Capítulo 2- Brutalidade
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– Belle!– Me virei rapidamente me assustando com a imensa figura logo atrás de mim.– Gastón...– Me curvei evitando seus olhos.
A essa altura todos que passavam nesta rua prestavam atenção em nós dois.
– O que é isso em tuas mãos?– Pergunta é agarro com mais força o livro em meu peito.
– Um livro qualquer Gastón, agora se me de licença...– Com apenas alguns passos ele me puxa de volta pelo o braço.
– Não, vamos conversar Belle.– Reviro os olhos e tento acompanhar seus passos.
Gastón era um general, sua família mora aqui nesta aldeia, mas ele passa muitos meses fora o mais novo soldado a conquistar uma posição no exército Francês tão alto assim. Mas, ainda sim um homem rude e mesquinho. O que esperar dos franceses daqui também?
Um homem alto, de atrair muitos olhares femininos certamente, tinha o pescoço alongado, cabelos curtos e extremamente escuros, era cheio de músculos ao ponto de suas veias saltarem para fora de seu corpo. Mas, nunca foi do meu interesse, ele sempre me tratou de forma áspera e até me causa certo medo.
– Seu pai Maurice, como está?– Pergunta e a única coisa que tenho capacidade de responder é.– Bem, obrigado por perguntar Gastón.
— Claro, claro. Eu já deveria imaginar além do mais.– Sinto seu braço apertar o meu ainda mais e suspiro começando a ficar tensa.– Irei acompanhá-la até em casa.
– Gastón não precisa, eu tenho certeza que você tem muito afazeres, não quero atrapalhar eu posso ir embora sozinha. Eu já estava de partida, apenas vim trocar um livro.– Tento convencê-lo sem demonstrar o meu desespero.
– Eu jamais deixaria uma moça, tão bonita como você, andar desacompanhada.– Respondeu continuando a andar.– Posso imaginar que Maurice esteja trabalhando em mais uma de suas invenções malucas, estou certo?
– Primeiro que não é maluca Gastón...
– Belle, todos nós sabemos que seu pai é um louco, não tem como negar.
– Meu pai não é louco!– Me exalto por fim.
– Belle, não negue você sabe como terminou a última, você quase morreu. Deveria aceitar a nossa ajuda para interna-lo. Não posso aceitar que a qualquer momento dentro daquela casa você esteja correndo perigo.
– Ora Gastón, louco aqui apenas você. Reveja suas palavras para falar de meu pai, passar bem...
Toco a maçaneta da porta, mas sinto um puxão brusco em meus ombros e sou jogada para atrás e prensada na parede. Fecho meus olhos, sem coragem de encarar. Gastón colocava seu preso sobre mim, me impedindo de me mover.
– Belle, não seja tão difícil. Você sabe que pode mudar de vida e ajudar seu pai, mas apenas se aceitar casar comigo...– Aquilo era o cúmulo do absurdo.
– Casar com você?– Pergunto e vejo um sorriso largo e maldoso surgir em seus lábios.
– Sim!– Concordou estonteante.
– E ter muitos filhos? Uma casa para cuidar? E um marido como você para lavar a roupa, massageia seus ombros e entrega-lhe comida sobre a mesa?– Ele parecia alegre com o que ouvirá, mas era tudo mentira.– É lógico que não Gastón, eu jamais me casaria com alguém como você!– Sinto sua mão pesar em meu rosto, causando uma queimação rápida e dolorida.
– Você vai casar comigo sim, você não tem escolha. E quando acontecer, farei questão de mostrar quem realmente manda, vou lhe dar...– Sinto seus dedos ásperos deslizarem pela a minha perna nua por baixo do vestido azul dois ou três palmos abaixo do meu joelho.– Umas belas palmadas, para saber qual é o seu lugar como mulher e que aqui quem manda sou eu.– Ele se aproxima de meu ouvido e sinto uma lágrima escorrer pelo o meu rosto.– O seu marido!
Tento empurra-lo, aquilo era só a revivida de um momento que já se repetiu várias e várias vezes, outra vezes foram até mesmo piores do que está sendo hoje. Mas, todas sempre me deixam extremamente atingida ao ponto de eu me sentir imunda e culpada.
Ele arranca o livro que eu segurava e o arremessa pelos os ares. Me desprendo no mesmo momento e corro em direção aonde o livro havia sido jogado, quando percebo ele já não estava mais ao meu alcance. Havia caído dentro do poço.
Mais lágrimas surgiram em meus olhos ao ver o que eu não poderia recuperar e sinto Gastón logo atrás de mim.
– Quando nos casarmos, esse seu hábito de leitura acabará. Não é apropriado que uma mulher leia, logo começa a ter ideias mirabolantes como as que têm e se torna isso, alguém de desgosto como você está se tornando para todos. Acha que não comentam?
– Eu não ligo para o que as pessoas acham...– Vejo as minhas lágrimas caírem na escuridão do poço.
– Mas vai ligar, principalmente quando já estivermos casados. Você vai se tornar uma mulher inclusa na sociedade, não tem direito algum a pensar, ter ideias e sonhar. Seu único problema será os nossos filhos.– Ele poderia me usar, ele podia marcar meu corpo, principalmente se ninguém está vendo. Se eu disser algo ninguém irá acreditar.– Sabe, já consigo até mesmo imaginar, um garoto como eu. Correndo pela a nossa casa...– Descontrolo meu choro ao sentir suas mãos deslizarem pelo o meu corset. Tudo de novo, era sempre pior, cada vez pior, por mais que não passassem disso.– Até mais esposa...
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