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Capítulo 27

Paola Oliveira como Andreza



Clarissa

Ele estava diferente. Os cabelos mais curtos, a barba feita, e um pouco mais encorpado. Eu não conseguia decifrar o que eu estava sentindo nem tampouco esboçar qualquer tipo de reação. Era uma mistura de medo, surpresa, saudade, orgulho e uma pitada de raiva.

Parte de mim queria mostrar a ele que eu estava bem, mesmo duvidando da minha própria convicção. Queria mostrar que eu poderia sim, enfrentar meus medos e drama, e principalmente minha doença. Queria que ele se arrependesse. Outra parte de mim estava satisfeita com o rumo com o qual as coisas tomaram.

Mamãe e Dafne se viraram no mesmo instante. Assim como eu, estavam surpresas, porém receosas de como a situação prosseguiria.

− Richard! Que prazer – levantou-se mamãe indo a um abraço, quebrando o silêncio e o constrangimento que estava crescendo entre nós.

Mamãe tentava criar um assunto, mas estava tão sem graça que nem sabia como iniciar qualquer tipo de conversa. Isso ocasionou vários gaguejos e por fim um suspiro e um olhar de suplico em direção a Dafne.

Minha irmã ainda estava paralisada e tendo em vista o estado de mamãe, de supetão ela se levantou.

- Richard, como vai? – foi em direção a ele para um cumprimento. O que faz em uma loja de vestidos femininos?

− Ahn! Andreza, ela veio provar um vestido para um evento que teremos na semana que vem.

− O que achou querido? – diz a suposta Andreza saindo do provador.

Ela era linda. Loira, de cabelos compridos, os olhos castanhos e um corpo definido. Não deu para não sentir inveja. Ela era incrível e até minha irmã concordou só pela sua reação. Respirei fundo. Eu não poderia me abalar com aquilo. − Ahn! – esboça ela completamente surpresa.

- São umas amigas antigas, amor! – informou Richard.

Ele nos apresentou. E eu ainda permanecia calada conseguindo apenas dizer um "muito prazer".

− Certo, vou trocar de roupa – sorriu indo em direção ao provador.

− Que surpresa você por aqui Clarissa. Há quanto tempo. – disse um pouco constrangido ao se aproximar de mim.

− Pois é. − pigarreei por quase não conseguir falar.

− Você ta ótima − engoliu seco.

− Estou pegando firme nos tratamentos. Trocaram meu psiquiatra e ele tem me ajudado bastante.

- Que bom! – ele abaixou a cabeça − Quero dizer, você parece ótima.

- Eu estou - sorri com sinceridade.

- Querido! Já terminei de pagar o vestido. - Andreza se aproximou de Richard apoiando a mão em seus ombros e sorrindo pra mim como se pedisse autorização para eu liberar Richard e eles poderem ir embora. - Lindo vestido - elogiou.

- Obrigada! Bem eu preciso me trocar. A gente e vê. - disse mais por educação do que realmente vontade. Ver Richard com uma mulher tão maravilhosa, havia me abalado um pouco e de uma forma que ainda não sabia como explicar.

Assim que nos despedimos, Dafne e mamãe evitaram tocar no assunto de Richard. Porém, minha irmã tagarelava sem parar das coisas bizarras que queria para o casamento e chá de bebe.

Ela queria três eventos um seguido do outro. Disse que tem três dias considerados finis de semana e que, portanto, cada um deve ser comemorado de um jeito.

Na sexta seria o chá de bebe. No sábado a despedida de solteiro e o casamento no domingo. o Casamento seria de dia, porque a noite o mais velhos vão dormir e os jovens aproveitam mais, ou melhor dizendo, Dafne e Philip aproveitam mas - isso inclui quatro paredes, uma cama gigante, com pétalas de rosas espalhadas, velas, uma banheira de espumas. Tudo isso no motel mais luxuoso de Curitiba que Philip reservou. Seria uma surpresa, se Dafne não fosse abelhuda.

E, ao que tudo indica, Dafne estava fazendo aula de pole dance.

- Você enlouqueceu, Dafne? Você está grávida;

- Exatamente Clarissa, gravida e não doente. - disse dando uma grade mordida em seu lanche com três hamburgueres. 

- Mas isso não faz mal? 

- Fica tranquila. - O médico disse que é bom se exercitar na gravidez. Além do mais, a professora respeita meus limites - explicou dando outra mordida.

Depois que Dafne entrou em quarenta lojas, provou trinta docinhos de sabores aleatórios, fomos para casa. 

Papai não estava e eu agradeci por não ter que vê-lo e enfrentá-lo novamente. A única coisa que eu precisava naquele momento era de Miguel ao meu lado.

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Na manhã seguinte eu estava ansiosa. Miguel viria para uma consulta. Ou seria mais um visita dada as circunstâncias. Mas eu sabia muito bem que meu psiquiatra iria me encher de perguntas.

Levantei-me da cama num impulso. Eu não sabia que roupa colocar ou o que fazer. Nem quais eram os planos de Miguel. Andava de um lado para o outro aflita e optei apenas por uma calça jeans e uma camiseta. Miguel havia gostado de mim louca, depressiva, com olheiras e roupas deploráveis, então, não tinha com o que me preocupar, certo?

Errado! A imagem de Andreza em minha cabeça me martelava sem parar. A insegurança vinha todas as vezes que ela decidia me assombrar.

Respirei fundo. Olhei-me no espelho, diversas vezes. Encarei meu guarda roupa e tirei as peças de lá sem gostar de nada do que eu via. Numa da peças tacadas, não a escutei cair no chão.

- Opa! - Miguel estava segurando uma saia minha em mãos com uma sobrancelha levantada. - O que aconteceu aqui? Recaída? - perguntou apreensivo.

Bufei sentando-me na cama. 

- Não é nada é só que.....

Eu não sabia como dizer, ou que dizer. Deitei na cama soltando um leve grunhido.

- Ei! - Miguel se aproximou sentando-me ao meu lado. - Sua mãe me contou o que houve.

Levantei assustada, cruzando as pernas em forma de índio. 

- Contou?

- Sim, até por isso eu vim mais cedo. Achei que gostaria de conversar antes de fazer suas aula de natação.

-  O que? - franzi o cenho.

- Você tem aula hoje

-Ahn! - soltei em frustração. 

- Mas e aí? Vai me contar?

- Eu sai do provador, vi Richard. Ele disse que eu estava bonita, então a nova mulher dele apareceu, ela entrou no provador, Richard disse que eu estava melhor eu disse que sim porque tinham trocado meu psiquiatra, a "Adreuza" saiu, chegou perto, elogiou meu vestido, eu entrei no provador, nos despedimos , e fim.

Falei sem pensar nas palavras e com a mente aérea. 

- Eu não entendi uma palavra sequer. - soltou Miguel com a expressão clara de desentendimento.

Olhei pra ele um pouco frustrada por ter que repetir 

- Foi assim - tentei novamente. - Eu sai do provador porque queria provar um vestido.

- Espera! Continua não fazendo sentido. Borboleta, porque não me conta o que sentiu com tudo isso?

Levantei- me da cama se apoiando em minha penteadeira. Suspirei.

- Pra falar a verdade, eu não sei definir numa palavra , dizer com exatidão. Foi uma mistura de saudade , orgulho raiva e... inveja pela nova noiva dele. A mulher é loira, tem o rosto perfeito, um corpo que, meu Deus, fez eco na fila da beleza. Me senti tão feia perto dela que...

- Já entendi - Miguel se esticou na cama. - Você ficou com ciúmes do seu ex. - Disse sério sem olhar pra mim direito.

- O que? Claro que não. Miguel, isso não tem cabimento.

- Uhum.

- Só vai dizer isso? Doutor Miguel não vai usar uma de suas filosofias? - cruzei os braços.

- O que você quer que eu diga? - dessa vez olhou para mim. Um olhar indecifrável.

- Ué, o psiquiatra é você.

Deu de ombros.

- Miguel, fala alguma coisa?

- Por que não conta para o se ex como se sentiu?

- Como? Em que isso ajudaria?

- Ele poderia voltar com você.

- Espera! Você está com ciúmes porque acha que eu estou com ciúmes do meu ex?

- Quem está com ciúmes aqui? - franziu o cenho fingindo desentendido e até pareci tenso ao morder o maxilar.

- Miguel, você veio aqui como meu psiquiatra ou como meu... - eu não sabia como definir a nossa relação.

- As duas coisas - disse.

- E a outra coisa é... - quis insistir que ele falasse.

- Borboleta  - ele se levantou - Eu não me dou bem com formalidades. Só saiba que quando eu gosto, eu gosto para valer e... digamos que eu sou sério em meus compromissos, se é que me entendi.

Não ousei dizer nada. Aliás, novamente Miguel me deixou sem nenhum vocabulário. Mas, dante do silêncio, sim, Miguel e eu estavamos em um relacionamento sério e sim, ele estava com ciúmes. E Deus, isso era tão fofo.

- Sabe. Quando eu vi Richard, não vou negar que me bateu certa nostalgia. Ele foi meu primeiro amor. Tínhamos planos juntos, eu tinha vários sonhos e Richard estava em boa parte dele. Fiquei pensando no hoje se eu não tivesse com a doença. Provavelmente estaríamos casados, morando na Áustria e eu grávida do meu primeiro filho. Mas aí eu pensei no que me aconteceu nesses últimos meses e pensei...Eu quero fazer novos planos, porque eu estou feliz com a ideia, então talvez não tenha sido tão ruim assim tudo o que aconteceu. Aliás, eu conheci você, e só Deus sabe o quanto eu sou grata por isso. - notei um sorriso tímido e discreto nos lábios de Miguel que eu podia jurar que ele não gostaria que eu visse. - Em relação a Andreza, eu senti certa inveja. Enquanto eu vagava no meu momento nostálgico, pensei que naquele momento ela estaria vivendo o que era para ser minha vida. E, vê-la tão bonita comparada a mim, deu uma abalada a minha autoestima, não posso negar. Ela é maravilhosa e eu.... o que eu sou perto dela? Eu sou capaz de fazer uma homem feliz? Miguel, eu.... Eu sou gostosa? - perguntei sentindo minha bochechas queimarem e pedindo aos céus para  que chão se abrisse. Onde eu estava com a cabeça em fazer uma pergunta como aquela?

Miguel riu. Não somente riu como soltou um tremenda gargalhada que eu ache que lhe faltaria ar.

- Miguel, seu idiota! Por que está rindo? Pare com isso. Está me deixando constrangida. 

- Desculpa! - pede ele tentando se recompor, mesmo fraquejando várias vezes. - É que uma coisa dessas não combina muito com você.

- Então eu não sou gostosa? - cruzei os braços e Miguel riu de novo. - Miguel! - gritei.

- Não foi isso o que eu quis dizer. Dizer essas coisas não combina com você.

- Eu sei. Mas não posso dizer que não estou incomodada.

- Por que vocês mulheres se preocupam tanto com isso? Se sentem tão ameaçadas quando veem uma mulher bonita? - sentou-se na cama. - Nós homens estamos pouco se importando pra isso

- Ué, o Doutor sabe tudo não tem a resposta? - perguntei com ironia.

 - Sei. Mas quero que me diga.

- Pra que?

- Pra saber como se sente exatamente, e pra eu fazer você entender o que se passa.

- Ora Miguel, porque mulher age com o coração. Se ela ama, só vai existir um único homem na vida dela, e o homem noventa e nove por cento das vezes só pensa em sexo. Não pode ver um rabo de saia que sai todo garboso atrás.

- Então você acha que um homem não ama e que só pensamos em sexo?

- Estou errada? 

- Completamente. 

- Ah é! Então me explica como funciona.

- Simples. Sente aqui - fez sinal para que eu m sentasse ao seu lado e meio a contragosto eu sentei. Mulheres são mais sentimentais, são mais emotivas. São difíceis enxergarem malícia e por isso acabam tantas fezes se machucando. Os homens não são assim. São mais práticos, criados culturalmente para serem durões e por isso se envolvem menos. Num primeiro momento buscam prazer e apenas isso e sabe que se chegar numa mulher e dizer, "ei eu quero apenas transar com você" vai parecer grotesco, e a mulher vai se sentir usada, e jamais vai querer se envolver com esse rapaz. Então eles a iludem. Mandam flores, cartões, mensagens românticas, prometem o céu e a terra, até a mulher ceder ao que ele tanto almeja.

- Sexo.

- Exatamente. E para alguém que pensa em sexo, eles vão querer as mulheres mais gostosas, mais lindas, com o corpo escultural. Mas, uma mulher apaixonada é pegajosa porque tem medo de perder o cara. Criam expectativas e começa a fazer planos sem ao menos terem um relacionamento sério. Isso é demais para um cara que só queria um transa. As mulheres sobem os degraus de dois em dois enquanto o homem nem se quer subiu ainda. Porém, quando uma mulher se valoriza, quando uma mulher consegue trazer as emoções do homem a tona, quando o homem se sente a vontade, encontra numa mulher um refúgio, alguém com que ele possa contar, uma mulher parceira, sem muita frescura, ele acaba se envolvendo mais e a companhia dela se torna algo além de apenas sexo. Homens também amam, mas de uma maneira menos imediata como as mulheres. E nessa cultura machista de só o homem ter que agradar, poxa, as mulheres também podem fazer coisas para agradar seu parceiro. Não precisa tudo depender do homem. Borboleta, a beleza se torna sem graça quando a personalidade é falha. Uma mulher bonita, mas chata, cheia de frescuras, ninguém aguenta. De que adianta a beleza nesse caso?

- Então quer dizer que se eu for feia, mas legal eu posso conquistar um homem? 

- Sim. E respondendo a sua pergunta, você pode sim, fazer um homem feliz. Eu estou muito feliz por ter te encontrado. Você me diverte e seu jeito me encanta. Me faz bem toda a sua personalidade. E sim, você é gostosa pra caralho - fala com um olhar totalmente sedutor que faz meu corpo arrepiar.

- É ? - minha voz quase não saiu.

- Maravilhosa! Gostosa! - disse entre beijos no meu pescoço.

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