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29 - Anna Jolie

Anna Jolie

OLIVIA

Acordar naquela cama sozinha não foi nada fácil. Principalmente quando eu estiquei o braço, esperando encontrar um corpo quente ao meu lado, mas não havia ninguém. Ele tinha ido embora, como havia dito que faria, e agora o que me restava era o seu cheiro em seu travesseiro. Fechei os olhos, me lembrando da noite anterior. Tinha sido perfeita. Melhor do que eu sequer poderia ter sonhado. Harry era melhor do que qualquer garoto que eu já conheci ou sonhei. E eu havia lhe dito o meu mais sincero sentimento, enquanto ele me levava as alturas. Eu te amo.... Permaneci na cama por alguns minutos, me permitindo sentir sua falta, mas tentando ao máximo não cair em lagrimas. Até me levantar e caçar minha camisola e calcinha pelo chão do quarto, fui em direção a porta para sair do quarto e ir tomar um banho, quando notei o papelzinho amarelo grudado na porta.

Se houver alguma emergência, me liga. – H.

E em baixo, um número de celular. Sorri, me sentindo um pouco melhor, e peguei o recado, o guardando.

Taylor ainda estava dormindo, quando saí do banheiro e entrei no nosso quarto. Eram quase onze horas, ela normalmente acordava por volta das nove. Mas não a incomodei, vesti a primeira roupa que achei no armário, um short jeans e uma blusa rosa, e foi para a cozinha. Eu estava morrendo de fome! Surpreendentemente, assim que abri a porta da geladeira, escutei a porta do apartamento abri e fechar. Corri para a sala, sentindo meu coração partir de um para um milhão.

– Har... – Parei de falar, ao notar que não era ele. Mas sim, um total desconhecido. – Quem é você? Como entrou aqui?

Ele terminou de empilhar duas caixas de papelão ao lado da porta, e endireitou a coluna, me olhando.

– Ah, oi. Eu sou Shawn, prazer. – Falou, sorridente. – Harry me mandou para vigiar você e sua irmã enquanto ele está fora. Você é a Olivia ou a Taylor? Ele falou que são gêmeas...

– Olivia. Prazer. – Respondi, tentando ser o mais amigável o possível. Mas ele provavelmente notou a clara expressão de decepção que eu tentava esconder. – Taylor está dormindo. – Informei.

– Certo. – Assentiu, finalmente saindo de frente da porta e olhando o apartamento com olhos curiosos. – Já comeu? Eu trouxe alguns hambúrgueres de um fast-food no caminho do aeroporto para cá.

Ele tirou sua mochila das costas e se sentou no sofá, retirando uma sacola do Aly's Party de dentro. Sorri e senti meu estomago roncar de fome.

– Ainda não, estou morrendo de fome! – Comemorei, indo me sentar ao seu lado e ele me entregou um hambúrguer.

Momentos depois, Taylor se juntou a nós. E engatamos em uma conversa onde todos se conheciam. Descobri que Shawn e Harry, que ele conhecia como Edward, foram colegas de quarto durante o primeiro ano de treinamento no Quântico. E desde então eles mantêm uma amizade. Shawn preferia investigar crimes de frente, enquanto Harry gostava mais de entrar na investigação, por isso sempre trabalhava disfarçado. Shawn, assim como Harry, também morava em Nova York, mas ao contrário de ultimo, que sempre estava em uma cidade diferente, seguindo casos, ele preferia continuar na sua cidade. E do jeito que ele falava de lá, Nova York parecia um sonho!

– E você tem namorada em Nova York? – Taylor perguntou, enquanto enrolava seu cabelo com os dedos.

Me segurei para não revirar os olhos, e a olhei sem acreditar que ela estava mesmo dando em cima de Shawn.

– Tenho. – Ele respondeu, meio sem graça.

– Que pena. – Ela suspirou e lançou um longo olhar na direção de Shawn, que engoliu em seco, então pegou o seu celular e perdeu totalmente o interesse no resto da conversa.

– Desculpa pela minha irmã sem noção. – Pedi.

– Que nada! Relaxa. – Ele riu, descontraído. – Ah, já ia me esquecendo! – Ele se levantou de repente, caminhando até as caixas de papelão. – Aqui está tudo o que eu consegui encontrar sobre possíveis casos do Enigma que nunca foram "descobertos". Harry me pediu para pesquisar e eu decidi trazer, afinal foi sua a ideia dessa investigação. Podemos ler e analisar tudo isso juntos mais tarde se quiser. Eu preciso mesmo que alguém me atualize mais sobre esse caso.

– Isso seria ótimo, obrigada!

Sorri, olhando com ansiedade para as caixas.

***

Lá para as três da tarde, meu pai me ligou contando que Jacke havia ligado para ele dizendo que Patty estava começando a se lembrar de algumas coisas, e que logo ele iria me buscar para irmos visitar minha amiga juntos. Enquanto eu me trocava e colocava uma roupa mais sociável para sair, aproveitei para conversar com a Taylor.

– Você deixou Shawn constrangido. – Comentei, vestindo uma calça jeans.

– Eu só fiz uma simples pergunta. Ele já é grandinho, tenho certeza que consegue lidar bem com perguntas. – Ironizou.

– Não estou tentando te julgar, você só poderia ter esperado alguns dias até o conhecermos melhor, não acha?

– Olivia, você não poderia me julgar nem se quisesse, não depois de eu ter ficado acordada praticamente a noite toda ouvindo você e o Harry transarem no outro quarto!

Meu corpo gelou, e tudo o que eu consegui fazer foi olha-la sem qualquer reação. Ela tinha escutado... oh meu Deus, ela tinha escutado! Me virei, sem conseguir encara-la, e troquei de blusa, colocando uma de mesma cor só que com mangas. O hospital era bastante frio.

– Não precisa se fechar toda e ficar com vergonha. – Ela ficou de pé na minha frente e eu me virei novamente, indo pegar uma bolsa no armário. – Ok, me desculpa por sequer mencionar. Deve ser um assunto difícil agora que Harry não está mais aqui. – Se desculpou.

Passei a corrente da bolsa pelo meu pescoço, e sai do armário, para encara-la.

– Me desculpa por ter ti deixado acordada e por tentar te dizer o que fazer. Não é da minha conta. – Me desculpei também. – Eu tenho que ir, nosso pai já deve estar chegando.

Ela assentiu e eu fui para a sala.

***

– Patty? – Chamei, entrando no seu quarto de hospital.

– Liv! – Sorriu, esticando os braços.

Nos abraçamos e eu percebi que ela aparentava estar melhor, sua aparência estava mais saudável e elétrica, mais como a minha melhor amiga louca que eu conhecia e amava.

– Que bom que você está melhor.

– Não só isso, eu estou lembrando! De Hood River, Zayn, Justin, uma casa amaldiçoada e fantasmas brancos! Como o Gasparzinho! – Ela falou apressadamente, e eu olhei para Jacke, procurando por algum sentido no que ela falava, pois ela me perdeu em "casa amaldiçoada".

– As memorias dela estão voltando ainda meio confusas, tenho certeza de que não há fantasmas nessa história. – Jacke sorriu sem graça.

– Foi tudo um plano deles, de Justin e Zayn. Eles combinaram de cada um seduzir uma irmã. Justin ficou com a Olivia, e o Zayn com a Taylor.

– Por que eles fariam isso? Que plano é esse? – Meu pai perguntou, mostrando pequenos indícios de raiva em seu jeito de falar e se portar. Mas eu sabia que aquela raiva era direcionada a Justin e Zayn e não a nós.

– Isso eu não consigo me lembrar ainda... é como se estivesse na ponta da minha língua, mas não consigo alcançar essa memória. – Patty suspirou, frustrada.

– Calma, filha, não faça muito esforço. – Jacke instruiu e ela assentiu.

– Será que eu poderia falar com a Patty sozinha por alguns minutos? – Pedi.

– Claro, eu e seu pai esperamos do lado de fora.

– Se lembrar de algo é só chamar! – David falou, antes de sair com Jacke e fechar a porta.

Fui até Patty e me sentei ao seu lado na cama.

– Você está diferente... – Ela notou, estreitando os olhos. – Oh, não! ... – Ela levou a mão a boca, surpresa. – Você perdeu a virgindade, não foi?

Foi a minha vez de ficar surpresa. Não, não só surpresa. Completamente em choque. Meu queixo foi ao chão e voltou.

– Como... como você sequer deduziu isso? – Perguntei, engasgando nas palavras.

– Eu tenho um dom! – Deu de ombros, se gabando. – Me conta tudo agora ou eu te mato! Com quem foi?

– Harry.

Ela fechou os olhos, se derretendo na cama.

– Ah... mas é claro! – Suspirou. – Eu sabia. Eu sabia! Era questão de tempo. Como foi? Quero detalhes! Ele é grande?

– Patrícia! – Exclamei.

– Olivia! – Ela falou meu nome de volta. – O que? Eu mereço saber! É, ou, não é? – Perguntou, cheia de malicia. Escondi meu rosto em minhas mãos por alguns segundos, e então tomei coragem e a encarei, assentindo. – É? – O sorriso em seu rosto foi de orelha a orelha.

– Ele é perfeito. – Conclui.

– Ele quem? Harry ou o pau dele? Seja clara mulher!

– Os dois! – Respondi apressadamente. Não querendo mais falar sobre o membro do meu... de Harry. – E foi incrível. Ele foi tão atencioso e romântico, mas ao mesmo tempo... sedento e quente.

Suspirei, só de lembrar.

– Aí, não vejo a hora de perder a minha com o seu irmão...

– Informação DEMAIS! – Dei um pulo para fora da cama. – Eu definitivamente não precisava disso na minha mente! – Disse, traumatizada, enquanto ela ria da minha cara.

– Como se você já não soubesse!

– Sua paixão por ele já é notícia velha, eu só não precisava ter imaginado isso!

– Eu não controlo a sua mente, você imaginou por vontade própria! – Deu de ombros, debochada, e eu cerrei os olhos, cruzando os braços.

– Eu só não te bato por que você já está em uma cama de hospital!

Ela me deu língua e eu impedi que um sorriso se instalasse em meus lábios, tentando ficar com raiva dela por mais uns minutinhos.

– Você me ama! – Ela piscou para mim, e eu revirei os olhos, sorrindo e voltando a me sentar ao seu lado. – Agora me dá mais detalhes da sua primeira vez!

– Safada...

***

– Encontrou algo? – Shawn perguntou.

Estávamos sentados no chão da sala, lendo os arquivos que ele havia trazido. Era um pouco mais das sete da noite, tínhamos acabado de jantar.

– Eu não sou uma expert nesse caso, como o Harry, mas acho que esse caso se encacharia quase que perfeitamente, se a garota não tivesse dezenove anos. – Falei, lhe entregando a pasta.

Ele deixou a pasta que estava lendo de lado e começou a ler a que eu havia lhe dado.

– Pelo o que eu li, você tem razão. – Concordou. – Vamos fazer o seguinte, separaremos todos os arquivos em duas pilhas, a dos casos que possuem mais de 70% de chances de ser do Enigma, e as dos casos que tem menos.

– Ok. Boa ideia. – Concordei.

Levamos o resto da noite apenas lendo e separando casos de uma das caixas. Deixando para analisar melhor apenas no dia seguinte, pela manhã.

– Mais um para a pilha dos casos quase certos. – Shawn colocou mais uma pasta na pilha, onde já haviam cinco outras pastas.

– Todos esses casos são isolados e em estados e cidades diferentes. Além das datas serem bem antigas. É como se ele estivesse... experimentando. Tentando encontrar uma "formula" perfeita.

– Um completo louco.

– Sim... – Parei de ler o arquivo e fechei a pasta ao perceber que eu estava lendo a mesma frase a quase dois minutos e não conseguia absorver nada. – Tem algum caso internacional? Em outro país?

– Está na outra caixa.

Me levantei do chão e peguei a outra caixa, a levando para onde estávamos sentados. Os casos internacionais eram mais diferentes, quase nenhum havia ligação com Enigma, eu estava a ponto de parar um pouco e ir comer alguma coisa ou tirar um cochilo, quando um nome em uma das pastas me chamou atenção: Anna Styles. Imediatamente peguei aquele arquivo e o abri, começando a ler. Ele se passava na Inglaterra.

Anna Jolie fugiu de casa quando tinha apenas quinze anos, para se casar com Daniel Styles, de dezoito. Sua família nunca mais soube dela, até sua morte dois anos depois. A jovem de dezessete anos foi encontrada morta a facadas em sua cama, deixando para trás seus dois filhos. Daniel, apesar de se declarar inocente, foi condenado pelo assassinato de Anna e declarado a 35 anos de prisão.

Havia uma foto dela no arquivo, loira, olhos azuis, dezessete anos, morta a facadas. Inglaterra e "Styles". Eram coincidência demais... certo? Sim, eu precisava fazer algo. Eu precisava ligar para Harry. Não era exatamente uma grande emergência, mas isso com certeza era importante. Afinal, eu poderia ter acabado de descobrir a família biológica dele!


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