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Lista

— Não ensinarei porra nenhuma! — esbravejou levantando, a palma esfregando o rosto. Ela tinha a mão pesada para alguém tão pequena.

— Desculpe-me... — Tomada pelo desespero, Paulina ergueu-se e o agarrou pelo braço. — Por favor, Simon! Não queria... É que...

— Inferno! Estou farto de lágrimas — exasperou-se, segurando-a pelos ombros. — Você não cansa de bancar a vítima? Quem levou o tapa fui eu, droga!

— Juro que não queria... — desculpou-se choramingando.

— Entendi. Agora pare de chorar — ordenou.

— Vai me ensinar...?

— Sem chance! — respondeu, afastando-se com uma carranca.

A raiva e o desgosto de Simon eram palpáveis, mas nada disso apavorou Paulina, ao contrario, aumentou seu desespero e a vontade de fazê-lo mudar de ideia. Precisava convencê-lo a ajuda-la.

— Foi o nervosismo... Quando fico nervosa faço coisas sem pensar...

— Você sempre fica nervosa comigo — retrucou, completando categórico: — Desista.

O toque do interfone interrompeu a nova leva de súplicas. Apertou o botão de viva-voz, obrigando Paulina a ficar em silêncio.

— Senhor Simon, dona Mirela na linha 2 — Cherry anunciou.

Simon massageou a têmpora. Era só o que faltava.

— Atenderei.

— Sim, senhor.

Um bip e a voz preocupada da matriarca Salvatore tomou a sala.

— Filho, fui ao seu apartamento e não encontrei a Paulina.

— Dei o dia de folga para ela — respondeu. Movendo os lábios perguntou para Paulina se queria falar. Ela negou.

Você soube?

— Sobre?

Nathaniel cancelou o casamento. — Mesmo com a atenção no telefonema, Simon percebeu a tensão tomar Paulina. — Encontrei Carlota na minha caminhada diária, perguntei sobre o casamento e ela me contou — continuou Mirela para agonia de Paulina. O término do seu noivado dos sonhos já não era segredo. — Pobre menina! Deve estar desolada. Ela idolatrava o chão que aquele rapaz pisava. Por isso fui a sua casa — Simon bufou. Sua mãe vistoriava seu apartamento todo dia, com ou sem motivo. — A procurei em todo canto e nada. Liguei, enviei mensagens e até agora não obtive resposta. Estou muito preocupada.

Paulina pegou o celular na bolsa. Havia diversas chamadas não atendidas, a maioria de Mirela. Dez mensagens da Salvatore, uma de Tábata pedindo desculpas, outra da lavanderia, esquecera-se de buscar a roupa de cama no horário combinado, e uma de Nathaniel. Abriu a mensagem com o coração acelerado e esperançoso, recebendo um banho de água fria ao ler:

"Espero que sejamos amigos. Ligue-me quando tiver vontade. Abraços, Nathaniel".

— Ela está com uma amiga — Simon informou Mirela para tranquiliza-la, incomodado por observar Paulina de cabeça baixa, enfiar o celular na bolsa e remover com as mãos mais lágrimas. — A deixei lá hoje cedo.

— Quanta insensibilidade deixa-la com desconhecidos.

Simon revirou os olhos, cansado de ser julgado e condenado.

— Não é uma desconhecida, é a namorada do Guilherme. — Balançou a mão com pouco caso quando Paulina, saindo de sua depressão, o encarou irritada e murmurou: É só amiga.

— A moça do bebê?

— Exato. — Levantou uma sobrancelha e sorriu de canto para Paulina, transmitindo que não era o único a ver Tábata como algo mais de Guilherme. Ao que ela cruzou os braços e virou o rosto.

— Mesmo assim. Ela precisa saber que nos importamos, que pode contar com nosso apoio e amor.

— Como disse, Paulina rastejava pelo Nathaniel. — Ignorou Paulina gesticulando que Mirela não dissera isso. — Ela não aceitou o fim.

— É mais um motivo para...

— Para deixar que pense sozinha a respeito disso — completou antes de Mirela. — Mãe, sei que está preocupada e, assim que falar com a Paulina, pedirei que te ligue. — Lançou para a Perez um olhar significativo. — No momento não tenho tempo para qualquer assunto além do trabalho, mais tarde conversamos.

Entendendo a indireta, Paulina assentiu, ajeitou a bolsa no ombro e saiu do escritório de Simon.

~*~

Passava das 20hrs, horário que Simon voltava do trabalho. Torcendo as mãos uma na outra, Paulina andava de um lado para o outro da sala, olhando obsessivamente para a porta.

Telefonou para Simon, a fim de saber quando chegaria, mas ele não atendeu. Não ligou para o escritório por medo de ouvir a voz de Cherry. Mesmo que Cherry fosse de algum modo inocente, a amargura de ter sido trocada a fazia, pela primeira vez em sua vida, odiar.

Nervosa, sentou no sofá, ainda com os olhos fixos na porta. Aguardaria quanto tempo fosse. Simon tinha de ajuda-la.

Ligou o televisor, embora não tivesse concentração para nenhuma programação, e pegou o celular que deixara na mesinha de centro a procura de novas mensagens. Não havia nenhuma, nem mesmo de Mirela, o que era um alívio.

Antes de voltar para o apartamento passara na lavanderia, pedira mil desculpas pelo atraso e partira tão rápido quanto chegara. Depois passara horas trocando mensagens com a Salvatore, sendo consolada na verdade. Por algum milagre Mirela não aparecera no apartamento. Presumia que Simon a convencera a lhe dar um tempo.

Não respondera a mensagem de Tábata. Não sabia o que dizer na verdade. Estivera fora de si e descontara em quem não devia. Temia o que ouviria ao pedir desculpas e contar que Tábata, em parte, estivera certa a respeito da relação de Cherry com Nathaniel.

Também não respondera a mensagem de Nathaniel. Não tinha confiança no que escrever e se devia escrever algo agora. Por isso precisava tanto de Simon, para conduzi-la de volta para a vida e ao coração de Nathaniel. Para apagar a "irmã" da mente de Nathaniel e mostrar que era a mulher perfeita para ele.

Suspirou quando o termo "irmã" veio a sua mente.

Não entendia o que havia em Cherry de diferente dela ao ponto de Nathaniel perder o juízo, taxa-la de "irmã" e sucumbir ao desejo. Era difícil imagina-lo perdendo o controle. Com ela sempre fora controlado, mantendo os limites. Tudo bem que fora para tranquiliza-la e respeitar os limites que ela delineara nos primeiros meses de namoro.

Pegou na mesinha o bloco de notas que deixara ao lado do celular e de um lápis. A angustiante espera tinha rendido uma lista de possíveis coisas que precisava mudar. Puxara na memoria tudo que sabia sobre a Martins, buscando o que motivara Nathaniel a trai-la. Pessoalmente, contando com aquele dia, só a vira três vezes. Focou nessas ocasiões uma vez que as conversas por telefone não revelaram muito.

O primeiro ponto era a personalidade. Cherry era expansiva, sempre tinha um sorriso caloroso nos lábios perfeitamente maquilados. Torceu a boca ao relaciona-lo com o calor que lhe faltava.

Depois focou na aparência. Tinha noção que, embora fosse baixinha e acima do peso ideal, era bonita. Nathaniel nunca mostrara desagrado com o modo que se arrumava, ou reclamara de suas roupas. No entanto, confrontando seus terninhos, calças, vestidos e saias longas com as roupas de Cherry, a ruiva saia na vantagem.

Em todas as vezes que vira Cherry, ela usava blazer que se ajustava ao corpo delgado, camisas de tecidos leves e claros, saia e saltos altos. As saias não eram curtas, terminavam pouco acima do joelho, mas com certeza atraiam olhares para suas pernas esquias. Olhou paras as próprias pernas, totalmente cobertas pelo tecido grosso da saia azul e teve certeza que ficaria ridícula com roupas semelhantes.

Cherry era magra e devia ter por volta de 1,70 de altura. Com seus míseros 1,53 e curvas generosas, para não dizer exageradas, Paulina temia ressaltar suas imperfeições em vez de ficar atraente.

Para assombra-la ainda mais a cerca do corpo perfeito aos olhos de Nathaniel, na tela passou o comercial feito para o novo perfume da Muller. A mulher escolhida era alta e magra, os cabelos ruivos caiam brilhantes até as costas, os olhos verdes seduziam e chamavam o telespectador. Engoliu em seco. Ela tinha sido escolhida por Nathaniel, ele mesmo lhe dissera. E era muito parecida com Cherry.

Pegou uma mecha do próprio cabelo. Só recorria ao cabelereiro em ocasiões especiais, e mesmo nelas só aparava as pontas, mantendo o mesmo penteado desde os quinze anos. Cherry tinha o cabelo na altura dos ombros e, suspeitava, pintado. Perguntaria para Simon se fazer o mesmo a deixaria mais atraente.

Um regime e exercícios ajudariam a emagrecer. Pediria para ele cadastra-la na academia do prédio e passaria cada segundo de sua folga lá, afinal não tinha nenhum outro lugar para ir agora que rompera o noivado e a amizade com Tábata. A mansão não lhe atraia. Seu pai nunca aprovou seu namoro e com certeza zombaria do término. E realmente não queria a pena dos Salvatore e da irmã.

Chegou ao último ponto. Cherry, obviamente, não era casta e lhe roubara o noivo. Essa era a grande diferença entre as duas.

Largou o bloco na mesinha, se encolheu no sofá e esfregou as mãos nos braços. Sua mãe sempre lhe dissera que moças comportadas, que conservavam a virgindade até o casamento eram valorizadas e conseguiam bons casamentos. No entanto, essa afirmação era falha.

Nathaniel desejava uma mulher calorosa, não uma celibatária. Seria essa mulher, mesmo que isso significasse aceitar os avanços de outra pessoa.

Levou os dedos trêmulos aos lábios. Os beijos de Nathaniel não enviavam uma corrente elétrica por seu corpo, nem reviravam seu estomago ou faziam seu coração disparar loucamente. Tinha que controlar-se para seguir em frente.

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