Antes de partir
Sabe aquela história clichê digna de romance de novela ou alguma cena de um filme romântico, pois sim, só esses exemplos de ficção para compor a vida amorosa de Luciana e Jonas, dois jovens amantes, amigos, namorados, parceiros um do outro.
Viviam uma vida de pura e eterna dedicação e sempre estariam dispostos a reconquistar e acender a chama da paixão, mesmo essa nunca ter sido susceptível a apagar- se.
Prestes a completar oito longos anos de harmônica união, nada os deixariam mais felizes do que se encontravam, Jonas prometera fazer uma surpresa a sua amada sem ela saber, tinha apenas um final de semana para o rapaz planejar algo e tratando-se dela não podia ser qualquer coisa como, caixas de bombom, recadinhos via rede social, teria que ir além da imaginação, pois conhecia Luciana e a sua felicidade ao ser surpreendida por situações as quais não está acostumada a passar.
O leitor deve estar pensando; poxa mas que amor hein!..Quem não quer amar e ser amado? Por incrível que pareça nos dias atuais de hoje felizmente ainda exista seres humanos como esses personagens que acreditam no poder do amor e todo o seu dinamismo que nos envolve como um todo diante dessa vida moldada ao ódio e falta de compaixão.
A vida nos remete a várias circunstâncias em suma exemplificação sobre o que é o amor, situações que nem mesmo revistas, jornais, ou até noticiários não saberiam retratar o assunto e significado da então palavra de camaleônica significância.
O amor nos leva a realizar uma fantástica viagem ao nosso próprio corpo de uma maneira que aprendemos a conhecê-lo melhor desde quando este proporciona a estimulação do hipotálamo; o hormônio da oxitocina instigado ao bem estar nos fazendo sentir mais relaxados, até quando a rápida contração e relaxamento do coração nos dando aquela taquicardia de quando estamos perto de alguém que gostamos, um arrepio que percorre ao corpo do tato a pele, até as pupilas dilatam é isso mesmo! Todo o corpo se comunica através da luta emergêncial correspondida a vários campos de batalha denominado desejos.
PRESENTE
O esplendor do brilhante sol daquele fim de tarde do veraneio de agosto irrompeu-se sendo substituído por uma noite onde o céu preenchia na sua lacuna infinita estrelas que aos poucos se multiplicavam formando um belo espetáculo de luzes.
Luciana percebeu que as horas se excederam ao olhar ao relógio em formato de coruja sob sua escrivaninha, foi o suficiente para suspirar indagando uma tristeza em seu rosto pálido ao despedir-se do amado que estaria do outro lado da linha. Um tchau meloso ali, outro" meu infinito" acolá, tinha que ter uma espécie de ritual para cada um desligar do modo correto.
Luciana era uma estudante de arquitetura, de lindos cabelos compridos castanhos escuros, olhos amendoados, lábios volumosos que desenhavam uma pequena covinha em ambos os lados proximais a bochecha rosa e pálida.
Conheceu Jonas na quarta série quando a professora a obrigou a fazer um trabalho de artes com um menino teimoso e mimado que até então passou a sentir uma admiraçao pela garotinha magricela e inteligente.
Desde o passado aos dias atuais, sempre soube que encontrou o amor à primeira vista, e nunca desistiria de construir um caminho de mera felicidade.
A jovem estava animada, a noite da linda sexta feira estava só começando, e mal podia esperar para encontrar seu namorado mais que perfeito.
O casal também passava por alguns momentos inoportunos, brigavam e nem sempre a vida era provida de flores, agiam demasiadas vezes por imaturidade discutindo por coisas tolas, contudo procuravam sempre resolver as coisas dialogando e analisando o ponto onde ambos erraram.
Luciana estava animada para ir a pizzaria com o namorado, esboçando largos sorriso afastando os lábios carnudos, a jovem cantarolava enquanto vasculhava o roupeiro de mármore situado ao lado da porta de entrada ao quarto.
Escolheu uma saia com babado cor preta, e uma blusa branca ombro caído acompanhando com a linda corrente de prata com a inicial do seu nome para dar um toque final ao look.
Jogou as peças de roupa diretamente a cama, porém antes de pensar em vestir as roupas, parou em frente roupeiro e olhou um jogo de fotos que havia feito com Jonas no canto do espelho sorriu.
Luciana morava sozinha, sua mãe morava no interior e o pai nunca conheceu devido a mãe dizer que o mesmo a abandonou não tendo escolha a não ser criar a filha sozinha.
A garota era totalmente independente na vida, sempre prezou pela liberdade, por mais que tinha uma vida a dois sempre se sentia bem tendo sua privacidade principalmente quando estivera em sua casa, onde sentia um prazer em desfrutar seu descanço e sossego diante de uma vida corrida e atribulada. Mas não era motivo para a garota se desesperar, afinal para algumas pessoas conciliar vida amorosa, faculdade, e emprego seria uma árdua tarefa, estabelecia uma rotina a ela mesma, no período da manhã iria as aulas do curso, na parte da tarde trabalhava meio período como atendente em um consultório odontológico, a área da saúde também lhe despertava um enorme desejo de se tornar uma dentista, mas a sua paixão pela arquitetura venceu depois de estudar e fazer um trabalho de pesquisa sobre Oscar Niemeyer na época do ensino médio.
Depois do trabalho se dedicava a Jonas, jamais passaria uma noite sequer sem hesitar ao menos dar um telefone, nunca abdicou-se de esquecer que tinha afazeres mais importantes que isso, de quebra Luciana controlava sua vida numa balança equilibrada sem excessos ou perdas.
Estava pronta se olhava dando voltas ao espelho a roupa ficou perfeita em seu corpo, pudera qualquer pedaço de tecido encaixaria a suas curvas estonteantes, a garota dos vinte e oito anos tinha um corpo escultural dando ênfase a sua forma juvenil, em seguida caminhou até a cama retirou o celular do carregador e tocava a tela com os finos dedos analisando cada mensagem que Jonas havia lhe mandado, se apressou em pegar sua bolsa marrom decorado com tecido coral,enfiou os braços a extensa alça e caminhou até a porta da sala, tomou o elevador do apartamento de oito andares e lá embaixo ao ver que o rapaz já estava em sua espera corre até o carro do jovem.
A noite estavam linda jovem como eles, colorida, as estrelas davam um imenso brilho as ruas, o luar minguante crescia ao imenso palco do céu irradiando sua cor clara que iluminava o corola escuro de Jonas.
_Oi!._Saudou Luciana entrando ao carro._Eu já estava com saudades!._Murmura com um pequeno selinho ao lábios do rapaz que após abrir o olho retoma o fôlego.
_Eu também estava com muitas saudades!_responde o jovem rapaz que ao girar a chave liga novamente o carro._Vamos então?._Perguntou dobrando os cotovelos ao volante.
_Vamos sim. Estou morrendo de fome!
Respondeu analisando Jonas dos pés a cabeça._Você está um gatinho! Nem parece meu namorado._Soltou uma leve risada.
_Ha!Muito engraçado dona Luciana. Até parece que eu nunca me arrumei._Respondeu sem olhar para o lado, pois estava dirigindo.
Luciana gostava sempre de ajudar a escolher as roupas para o namorado, mesmo assim a garota aprovou o modo como estava vestido, jaqueta de couro preta, calça jeans com retalhos rasgados ao joelho, tênis converse vermelho, Jonas se igualava ao nível de beleza da namorada, olhos verdes escuros, cabelos lisos escorridos a testa, tinha sempre um sorriso meigo escondido aos lábios largos, o corpo escultural, mas nada exagerado.
Não tinha uma vida rotulada a tantas rotinas pois apenas trabalhava como faturista em um hospital da cidade.
Seu maior sonho era prestar vestibular para medicina sempre dizia com um sorriso no rosto que conseguiria alcançar o tal feito.
Ao chegarem a pizzaria" Comilão" famosas por fazer as melhores pizzas doces da cidade, escolheram uma mesa e se acomodaram.
_Estou tão feliz com você nossa vida é perfeita!_Responde ao garoto com um belo e radiante sorriso enquanto folheava o cardápio.
_A minha vida é perfeita porquê tenho você ao meu lado!._Jonas toma uma de suas macias mãos.
_Ai que lindo!._Murmura a jovem largado o cardápio a mesa. Seus lábios carnudos encontram com os dele que aceitaram o beijo, as línguas visitaram ambas as bocas opostas e o desejo foi tomando conta do casal.
_Nossa até esqueci que estávamos aqui!._Responde Jonas se arrumando a cadeira.
_Ah ninguém sequer nos olhou amor! Argumentou jogando seus cabelos aos ombros._
Minutos depois se deram por satisfeitos, apenas apreciavam um saboroso vinho suave. O silêncio da calma noite foi quebrado por ela que o fitava com um sorriso destacando sua beleza em seu jeito único e puro.
_Você é lindo sabia?._Jonas acariciou suas mãos._Você que é linda, parece uma porcelana!_Luciana abre mais ainda o sorriso franzindo suas sombrancelhas perfeitamente desenhadas.
_E pensar que já se passou oito anos._argumentou levando a taça de vinho em sua boca carnuda contornada ao batom vermelho carmim.
_Nosso amor vai durar por anos e anos!_Sorriu apalpando o braço da Luciana que mostrou aprovação com um sorriso meia boca.
_Promete que nunca me deixará?_Luciana perguntou séria mesmo sabendo a resposta do namorado hesitou saber da própria boca dele.
_Claro que nunca vou lhe deixar amor, vamos sempre estar juntos, viver juntos._ Jonas ergue- se da cadeira e com os braços a mesa lançou um selinho a jovem que aceitou fechando seus olhos.
_Me sinto mais segura quando você me diz isso._Sorriu olhando ao modesto olhar aberto e envolvendo que Jonas lançava a ela.
A noite foi maravilhosa, Jonas deixou sua amada em casa se despediu no outro dia prometera entregar uma nova aliança que havia comprado, o intuito era para ter colocado enquanto estava a pizzaria, mas ao refletir consigo mesmo decidiu que não era um momento apropriado, pois queria fazer uma coisa mais romântica como um jantar em um restaurante.
A manhã de sábado daria uma abertura de sérias tragédias. O negrume cobria o céu, as nuvens entristeceram com o barulho das trovoadas que anunciaram uma tromba de água.
O despertador de Luciana nem teve tempo de alarmar devido ao seu celular tocar uns minutos antes. Quem seria a essa hora da manhã pensou a garota que com os olhos encolhidos demorou a similar a ver que número seria aquele._ O sr Juvêncio essa hora?_ mesmo estranhando o fato do pai do namorado estar ligando durante o início de manhã a jovem atende.
_Alô!_O..que? Como assim?_Nao bastou essas perguntas para seu rosto enaltecer uma expressão triste aos olhos que expeliam lágrimas aceleradas
Luciana ficou parada, notava-se os batimentos acelerados acompanhados pela boca seca que nao emitia nenhum tipo de palavra, não conseguiria nem mesmo se mover, aos mãos trêmulas soltaram o aparelho que cai quicando a sua cama.
Continua
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