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Capítulo 46


- Você está falando sério Clarissa? Isso é algo muito grande, tem certeza que dá conta?

- Você ainda dúvida da minha capacidade, não é mesmo Richard? Eu achei que poderia confiar em você - dou um suspiro pesado enquanto encosto minhas mãos em sua linda mesa de madeira ágar. Eu tinha que persuadi-lo, era a única pessoa que eu conhecia e que poderia me ajudar.

- Eu juro que não é isso. E sim, você pode confiar em mim. É só que... Um projeto desse demanda muito trabalho e você quer encontrar um lugar perfeito até amanhã. É algo quase impossível.

Sento me na cadeira pesadamente.

- Richard! Meu ex noivo mais amado. Devo te lembrar que quando eu coloco algo na cabeça eu vou até o fim?

- Que eu me lembre eu sou seu único ex noivo. - diz com um sorriso entre os lábios.

- Cala a boca! - franzo minhas sobrancelhas para demonstrar minha ironia de forma séria.

- E se eu me lembro bem, você não vai sossegar enquanto eu não te dar o que você quer?

- Isso! - concordo estendendo minha mão a ele - É muito bom fazer negócios com você. 

- Certo, vamos começar - diz pegando uma pasta em suas gavetas - Aqui está a lista dos meus clientes e, bem, entre eles o seu pai. Mas você disse que não quer nada dele nesse sentido. Conhecendo você o tanto que eu conheço, acho que o Daniel Petrov, o Mário Alcantara e a Jaqueline Muller, são os que combinam com o seu estilo.

- Olha que o meus estilos tem mudado muito nos últimos dias. 

- Talvez. Mas, espere até eu te mostrar alguns dos imóveis deles. - ele se vira para a tela do computador e busca uma série de imóveis grandiosos lindos. Pelo menos uns cinco ou seis de cada um dos construtores que ele me indicou. - No que você estava pensando?

- Eu quero um espaço grande, no máximo dois andares, com várias salas e um enorme pátio. Será que encontramos algo assim? Se eu mandasse fazer demoraria muito e minha ansiedade não me ajduaria.

- Bem... tem esse aqui, do Daniel, dois andares, um mesanino, 20 salas. Dê uma olhada - diz ele virando a tela do computador pra mim. 

- Parece bom Richard, mas sinto que falta algo. Algo inspirador. 

- Inspirador como o que?

- Eu não sei. Quando eu estava internada, o que me inspirava e me dava alguns momentos de alegria, eram as borboletas da janela do meu quarto. Elas eram tão incríveis, tão lindas, elas eram minha fonte de inspiração. Eu quero que seja um lugar inspirador e não que remete a um hospício ou coisa do tipo.

Richard coça a cabeça. Ele que sempre foi tão técnico, se deparar com algo assim, parecia uma tarefa bem difícil para ele. Era preciso usar a imaginação. Enquanto ele rolava a tela do computador tentando achar algo que me encantasse, meu ex noivo me mostrava várias opções se sucesso. 

- Richard, algo inspirador - eu insistia. 

- Clarissa, estamos aqui há 40 minutos. Eu já te mostrei vários estilos espaços diferentes e nada parece tão inspirador pra você.

- Sabe... eu amei muito você. Mas se tinha algo que me irritava além de você trabalhar 24h por dia era essa sua falta de paciência. Sempre irritado, sempre inquieto. 

Ele respirava fundo. Era como se eu o tivesse ofendido, mas não era essa minha intenção.

- Amava? - ele me encara profundamente com o semblante meio frustrado. 

- Richard, por favor, não confunda as coisas.

- Eu te disse que ainda sou apaixonado por você. E reconheço que fui um babaca muitas vezes, mas eu sei que posso mudar. E, talvez tenha chances de isso acontecer. Você ainda confia em mim de certo modo.

Respirei fundo. Eu ainda nutria um carinho e um respeito muito grande por Richard, mas não o amava mais. Pelo contrário. O sentimento que eu tinha por ele se transformou apenas num carinho. Eu não mais o culpava ou me culpava por ele ter me abandonado, mas eu não conseguia mais vê-lo ao meu lado de qualquer outro jeito que não fosse só meu amigo.

- Richard, você é incrível. De verdade. Eu me senti a mulher mais linda, amada e desejada do mundo com você. Mas quando você me abandonou daquela forma, por mais que eu saiba que tenha sido doloroso pra você, pra mim doeu em dobro. Eu não guardo mágoa disso, mas eu não sou mais a Clarissa que ficou noiva de um advogado austriaco e rico. Eu mudei muito, apesar da minha essência ser a mesma. Não daríamos certo. E bem, eu te procurei porque confio em você pra me ajudar a encontrar um lugar perfeito, porque sei o profissional renomado e respeitado que você é, então... é a pessoa perfeita para me ajudar. - Ele respira fundo e limpa a garganta - Espera... - mudo de assunto, quebrando aquele clima estranho. - Entra naquele espaço ali.

- É o espaço da Jaqueline. - responde ele logo que clica no link que eu apontei. - Ele só não tem dois andares.

- É incrível, é perfeito. É ainda melhor do que eu pensei. 

- Tem certeza?

- Você tá brincando?

- Olha esse espaço, é quase um chácara dentro da cidade. Sem contar que esse jardim está me dando ótimas ideias. 

- Bem, o preço está dentro do seu orçamento, e ainda sobra para as reformas, móveis, e outras coisas que você estiver pensando em fazer.

- Será que a gente consegue ir visitá-lo agora? - pergunto realmente empolgada.

- Fica há uns 20 minutos daqui - responde Richard.

- Perfeito.


Assim que saímos do escritório do Richard, a minha mente divagava. Dentro do carro, eu olhava as ruas pela janela com várias ideias, planos... Pensei em Miguel. Ele estaria orgulhoso de mim se me visse assim. Mas aquilo eu estava fazendo por mim. A ideia foi minha, e aquilo era pra provar a mim mesma que eu era capaz daquilo. Meu corpo poderia estar fragilizado, mas a minha mente estava mais forte do que nunca. 

E se Miguel fosse meu de verdade, acharíamos um jeito de nos encontrar. E eu queria muito que isso acontecesse. 

- É aqui. Chegamos! - disse Richard tirando o cinto de segurança - Jaqueline nos espera ali dentro.

O lugar era algo ainda mais lindo pessoalmente.  A entrada tinha um portão de ferro vazado, preso a uma parede de pedras. Havia um jardim imenso na entrada, com flores de tudo quanto é espécie, a grama muito bem aparada, e um fonte incrível. A garagem era tão grande, que mais parecia um estacionamento. 

Dentro da casa, havia um hall de entrada num porcelanato branco, e uma parede ou outra havia uns vasos de planta que deixava o ambiente ainda mais aconchegante. Eu colocaria uns sofás ali, algumas poltronas, e uma mesa de centro. 

A casa tinha quartos imensos. Em todos o banheiros tinha uma banheira gigante.

No fundo das casas, o quintal era gigante. Era possível construir outra casa ali com um quintal que ainda sobraria espaço. Um espaço sem nenhuma construção, apenas um lindo gramado e algumas árvores esparsas. Ao centro, mais perto da casa, uma enorme piscina, com um lindo pergolado próximo. Eu já imaginava muita coisa ali. Do outro lado da piscina, tinha uma casinha, que de pequena não tinha nada. Tinha uma banheira de hidromassagem e uma sauna.

- E aqui, temos a área de lazer. - mostra Jaqueline finalizando sua demonstração. 

Eu não havia prestado atenção em nada do que ela havia dito, só conseguia pensar que sim, eu compraria. 

- Eu vou comprar. Esse lugar é mágico. - digo logo sem nem pensar duas vezes.

- É lindo o que você quer fazer Clarissa. Eu acompanhei um pouco da sua história e imagino o quanto dever ser difícil pra você, mas eu vejo que isso te inspirou, que você não se deixou abater. Você é uma inspiração para muitas mulheres.

Sua palavras me emocionaram. Foi impossível conter um sorriso e uma lágrima que havia acabado de escorrer. Durante muito tempo, eu jamais me imaginei sendo a inspiração de alguém. Eu estava feliz, e queria que todo mundo que tivesse na mesma situação que eu se sentisse assim, feliz. 


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