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21 - Change of plans

Mudança de Planos.

– Temos que sair daqui, levar vocês para algum outro lugar seguro. – Meu pai disse. – Vão arrumar suas coisas.

Eu e Taylor assentimos e fomos para o quarto. Eu não demorei muito, enquanto Taylor se desesperava com suas várias malas. Bem feito, quem mandou ela trazer muitas. Assim que ela terminou, fomos para a sala e estávamos indo em direção a porta quando ouvimos a voz de Harry.

– Esperem... eu não acho que essa seja uma boa ideia. – Disse.

– Como assim? – Meu pai perguntou sem entender.

– Pensem, ele sabia onde Olivia estava esse tempo todo, ele conseguiu invadir o firewall do meu apartamento, além de cortar a garganta de Jonas, um ex soldado altamente treinado, como se não fosse nada.

– Exatamente, temos que tirar elas...

– Mas e se for isso que ele quer? – Harry o interrompeu. – E se tudo isso é parte de um plano dele para que tiremos elas daqui e facilitando ainda mais o seu caminho? Afinal, ele poderia ter feito o mesmo que fez com Jonas com a Taylor e com a Olivia. Mas ele não fez. Ele nem tentou, apenas a estrangulou, talvez em uma tentativa de apaga-la e leva-la para o verdadeiro local onde ele mata suas vítimas, que não vamos esquecer, é sempre com facadas.

– Chegue logo ao ponto. – Meu pai o apressou.

– Elas ficam aqui. Antes ele tinha o elemento surpresa, mas agora, nós sabemos que ele sabe e ele sabe que nós sabemos. Então se ele quiser mesmo a Olivia, ele vai ter que tentar novamente, e aí sim estaremos prontos.

Meu pai desviou o olhar de Harry para a porta há poucos passos à frente e então olhou mim e Taylor. E antes que ele decidisse alguma coisa, eu decidi falar algo.

– Eu acho que é um bom plano, pai.

Ele ficou em silencio, fechando os olhos e suspirando.

– Tudo bem. – Concordou. – Mas esse local vai estar cheio de policiais 24 horas por dia.

– Não importa se forem cinco, dez ou mais policias, eu tenho certeza que esse é o caminho certo. – Harry garantiu, estendendo sua mão.

– Espero que sim. – Ele aceitou a mão de Harry, o cumprimentando de volta.

– Ótimo, lá vou eu arrumar tudo isso de novo. – Taylor "comemorou" arrastando suas malas pelo corredor de volta para o quarto.

– O que faremos agora? Apenas esperamos? – Meu pai perguntou. Era até engraçado, ele um homem de 46 anos, delegado há 10 anos, perguntando a Harry, de apenas 24, como prosseguir.

– Sim. Se quiser também, pode trazer a sua família para visitar. Temos que mostrar que não estamos com medo.

Meus olhos se abriram de alegria.

– Eu adoraria! O senhor poderia trazer a Patty também? – Pedi. Claro, ela surtaria quando eu contasse o que tinha acontecido, no entanto, ela surtaria ainda mais quando eu contasse sobre o beijo.

– Claro. Há dois policiais no corredor, e uma viatura em frente ao prédio, no entanto eu irei mandar mais uma viatura e alguns policiais por maior segurança. Assim como uma equipe de limpeza. – Ele apontou para o sangue no corredor e porta do apartamento.

– Não, precisa. Eu mesmo limpo. – Harry disse.

– Tem certeza? – Ele fez uma careta.

– Sim, sem problema.

– Ok, então... eu vou indo. – David veio até mim, me dando um abraço apertado. – Eu volto amanhã de manhã logo cedo, com sua mãe, Louis e Patrícia.

Eu assenti, dando um beijo em sua bochecha.

– Tchau, pai.

– Qualquer coisa, é só ligar.

Ele foi até a porta, ainda um pouco receoso, mas no final, atravessou a poça de sangue e seguiu pelo corredor, deixando eu e Harry sozinhos na sala. Eu olhei para ele, que já estava me olhando, e eu sabia que se eu não falasse algo, ficaria um clima estranho, principalmente depois do beijo. Então falei a primeira coisa que veio na minha cabeça.

– Precisa de ajuda para limpar?

Ele olhou para o sangue, pensando por alguns segundos.

– Acho melhor não, depois de tudo o que aconteceu essa noite, você deveria descansar.

– Eu sei. Mas eu tenho certeza de que não vou conseguir dormir, então...

– Tudo bem. Eu vou pegar o alvejante, você pega algumas toalhas?

– Ok.

Fui até o banheiro e peguei algumas toalhas no armário, e quando voltei ele já estava me esperando com o galão de alvejante, um balde com água e luvas de borracha amarelas. Ele me entregou um par, e eu as coloquei, assim como ele, que arregaçou a manga da sua camisa social preta até um pouco acima do cotovelo, para não manchar. Então começamos a limpeza.

Confesso que era algo extremamente desconfortável e triste, eu não conhecia Jonas, mas ele estava ali para me proteger e agora ele estava morto, era impossível eu não me sentir nem um pouco culpada.

– Ele tinha família? – Perguntei, vendo o sangue sendo absorvido pela toalha assim que a coloquei no chão.

– Acredite, você não quer fazer isso. – Falou, enquanto torcia uma toalha dentro do balde. – Só vai piorar a situação.

– Então a resposta é um sim. – Suspirei, me sentindo pior ainda como ele havia previsto.

– Não é sua culpa, Olivia, poderia ter acontecido em qualquer outro trabalho.

– Mas aconteceu comigo, tudo de ruim sempre acontece comigo. – Falei, sentindo as lagrimas escaparem pelos meus olhos.

Harry ao me ver chorar, se aproximou, levando sua mão em direção ao meu rosto para me consolar, mas parou assim que se notou suas luvas meladas de sangue. Então ele se afastou, e eu respirei fundo, tentando não focar no quanto eu ansiava pelo seu toque. Enxuguei as lagrimas com o meu antebraço e continuei a limpeza em silencio, assim como ele. E por sorte, sem o clima estranho que eu tanto temia.

***

– Eu preciso de um banho. – Falei, removendo as luvas e as jogando dentro do balde com as toalhas sujas.

– Eu também. – Harry fez o mesmo, passando a mão pelo cabelo em seguida. E eu rapidamente desviei o olhar para a janela atrás dele, me esforçado para não imaginar ele tomando banho, o que estava sendo difícil. Eu era uma pessoa terrível... – O sono já chegou?

– Nenhum pouco. – Neguei.

– O que acha de eu preparar alguma coisa para comermos? Você deve estar com fome.

Eu não tinha comido nada a noite toda, Jonas não deve ter pedido a pizza, o que realmente não importava, pois só o pensamento de comer alguma coisa, qualquer coisa, depois de ter limpado todo aquele sangue me deixava enjoada. Sem falar que minha garganta ainda doía levemente. No entanto, eu não conseguiria dizer não a Harry. Essa poderia ser uma oportunidade para nos conhecermos melhor.

– Acho que não vou conseguir comer depois dessa noite. Mas eu adoraria te fazer companhia, podíamos assistir algo. – Sugeri, sentindo um frio na barriga, mas tentando agir normalmente.

– Pode ser.

Sorri, aliviada por ele ter concordado. Então nos separamos, cada um indo para o seu quarto. Taylor estava arrumando suas roupas no armário, então sem querer atrapalhar deixei minha mala em um canto e fui para o banheiro. Tomei um banho demorado, pois só Deus sabe o quanto eu precisada daquilo, e tentei deixar que as memorias dessa noite se fossem junto com a água pelo ralo, o que era tolice. Pois eu não conseguiria esquecer tão cedo.

Desliguei o chuveiro e saí box, me enrolando na toalha e parando em frente ao espelho e constatando o obvio, seria impossível esquecer essa noite quando havia uma marca escura envolta do meu pescoço. Toquei levemente nela, e foi como se eu estivesse revivendo tudo de novo, o medo e desespero definitivamente não eram uma boa lembrança, então respirando fundo, apenas tentei deixar para lá, saindo do banheiro e indo para o quarto.

Taylor estava agora distraída assistindo algo no notebook, enquanto metade das suas roupas ainda estavam espalhadas pelo quarto. Revirei os olhos, ela sempre fazia isso quando éramos crianças, nós brincávamos com os brinquedos e depois ela deixava para que eu arrumasse tudo, pois eu é que não iria arrumar essa bagunça agora. Abri minha mala e vesti meu pijama, saindo do quarto em seguida. No corredor, notei que a luz do quarto de Harry estava apagada, e instantaneamente senti meu coração acelerar de ansiedade e nervosismo. Passei pela sala, mas como ele não estava lá, fui para a cozinha, encontrando ele de costas enquanto mexia algo no fogão. Ele estava vestindo um short daqueles folgados de dormir preto, e uma blusa de manga curto de mesma cor. Sorri, pensando em como nem em um milhão de anos eu imaginaria que ele fosse o tipo de cara que usasse short para dormir. Ele era sempre tão sério e frio, que conhecer esse lado mais íntimo dele estava sendo bastante interessante.

– O que está preparando? – Perguntei, sentindo um cheiro bom no ar.

Ele virou o rosto surpreso.

– Nada demais. Apenas uma sopa para mim. E para você... – Ele largou a colher que estava usando para mexer a sopa e foi até a geladeira, abrindo o freezer e tirando um pote de sorvete. Meus olhos brilharam com aquela imagem do paraíso. – ... eu não sou médico, mas acho que algo gelado seja bom, além de ser fácil de engolir.

Ele me entregou o pote e voltou para o fogão, apagando o fogo e derramando a sopa em uma tigela. Em seguida foi até a gaveta de talheres e tirou duas colheres, me entregando uma.

– Obrigada.

Fomos para a sala e nos sentamos no sofá.

– O que você quer assistir?

– Qualquer coisa. – Dei de ombros. Não era como se eu tivesse aceitado o convite pelo filme.

Ele acabou colocando um filme de suspense, mas na metade eu já nem lembrava o nome, e muito menos a história, pois toda a minha atenção estava nele. O seu cabelo bagunçado e ainda um pouco húmido do banho, a linha do seu maxilar, a barba que deveria estar uns dois dias sem fazer, seus olhos concentrados no filme, até o jeito como ele ficava sentado de braços cruzados e o modo como seu corpo subia e descia no ritmo da sua respiração. Tudo nele me chamava atenção, chegava a ser algo magnético o jeito como eu queria ficar perto dele. Eu deveria estar mesmo enlouquecendo...

– Você está me encarando a cinco minutos. – Ele disse, sem tirar os olhos da TV.

Fechei os olhos e pensei em alguns palavrões, antes de os abrir novamente e encarar a realidade, eu tinha sido pega no flagra. Teria como me recuperar?

– Seu nome. – Me lembrei. – Qual o seu nome?

– Como? – Ele me olhou sem entender.

– A minha pergunta do dia. – O lembrei. – Sem truques dessa vez eu quero a verdade.

– Meu nome de nascença é Harry Edward Styles. Mas quando eu fui adotado pelo Andrew e a Sophia, eles mudaram e ficou Edward Chase.

– Você foi adotado? – Perguntei surpresa, ele e Andrew até se pareciam. Ele assentiu. E eu não sabia se ele iria se recusar a responder a próxima pergunta, dado o nosso acordo mas resolvi faze-la de qualquer jeito. – Você chegou a conhecer seus pais biológicos?

– Não. Minha mãe morreu quando eu tinha apenas um ano de idade, isso é tudo o que eu sei.

– Quando eu fui ao seu quarto no campus havia uma foto de uma mulher loira embaixo do seu travesseio. Era a sua mãe?

– De certa forma... Era a Sophia, ela e Andrew me criaram, foi a única mãe que eu conheci. Ela morreu de câncer quando eu tinha dez anos, e desde então eu durmo com a foto dela embaixo do travesseiro. – Ela balançou a cabeça, desviando o seu olhar de volta para a televisão. – É estupido, eu sei.

– Não. – Me aproximei, colocando minhas pernas para cima do sofá e ficando sentada bem ao seu lado, então apoiei minha mão em seu ombro. – É normal, eu entendo. É o seu jeito de você se sentir perto dela.

– Obrigado.

Ele virou o seu rosto de volta para mim, me olhando nos olhos e a nossa proximidade finalmente me afetou. Olhei para a sua boca, desejando poder senti-la sobre a minha novamente. Mas como ele havia dito, esse era o seu trabalho. Deveríamos ter limites.

– E o seu pai biológico? Você conheceu? – Perguntei, focando o meu olhar nas tatuagens do seu braço, antes que eu fizesse algo que eu definitivamente não iria me arrepender.

– Também não. Andrew nunca fala sobre nenhum dos dois. Ele nem se quer disse seus nomes, para que eu não pudesse pesquisar por conta própria. Tudo o que eu tenho é esse pingente. – Ele puxou a corrente do seu pescoço que estava escondido debaixo da camisa e me mostrou o pingente no formato de uma cruz. – Pertencia a minha mãe.

– É lindo. – Disse, tocando cuidadosamente no pingente.

– Então... mais alguma pergunta? Estou me sentindo bastante generoso nesse momento. – Levantei os olhos do seu pescoço para os seus olhos no mesmo segundo que ele os desviou para a minha boca.

– Acho que não... – Sussurrei. Qualquer pergunta que possa ter passado pela minha mente já estava muito longe e inalcançável agora. Tudo no que eu pensava era nele.

Harry apoiou uma das suas mãos na minha coxa, e com a outra ele tocou levemente a marca no meu pescoço. Eu fechei os olhos, sentindo o seu toque me acalmar, mas ao mesmo tempo fazer o meu coração disparar. Era algo diferente e estranho, mas muito bom e viciante. Abri os olhos, encontrando os dele, e sua mão se deslocou do meu pescoço para a minha nuca. Estávamos prestes a nos beijar quando um celular começou a tocar. Era o de Harry que estava em cima da mesinha de centro. Suspirando, ele se afastou de mim e pegou o aparelho, olhando para a tela.

– É o meu pai. – Ele disse, se levantando do sofá e se afastando para atender a chamada.

Deixei o meu corpo cair para trás, me deitando no sofá, e respirei fundo, frustrada, mesmo sabendo que provavelmente foi melhor assim. Olhei para a televisão e notei que o filme já havia acabado e estava passando agora os créditos finais. O que fez eu me lembrar da carta que Enigma tinha deixado e que Harry havia trazido uma cópia. Olhei na direção dele e a conversa no celular parecia estar longe de acabar, então me levantei e fui para o seu quarto. Fui até a parede de evidencias e olhei ela inteira, não tinha nenhuma carta, mas as informações ali eram bastante importantes.

O rosto de Louis, Justin e Zayn estavam riscados com um "x" vermelho. O que me fez lembrar do que Harry disse a Lou no jantar. "Na verdade, eu risquei o seu nome da lista de suspeitos logo nos primeiros dias, Louis." O que significava que ele também havia riscado Zayn e Justin. O que era estranho, e todas aquelas coisas suspeitas? O mapa, a arma? Desci os olhos para a foto de Niall, havia um fio o ligando a uma foto da sua casa, que é onde encontraram uma das vítimas. Senti um gosto ruim na boca só de pensar que Niall poderia estar envolvido nessa história, e torci para que fosse apenas algo erro. As fotos de Liam e Luke também estavam lá, logo ao lado da de Niall, Liam ligado a palavra "segredo" e Luke com uma interrogação.

– O que está fazendo? – Senti a voz de Harry bem atrás de mim e levei um pequeno susto.

– Eu só estava olhando. – Disse. – Você não acha que Zayn ou Justin estejam envolvidos?

– Eles definitivamente estão envolvidos em algo, só não acho que tenha relação com Enigma. Zayn estava preso durante a maioria dos ataques, e Justin é visto na câmera de segurança do trabalho.

– Eu não sei como você consegue. Isso tudo parece bastante complicado.

– Eu já estou acostumado. – Ele deu de ombros.

– Meu pai falou que você trouxe uma cópia da carta do Enigma, eu posso ver?

Ele foi até a sua cômoda pegando o papel e me entregando.

– Não acho que tenha algum sentido, ninguém conseguiu entender na delegacia. – Disse.

"Você me encontrará, em uma piscina, em seus sonhos, em um corredor escuro, debaixo de uma arvore, na sua cama. Você me encontrará em um pedaço de você, Olivia! E eu estarei brilhando tão vibrante como a cor amarela. "

– Acho que é por que foi escrita para mim... pois eu acho que sei exatamente o que ele quis dizer.

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