveitando para me distrair um pouco com fotos e reels.

Nesse momento, me lembrei do congresso de jovens que estava se aproximando. Todos na igreja estavam empolgados para os três dias de louvor, oração, danças e ações de graças. Haveria até um luau na praia, uma ideia que eu inicialmente relutei em apoiar, mas acabei cedendo. Afinal, muitos queriam louvar a Deus ao redor de uma fogueira, sob as estrelas, com o som do oceano como fundo, agradecendo por Sua bondade.

Esther, irmã de Isaque, estava bastante envolvida na organização do congresso. Até agora, não tínhamos muita proximidade, mas, com a chance de trabalharmos juntas na empresa, parecia o momento ideal para cultivarmos uma amizade mais forte.

Enquanto refletia sobre o congresso, uma nova notificação no Instagram fez meu coração disparar. Era uma solicitação de amizade de Isaque. Fiquei estática por um momento, sem acreditar no que via. Não esperava que ele fosse me procurar, muito menos pelas redes sociais. Minha mente logo começou a trabalhar em mil hipóteses: o que aquilo significava? Será que era só um gesto casual, ou ele estava tentando se reaproximar?

Depois de um instante, aceitei a solicitação, tentando controlar a mistura de ansiedade e curiosidade que sentia. Não sabia exatamente o que esperar de Isaque. Desde que se afastou da igreja e de todos, ele parecia estar em seu próprio mundo, distante de tudo.

Respirei fundo, tentando não me precipitar em suposições. Ainda que fosse apenas uma solicitação de amizade, o simples fato de ele estar estendendo essa mão virtual era, de alguma forma, um passo. Um pequeno, mas significativo passo.

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