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Prólogo

1530 Palavras

O som das arvores reverbera acima de mim, contínuo e alto. Os ramos sacodem devagar, as folhas no alto balançam criando um ritmado movimento, e algumas se desprendem de seus galhos. Caem por todos os lados, carregadas pelo vento.

Algumas poucas tocam levemente meu corpo e logo seguem seu caminho rumo ao desconhecido.

Aqui debaixo das arvores, o vento não me atinge... Ele nunca me atingiu. A alta quantidade de arvores permite que apenas uma suave brisa fria corra tímida contornando os troncos da floresta fechada...

Sequer percebi que parei meu caminhar apenas para contemplar cada um dos sons. Tão únicos, e tão harmoniosos, que se assemelham a uma melodia que poderei ouvir apenas agora.

Por um instante fecho meus olhos, permitindo que cada sensação se intensifique. Os som do chacoalhar das folhas das arvores torna-se mais profundo em meu ser, a brisa fria envolvendo meu corpo me proporciona um momentâneo relaxamento.

Torno a abrir meus olhos, encontrando o céu que prende minha atenção por um momento. Demoro, mas volto a caminhar em ruidosos passos sobre a grama... Se bem que manter meus olhos abertos não fará diferença.

Pouca luz consegue atravessar as densas copas dessas arvores, então sempre estou envolto em densas sombras... Quando a noite se vê presente, é impossível distinguir qualquer coisa.

Ainda assim, são raras as vezes que isso foi verdadeiramente incomodo...

Aqui é calmo, agradável, transmite tranquilidade e permite sentir leve...

Mas hoje é diferente...

Algo me incomoda profundamente.

O céu quase sempre está coberto por pesadas e escuras nuvens cinzentas, por muitas vezes até tem uma névoa espessa. Nenhum desses detalhes incomodam em nada, na verdade é algo até bem comum... Mas nunca, em todo o tempo que vivo aqui, vi o céu com nuvens em um tom avermelhado como esse de hoje.

Sem falar que... As sombras de hoje são profundas... Muito mais profundas que o normal.

Pra completar, o som do vento está diferente. Parece querer dizer algo... Ou ocultar algo...

Este lugar está estranho... Tudo aqui está estranho.

Estou apreensivo, assustado... O nervosismo em meu peito é tanto que estou andando com uma cautela que não existia em momentos atrás. A sensação que tenho nesse momento é de que alguma coisa muito grande está acontecendo e que não estou sabendo, meus instintos estão gritando isso.

Pressinto que poderia ser atacado a qualquer momento, talvez por algo que pode emergir das sombras, ou então aparecer de algum lugar da floresta, quem sabe até já esteja me observando nesse exato instante...

Meu medo está me fazendo temer tudo... Desconfiar de tudo...

Olho em volta, caminhando para próximo de uma arvore e encostando as costas na madeira devagar. O mais vagaroso que posso, analiso tudo ao meu redor, atento em qualquer movimento, qualquer silhueta perto ou distante que pareça suspeita...

Nada... Não existe ninguém aqui, e está tudo muito quieto...

Mas continuo tenso, meu coração bate forte... O ar está pesado, apesar de não ver nada por entre as sombras, estou aterrorizado com algo que sequer sei se existe de fato.

Tudo que sei é que meu nervosismo é real... Não existe nada a minha volta, já olhei ao redor por mais uma vez, mas não adianta. Me sinto fraco, aterrorizado, indefeso.

Alguma coisa está muito errada.

É como se uma ameaça invisível estivesse à espreita.

Minha respiração está alterada pelo medo, meus olhos continuam procurando algo por entre a escuridão que me rodeia, e cada vez mais posso sentir uma estranha pressão no meu corpo.

Me afasto da arvore, querendo seguir de volta pelo meu caminho. Meus passos, antes curtos, agora são longos. Cada vez mais aumento o ritmo, até estar correndo sem rumo por entre a floresta. Respiro ofegante, chocando o corpo contra algumas arvores, desviando de outras, tropeçando em raízes, desviando de galhos, mas sem parar de correr, ofegante pelo esforço que estou me colocando.

Preciso fugir para longe daqui.

Fugir do que, eu já não sei.

Algo chama minha atenção de repente, um vulto passa próximo de mim. Interrompo minha corrida e olho para o lado, procurando pelo dono do vulto, torcendo ser apenas uma impressão minha. Outro vulto acontece, mas esse acontece no alto.

Ergo meus olhos, novamente encontrando o céu tomado de nuvens vermelhas. Um novo vulto passa, seguido de outro, e mais outro. São vários movendo extremamente rápido na mesma direção, como se me ignorassem.

São muito rápidos, mas consegui distingui-los pelo menos um pouco. Acho que nunca vi algo como eles antes, alguns pareciam ter fio brilhantes em suas costas, outros tinham plumagens brancas e outros apenas silhuetas e plumagens transparentes.

O que são eles?

Me encolho debaixo de uma arvore e olho para o alto, esperando que todos eles vão embora. Não sei quantos são, mas são muitos... Quando finalmente não passa mais nenhum, continuo escondido, mas sentindo vontade de ir até eles.

Apesar do medo dentro de mim, e de toda a pressão a minha volta que parece estar ainda maior, acho que posso descobrir mais se for atrás deles... Meus instintos gritam para que eu vá para o mais longe que conseguir, mas quero saber o que está acontecendo.

São rápidos, mas acho que consigo acompanhar.

Disparo em uma nova corrida, seguindo na direção oposta da qual eu realmente poderia querer, mas não sei... Por algum motivo, quero entender o porquê dessa sensação tão estranha.

Corro cada vez mais, até minha garganta queimar de tão seca. Respiro apressado em busca de todo o ar que puder, me esforçando para não perder o ritmo. O calor da corrida trás o cansaço, minhas pernas doem um pouco, mas nada que me obrigue a parar.

Uma névoa surge por entre as arvores, enegrecida pela pouca luz do ambiente... Só que, da mesma forma que foi com as sombras, essa névoa também me incomoda, ela é muito diferente do que já vi antes.

Ruídos distantes podem ser ouvidos, mas são barulhos que não sei identificar. São estranhos, desconexos, parecem sons de impactos, misturados a gritos de agonia...

Paro de correr, controlando minha respiração. Agora que percebo, os sons não vem de uma só direção, tanto os impactos quanto os gritos vem de todos os lados, gritos de dor, de ira, de agonia, todos se misturam nos barulhos estranhos que se espalham pela escuridão dessa floresta... Já está mais perto da noite, então a luminosidade está bem pior.

Avanço mais um passo quando, por trás da névoa e de todas as sombras, vejo uma silhueta não muito longe sendo arremessada ao chão por alguma outra coisa, que de imediato parte a um novo ataque.

Meu corpo inteiro treme com o que vi. Minhas pernas não me obedecem, meus olhos estão cravados no que está acontecendo a minha frente, junto aos gritos que parecem ainda mais altos e cada vez mais próximos ecoando sem parar na minha cabeça.

Meus instintos gritam desesperados, alertam meu corpo do perigo iminente a minha volta.

Recuo alguns passos, olhando em volta e me dando conta do que está acontecendo ao meu redor. A névoa densa oculta as imagens tornando apenas silhuetas desfocadas, mas não abafa os vários sons seguidos. O desespero recai em mim, me viro e corro.

Ter vindo foi a pior ideia que já tive. Tenho que fugir daqui o mais rápido que puder.

Preciso ir para longe, preciso sair daqui de qualquer jeito.

Corro assustado, e por não conseguir enxergar direito por causa da escuridão, acabo esbarrando por diversas vezes em várias arvores. Acabo pisando em falso em uma raiz e vou ao chão em uma queda abafada pelo gramado alto.

A queda me faz gemer de dor, mas me obrigo a ficar de pé e continuar fugindo, eu consigo ouvir. Seja o que for, já está atrás de mim, e estão muito próximos.

A luminosidade é quase nula, com essa névoa é ainda pior... O problema é que, o que quer que esteja atrás de mim, está muito mais próximo agora. Não sei se conseguirei escapar, e a cada instante a pressão fica cada vez maior.

Quanto mais eu corro, mais a pressão a minha volta piora... E meu medo cresce cada vez mais.

Olho para trás, buscando ter certeza de que não tem ninguém próximo, e acabo me chocando em algo rígido, e de imediato caio batendo as costas no chão. Algumas raízes mais altas acertam parte das minhas costas, causando fortes pontadas de dor.

Gemo com a dor da queda, tentando me recuperar desse choque com mais uma arvore. Pisco algumas vezes e olho para frente, e para meu assombro, percebo que não bati em uma arvore.

Existe a silhueta de alguém encoberto pela nevoa enegrecida, parado bem a minha frente.

A figura está de lado, porem lentamente se vira e tem sua atenção voltada a mim.

Por causa da escuridão da noite e toda a névoa, não consigo ver seu rosto... Mas sei que seus olhos estão cravados em mim.

A pressão se tornou absoluta nesse instante, não consigo mais me levantar ou me mexer. Meu corpo inteiro treme, estou assustado, indefeso perante a figura enegrecida que transmite imponência, poder e me causa o mais absoluto desespero.

Neste momento eu entendi... Minhas chances de escapar com vida, se tornaram zero. 

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