Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 23


Clarissa

Foi difícil abrir os olhos quando os raios de sol tocaram meu rosto. Cada milímetro do meu corpo doía e eu poderia até me desesperar, mas então, ao sentir o cheiro de Miguel ainda grudado no lençol, não havia do que reclamar. Sorri comedidamente, embora sabia que minha alma dava gargalhadas.

Ele não estava ao meu lado e o sentimento de solidão se instalou. O silêncio do ambiente me incomodava e o fato de eu não conseguir me mexer, mais ainda. E então as famosas três batidas na porta ecoaram e Miguel chegou com uma bandeja em mãos. Tentei me levantar, em vão, e os meus gemidos foram suficientes para que Miguel deixasse o café de lado e viesse até mim.

- Ei! Deixe-me ajuda-la. – com cautela, ele segurou meu pescoço de modo a ajeitar meu travesseiro, e segurou-me no colo , para que eu conseguisse me apoiar com mais facilidade.

Seu toque me fez perceber que eu estava vestida. Provavelmente ele deveria ter me trocado enquanto eu estava praticamente desmaiada. Corei por pensar em Miguel me vestindo.

- O que foi? – questionou ele notando meu estado.

- Uma coisa que me veio a mente. Deixa pra lá. Não precisava ter se preocupado com o café.

- Bem, eu sei fora um dia agitado pra você. E imaginei que estaria exausta quando acordasse.

- Obrigada. – agradeci.

- Eu trouxe um suco de laranja, torradas e umas uvas. E claro, seus remédios.

Meu psiquiatra pegou meus remédios e me ajudou a tomá-los, assim como me alimentava com toda dedicação do mundo, e claro, eu tentava a todo custo, afastar qualquer pensamento negativo diante daquela cena.

- Pronto. Dessa vez foi mais fácil do que a primeira.

- Porque eu estou sem qualquer disposição para contestar alguma coisa. Ou sequer fazer cara feia.

Ele riu.

- Precisamos de mais agitações assim para você parar de ser teimosa então. - Não pude evitar corar de novo. E pensar em repetir a dose de Miguel, fez meu corpo arrepiar. – É...podemos pensar em outros esportes, o que me diz?

- Vai com calma aí. Deixa eu me recuperar primeiro. – grunhi quando senti minha cabeça latejar. – Ai – repousei minha mão sobre minha testa.

- Acho que você precisa de um banho e de relaxar. Melissa vai voltar só mais tarde. Acredito que possa tirar o dia para descansar e vamos embora no finalzinho da tarde.

- Só preciso saber como tomarei meu banho.

- Eu preciso de um banho também. – sorriu com os olhos.

- Miguel, não precisa...

- Relaxa. Nada do que eu já não tenha visto.

- E tudo bem pra você? – engoli seco.

- Depois conversamos sobre isso, está bem?

Balancei a cabeça.

Assim que terminei meu café da manhã, Miguel me segurou no colo novamente, levando –me até o banheiro e, cuidadosamente tirou a única peça que me cobria. Sua respiração estava ofegante e isso me excitava de forma absurda. Xinguei mentalmente o fato de estar impossibilitada, ou montaria em seu colo sem pensar duas vezes.

- Ah borboleta. – ele fechou os olhos deixando escapar um suspiro. – Venha! – conduzindo-me para de baixo do chuveiro.

Sentir aquela água quente em contato com minha pele só aumentou meu desejo por Miguel, e vê-lo ali, tão vulnerável, não ajudava em nada. Pude sentir que ele também fazia um esforço enorme, mas não havia malícia em seu toque. Pelo contrário, apensa de engolir com dificuldade diversas vezes, Miguel estava concentrado, como se qualquer descuido fosse um perigo para nós dois. E de fato seria, se meu corpo não estivesse implorando por cama.

Por fim, ele colocou-me novamente na cama e terminou de se trocar. Eu não queria me afastar. Pelo contrário, queria aconchegar-me em seus braços novamente, mas faltou-me coragem para pedir que ficasse.

E surpreendentemente, Miguel se aproximou, sem dizer nenhuma palavra, posiciona-se ao meu lado.

- Acho que ontem foi agitado para nós dois. – ele sorriu, acarinhando meus cabelos, e assim foi até que eu pegasse no sono novamente. 


Miguel

Completamente louco e confuso. Era isso que me definia nesse exato momento. Sem contar toda essa adrenalina que eu sentia em meu peito bem como o desejo, aparentemente insaciável de Clarissa. 

A doçura de sua pele, o carinho de suas mãos, era inexplicável toda aquela sensação, eu só queria cuidar dela, mais do que um médico com seu paciente, mas como um homem cuida de uma mulher. Aquela noite, cada detalhe dela, invadiam a minha mente com facilidade, o que aumentava ainda mais a minha vontade de repetir a dose. Porém, o medo de machucá-la era grande. De não atingir suas expectativas. Éramos muito diferentes, não só em gostos musicais, mas na maneira como levávamos a vida.

Enquanto minha borboleta dormia profundamente em meus braços, desvencilhei-me dela a fim de tomar um pouco de ar. Precisava encontrar coragem, pois depois de ter me entregado a ela, dizer que tudo havia sido um erro, seria como feri-la ainda mais. Seria uma dor ainda maior, a qual eu não estava disposto a causar, mesmo tendo medo. Aliás, por algum motivo inexplicável, o fato de dizer não a Clarissa, parecia ferir mais a mim do que ela mesma.

Fui à pra a para encontrar o mar. Tentar não pensar em problema e encontrar a solução, aliás eu era um psiquiatra, talvez o pior de todos, mas ainda assim, era o único que eu tinha naquele momento.

- Por será que eu sabia que encontraria você aqui?

- Dizem que irmãos tem uma certa sintonia. Ainda mais quando convivem muito tempo. Voltou cedo da casa da sua amiga.

- Eu estava curiosa para saber como foi a noite de ontem. - minha irmã sentou ao meu lado.

Eu não disse nada. Apenas respirei fundo e encarei o mar.

- Nem precisa dizer. Pela sua cara rolou alguma coisa.

Olhei para ela com uma sobrancelha erguida.

- Eu sou tão previsível assim?

- Qual é Miguel, você está feito bobo olhando para o mar, e quando algo te incomoda você fica calado. Eu te conheço faz quase vinte anos.

- Desde quando ficou dois anos mais velha?

- Isso não vem ao caso. Agora quero saber tudo, e aí? Foi bom? - pergunta ela animada.

- Melissa, não vou contar essas coisas para minha irmã caçula.

- Espera aí! Vai me dizer que vocês transaram?

- Cala a boca. - repreendo-a devido a altura e animação com a qual ela falou daquilo. - Isso não é assunto pra você.

- Caramba! A noite foi melhor do que eu pensei. Finalmente decidiu se entregar a essa paixão.

Respirei fundo novamente.

- Foi. Não posso negar. - solto ainda sem encará-la.

- E por que está com essa cara? Já sei. Não era pra ter acontecido, você e ela não podem ficar juntos e blá blá blá.

Olhei pra ela de soslaio. Minha irma as vezes parecia ser mais madura do que eu que eu. 

- Miguel, o que você está sentindo.

- Eu não sei. Não sei explicar.

- Só fala.

- Uma mistura de ansiedade, de confusão, medo e felicidade. Uma vontade absurda de estar com ela, de cuidar dela. O que é isso?

- Miguel, meu irmão, o seu caso é grave. Nem psicólogo, nem psiquiatra e muito menos pai de santo ajuda a resolver esse problema.

- Certo, doutora Melissa, então me diga o que eu tenho de tão grave? - olho para ela que encara o mar com a cabeça levemente deitada para trás.

- Você está apaixonado.

- O que?

- Os sintomas disso é de quem está apaixonado.

- Mas... isso é errado.

- Errado, por que? Miguel, você é a pessoa menos regrada no mundo. E agora me vem com essas frescuras. E se Clarissa for a mulher da sua vida? Você vai perdê-la por uma bobagem como essas?

- Melissa, isso é anti ético. Se o hospital ficar sabendo da nossa relação, eles me demitem.

- Miguel, você foi pago pela família de Clarissa como médico particular dela. Nem o dinheiro dos pais dela você está usando, pelo contrário, você está revertendo tudo o que a família Hoffman te paga para bancar as atividades de Clarissa. Que médico faria isso pela sua paciente se não estivesse apaixonado. Acredito que depois desse fim de semana, você poderia dar alta para Clarissa, continuar o tratamento em casa e aí, adeus esses padrões. 

Eu não havia pensando por esse lado e poderia ser uma saída menos complexa, mesmo tendo que lidar com a família de Clarissa. Deixei escapar um sorriso como se tivesse tirado um peso, ainda que leve, de toda minha mente.

- É... talvez eu esteja mesmo apaixonado. Mas eu não sei o que fazer agora. Nunca estive assim. Você sabe, eu nunca namorei. - digo um pouco constrangido e Melissa ri.

- Faça o que você achar o certo para agradar Clarissa. Essa é a fonte de uma boa conquista. Demonstre que você gosta dela, que se preocupa com ela. Que quer conhecer mais sobre ela, e até finja que gosta do mesmo estilo musical que ela se isso lhe fazer bem. E todo o caso, se precisar de ajuda, estarei aqui. 

Melissa tinha razão. Porém, eu era um completo leigo nos assuntos de relacionamento entre homem e mulher. Eu tive algumas fases na minha adolescência, conheci muitas garotas, mas me apaixonar, nunca aconteceu. Meu foco sempre fora os estudos, desde que meus pais se separaram. Queria não me sentir culpado, achando que todas as palavras fofas que durante um tempo meus pais disseram um para outro, fosse pura falsidade. Mas dessa vez, com todos esses sentimentos aglomerados em meu peito, talvez finalmente eu tivesse entendido o que significa se apaixonar. E se toda essa turbulência significa paixão, eu estava completamente apaixonado por Clarissa.  


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro