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Essa one ta feita desde o ano passado sem postar! HUSAHSAUHU motivo?! Não sabemos até hj ( mlk é mês 9 do ano passado, pq num postei issu?), mas vou posta ela em comemoração ao niver do Bakugou pq sim, ta feita mesmo xD
[...]
Ser um ômega pai de dois filhos não era nada fácil. Não tinha com quem deixar seus pequenos ─ sua mãe havia morrido ─ seu ''marido'' tinha simplesmente o abandonado quando as crianças nasceram. Se Izuku Midoriya tivesse sido abandonado logo quando descobrisse a gravidez, ele teria abordado. Não o julguem por isso, ele era um rapaz sem família ele não era doido o suficiente de gerar uma vida na qual acabaria sofrendo. Podia desejar um filho, mas não queria deixá-lo em uma situação precária.
Ele tinha uma amiga ─ só ela havia sobrado o resto também o havia abandonado ─ ela tentava ajudar de alguma forma sempre que possível. Izuku tinha um pouco de dinheiro do seguro de sua mãe e tinha a casa que estava no nome dela ─ que acabou passando para seu nome ─ mas as despesas das casas não deixavam de ser grandes, ele queria se mudar para um lugar ainda menor para aproveitar o dinheiro que conseguiria por aquele apartamento. Precisava achar uma babá para seus pequenos de 3 anos, gêmeos, quando estava desesperado Uraraka Ochaco ─ sua melhor amiga ─ tomava conta das crianças, isso quando estava de folga ou não tinha algo da faculdade.
Izuku não cursava faculdade, já que não tinha tempo. Pelo menos tinha terminado o ensino médio. Trabalhava em dois e até mesmo em três empregos ─ no caso o terceiro era mais bicos ─ trabalhava muito para sustentar seus pequenos, ganhava pouco por ser ômega já que tinha que sempre ficar afastando durante o cio. Coisa na qual também era um problema, ele não tinha parceiro e sofria a semana toda deixando seus pequenos com a amiga que tentava se virar nessas horas.
Era muito puxado para Uraraka cuidar das crianças, mas o que ela faria? Deixaria seu melhor amigo na rua? Ficaria olhando parada seu sofrimento? Ela não tinha condições financeiras para ajudá-lo então cuidar das crianças era o mínimo que ela podia fazer. E as crianças eram uns anjinhos nunca davam trabalho, pareciam que sentiam que a mãe sofria e que precisava de conforto. Ele havia dois pequenos alfas que eram completamente diferentes um do outro, nem ao menos pareciam com Izuku.
Um era moreno de olhos escuros, seu nome era Kota. E outra era uma menina de cabelos loiros beirando ao castanho de olhos castanhos, seu nome era Mahoro. Mesmo com pouca idade eram protetores com seu pai e ficavam tristes em vê-lo sempre cansado e mesmo que estivesse caindo de exaustão ele conseguia ficar brincando um pouco com as crianças. Izuku estava tentando pegar uma vaga em uma creche do governo. Devido a sua condição financeira as chances de ser chamada era muito alta, então estava bem animado com aquela possibilidade.
[...]
Izuku estava voltando de um de seus trabalhos ─ no caso o do último turno ─ estava cansado, mas tinha que andar até sua casa. Como seu emprego não fornecia transporte público acabava indo a pé. Ficaria tão feliz em arrumar um lugar com plano de saúde e que o fornecesse um passe para transporte público. Só que não podia reclamar, pelo menos colocava comida na mesa. Passaria em uma lojinha próxima de casa ali havia várias coisas baratas de terceira linha onde Midoriya poderia comprar alguma mistura. Não era a melhor qualidade com o melhor sabor, mas pelo menos seus filhos teriam uma refeição melhor do que apenas legumes.
Não muito longe daqui Uraraka estava andando com seus amigos. Bem, nem todos eram seus amigos só que estavam andando junto por algum motivo. Talvez por estarem indo na mesma direção? Ela não sabia, mas pouco se importava. Foi então que ela notou Izuku andando, se despediu rapidamente dos amigos e correu até o amigo. Todos ficaram com uma expressão estranha, a beta não costumava sair correndo atrás de alguém, muito menos segurar sacolas. Ela estava ajudando alguém? Isso era inusitado.
Aquilo deixou todos curiosos fazendo com que se aproximassem. Ochaco reparou devido ao cheiro dos colegas e ficou irritada com aquilo, não queria plateia e não queria que eles ficassem fazendo perguntas ao amigo ou algo do gênero. Sabia o quanto ele ficava sem graça quando alguém notava as compras mostrando o quão pobre ele era ─ muitos ficavam olhando dentro da sacola ou simplesmente cheirando o conteúdo ─ então estava um tanto nervoso com aquela situação, mas tentava ao máximo não demonstrar isso.
─ O que foi? Que eu saiba o caminho de vocês é pro outro lado ─ falou irritada.
─ Relaxa gata, só estávamos curiosos ─ uma garota de cabelos rosados e pele morena falou, seus olhos eram de um tom verde bem claro que na luz parecia mel. Tinha um busto grande e um corpo mais avantajado ou como ela gostava de dizer '' na medida certa'' não levava desaforo para casa e mostrava que era dura na queda. Seu nome era Mina Ashido.
─ Izuku, vamos ─ Uraraka falou sem dar atenção a mais nada que os amigos estavam falando. Queria tirar o amigo dali, não só por eles ficarem enchendo o saco do pequeno. Só que ele também tinha que voltar para casa rápido. A mãe de Ochaco estava na casa da filha passando um tempo e acabou aceitando cuidar das crianças quando Izuku e Uraraka não estavam, gostava muito dos pequenos e não se importava só que o ômega se sentia um tanto mal com tudo aquilo. Aquilo era se aproveitar muito da bondade dos outros, queria logo ser aceito em uma creche.
─ Deku? ─ um rapaz alto de cabelos loiros arrepiados e olhos vermelhos penetrantes chamou atenção de todos. Seu porte físico era atlético ─ até porque ele praticava vôlei. Seu nome era Katsuki Bakugou. ─ ele empurrou os amigos até ficar próximo daqueles dois. ─ É você mesmo. O que... o que.
─ Deku? ─ Uraraka rosnou para o rapaz alfa, ele estava insultando seu amigo, era isso?
─ Ochaco ─ Izuku chamou atenção da amiga ignorando o chamado do alfa.
─ Vamos embora logo ─ falou a beta andando do lado do amigo. ─ E parem de seguir a gente! Iida, Shoto e Asui depois falo com vocês.
Ambos andaram um tanto apressados tentando se afastar do grupo. Só que quando estavam já um pouco longe, Izuku teve o braço puxado fazendo com que ele e Uraraka parassem. A beta encarou feio o garoto que tinha uma expressão no mínimo confusa. Ela nunca viu Bakugou com aquele tipo de olhar, parecia que estava sonhando. Ele estava com um olhar preocupado e esperançoso?
─ Onde você esteve durante todo esse tempo? Achei que tinha saído do estado, ou da cidade! Porra a gente era amigo ─ falou soltando o braço do ômega e bagunçou os cabelos. Desejava ficar com raiva ou gritar, mas ver o olhar cansado e notar o quão exausto ele se encontrava não conseguia falar um 'A. Estava preocupado, Izuku sempre teve um sorriso grande e sempre estava com energia.
Eles eram amigos do colégio Katsuki sempre gostou do amigo, mas nunca teve coragem para dizer nada fazendo com que ele perdesse a chance no momento que outro rapaz tinha se declarado para Izuku ─ este que acabou aceitando os sentimentos ─ ele ficou arrasado, mas não podia mostrar isso para o amigo. Queria se afastar só que não conseguia, ter Midoriya em sua vida era uma obrigação... até aquele dia na qual ele sumira sem dar mais nenhuma notícia. De início ficara confuso depois ficou com raiva de ter sido largado sem nem ao menos saber o que tinha acontecido. Começara odiar o garoto de sardas, olhos verdes e cabelos esverdeados um tanto arrepiados. Odiava lembrar de toda a graciosidade do amigo e de como ele o desejava. Odiou isso por anos e agora lá estava ele o encarando cara a cara.
─ Não vou deixar você sair de novo! A gente vai conversar, você vai me dizer tudo. Eu mereço uma explicação!
─ Merece porra nenhuma, você é o alfa dele? ─ Uraraka rebateu o garoto sem se importar com a expressão raivosa do outro. ─ Não vê o quão cansado ele está? Ele não tem tempo de ficar parado no meio da rua, muito menos parar para um café.
─ Então marca comigo... vamos nos encontrar ─ disse suplicando.
Uraraka estava cada vez mais chocada. Quem era aquele alfa e o que tinha feito com Katsuki? Nunca viu o garoto agir daquele jeito, sempre viu ele sendo um garanhão boca suja que não tinha papas na língua. Agora está ali querendo atenção de um ômega.
Katsuki estava desesperado. Nem parecia ser o mesmo alfa orgulhoso que sempre era. Ele queria saber de tudo, nos mínimos detalhes e não podia deixá-lo sumir novamente. Seu coração traidor tinha voltado a bater com força quando viu o pequeno de olhos esverdeados. Ele podia não estar deslumbrante como sempre ─ já que estava cansado ─ só que ainda era seu pequeno ômega, mesmo tendo toda sua vida de gandaia ele ainda nutria sentimentos por Midoriya. Mesmo querendo odiá-lo e fazer de tudo para que ele saísse de sua cabeça, o sentimento nunca havia ido embora tinha recebido mais uma chance para conquistá-lo e cortejá-lo.
─ Tudo bem... vamos até em casa ─ disse por fim.
─ MAS, IZUKU! ─ disse desesperada, não queria que Katsuki visse a vida atual do pequeno. Se eles tinham realmente se conhecido durante mais novos tinha medo do ômega ser julgado, ou pior, ser humilhado por ser um ômega solteiro.
[...]
O clima era tenso ─ pelo menos entre Uraraka e Bakugou que pareciam se encarar feio a todo estante ─ Izuku caminhava normalmente se perguntando como seria a reação de Katsuki quando visse sua situação. Soltou um suspiro que nenhum dos dois atrás de si conseguiria escutar. Tinham chegado na casa de Ochaco ─ afinal, tinham que pegar as crianças ─ Bakugou ficou confuso, podia não ser amigo da garota só que tinha noção de onde ela morava já que Mina o obrigou a dar uma carona para a garota durante uma festa.
─ Mas o que...
─ Só cala a boca ─ Uraraka falou pegando o resto das sacolas de Izuku vendo o pequeno entrar na casa. ─ Se você falar merda, eu juro que te mato! Só fica quieto!
Bakugou não entendeu o que ela quis dizer. Foi então que viu Izuku saindo com duas crianças pequenas. Abriu e fechou a boca várias vezes, o ômega tinha se tornado pai? De gêmeos ainda? Podia não ser a melhor pessoa do mundo para reconhecer cheiro, mas ambos tinham um cheiro praticamente semelhantes. Só que aí ele percebeu, Midoriya não havia marca... muito menos uma cicatriz ─ como se tivesse tirado por cirurgia ou arrancado ─ então o pai havia abandonado ele e as crianças. Aquilo o irritou recebeu um chute de Uraraka fazendo com que ele segurasse os feromônios.
─ Kota, Mahoro, digam olá ─ disse com um sorriso para os pequenos que estavam atrás da perna do ômega encarando o alfa. ─ Oh, não fiquem com medo. Ele não vai machucar vocês.
─ Nem o pa? ─ Mahoro perguntou olhando os olhos esverdeados que logo ficaram tristes.
─ Sim, ele não machucar o pa ─ respondeu vendo-a sorrir pequeno.
─ Não ─ Kota rosnou irritado. Era inteligente demais em relação a outras crianças, ele mal falava palavras erradas. Tinha um extinto protetor muito grande por seu pa. Não deixaria outro alfa o machucar.
─ Eu tô aqui, Kota ─ Ochaco chamou atenção do garoto. ─ Ele não vai machucar nem você, nem o Izuku. Ok? Ele é um alfa bom.
─ Fica longe do pa! ─ falou raivoso. Viu o alfa ficar agachado com uma altura próxima a sua fazendo com que ele rosnasse mais alto.
─ Eu nunca machucaria o pa de vocês.
─ Ko... Ocha confia nele... ela protege o pa ─ disse a pequena puxando a roupa do irmão.
Katsuki ficou ainda mais tenso com tudo aquilo. Um alfa já tinha machucado Deku ─ ou tentado ─ a ponto daquelas crianças ficarem com medo e receio de se aproximarem de um alfa mais velho. Ele queria gritar alto e exigir o nome do alfa que havia feito aquilo, queria matá-lo, seu coração batia freneticamente. Nunca ficou com tanto ódio nem toda sua vida. Toda a raiva que um dia já tivera quando Izuku havia ido embora não tinha sido 1/100 do que estava sentindo agora.
─ Oh, não achei que mais alguém o acompanharia ─ era a senhora Uraraka que falava com um sorriso.
─ Mãe eu vou com o Izuku até a casa dele.
─ Eu vou também ─ disse se aproximando. ─ Vejo que ele tem que conversar com esse rapaz e certamente esses pestinhas não vão deixar, ainda mais você Kota!
─ Hm ─Kota virou o rosto.
─ Deixe-me ajudá-la com as sacolas ─ a mãe de Uraraka pegou algumas e deixou o resto para ela levar. Cada uma segurou a mão de uma das crianças. Kota sempre olhava para trás para se certificar que seu pa estava seguro.
─ Acho que você deve ter milhares de perguntar ─ Izuku falou olhando para frente. ─ Não sei muito o que falar... depois da morte da minha mãe eu ainda estava bem abalado. Ele estava lá pra mim, me ajudou bastante. Os pais dele não aprovavam nosso relacionamento. Um ômega sem família era um ultrage na concepção deles. Acabamos fugindo, por isso eu desapareci... queríamos fugir dos pais dele, só que não tínhamos muito dinheiro então depois de um ano retornamos para ficar em minha casa. Eu não tinha coragem o suficiente pra falar com você, me sentia um lixo... não devia simplesmente aparecer e pedir um simples '' desculpe'' não era justo com você. Eu não me importaria em receber insultos, longe disso, eu só não queria que você se lembrasse de todo o episódio desagradável do meu sumiço. Então preferi não... ir atrás.
Midoriya notou que Bakugou não iria responder ou falar algo até que ele soubesse de tudo.
─ Então eu fiquei gravido, bem, não estávamos em nossos planos. Só que ele estava tão feliz e animado que acabei ficando no mesmo estado que ele. Bem, a gravidez foi bem complicada já que era eu e ele contra o mundo. Ele arrumou um emprego e eu também. Então eles nasceram, ficamos surpresos com isso... o ultrassom só havia mostrado um bebê e não dois. O médico tinha dito que talvez o outro tinha escondido o irmão fazendo com que eles não percebessem e como minha barriga não ficou grande não duvidamos. Eu fiquei assustado, mas sabia que daríamos um jeito. Bem... até a enfermeira chegar no meu quarto desesperado. Ela me contou uma notícia que tinha mudado toda minha vida... meu alfa tinha ido embora.
Notou que alfa estava ficando nervoso, sentia pelos feromônios dele.
─ Ela tirou meus bebês do colo. Pois eu estava surtando, outra enfermeira entrou e tentou me acalmar. Ela tinha dito que tentaram dialogar com meu alfa, mas ele não se importou só queria ir para o mais longe dali. Eu não sabia o que fazer... eu estava sozinho.
─ Por que não foi atrás de mim? ─ disse apertando os punhos.
─ Você está louco? Como eu poderia ir em sua procura depois de dois anos sumido pedindo ajuda? Você não tinha motivos nem mesmo obrigação de me ajudar. E pelo estado emocional que eu me encontrava caso você me falasse algo negativo eu simplesmente me abalaria e faria alguma besteira!
─ Você deveria ter tentado... ─ falou encarando Izuku que ainda encarava seus filhos.
─ Não queria arriscar e eu nem sabia se você ainda morava no mesmo lugar... eu não tinha seu contato nem nada do gênero. Eu fui covarde, tá legal? ─ disse segurando o choro. Se chorasse Kota iria correndo até si. ─ Eu... eu... se eu soubesse que ia ser assim eu teria abortado.
Viu o olhar chocado do outro.
─ Não me olhe assim! Acha que eu gosto de ver meus filhos viverem na miséria? Eu queria estar em uma posição estável, ter dinheiro para cuidar deles... adoraria tê-los comigo. Só que eles sofrem demais sem motivo ─ disse suspirando cansado. ─ Deixei muitas vezes de comer ou comprar algumas roupas. Fui em muitos locais públicos que ajudavam ômegas de rua... ─ disse mordendo os lábios. ─ Pode me julgar por pensar em aborto, mas eu tinha noção do futuro. Se ele tivesse dito logo de cara que não queria ou simplesmente sumido... eu teria tomado essa decisão. Você sabe muito bem como sempre fui a favor do aborto para aqueles que não tinham condições financeiras ou psicológicas para gerar um.
─ Deku... eu não consigo aceitar isso, como ele pode ser capaz de abandoná-lo? Te deixar sozinho cuidando de duas crianças! ─ falou tentando não gritar, não queria chamar atenção daquele pequeno alfa. ─ Não quero que conte mais nada do passado... a única coisa que quero saber é o motivo de suas crianças ficarem com receio de outros alfas.
─ Cio ─ disse calmo. ─ É complicado quando você tem filhos, o cio muda frequentemente... eu não conseguia marcar uma data certa. Eu constantemente tinha que lutar para não ser estuprado. Felizmente nunca ocorreu, mas meus filhos escutavam e viam. Tentavam ajudar puxando o alfa para longe ou corriam implorando por ajuda dos vizinhos. Agora quando acontece meu cio, Uraraka cuida deles.
─ Deixe-me ajudar ─ disse calmo, algo na qual até mesmo Izuku estranhou.
─ Kacchan ─ falou o apelido carinhoso na qual um dia já tinha usado com ele. ─ Não precisa me ajudar por pena, eu não quero isso.
─ Não, não vou ficar parado vendo você sofrer. Eu tenho condições financeiras. Nem que eu tenha que fazer você engolir a porra do meu dinheiro... acha que não vi a comida que compro?
─ Kacchan, você sabe o que dizem de um alfa ajudar um ômega dessa forma. Não sabe?
─ E você acha que eu ligo? Não me importo de a faculdade inteira ficar sabendo disso.
─ Mas e seu parceiro? Ele não vai ficar nada contente em ver você gastando fortuna com outro ômega que já tem filhos. Vai achar que os filhos são seus! Eu não quero arrastar você para o fundo do poço, você também tem sua vida.
─ Eu não tenho um ômega, eu nunca tive um ─ disse pegando as mãos de Izuku fazendo com que ele parasse e olhasse os olhos vermelhos. ─ Eu já posso ter me deitado com betas e ômegas..., mas nunca mordi um. Me deixe ajudar, por favor!
─ PA PA! ─ Kota estava indo correndo na direção dos dois.
─ Você tem noção... das despesas ─ disse olhando para seu filho que segurava sua perna com força. Mostrando um sorriso gentil para que ele ficasse mais calmo.
─ Eu não vou negar um centavo ─ disse sério. ─ Você não vai mais trabalhar ─ viu o olhar irritado do outro. ─ Você queria fazer faculdade... você renunciou isso.
─ Você está louco? E meu emprego e meus filhos? ─ disse soltando as mãos do alfa.
─ Eu pago uma creche. Seu emprego não vai se mais necessário! Eu já disse eu vou te bancar em tudo.
─ Eu teria que prestar uma bolsa para conseguir entrar em uma faculdade.
─ Eu pago a melhor faculdade pra você, do curso que você quiser. Não precisa ser a que eu faço...
─ Você está escutando o que está falando? ─ disse chocado com aquilo. ─ Céus, são muitas despesas você ficou maluco? Eu achei que me ajudaria no básico eu já ficaria feliz, mas isso está passando dos limites.
─ O dinheiro é meu, eu faço o que eu quiser ─ disse fechando sua expressão. ─ Se eu quiser gastar todo meu dinheiro com você, eu gasto! CARA DE BOLACHA!
─ Você ta louco, fica gritando assim? E por qual motivo o Izuku ta com essa expressão que viu um fantasma?
─ Dê essa comida para algum morador de rua ou alguém que faça refeições beneficentes. Vamos comprar comida de verdade.
─ Como assim, VAMOS? ─ disse confusa.
─ A partir de hoje, quem cuida do Deku sou eu.
[...]
─ Céus, você vai gastar dinheiro demais ─ Izuku estava pasmo com aquilo. Tinha dois carinhos de mercado cheios até o topo. ─ Não preciso de tudo isso!
─ Sim, precisa! ─ Bakugou e Uraraka falaram juntos.
─ Tem coisa de limpeza também, Izuku ─ disse a amiga.
─ Pa! Pa ─ Mahoro disse toda contente. ─ Eu sempre quis comer essa bolacha e esse cereal.
─ Eu sempre comi esses doces só de amigos ─ Kota tinha um sorriso grande.
Izuku queria chorar em ver seus filhos felizes com coisas tão pequenas.
─ Cara de bolacha ─ chamou a atenção da garota. Ela odiava aquele apelido, mas hoje como ele estava gastando dinheiro com Izuku ela ia deixar. ─ Como é a casa dele? Os moveis.
─ Estão bem desgastados, geladeira, máquina de lavar. Só tem uma cama pros três. A TV é uma antiga lá de casa.
─ Ótimo, vocês almoçam e eu vou comprar tudo novo.
─ O QUE?! ─ Izuku estava pasmo com aquilo, ele estava falando sério?
─ Arruma tudo hoje, ele pode dormir hoje na sua casa?
─ Pode sim, de boa.
─ Amiga! ─ disse choroso.
─ Izuku, aceita que dói menos.
[...]
Izuku não trabalhou no dia seguinte, tinha se demitido de ambos os empregos ─ forçado ─ Uraraka e Bakugou tinham faltado na faculdade, afinal, um dia não iria matar ninguém e qualquer coisa eles podiam pegar a matéria com outra pessoa. A casa de Midoriya parecia outra. Ele nem conseguia esbouçar alguma reação tudo era novo e parecia de última geração.
Seu antigo quarto tinha virado um quarto infantil para as duas crianças ─ a casa só tinha dois cômodos, não tinha como fazer quartos separados para as crianças ─ se sentia dentro de uma loja de moveis onde ficava namorando os ambientes. O quarto das crianças estava incrível e ainda havia banheiro. Tinha até roupas novas! Certeza que Uraraka havia comprado com o dinheiro de Bakugou só ela sabia seu tamanho e de suas crianças.
─ Comida, casa e agora só falta duas coisas ─ disse fazendo dois dedos. ─ Arrumar uma creche pros pirralhos e ver sua faculdade.
─ Eu já sei qual creche ir. Tem uma especial que seria ótima pro Kota. Ele é muito inteligente, até demais, para um garoto da idade dele. E tem uma outra turma onde Mahoro pode ficar. Eles ainda estão aceitando alunos, ela é particular, já aviso ─ Ochaco abriu um sorriso grande.
─ Céus ─ Midoriya ainda estava em choque com tudo aquilo.
─ Ótimo, estou providenciado então a faculdade. Pelo que me lembro seu sonho era cursar letras ─ disse vendo o menor confirmar. ─ A faculdade de frente pra nossa tem o melhor curso, você vai estudar lá.
─ Que bom, podemos nos ver sempre!! ─ Uraraka abraçou o amigo que ainda estava sem reação.
─ Você entra no segundo semestre. E aqui ─ se aproximou do ômega e deu uma caixa mostrando que uma caixa de celular. ─ A bolacha ali me falou que seu celular estava a um fio de quebrar. Eu já coloquei meu telefone nele, caso você precise de algo.
─ Ei! Por qual motivo o meu não tá? ─ ficou irritada vendo o outro revirar os olhos.
─ Aqui na casa tem wi-fi e Netflix. Se quiser eu até pago aquela de anime ou da Disney pros pirralhos. As contas vão ser direcionadas a mim e não adianta economizar, pois eu vou ver o motivo da conta estar vindo baixíssima.
─ Eu ainda quero dormi com o Pa! ─ Mahoro disse com um beicinho.
─ Pa tem que dormir sozinho! ─ Kota falou cruzou os braços. ─ Dorme comigo se tiver pesadelos.
─ Cara, esse moleque tem três anos mesmo? Nem a garota fala tão errado ─ Katsuki fala olhando Uraraka já que Midoriya estava ocupado demais dando atenção as crianças.
─ Sim, mas vem cá... porque ta fazendo tudo isso? Legal e tals você fazer, mas... porra você não é assim. Sua vida vai mudar, na faculdade nem se fale. É como se ele agora fosse seu ômega.
─ Eu o amo ─ disse vendo o olhar chocado da outra. ─ Ele foi meu primeiro amor, eu achei que ao ver ele sentiria ódio ou algo do tipo... já que ele simplesmente sumiu sem deixar rastros. Só que meu peito voltou a bater forte, fiquei puto pelo ex dele que fez isso com ele... eu só não consigo me distanciar. Tudo me puxa, não ligo de cuidar dos pirralhos, não ligo pra nada eu só quero protegê-lo. Só quero mimá-lo... cortejá-lo.
─ E as guria e os moleques da faculdade?
─ Foda-se, não sou o único alfa do mundo ─ cruzou os braços com um olhar indiferente. ─ Nunca me amarrei com ninguém.
─ Bem... eu espero que você consiga conquistar ele. Já aviso que caso o faça sofrer eu acabo com sua raça ─ disse furiosa. ─ Mas... e se ele gostar de outro alfa o que você vai fazer?
─ Dessa vez não vou ser idiota o suficiente para guardar meus sentimentos a ponto de outro aparecer e roubá-lo. Eu fiquei olhando aquele cara se aproximar e conquistar o Deku... enquanto eu fazia, nada, isso não vai rolar de novo. Mesmo depois de anos eu ainda amo ele e agora que sou mais velho não vou estragar tudo.
─ Katsu! ─ a garotinha alfa se aproximou com um sorriso. ─ Baixa ─ disse vendo o alfa abaixar. Ela abraçou o rosto do rapaz e deu um beijinho no rosto e saiu correndo para as pernas de Izuku.
─ Hm, eu confio em você... ─ Kota falou emburrado. ─ Você não vai machucar o pa.
─ Pode ter certeza de que não ─ disse encarado Izuku que acabou ficando envergonhando com aquele olhar.
[...]
A notícia se espalhou rápido, bem, não foi bem uma notícia só que todos conseguiam ver a mudança de Bakugou. Ele não dava mais nenhuma atenção a qualquer ômega que passava próximo de si coisa na qual deixou todos curiosos não só aqueles que estavam recebendo um ''fora'' como também seus amigos. A fim de explicar melhor, Uraraka fez um resumo geral, só que não chegou a contar sobre os sentimentos do rapaz, seria errado dizer isso. Caso eles ficassem juntos poderiam pensar sobre o assunto.
Só que sempre existe as fanáticas. Alguns ômegas acabaram descobrindo que ele andava muito com um ômega, que tinha filhos! No começo pensaram que eram filhos do rapaz, mas depois descartaram tal ideia já que não teria sentido nenhum a mudança drástica do garoto. Só que isso não deixava de ser uma hipótese então ou ele estava saindo com um pai solteiro ou os filhos eram deles, mas isso não importava aquele ômega tinha que sair da jogada.
─ Então é você a coisa que ele anda saindo? ─ um ômega falou parando na frente de Izuku.
─ Ele?
─ Não se faça de idiota, ômega ─ outra falou irritada.
─ Hm, as vezes o rapaz do mercado me ajuda a levar a comida pra casa ─ disse calmo.
─ Estamos falando do Katsuki seu babaca! ─ um ômega o empurrou, mas não o suficiente para derrubá-lo. ─ Quem você pensa que é? Por sua culpa ele deixou de ficar comigo! Ele ia me marcar até você aparecer.
─ Olha, se ele deixou de sair com você, o problema não é meu ─ disse novamente calmo.
─ Escuta aqui sua puta ─ o ômega voltou a repetir, seus dois amigos estavam atrás encarando feio Izuku, que só suspirava tentando ignorar tudo. ─ Você é um qualquer que foi abandonado, então para de tentar roubar o alfa dos outros! Não é porque você perdeu o seu que você precisa fuder a vida de todo mundo! Você deve ser tão insuportável que seu alfa te largo. Aposto que você era uma vadia que dava pra geral e que ficou gravida de um desconhecido.
─ Já acabou? ─ não tinha trabalhado a vida toda sem ter adquirido certa resistência contra insultos do tipo ─ já estava acostumado─ . Ele não queria perder seu tempo brigando com aqueles três. Pouco se importava das palavras que ele dizia, ou quando tentava deixá-lo para baixo. Estava em um lugar público, era pai solteiro e tudo o que menos queria era ir parar na cadeia por uma briga, ─ ele iria matar aquele desgraçado no soco se tivesse a oportunidade, pois força ele tinha contra aqueles três ─, mas como ele não queria perder a guarda das crianças simplesmente ignorou. Passou reto pelo trio sem se importar. Suspirou, já não era a primeira vez que isso acontecia. Queria mentir para si mesmo que era, mas não.
Até mesmo tinham tentado ir atrás de seus filhos na creche coisa na qual até a professora achou repugnante ─ tinha chamado até a polícia ─ já fora seguido em casa. Colocou até uma tranca mais forte, aquelas pessoas eram loucas! Que tipo de ômega Bakugou saia a ponto de ser perseguido daquela maneira? Uraraka estava preocupada também ela vivia confrontando todos aqueles que ousavam se aproximar ─ até os amigos dela, que acabaram virando também dele, ajudavam ─ os amigos de Bakugou não conseguiam controlar todos, já que estavam ocupados demais impedindo o amigo a brigar com todos os alfas que falavam um 'A sobre Izuku.
─ Hoje preciso passar no mercado ─ disse indo em direção da creche. Viu seus pequenos esperando com a professora, essa se recusava a deixá-los sozinhos. ─ Obrigada por me esperar. Nejire.
─ Nada, não vou deixar aqueles lunáticos se aproximarem! Mirio você já vai embora? ─ notando o colega de trabalho já com roupas casuais.
─ Sim, acabei as coisas mais cedo ─ disse com um sorriso grande. ─ Oi Izuku! Eu denunciei todo mundo, pode ficar tranquilo se bobear até o final do mês aquele bando de desocupado tem ordem judicial de ficar longe de você.
─ Espero que sim ─ disse pegando seus pequenos. Ambos pediram colo fazendo com que soltasse um suspiro e os pegasse. Eles eram grandinhos demais já, mas podia aguentar alguns minutos. ─ Bem, eu vou indo. Até amanhã!
─ Tchau tia e tio! ─ disse os dois ao mesmo tempo.
─ Tchau meus pequenos ─ Nejire falou com um sorriso doce.
─ Protejam seu pai no caminho ─ Mirio levantou o polegar para as crianças que copiaram o gesto.
[...]
Quando chegou no mercado viu Bakugou com os braços cruzados encarando seus pés. Ele tinha um ferimento no lábio. Izuku suspirou com aquilo, já estava virando rotina aquilo e estava ficando chateado pelo jeito que Katsuki estava sendo tratado por todos, e pior, tudo por sua culpa. Sabia que ele sofreria por sua causa queria impedir que isso ocorresse, mas não importava quantas vezes ele implorava para que se afastasse. Se aproximou e colocou a mão no rosto do alfa que olhou para os olhos verdes, tombou a cabeça como se buscasse um carinho. Notou seus dois pequenos abraçarem as pernas do alfa como se quisessem passar conforto.
─ Kacchan...
─ Shiuu ─ disse passando as mãos no cabelo esverdeado. ─ Está tudo bem, não precisa se preocupar.
─ Você vive machucado ─ disse triste. Ele não sabia o motivo dos machucados, já que Ochaco se negava a dizer. Mas tinha certeza de que eram por sua causa. Ele só não sabia o conteúdo das ofensas que deixavam o alfa doido. ─ Parece que a cada mês piora, estou preocupado com você.
─ Não precisa se preocupar, eu fico feliz só de estar ao seu lado ─ disse com um sorriso carinhoso. Izuku se aproximou e se aconchegou nos braços do alfa que não pensou duas vezes em corresponder. ─ Seu cio está próximo, não está?
─ Sim ─ suspirou.
─ Posso passar com você? ─ perguntou vendo o quão vermelho o outro tinha ficado. ─ Izuku... esquece.
─ Kacchan ─ chamou atenção do alfa. ─ Podemos conversar disso em particular? De preferência não em um lugar público?
Nenhum deles tocou no assunto no mercado ou durante o caminho. Claro que estavam nervosos pela conversa e tentavam ao máximo não demonstrar isso. Quando chegaram na casa de Izuku o ômega logo mandou que os pequenos tomassem banhos e fossem para o quarto fazer suas lições como ele sempre dizia '' sem lição, sem Tv'' quando ambos ficaram sozinhos se sentaram no sofá um do lado do outro.
─ Izuku... esqueça o que eu disse ─ disse nervoso, não queria perdê-lo novamente.
─ Por qual motivo disse aquilo? ─ se virou encarando os olhos vermelhos.
─ Eu... ─ respirou fundo, estava cansado de guardar aquilo. Ficou com aquilo na garganta durante anos e agora tinha que dizer de uma vez o que sentia. ─ Desde sempre eu gostei de você! Conforme mais a gente se aproximava mais eu te amava, eu adorava passar meus dias com você, adorava sua risada... o jeito carinhoso que só você tinha. Tudo em você era perfeito, aí aquele cara se aproximou... eu como qualquer covarde de merda não fiz nada, eu até mesmo me afastei um pouco de você! Podia ter lutado por sua atenção, podia não ter saído tanto do seu lado... e quando vi vocês estavam namorando. Aí você sumiu, fiquei desesperado no início querendo saber para onde você havia ido... logo comecei a sentir raiva de ter sido abandonado por você. Quando te reencontrei achei que teria sentimentos negativos e até pensei que gritaria... só que meu sentimento voltou com mais força, uma necessidade enorme de ficar ao seu lado e te proteger tomou meu corpo. Eu sei que parece idiota, mas eu ainda amo você. Mesmo depois de tudo o que já fiz, acho, que nunca deixei de amá-lo.
─ Isso é bem irônico, chega a ser um chicle americano ─ falou com uma risada curta. ─ Você sempre foi popular Kacchan, as pessoas diziam coisas ruins de mim pelas costas quando eu andava com você. Eu não ligava, sei que não andava comigo por dó ou algo do gênero. Então eu preferi negar qualquer tipo de sentimento por você, os ômegas sempre se jogavam aos baldes em você. Muito me xingavam, mas outros queriam saber seus gostos ou até mesmo seu telefone. Era difícil ser seu melhor amigo. Quando ele se aproximou eu fiquei muito feliz, ele não queria saber de você, muito menos queria se tornar popular por andar com a gente. Ele só queria me dar atenção eu gostei disso, ainda mais que ninguém ficava me perguntando coisas sobre ele. Então você se afastou, vi você conversando e andando com outras pessoas não entendi muito bem o motivo. Senti como se... sei lá, visse que não tinha mais intimidade entre a gente, Sabe? De me proteger como você sempre tinha feito.
─ Então... você chegou a gostar de mim?
─ Não sei ao certo, eu neguei até o último segundo esse sentimento. E como muitas coisas aconteceram depois disso acho que acabei aceitando que um dia já te amei e me perguntava como teria sido nossas vidas juntas.
─ Então me deixe entrar em sua vida... quero você como meu ômega. Sempre quis.
─ Kacchan ─ pegou a mão do alfa e sorriu. ─ Eu tenho filhos.
─ E? Sabe que me dou com bem com os pirralhos e eles gostam de mim. Me deixe marcá-lo, me deixe ficar ao seu lado sempre. Não ouse dizer que somos jovens demais para uma marca, você já é pai e não vejo problema nenhum em marcá-lo como meu. Eu sempre sonhei com isso desde o colégio, não estraga tudo, porra!
─ Kacchan você sempre foi impulsivo demais ─ disse e logo sentiu seu corpo ser abraçado. ─ Mas eu sempre gostei disso.
─ Então me deixe marcá-lo. Vire meu ômega ─ se afastou vendo um sorriso bobo do rapaz.
─ Sabe que isso vai acabar deixando todos doidos em sua faculdade.
─ Foda-se pela lei vou poder socá-los até a morte caso ousem falar do meu ômega. Sem contar que aqueles putos que te seguem também podem ser facilmente penalizados com isso. Não se esqueça que eu tenho dinheiro.
─ Esqueço as vezes, berço de ouro.
─ Meu filho vai ter mesmo ─ viu o olhar chocado de Izuku. ─ Acha que não quero mais filhos?
─ Você é terrível ─ deu uma risada não acreditando naquelas palavras.
─ Pa vai ficar com Katsu? ─ Mahoro falou animada se jogando nos dois.
─ Isso é sério ou você tá caçoando com o pa? ─ Kota falou irritado.
─ Sério, super sério! Estou pedindo para seu pa me deixar marcá-lo... assim, eu viro o papai de vocês ─ disse vendo os dois dos dois brilharem.
─ Isso só acontece no casamento!
─ Uma marca é um casamento, querido ─ disse vendo o outro ruborizar. ─ Eu te amo, Izuku. Me dê uma chance.
─ Não preciso te dar uma chance para algo que vá acontecer ─ disse dando um selinho no alfa escutando seus dois pequenos comemorarem. ─ Final mais clichê.
─ É, eu sei ─ disse dando um selinho onde ambas as crianças soltaram gritinhos.
Mahoro pulou nas costas de Bakugou e Kota afastava Bakugou de seu pa alegando que ele era só seu. Ambos os alfas ''brigavam'' com isso já que ambos se achavam dignos da atenção do ômega, Mahoro só estava animada gritando '' papai '' toda hora sem se importar com os movimentos do outro. Izuku olhava tudo aquilo com um sorriso pequeno e logo suspirou ao perceber como seu novo parceiro seria uma má influência para Kota.
[...]
Bakugou se considerava o alfa mais feliz do mundo, quando passou o cio com Izuku ele logo o marcou no mesmo dia. Resolveu procurar uma casa que houvesse no mínimo três quartos para os gêmeos poderem ter seus próprios quartos. Não demoro muito para se mudarem, Bakugou resolveu deixar ambas as casas para alugar para ter uma renda extra ─ não que ele precisasse, mas ele gostava de investir e de se precaver ─ as crianças adoraram montar os quartos do zero.
Com a recente marca, Izuku ficou mais tranquilo pois já não era mais seguido ou ameaçado. Como tinha um parceiro eles podiam muito bem serem processados ou presos, era triste que pela lei apenas ômegas marcados possuírem esse tipo de proteção, mas felizmente agora ele a tinha também. Na faculdade Katsuki teve mais paz pois agora com a notícia ninguém falava nada com medo de morrer, pois antes o alfa se segurava nas brigas e agora ele tinha autorização para defender a honra de seu ômega.
Katsuki mimava muito os gêmeos, os considerava filhos de seu próprio sangue. Não se importava com as pessoas achando que ele era novo demais para marcar um ômega, ainda mais um com dois filhos. Seus pais adoraram saber sobre a volta de Izuku, ficaram chocados e chateados por tudo o que aconteceu com o pequeno, mas não podiam estar mais do que felizes em ver que finalmente seu filho tinha ficado com o ômega que amava.
Izuku parecia outro ômega, estava bem mais bonito e saudável já que não se desgastava ou se estressava mais pelo trabalho e pelas pessoas que o perseguiam. Assim como seus filhos que tinham ganho mais peso e pareciam bem mais saudáveis devido a mudança na dieta.
Os amigos achavam que o novo casal era completamente nojento, de tão melosos e românticos que eles eram. Era estranho ver Bakugou agindo daquela forma, mas ninguém podia segurar aquele alfa apaixonado. Izuku conseguiu fazer novos amigos na faculdade de letras, o que deixou o garoto muito feliz já que ele não tinha muitos amigos e ver que ele era aceito mesmo sendo um ômega novo já com filhos, o deixava alegre.
Mesmo querendo filhos. Izuku tinha aceitado isso, mas disse que só os teria depois de finalizar a faculdade, como sua primeira gravidez foi de risco tinha medo de que a segunda também fosse e acabasse atrapalhando seu ano letivo ou poderia até mesmo fazer com que ele tivesse que ficar afastado por tempo indefinido. Bakugou não se importou, só de escutar que Izuku tinha decidido e aceitado ter filhos com ele o tinha deixado nas nuvens.
Depois de 4 anos, eles começaram a tentar a ter filhos. Izuku queria ser escritor então ele não teria que ficar saindo de casa em busca de um emprego. Demoro quase 1 ano para conseguirem, já que em muitas vezes o ômega tivera abortos espontâneos o que o deixava completamente devastado e depressivo. Bakugou precisou ficar muito ao seu lado para deixá-lo à vontade e confortável, assim como seus filhos.
Quando ele finalmente chegou a ficar com 4 meses de gestação todos ficaram animados, fizeram até mesmo uma festa para comemorar. Pois as chances de ele ter um novo aborto seriam mínimas ─ pelo menos era isso que o médico tinha dito, já que nas demais vezes Izuku perdeu seus filhos com 1 ou 2 meses de gestação ─ eles descobriram que seria um menino o que fez Kota comemorar por ter um irmãozinho.
─ Você fica tão lindo com essa barriga ─ Katsuki beijou a barriga enorme do marido que riu com aquilo.
─ Estou parecendo uma bola.
─ Então você é a bola mais sexy e bonita que existe nesse mundo ─ disse abraçando com delicadeza a barriga e esfregando o rosto na mesma.
─ Seu besta.
─ Eu mal vejo a hora de você tê-lo ─ disse se levantando e dando um selinho no companheiro. ─ Estou com tanta saudade do seu corpo, amor.
─ Você é um pervertido! ─ disse dando um tapa de leve no braço do alfa.
─ Mas você gosta, vive implorando por mais ─ abrindo um sorriso malicioso, viu como o outro ficou corado o que o deixou ainda mais animado. ─ Eu vou te foder tanto quando você tiver alta.
─ Katsuki você é insuportável!
─ Quando ele nascer vamos nos casar ─ disse vendo o ômega ficar quieto. ─ Eu já queria te pedido antes, mas estávamos tão atarefados tentando ter um filho que achei melhor pensar no casamento depois.
─ Achei que você não iria me pedir em casamento.
─ Pensou errado, uma marca no seu pescoço não é o suficiente pra mim. Quero você com meu sobrenome, assim como as crianças ─ disse vendo Izuku ter os olhos marejados. ─ Já vai chorar?
─ Eu estou sensível, tudo bem? ─ disse empurrando o rosto do atual noivo. ─ Estou tão feliz por ter encontrado você de novo, Kacchan.
─ Eu agradeço todos os dias por ter você na minha vida de novo ─ disse voltando a abraçar o parceiro e dar um pequeno selinho. ─ Quando meu filho nascer, vou ficar em casa o mimando assim como fiz com meus demais pirralhos.
─ Você é um pai tão bom, um alfa tão bom pra mim ─ deu um selinho no noivo e sorriu. ─ Eles amam tanto você, Kacchan. Você não faz ideia de como sua presença faz a vida deles mais alegre. Mesmo que Kota se faça de difícil, quando você não está em casa ele me diz que quando ele crescer quer ser um alfa tão bom e forte quanto o pai ─ disse vendo Bakugou piscar com aquilo já que o pequeno se fazia de difícil.
─ Eu amo nossos pirralhos, Deku ─ disse feliz. ─ Me pergunto se Kota vai querer praticar vôlei como eu.
─ Ele vai precisar tomar cuidado com o pai treinador profissional ─ dando uma risadinha.
─ O conhecendo, eu sei que ele vai querer ter o melhor treinamento ─ encarou a barriga redonda e fez um leve carinho. ─ Quando você acha que ele vai nascer?
─ Acho que semana que vem, a menos que ele seja igual o pai, aí ele vai nascer antes ─ respondeu com um sorriso enorme.
─ Eu te amo, muito mesmo ─ abriu um sorriso carinho enquanto acariciava a barriga redonda.
─ Eu também, muito mesmo, Kacchan.
Os dois ficaram na cama, trocando beijos e juras de amor. Conversaram como seria o casamento e a lua de mel. Mal podendo aguardar o nascimento do filhote. Ambos estavam tendo a vida na qual sempre sonharam e sabiam que durante o passar dos anos mais coisas boas estariam por vim, quem sabe até um novo filhote?
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