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Capítulo 16


Na manhã seguinte, despertei sobressaltado, mal preguei o olho a noite inteira, frustrado, preocupado com Alícia, e com a Margô também. Parte de mim queria expulsá-la do meu apartamento e da minha vida, e o resto que se foda, mas temo o que essa louca pode fazer com a sua própria vida, embora aparente sanidade, receio que faça algo e me ferre novamente.

Tomei um banho e antes mesmo de tomar café liguei para a companhia aérea, exigi celeridade na aprovação e preparação do meu jatinho, eu precisava me livrar da Margô, e reforçar a segurança, não a quero perto de mim, muito menos da Alícia. E só farei isso porque respeito aos pais dela.

Assim que finalizei a chamada, olhei para o contato da Alícia, ela atualizou a foto do perfil, e estava linda com um figurino de balé. Olhei a tela por alguns instantes, desejei estar com ela, tive vontade de ligar, mas eu ainda não tinha condições de dar as respostas para as perguntas que ela me faria. Fechei os olhos desapontado, desejando me livrar logo dessa confusão e correr para São Paulo, para os braços dela. Troquei de roupas, fiz uma pequena mala, eu iria até ela, desejo que ainda hoje.

Quando cheguei na cozinha, Maria estava terminando de preparar uma bandeja com comida.

— Bom dia, Maria. Como a Margô está se comportando?

— Bom dia, Lorenzo, ainda dormindo. Vou deixar o café dela pronto e me certificar de que está tudo em ordem no quarto.

— Ótimo. Maria... eu tomei a liberdade de incluí-la no plano de voo para acompanhar a Margô, eu ficarei mais tranquilo se você estiver junto, eu não quero ir...

— Não precisa se justificar, eu ia sugerir exatamente isso, tomei a liberdade de ligar para o psiquiatra que acompanhou o tratamento dela em Milão, ele recomendou dois calmantes, para prevenir alguma reação contrária, caso ela se recuse voltar.

— Ah, mas ela não vai se recusar mesmo! Vai entrar na porra daquele jatinho ou a levo pessoalmente na delegacia.

— Lorenzo, eu sei que ela já fez muitas coisas... — Maria tentou procurar algo mais ameno para nomear as loucuras dela.

— Não tente justificar tudo que ela já fez pelo que aconteceu, Maria. E nessa história você tem que ficar do meu lado, porra — esbravejei.

— Filho, eu estou do seu lado, eu só acho que confrontá-la só vai piorar as coisas, apenas isso, eu sempre estarei do seu lado, querido. — Ela respirou longamente e se aproximou de mim, abraçou-me com ternura. — Lorenzo, eu quero que se liberte disso, você precisa recomeçar sua vida, deixe-me cuidar dela, vá para São Paulo acompanhar a Alícia.

— Não posso, eu não vou conseguir dar o que ela merece, ainda não estou preparado para contar sobre o meu passado.

— Eu sei, mas você precisa...

Ouvimos gritos em italiano da Margô, xingando uma infinidade de palavras vindos do corredor. Apressei os passos e fui em direção à fonte dos gritos, ela esperneava tentando sair dos braços dos seguranças.

— Lorenzo, fala para esses brutamontes me largarem, seu miserável, eu preciso sair...

— Soltem ela — ordenei.

— Melhor agora — Ela reorganizou as roupas, passou as mãos por elas devagar. — Ótimo, agora me deixem sair ou eu vou fazer um escândalo...

Parei bem na frente dela, encarei-a com determinação.

— Você só tem dois caminhos, ou vai voltar para Milão ou direto para delegacia, qual você prefere? — bradei impaciente.

— Eu... eu... seu miserável, filho de uma puta... eu te odeio.

— Dê graças a Deus que eu não te denunciei para polícia. Você ainda não me contou como entrou no país, mas eu vou descobrir — alertei.

— Eu consegui meu passaporte de volta, você não pode mais me deter.

— Posso e vou fazer se você não retornar para Milão sob as minhas condições. Eu tenho uma medida restritiva, basta ligar para polícia que eles te levam imediatamente.

— Foi você quem me trouxe para cá, seu louco, você está me mantendo em cárcere privado — ela gritou e avançou para cima mim, um dos seguranças agiu mais rápido e a segurou. — Você é o criminoso aqui, Lorenzo, você é a porra de um maníaco.

— Vamos chamar a polícia e deixar que eles decidam. — Peguei o celular do bolso disposto a ligar para de verdade. — Eu ia te mandar de volta de jatinho, mas já que prefere ser deportada em um voo comercial de classe econômica, e escoltada por um policial, é você quem escolhe. — Dei de ombros, fingindo discar um número no celular.

— Pare! — gritou Margô, com ódio no olhar.

— Estamos progredindo, agora quero respostas, o que veio fazer aqui, mas não tente me enganar, fale a verdade.

— Eu quero alertar a palerma que você enrola, ela precisa saber a verdade. Você não presta, Enrico, vai estragar a vida dela como fez com a...

— Chega! Cale a porra da boca, nem ouse me acusar de algo que você também tem parte da culpa, aliás, você começou todo o inferno, não adianta me responsabilizar.

Margô me encarou com incredulidade, como se estivesse surpresa pela minha resposta, já faz um tempo que não nos falávamos, ou melhor, que não brigávamos pessoalmente como agora. Porém das últimas vezes que isso aconteceu, ela sempre jogava toda a culpa pelo acidente da Marta nas minhas costas, e o pior de tudo era que eu aceitava e carregava essa culpa sozinho, mas não agora, estou mentalmente forte para entender que tive minha parcela de culpa em tudo, mas ela teve uma bem maior do que eu.

— Não acredito que você já esqueceu de tudo o que fez para Marta, Lorenzo! — Ela bufou, respirou fundo, tentando falsamente demonstrar emoção. — Você é um monstro, você matou a minha irmã.

— Sua falsa comoção não me engana mais, Margô, faça o favor de nos poupar disso. Eu não caio mais no seu joguinho, estou imune a ele, se é isso que veio fazer aqui no Brasil, volte pra Milão, porque não conseguirá mais me desestabilizar.

Margô gritou e pegou um vaso da mesa de centro e o jogou no chão. O som do vidro estilhaçando assustou a todos, principalmente os seguranças que prontamente a imobilizaram.

— Amarrem ela, louca deve ser tratada com requintes de loucura — gritei, dando de ombros, saí na direção do meu escritório.

— Eu resolvo isso, Lorenzo — acrescentou Maria.

Olhei para os seguranças e alertei:

— Usem de força se necessário, quero essa peste controlada até a hora do retorno dela.

Maria trocou algumas palavras com ela e a levou para o quarto de volta. Não sei o que disse, mas Margô parecia ouvi-la bem mais do que a mim. A realidade era que eu não tinha mais paciência alguma para lidar com as loucuras dela, cansei de tentar remediar o que já está doente, ela nunca vai aceitar o que aconteceu, sempre me culpará por isso, não posso mais viver na sombra de uma tragédia que estou me libertando, principalmente depois que conheci Alícia.

Respirei longamente, nem sequer olhei para os contratos que pretendia levar para São Paulo. Peguei as chaves do meu carro e saí, sem rumo, sem destino, queria somente não ficar sob o mesmo teto que essa louca.

— Lorenzo... — Maria me chamou antes que o elevador chegasse.

Virei-me para ela, pousei as mãos na lateral de seu rosto, ao perceber sua preocupação, beijei sua testa devagar.

— Resolva tudo por mim, enviei o contato da empresa de táxi aéreo para o seu celular. Não consigo ficar aqui, preciso de um tempo.

— Fique tranquilo, meu filho, tudo vai se resolver. — Maria me abraçou ternamente, como se quisesse me acalmar, embora não conseguisse, mas valeu pela tentativa. — Eu me encarrego de tudo.

— Obrigada, Maria. Eu não posso permitir que essa louca estrague tudo outra vez.

— Ela não vai, fique tranquilo.

Eu não poderia me manter calmo sob o mesmo teto que a Margô, entrei no elevador, um pouco mais aliviado por ter o apoio da Maria, e parti.

Eu já sabia aonde ir para recuperar a tranquilidade. Precisava pensar e colocar a minha vida em ordem. Eu sempre fugi de relacionamentos por medo de falar do meu passado, mas eu preciso me explicar para Alícia, só ainda não sei como fazer ela confiar em mim, sabendo tão pouco da minha vida.

Liguei o som do carro em um volume bem alto, cantarolei Don't Stop Me Now do Queen, na tentativa de espairecer, esquecer por um instante a decisão que precisava tomar.

Cheguei ao haras, pelo horário, os cavalos estavam sendo alimentados, fui direto para baía do Apollo.

— Bom dia, Rodrigo.

— Bom dia, doutor, veio cedo hoje.

— É uma exceção, como está o Apollo? — Fiz um carinho na cabeça dele, que relinchou em retribuição. — E aí, garotão? Como você está?

— Ele tá bem, doutor, já está alimentado, vai querer dar uma volta com ele?

— Sim. — Olhei para o Apollo, acariciei sua crina e pelo bem cuidado. — Vamos dar uma volta, garotão?

Enquanto Rodrigo preparava o Apollo, aproveitei para examiná-lo, parecia bem cuidado e bem de saúde. Meu cavalo tinha um bom cuidador, eu pouco tive tempo para treinar nos últimos dias. Há tempos não venho aqui.

— Ontem a veterinária esteve aqui, avaliou o Apollo, ele está muito bem. Estamos treinando todos os dias, para manter o condicionamento físico, fazemos exercícios diariamente de trote e galope, alternando sempre entre trote mais lento e intenso, além dos saltos — contou Rodrigo, enquanto selava o cavalo.

— Ótimo, Rodrigo, ele precisa se manter ativo, eu confesso que não tenho sido um bom treinador. — Continuei alisando o Apollo. — Estou em falta com você, amigo, mas vou me redimir, eu prometo.

— Não se preocupe, doutor, estou cuidando bem dele.

— Tenho certeza disso.

Dei umas boas voltas com o Apollo, realmente, ele estava bem treinado, conseguiu galopar num ritmo muito bom, inclusive, os saltos, estava muito bem.

Quanto retornei para o meu apartamento, já era noite. Estava tudo calmo e silencioso, até achei que Maria e Margô já tivessem partido, mas bastou ligar as luzes da sala para avistar os seguranças de prontidão, na porta do quarto que a louca estava.

Eu já estava mais calmo e tinha uma decisão tomada: eu iria para São Paulo e contaria o que fosse necessário para que Alícia confiasse em mim novamente, eu precisava disso, porque era com ela que eu queria tentar ter um relacionamento outra vez.

Fui direto para o meu quarto, tomei um longo banho e depois fui até o meu escritório. Aproveitei para ligar o celular, não vi mensagem da companhia aérea, devolvi-o para o bolso do meu blazer, retirei-o e coloquei sobre a mesa junto com os documentos que levaria para São Paulo, desci para procurar Maria.

— A Maria está aí? — Apontei para a porta do quarto em que Margô estava.

— Não, senhor, ela saiu tem algum tempo. Saiu em direção do corredor. — O segurança apontou na direção do quarto de hóspedes.

— Como estão as coisas por aqui?

— Tudo tranquilo, senhor.

— Ótimo. — Acenei e parti.

Avistei Maria saindo do quarto de hóspedes, puxando uma mala, aquela visão era um alívio indescritível, finalmente me veria longe da Margô. Sorri ao vê-la, e ela retribuiu de imediato.

— Oi, querido, a companhia aérea já ligou, o voo parte em uma hora, já estou pronta e combinei com o motorista para nos levar.

Respirei aliviado e levantei as mãos para o alto.

— Tudo certo por aqui? — perguntei para me certificar.

— Sim, ela não aprontou nada, mas chorou bastante e reconheceu que é loucura tentar atrapalhar a sua vida.

— Não brinca! E você acreditou nela? — perguntei incrédulo.

— Ela parecia bem sincera, até concedi uns minutos de folga para um dos seguranças.

— Espero estar errado, mas Margô não é digna de confiança.

— Dê um crédito, filho, vai ver que ela caiu em si. Vou ver se ela quer comer alguma coisa.

— Tudo bem, eu já estou de partida, vou para São Paulo daqui a pouco, vou só pegar algo no meu quarto.

Eu tinha comprado algo para presentear a Alícia. Sabia que ela iria gostar, era emblemático e significaria muito para ela. Com a sacola em mãos, apaguei as luzes e retornei para o meu escritório para pegar o blazer e as chaves do carro.

Mal subi os primeiros degraus da escada e ouvi a voz de Margô ao telefone, apressei o passo e corri, ao adentrar ainda ouvi sua última fala, e o pior de tudo era que ela usava o meu celular, isso não era um bom sinal, afinal, o celular dela foi confiscado pelos meus seguranças.

— O que você fez? — exigi.

— Agora eu volto feliz para casa, consegui semear a desconfiança na cabeça da sua putinha.

— Devolve meu celular agora, Margô.

— Ah, meu Deus! Ela é importante mesmo para você? — constatou, com uma satisfação particular pela merda que eu nem ideia do que ela tinha dito à Alícia.

— O que disse para ela?

— Que estamos noivos e que espero um filho seu — gargalhou feliz com o feito.

— Louca! Devolve isso agora ou eu vou...

— Vai o quê? — provocou Margô.

Avancei sobre ela, nossa conversa não resultaria nem nada, ou melhor, diálogo não existe para ela. Tentei recuperar meu celular na força, ela gritava feito louca, pegou uma luminária da minha mesa e tentou me acertar na cabeça, na tentativa de me impedir, mas consegui desviar e imobilizar as mãos dela.

— Filha de uma puta, nunca mais ouse se aproximar de mim, porque não terei piedade, que se foda o seu descontrole emocional.

Peguei meu celular, rapidamente o segurança e a Maria entraram no escritório, surpresos. Empurrei-a na direção do segurança, que a segurou firme.

— Mantenha essa louca no quarto, antes que eu mate essa miserável.

Bufei irado, Margô sorria descontrolada, satisfeita com o que fez, fiquei puto, peguei o celular e retornei à ligação para Alícia. O que ela estava pensando? Ela não podia acreditar nessa louca, mas do modo como nos despedimos no aeroporto, tudo fazia sentido, até sem querer a Margô consegue me complicar. Eu precisava me explicar.

— O que ela fez, Lorenzo? — Maria se aproximou e tocou meu ombro.

— Ferrou com tudo, ligou ou atendeu uma ligação da Alícia. — Joguei o celular na mesa, puto! Com um ódio mortal da diaba da Margô. — Eu preciso ir para São Paulo, tentar consertar o que essa louca destruiu.

— Vá com calma, filho, e por favor, mantenha-me informada.

Peguei tudo e parti, com um desespero incomum, ligando incessantemente para Alícia, que não me atendeu uma vez sequer, ela precisava me ouvir.

A cada ligação não atendida meu coração ficava mais contrito e o nervosismo aumentava, parti, dirigindo feito um louco, com pressa de chegar. Desisti de tentar no celular da Alícia e liguei no hotel, pedi para falar com, mas sem sucesso, a recepcionista foi enfática: "Ela disse que não quer falar com ninguém, lamento."

Porra! Eu preciso consertar as coisas.

Oiê, olha quem está de volta \o/ Nosso lenhador está de volta, estou em um ritmo de trabalho alucinado, mas prometo que pelo menos 1x por semana atualizarei nosso bonitão, tudo bem?

Obrigada pelo carinho e pedidos para retorno das postagens, vocês são demais. Beijo no coração e até breve.

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