Colin Louis
Eu odiava quando as pessoas falavam sobre o meu peso
Eu ansiava pelo dia em que eu poderia jogar algum deles pelas escadas
Mas minha mãe certamente infartaria
E meu pai ficaria louco
Meu nome é Colin Antena Louis, um nome feio e ridículo eu sei, mas apesar disso eu o amava, sempre me senti única com ele e meu pai quem o escolheu, isso era o bastante. Minha adolescência sempre foi repleta de piadas sobre meu peso, isso me fez ficar insatisfeita por anos e disposta a fazer inúmeras dietas, mas eu decidi viver quem eu realmente sou, uma garota gorda, bonita e inteligente.
E que estava em seu último ano escolar.
Meu pai é o Diretor na unidade onde estudo, mas quando estávamos lá ele me tratava como uma aluna qualquer, e isso era o mínimo possível, não quero receber preferências só por sua filha e ele entendia bem isso. Minha mãe é uma mulher simples, que trabalha em uma floricultura; brasileira, dona de uma beleza exótica que chamava atenção em qualquer lugar que fosse. Tenho dois irmãos mais velho, e eu os odiava! Estúpidos, burros, suas únicas satisfações eram atormentar a minha vida.
Há alguns anos eu conheci duas pessoas incríveis; Joly e Ariel, meus dois melhores amigos. Eu amava a escola, amava eles, amava me sentir viva lá, mas ontem depois do jantar ouvi uma conversar entre meu pai e minha mãe, a escola estava com dívidas, e caso não fossem pagas teriam que fecha-la. Eu sei o quanto meu pai ama aquele lugar, são quase dez anos sendo direcionado por ele, aquilo era sua vida e eu não poderia deixar que acabasse tão rápido assim.
— Qual o valor dessa dívida? — Ariel indaga e eu coloco a bandeja na mesa.
— Cem mil dólares.
— Uou, isso é uma boa grana, como chegou a tanto? — Joly pergunta, apoiando suas pernas no canto da mesa e olhando para mim.
— Reformas na escola, armários novos, campo novo, materiais, tudo acumulado. Temos que fazer algo, gente, não posso deixar a vida do meu pai acabar assim, vocês sabem o quanto ele ama isso aqui — Falo um pouco triste e as feições dos dois baixam, chateados assim como eu.
— Colin, caso não saiba, todos nós aqui somos pobres, tipo... muito pobres, a única pessoa rica aqui é aquela patricinha fresca ali no canto — Joly exclama apontando para Louise, a garota estava coloando uma pequena toalha na cadeira para poder sentar ali, retirando um saco plástico com uma fruta da bolsa.
— Ela é tão...— Ariel suspira olhando bobo para Louise e Joly revira os olhos com isso.
— Fresca!
— Não importa como, temos que fazer algo ou então ficaremos sem estudar, a escola à frente ninguém aqui tem a mínima condição, além de que eles odeiam nós — Falo e minha amiga concorda rindo.
Nossa escola têm uma richa enorme com a particular no outro lado da rua, todos os campeonatos eram eles que ganhavam, não importa quais fossem, fora que as líderes de torcida são insuportáveis. Mas havia a maior delas, Moly Wilson, linda, gostosa, inteligente, mas acima de tudo, cruel. E odiava Louise e Joly com todas as suas forças.
— Concordo, temos que achar uma idéia rápida e falar com todo mundo aqui — Ariel fala apoiando seus braços na mesa.
— Temos uma ova, quem fala sempre sou eu — Joly reclama e nós dois rimos disso, até porque não é mentira.
— Mas nós precisamos dela — Falo com uma careta apontando para Louise e minha amiga arqueia uma sobrancelha.
— Por que? Ela só vai atrapalhar, fora que ela odeia esse lugar, será uma incrível oportunidade dela sair daqui.
— Todos aqui amam ela, a garota se tornou mais popular do que uma celebridade, e isso foi só em três dias aqui — Falo o óbvio e Joly bufa cruzando os braços olhando para Louise.
— Tá, mas quem vai convencer ela?
— Então, meio que... você? — Indago e Joly fecha a expressão, olhando para mim como se fosse óbvio.
— Ela me odeia! O que é recíproco, mas mesmo assim me odeia.
— Então só resta uma pessoa — Mordo meu lábio inferior e nós duas olhamos para Ariel, que estava distraído encarando Louise mexer em seu celular, sozinha no canto do refeitório.
— Que foi?
— Com toda certeza é ele, mas temos que achar uma solução antes de falar com a metida — Joly exclama pensativa e eu concordo mastigando meu sanduíche antes que o intervalo acabe, a fome estava me matando.
— Com toda certeza eu sou? Espera, eu sou o que?
— Bonito querido, muito bonito — Joly fala apertando suas bochechas e eu começo a rir quando ele reclama empurrando sua mão, ele odiava demonstração de afeto em público.
— Tá olhando o quê? Seus sem educação — Louise resmuga olhando para Joly furiosa. Minha amiga somente ri, levantando o dedo do meio para ela, e a mesma leva sua mão até o peito em choque.
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