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Capítulo 15

Dias depois...

Na sexta-feira, pouco antes de deixar à MHR, o Erick entrou na minha sala, há dias não nos víamos pessoalmente, conversávamos bem mais por telefone.

— Boa tarde, está com pressa, Enrico? — ele mal entrou e já estava me alfinetando.

— Sim, algum problema em encerrar o expediente no horário normal? — rebati.

— De forma alguma. — Erick se sentou na cadeira próximo da minha mesa. — Eu passei para te convidar para tomar um drinque depois do expediente, se é que a sua noiva permitirá.

Pelo olhar sarcástico dele era notório que já sabia que eu e a Alícia estávamos nos relacionando abertamente. Estávamos indo bem, confesso, e eu estava gostando da ideia de ter alguém na minha vida novamente. Ela era uma mulher incrível, e à medida que os dias passavam, o nosso envolvimento só se tornava mais forte.

— Ela não se oporia, mas eu prefiro a companhia dela à sua.

— Porra! Tá apaixonado mesmo — ele gargalhou.

Ri, peguei meu paletó e objetos pessoais para sair, não discordei, era a verdade, e eu estava gostando disso.

— Algo mais? Preciso pegar a Alícia — disse com um sorriso bobo de cara apaixonado.

— Não, já me dou por satisfeito. Vá buscar a sua amada — ele disse em tom de brincadeira, mas eu sabia que era sério, eu estava apaixonado, e apesar do medo e das consequências que isso poderia acarretar, eu estava esperançoso e queria seguir em frente.

— Não enche o saco, Erick — rebati em tom descontraído, eu estava ansioso demais para voltar para casa.

Pela primeira vez em muito tempo a palavra "casa" tinha um significado especial para mim, eu estava gostando de ter Alícia ao meu lado como um casal, embora oficialmente não fôssemos um, ou melhor, nunca falamos abertamente sobre isso, apenas deixamos os nossos sentimentos tomar o controle do nosso envolvimento.

Passei na sala dela para buscá-la, trocamos um beijo rápido no corredor, saímos de braços dados até o estacionamento, às vezes eu tinha a sensação de que ela se incomodava com os olhares dos outros funcionários ao nos ver juntos, não era receio de assumir algo comigo, acho que estava mais preocupada com julgamentos, aliás, ainda temos uma relação profissional, ou melhor, nós nos conhecemos primeiro no mundo corporativo.

Alícia estava muito calada, parecia um pouco tensa, partimos em silêncio, ela pouco falou, estava pensativa demais.

— Enrico, esse final de semana participarei de um festival de dança em São Paulo, e o meu voo sairá daqui a pouco.

Olhei-a rapidamente, de forma nada amigável, reconheço. Eu odiava ser o último a saber das coisas, ainda mais quando estou me esforçando para ser dela e construir algo ao lado dela. Só eu sei o quanto isso me custa e é difícil.

— O que estava esperando para me contar? — bradei.

— A semana passou tão rápida que acabei esquecendo de te falar, só isso.

— Seu amigo babaca estará lá?

— O Mike sim, estará, e ele não é babaca.

— Fora de cogitação, não quero você com ele. — disse de modo autoritário, eu a queria longe do imbecil do Mike, ainda não engoli a forma desdenhosa com que me tratou no nosso último encontro, aliás, eu nunca o suportei.

— Enrico, não é um pedido de permissão, é só um aviso. Estou apenas te avisando que irei para São Paulo. Ainda não conversamos bem sobre o que está acontecendo entre nós, mas adianto que você não mandará em mim, e muito menos decidirá o que faço da minha vida.

Porra! Meu modo controlador sempre falava mais alto, mas eu precisava confiar nela e mais ainda mudar a forma de encarar um relacionamento, se é que quero que isso dê certo, Alícia não parece nem um pouco disposta a seguir ordens.

Chegamos à garagem, ela abriu a porta do carro e saiu, nem mesmo me esperou, receei dizer que temia pela segurança dela longe de mim, mas era melhor não falar o que eu ainda não estava preparado para expor, afinal, soaria bem mais como arrogância do que medo de que algo ruim acontecesse a ela.

Respirei longamente e tentei controlar o meu instinto controlador para não estragar o que mal tínhamos começamos, permaneci reflexivo por mais alguns instantes.

Liguei para o Alencar, por sorte, ele atendeu com prontidão.

— Alencar, você tem alguém disponível em São Paulo para fazer a segurança da Alícia?

— Posso providenciar, é para quando?

— Ela pretende sair daqui a pouco do Rio, mas posso te atualizar melhor sobre a previsão de chegada dela.

— Tudo bem, vou acionar a equipe de campo. Devo manter a discrição, como sempre?

— Sim, não quero que ela perceba. Eu quero ir à São Paulo amanhã, pretendo chegar por volta do horário do almoço.

— Tudo bem, mantemos contato.

— Ótimo.

— Só mais uma situação. A equipe na Itália identificou um movimento estranho na casa da Margô, eu orientei que fossem pessoalmente lá para averiguar.

— Porra, Alencar, isso é prioridade máxima, eu preciso manter a Margô sob controle, você sabe do que ela é capaz.

— Eu sei, Enrico, já temos uma equipe averiguando isso. Ela não saiu habitualmente para caminhar como costuma fazer nessa manhã, e os nossos agentes perceberam um veículo desconhecido rondando o local.

— Acompanhe isso de perto, quero saber cada atualização sobre esse assunto. Faça buscas mais detalhadas, inclusive, averigue se ela não saiu do país, não duvido nada que ela tenha fugido do nosso cerco e tenha vindo ao Brasil me procurar.

— Já pedi uma investigação mais completa, assim que tiver um retorno te aviso.

— Ok.

Desliguei e procurei um cartão de visita de um dos nossos hotéis em São Paulo no porta-luvas, e subi direto para o meu apartamento.

Minha preocupação triplicou, eu jamais permitirei que Margô estrague a minha vida outra vez, eu não quero que ela estrague outra vez o que estou vivendo.

Ao chegar à sala, Alícia já estava com a mala pronta, olhou-me com aquela determinação e rebeldia, que ainda me irritava, mas eu precisava trabalhar isso, tentar lidar com o meu modo autoritário e controlador de modo mais ameno. Retirei o cartão de visita do bolso e estendi pra ela.

— Já que vai de qualquer jeito, se hospede nesse hotel e amanhã pela manhã te encontro no horário do almoço.

— Já que você insiste, mas adianto que não poderei te dar muita atenção. Espero que compreenda.

Ela cruzou os braços contra o peito e me encarou cética, não parecia muito feliz com a minha decisão de encontrá-la amanhã.

— Tenho alguns assuntos para resolver em São Paulo, nós nos veremos quando puder. Ficarei mais tranquilo estando por perto.

— Você não confia em mim, Enrico?

— Em você sim, não confio é nos demais caras que te querem tanto quanto eu.

— Não seja ridículo, estou indo para fazer duas apresentações e não para flertar com alguém. Preciso ir senão me atrasarei. Estarei de volta no domingo à noite.

— Posso pelo menos levá-la ao aeroporto? — disse um pouco mais calmo, não ajudaria nada confrontá-la nesse momento.

— Se for para ficar com essa cara de chateado, é melhor não.

Alícia se aproximou e me deu um beijo suave, abracei-a forte, já sentindo a sua falta. Tudo era muito novo pra mim, mas eu tinha a certeza de que a sua presença na minha vida me fazia bem.

Partimos rumo ao aeroporto Galeão em um silêncio cortante. Eu não estava muito satisfeito com essa viagem, muito menos por saber que ela se apresentaria com aquele imbecil do Mike, mas evitei falar sobre.

Acompanhei Alícia até o guichê da companhia aérea, sempre por perto. Eu gostava da companhia dela, o nosso envolvimento estava seguindo o curso natural de um relacionamento amoroso, tínhamos muitas afinidades, lógico que éramos muito parecidos, ao ponto de discordarmos de muitos assuntos, mas ainda assim, eu gostava de estar junto dela, eu me sentia em paz e com a esperança de que poderia reconstruir minha vida novamente ao seu lado.

Tudo entre nós era muito intenso, desde o nosso primeiro encontro, até nas nossas discussões, embora quase sempre as nossas diferenças nós acertávamos com um sexo animal. Alícia representava a alegria que faltava na vida pacata e rotineira que eu tinha, a mulher que me tirou dos trilhos e do sério algumas vezes, eu sei, mas que ferrou o meu coração, deixando-me sem saída. Ainda me pergunto como isso aconteceu? Como permiti ela se aproximar tanto ao ponto de me deixar preso e sem querer sair? Eu só conseguia querê-la mais e mais.

Apesar de um pouco irritado pela viagem, e preocupado também com a louca da Margô. Ainda assim eu tentei me conformar e me despedir adequadamente, não queria brigar, apenas me despedir de forma afetuosa,

Continuamos abraçados, vagando pelo aeroporto enquanto esperávamos pelo seu voo. Conversamos banalidades, evitei falar da viagem, eu ainda não estava satisfeito com isso.

De repente meu olhar foi atraído para uma figura feminina muito familiar, e as minhas suspeitas se confirmaram: reconheci Margô, bem vestida e puxando a sua mala inocentemente, como se tivesse vindo à passeio e não para fazer uma desgraça na minha vida.

Porra! Margô vinha em nossa direção, mas ainda não tinha nos visto. Em um ato de total desespero empurrei Alícia para longe de mim, ela me olhou apreensiva e confusa, porém antes que me questionasse algo, tomei a palavra:

— Droga! Alícia siga em frente e finja que não me conhece. Vai, vai! — bradei nervoso.

— O que está acontecendo? — ele questionou confusa.

— Depois falamos, vá logo.

Demos um beijo rápido de despedida e eu parti, por sorte o voo dela foi chamado logo em seguida, era melhor assim. Ainda pude vê-la caminhando em direção ao portão de embarque antes de ir atrás da Margô.

Assim que a Alícia tomou uma distância segura, fui em direção à Margô, eu não queria que ela me visse acompanhado. Aproximei-me sem que ela percebesse e puxei em seu braço, encarei-a com o ódio mortal e disse firme:

— O que está fazendo aqui?

Ela riu debochadamente e puxou o braço logo em seguida, como se nunca tivesse feito nada para mim.

— Olá, é bom te ver também, Lorenzo, veio me buscar no aeroporto, querido?

Seu cinismo me irritou profundamente, tive vontade de levá-la a força e colocá-la no primeiro voo de volta à Milão, mas eu precisava me certificar que ela estava mentalmente bem.

— O que está fazendo aqui? — Bufei irado, passei a mão pelos cabelos, tentando controlar a vontade de lhe dar umas boas porradas. — Você não deveria estar aqui, sabe disso, eu tenho...

— Uma medida protetiva e blá, blá, blá... eu já sei o seu discurso decorado, poupe-me. E quem disse que vim ao Brasil por sua causa?

— Venha comigo, vou tratar de te mandar de volta.

— Você não manda em mim, Lorenzo, e não decide a minha vida, seu ridículo.

— Eu sei por que veio, Margô, não tente negar, seu único objetivo de vida é ferrar comigo, você vai comigo por bem ou por mal.

— Eu não vou! — ela alterou o tom de voz.

— Ou vai comigo ou te denuncio para polícia, e você será deportada, ao que me consta o seu passaporte foi recolhido, isso quer dizer que é bem provável que tenha embarcado com documentos falsos.

— Você não faria isso...

— Não pague pra ver — alertei.

Margô até tentou pensou em dizer algo para rebater, ponderou a sua decisão por alguns minutos e por fim aceitou. Ela sabia que se complicaria seriamente, se eu a denunciasse à polícia.

Antes de partir ainda avistei Alícia um última vez, seu olhar me preocupou, era notório que estava confusa e preocupada com toda essa situação, nem tive tempo de me explicar, mas ainda espero fazer isso com cautela.

Saquei o celular do bolso e liguei para Maria, enquanto conduzi a Margô até o banco de trás do meu carro.

— Maria, por favor, retorne para o meu apartamento com urgência, vou precisar de você, a Margô está no Brasil.

— Como isso é possível?

— Falamos melhor pessoalmente.

— Tudo bem, já estou a caminho.

Desliguei e entrei no carro, encarei-a pelo retrovisor interno do veículo. Ela tinha cruzado os braços contra o peito e retribuiu o meu olhar com hostilidade.

— Não tente fazer nada ou vou direto na polícia — alertei.

— Vou ser a sua prisioneira agora?

— Não, mas ficará sob vigilância até retornar para Itália.

— Louco! Eu que deveria te denunciar para polícia por cárcere privado e tentativa de sequestro.

— Cale a porra da boca antes que eu mude de ideia.

O restante do trajeto foi em silêncio, eu não sabia as intenções dela ao vir ao Brasil, mas uma certeza eu tinha: ela não estava bem intencionada. Por sorte o trajeto foi rápido.

Quando chegamos ao meu apartamento a Maria já tinha chegado.

— Maria, faça companhia para Margô, eu preciso resolver alguns assuntos.

— Eu posso pelo menos ir ao banheiro? — ela protestou sarcástica.

— Cuide disso, Maria.

Fui ao meu escritório, liguei para a companhia aérea e pedi o meu jatinho particular com urgência. Eu queria a Margô de volta à Itália o mais breve possível.

Depois disso liguei para o Alencar, informei que ela estava comigo e orientei que enviasse dois seguranças para o meu apartamento, não sei do que ela é capaz.

Retirei o blazer, coloquei sobre a cadeira e antes mesmo que eu pudesse pensar em tomar uma decisão, a Margô entrou no meu escritório feito um furacão.

— Escute aqui, seu merda, eu não vou ficar aqui trancada e aceitar calada que você me envie de volta para Itália, eu vim ao Brasil para...

— Veja bem como fala comigo, sua louca, eu estou tendo toda paciência do mundo, e é melhor ser grata por eu não ter te entregado para polícia, ou você prefere dormir em uma cela de cadeia até ser deportada para Itália? Você quem escolhe, o que prefere?

— Eu vim visitar um amigo, você não tem esse direito de me impedir, eu... eu...

— Cale-se! Já ouvi demais por hoje. Acha mesmo que sou burro? Eu sei por que veio, sei muito bem o seu intento, você quer ferrar com a minha vida outra vez — gritei, puto, mas me contendo para não explodir.

Maria entrou no escritório, olhou-nos com preocupação, ela pedia que eu considerasse a falta de sanidade de Margô quando falasse com ela, sempre pedia para eu relevar as loucuras dela.

— Maria, leve-a daqui, cuide de acomodá-la em um quarto de hóspede antes que eu perca a cabeça de vez.

Margô saiu bufando e resmungando acompanhada da Maria. Aproveitei o silêncio para ligar novamente na companhia aérea, eu precisava pressionar para que esse voo saísse no máximo amanhã, não a quero aqui nem mais um dia.

Os seguranças chegaram, fui recebê-los pessoalmente. Mostrei o apartamento e orientei que um deles ficasse na porta do quarto de hóspede em que a Margô ficaria e o outro na porta do meu. Não confio nessa louca sem supervisão sob o mesmo teto que eu, não com todo o ódio que ela alimenta por mim.

Os seguranças assumiram seus postos, aproveitei para tomar uma dose de uísque, eu precisava me acalmar, sentei-me na poltrona e admirei à vista por algum tempo, esperando que a raiva e preocupação se esvaísse.

Depois de algumas doses, levantei-me e fui até a Maria, que estava na cozinha preparando uma refeição.

— Quando penso que minha vida está entrando nos eixos, essa louca surge da profundeza dos infernos para me atormentar.

— Calma, Lorenzo, ela não vai conseguir.

— Espero que não, mas por pouco ela me vê junto com a Alícia. Você acredita que a encontrei no aeroporto? E se eu não estivesse lá naquele momento? Certamente agora ela estaria sabe Deus onde preparando algo pra me ferrar.

— Ela não está bem, querido.

— Será mesmo? Até quando vou ter que tolerar isso? Até quando vou ter que me preocupar com ela, Maria? — desabafei, cansado dessa situação.

Olhei o relógio no meu pulso, pelo horário Alícia já deveria ter chegado, resolvi ligar, nem que fosse para me tranquilizar e lembrar que ainda havia algo de bom na minha vida. Demorou alguns instantes e ela atendeu:

— Oi, Enrico.

— Você está bem?

— Sim, sim. Apenas sentindo sua falta.

Porra! Foi pior, a frustração por ouvi-la dizer que sentia a minha falta me fez me sentir ainda pior. Eu queria estar com ela.

— E você? Está tudo bem? — ela perguntou percebendo o meu silêncio angustiante.

— Sim, também sinto sua falta. Nos vemos em breve tenho que desligar.

— Ok. Te envio mensagem qualquer coisa, beijos.

Desliguei e quase vou até o quarto esganar a desgraçada da Margô. Ela não pode foder com a minha vida outra vez, ela não vai estragar o meu relacionamento novamente, ou eu não me chamo Enrico Millani.

Eita, ele tá bravo! Isso aí, Enrico, ponha essa cobra no lugar, né, gente?

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