Aluna nova
Deslizo meus dedos pelo corrimão da escadas enquanto desço a mesma, meus pensamentos ainda rodavam aquela foto, mas eu ainda estava em um dilema se ajuadava ou não aqueles três. Confesso que nunca quis estudar naquela escola, fiz de tudo para não poder colocar meus pés lá, mas meu pai sempre irredutível com tudo, nem ao menos me ouvia, ou simplesmente ignorava minhas palavras.
Não fiz amigos ali e confesso que a maior culpada sou eu, quase todos tentavam se aproximar de mim, mas sempre recusei, até que eles cansaram. E eu não culpo eles, ninguém aguentaria uma pessoa assim, nem mesmo meu pai aguenta.
Caminho para a cozinha e sorrio ao ver Alda colocar um prato de biscoitos na mesa, ela nota minha presença ali e aponta para a cadeira, sento pegando um biscoito e ela rir fazendo o mesmo a minha frente. Ela me conhecia tão bem ao ponto de saber quando estou precisando de seus conselhos.
— Hoje três pessoas pediram minha ajuda, mas eu não sei se quero ajudar — Confesso e ela me olha atentamente.
— E por que não quer? — Indaga confusa e eu giro o prato sem olhar-la. Porque foi ela quem me ensino tudo e principalmente a ajudar sempre quem precisa.
— A escola aonde estudo está com uma dívida, não muita, mas eles não têm como pagar por causa dos juros. Esses três alunos querem fazer algo para ajudar a arrecadar dinheiro, pediram minha ajuda para isso, mas pode ser uma oportunidade de sair de lá — Finalmente chego no ponto real e ela solta um longo suspiro.
— Mesmo que ela feche, seu pai não vai colocar você em uma particular. Eu não ensinei Louise Faure a ser uma pessoa assim, a menina que eu ajudei a criar ajudaria sim sem pensar duas vezes, se eles precisam, por que não? — Disse de forma calma e eu me encolho puxando meu casaco para baixo, sem olhar-la.
— Você acha que papai teria orgulho de mim? — Pergunto baixinho para que somente ela pudesse ouvir. Mas mesmo que alguns ali ouvissem eles jamais comentariam nada, os empregados pareciam mais como robô do que humanos.
— Você teria orgulho de você? — Ela rebate minha pergunta e eu mordo meu lábio inferior sem saber o que responder.
— Acho sim — Falo e ela sorrir terna para mim.
— Então já temos sua resposta — Responde e eu pego o copo de leite que ela me oferece, mastigado outro biscoito, eu definitivamente estava faminta.
— Ele está em casa? — Pergunto me referindo ao meu pai e Alda concorda puxando uma panela do armário, provavelmente para preparar o jantar.
— Na piscina com seu irmão, está o ensinado a nadar — Escondo um sorriso e quase pulo da cadeira, mas sem deixar os biscoitos, Alda nega quando me ver levar-los.
— Você têm que relaxar, ficar nervoso não vai adiantar nada e seu corpo fica mais pesado — Esculto a voz do meu pai quando atravesso a porta de vidro. Os dois estavam no meio da piscina, meu irmão boiando enquanto nosso pai ficava com os braços embaixo dele.
— Eu não consigo — Eu podia visualizar seu rosto e a careta nele me fez rir, caminho pelo piso descalça e sento na cadeira de balanço na varanda, observando os dois.
— Consegue sim, você não é mais um menino — Meu pai brinca e pela primeira vez em anos eu vi um sorriso em seu rosto, de certa forma estou feliz por isso.
— Tente pensar nas suas músicas — Sugiro e isso chama a atenção dos dois, eles olham para mim e meu irmão sorrir levantando o dedo em sinal de positivo. Depois de longas tentativas Gabe finalmente consegue ficar sozinho na piscina, meu pai o deixa ali e pega uma toalha na mesa quando saí, sentando ao meu lado.
— Como foi seu dia? — Escondo a supressa com sua pergunta e deixo o prato de lado, virando meu corpo para olha-lo.
— Foi bom, alunos novos, professor novo por um tempo, e sou capitã das líderes de torcida — Comento feliz e ele sorrir também.
— Fico contente por isso, sei que sempre amou dançar — Fala e eu senti que ele realmente estava contente.
— Meu professor é muito bonito, vai cobrir o período porque o antigo teve um acidente — Tento puxar algum assunto para prolongar nossa conversar, porque isso raramente acontecia.
— Como ele se chama?
— Scott North — Falo e sua expressão muda por míseros segundos, ficando séria, mas ele logo se recompõe.
— Eu tenho que ir, peça para o seu irmão não demorar muito na piscina, ele ainda está no começo — Diz sério e eu concordo calada, observando ele sair apressado passando a toalha com força em seu rosto.
— Hora de sair pirralho — Implico chamando a atenção do meu irmão e ele revira os olhos saindo da piscina, pego o prato da mesa e volto para dentro de casa.
— A senhorita têm visita — Uma das empregadas aparece na cozinha chamando por mim e eu franzo o cenho confusa, afinal eu não estava esperando por ninguém.
— Brianna?— Indago supressa ao ver minha antiga amiga e a mesma solta um gritinho animado correndo até mim, se jogando em meus braços e eu a abraço de volta com carinho. Nós duas éramos muito apegadas quando estudamos juntas, mas tivemos que nos distanciar um pouco.
— O que você faz aqui?
— Eu não suporto a Moly e sinto tanto a sua falta, fora que tenho uma novidade, estou de mudança para a sua escola — Ela fala eufórica e eu arqueio uma sobrancelha surpresa com a notícia.
Isso vai ser interessante
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