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Capítulo 60

A Garota do Blog.

— Segurar um pau não é estranho? — Patty perguntou de repente. Estávamos no chão do seu quarto bebendo a nossa segunda garrafa de vinho da noite e comendo os doces de Halloween que haviam sobrado na tigela da sua casa. Eram onze e pouca da noite, e apesar de a festa ainda estar rolando na rua, não haviam mais crianças pedindo doces a essa hora. — Eu pensei que a pele seria como a do braço, sabe? Mas a sensação é a de estar segurando na barriga de um daqueles gatos sem pelos!

Eu quase engasguei com o meu vinho, começando a rir.

— De onde você tira essas coisas? Sério, sua mente deveria ser estudada!

— Pode deixar que eu vou falar para o meu futuro marido doar o meu cérebro para estudos científicos quando eu partir! — Ela garantiu, rindo. — Aliás, como foi com o seu namorado? Está toda assada? — Sua risada se tornou maliciosa, e eu balancei a cabeça.

— Você não presta!

Terminei de beber o líquido vermelho em minha taça e alcancei a garrafa para me servir de mais alguns goles.

— É sério, foi tão bom quanto da primeira vez?

— Foi melhor! — Revelei, totalmente desinibida. E eu tinha ao álcool para agradecer por isso. — Eu não sei o que me deu, mas eu não conseguia parar de pensar nele! O tempo todo enquanto eu colocava e provava esse vestido na loja, eu o imaginava tirando-o de mim e fazendo coisas absurdas comigo! — Confessei, sem um pingo de vergonha. — Eu pensei que demoraria mais tempo até eu conseguir chegar nesse nível de intimidade com ele de novo, mas assim que eu cheguei no seu apartamento, eu não consegui pensar em mais nada a não ser nós dois juntos... foi como beber um copo de água após dias andando sozinha no deserto.

— Só que ao invés de água, você tomou leite, né?

— Patrícia! — Exclamei, exasperada.

Ela começou a rir ainda mais da minha cara e eu apenas fiquei olhando para ela, com a boca ainda aberta do choque pela sua ousadia.

— É brincadeira, Liv! — Ela terminou de beber a sua taça em um único gole. — Mas falando sério agora, você provavelmente deve estar ovulando. Eu fico disso pra pior nesse período. Quero transar com o primeiro foragido da polícia gostoso que vejo na rua. — Ela riu de si mesma.

— Escolha de palavras interessante. — Insinuei, mas acabei sendo ignorada.

— Você usou camisinha, né?

— Claro. Não sobrevivi ao Enigma para depois sofrer nas mãos dos meus pais ao aparecer grávida em casa!

Nós duas começamos a rir feito tontas, e eu escorreguei pelo seu carpete até estar totalmente deitada no chão. Encarei o teto do seu quarto, sentindo a minha cabeça meio que girar, e fechei os olhos para ver se melhorava. Eu estava acostumada a beber uma ou duas taças de vinho, não garrafas!

— No que está pensado? — Senti quando ela se deitou ao meu lado.

— Em ligar para a Taylor. Ela falou que iria pegar o taco de beisebol com o Noah.

— E?

— "E" que você também viu como os pais dele estavam estranhos lá na festa. E se algo aconteceu?

— Então muito provavelmente ela não vai atender a sua ligação. — Debochou.

— Patty! — Cutuquei ela com o meu cotovelo. — É a minha irmã!

— Tá, tá, parei, desculpa... quer o meu celular pra ligar? Eu não dou garantia de que ela vá atender ao meu número, mas visto que você não está com o seu.

— Eu estou sim... — Tateei o meu corpo, percebendo que não estava mais vestida com o sobretudo e não tinha a menor ideia de onde o havia deixado. — ... estava.

Abri os olhos quando senti ela se levantar, e me sentei no chão. Se esticando toda, Patty alcançou o seu celular em cima da cama e me entregou. Digitei o número da Taylor e levei o aparelho até o ouvido.

A ligação tocou várias e várias vezes, eu estava quase desistindo quando ela enfim atendeu.

— Patty?

— Não, sou eu. Taylor, aconteceu algo?

Eu conseguia ouvir música tocando no fundo da ligação, o que indicava que ela já deveria estar na festa.

— Não, por que? — Sua voz ficou um tanto mais aguda e eu considerei a possibilidade de ela estar mentindo.

— Eu vi os pais do Noah conversando com o papai. Eles pareciam preocupados com alguma coisa. — Um longo suspirou tomou conta da ligação, e eu percebi que não era apenas paranoia minha, algo de fato estava acontecendo. — Taylor? — Insisti.

— Me encontra na frente de casa em dez minutos, ok? Eu te conto tudo.

Ela desligou a ligação e eu entreguei o celular de volta para Patty, que me olhou curiosa.

— Então?

— Ela está bem, eu acho. Mas tem algo acontecendo e ela falou que iria me contar em casa.

— O que estamos esperando, então? Vamos!

Ela foi a primeira a ficar de pé, e então me ajudou, já que eu não conseguiria sozinha. Nos agarramos uma na outra para conseguir descer a escada sem nos desequilibrarmos, e após deixarmos a sua casa, fomos cambaleando pelas ruas até chegarmos na minha. Taylor estava sentada nos degraus do terraço frontal quando nos aproximamos. Estava com o cabelo preso em dois rabo de cavalos laterais, e as pontas de cada um estavam pintadas de azul e rosa. Sua fantasia era o shortinho e o casaco vermelho e azul, a camisa branca com a frase "Daddy's Lil Monster". Ela não estava com o taco de beisebol.

— Você bebeu? — Ela bufou. — É hoje, senhor...

— Foi só vinho. Vê, meu equilíbrio está intacto... — Tentei ficar de pé em um pé só, mas rapidamente desisti quando me desequilibrei naquele salto. Ou seja, ainda estava lúcida o suficiente para decidir não torcer o meu calcanhar com aquilo. Limpei a garganta. — Anda, me conta o que está acontecendo. Por que os pais do Noah estavam falando com o papai?

— Eles devem estar atrás do filho.

— Aconteceu algo com ele? — Me preocupei.

— Mais ou menos... escuta, vocês não podem contar isso para ninguém, estão me entendendo? Ninguém mesmo. É segredo de Estado! Principalmente você, Patty.

— Ei?! Eu sou um túmulo! — Minha amiga se defendeu.

— Taylor, você está me assustando. O que houve? — Perguntei, agoniada.

— Noah tem problema com drogas. — Ela revelou, em um fio de voz. — Começou com molly nas festas que nós dávamos, e depois evoluiu para cocaína. Eu já tentei fazer ele parar e começar a se tratar várias vezes, mas ele sempre dizia que tinha isso sobre controle. — Ela suspirou pesadamente, indicando que algo ainda pior estava por vir. — Hoje eu o encontrei totalmente acabado no quarto do hotel quando fui pedir o taco... ele estava com uma seringa no braço.

— Meu Deus... — Levei a mão até a boca, em choque. — Heroína?

— Eu não sei. Ele não quis me dizer. Só me garantiu de que foi a primeira vez que experimentou e que isso nunca mais iria acontecer, ele iria parar com tudo.

Eu não sabia nem o que dizer diante de suas palavras. Isso era um choque enorme para mim. Nem em um milhão de anos eu imaginaria que Noah era usuário.

— E quanto aos testes toxicológicos que vez ou outra ele faz pra jogar no time? — Patty perguntou, assim como eu, tentando entender melhor essa história.

— Até onde eu sei, ele pega a urina do Milo.

Caramba! Se ele já tinha todo esse esquema, a coisa de fato era séria.

— E o papai? Onde ele entra nisso tudo?

— Noah tinha destruído boa parte do quarto quando eu cheguei lá no hotel, os pais dele devem ter encontrado a cena depois e ficado preocupados.

— Mas então, onde ele está agora? Está bem? — Patty tirou as palavras da minha boca.

— Eu o levei para a casa do lago da família dele. Ele falou que vai ficar lá até se recuperar e me garantiu que não iria usar mais nada. Também falou que iria ligar para seus pais para os tranquilizar assim que estivesse sóbrio o suficiente.

Eu me agachei ali no chão, sem força alguma para continuar em pé de tão chocada que estava. Nunca esperaria ouvir uma história assim sobre o Noah. O garoto de ouro, a estrela do beisebol da cidade! Minha nossa! Iria perguntar mais detalhes sobre tudo isso, quando a porta da nossa casa foi aberta, e a última pessoa no mundo que eu esperaria sair de lá de dentro, saiu.

— Com licença, meninas. — Jane Winker sorriu ao passar por nós no terraço. E eu fiquei em pé imediatamente.

— O que... — A pergunta ficou presa em minha garganta diante de tanto choque. Será que ela tinha ouvido a nossa conversa?

— O que faz aqui? — Taylor terminou de perguntar, também se levantando.

— Pedi a mãe de vocês para usar o banheiro, tomei muitos ponches e tenho a bexiga fraca. — Ela riu, mas o ato não me passou sinceridade alguma. — Eu vou indo agora, lindinhas, até mais!

Assim que Jane se afastou o suficiente da nossa casa, Taylor voltou a se sentar e abaixou a cabeça em seus joelhos em pura derrota, confirmando o que eu tanto temia...

— Ela escutou.

— Não temos como saber... — Ela me interrompeu ao repetir.

— Ela escutou!

— ... Será que podemos fazer alguma coisa? — Patty perguntou, completamente preocupada.

— Não. Não dá tempo. Em dez minutos ou menos isso já vai estar em todos os lugares. O Noah vai me matar! — Taylor começou a chorar em um misto de raiva e tristeza.

E sem dizer mais nada, ela apenas levantou e entrou dentro de casa.

— O que acabou de acontecer? — Patty me olhou desorientada.

— Um turbilhão de merdas. — Afirmei, em desgosto. — Você quer dormir aqui? — Perguntei, já que assim como eu, ela não estava bem para voltar sozinha para casa.

— Não, não precisa, meus pais ainda devem estar por aqui. Eu vou procurar eles pela festa e depois vou pra casa.

— Eles não vão brigar com você por ter bebido? — A lembrei desse detalhe, mas isso não pareceu assustá-la.

— Eu não acho que eles vão ligar. — Ela deu de ombros com um sorriso triste nos lábios. Já iria se virar quando eu perguntei.

— Amiga, nós estamos bem?

Ela assentiu. Seu sorriso se tornando um pouquinho mais feliz diante de uma noite tão confusa.

— Você está oficialmente perdoada. — Ela abriu os braços de forma convidativa e eu rapidamente aceitei o abraço. Até tentei erguê-la do chão durante, mas acabei desistindo já que eu não tinha força ou equilíbrio algum para fazer isso no momento. Cambaleei para trás para não cair de bunda no chão, e ela riu. — Mas duvide de mim de novo pra você ver se eu não te desço o cacete! — Ameaçou, me apontando o dedo. — E do jeito literal, não do jeito que o seu namorado fez ontem!

— MEU DEUS, eu te odeio tanto! — Soltei, me controlando para não rir das suas gracinhas.

— Até parece! Você me ama! — Ela levou a sua mão até a boca e me lançou um beijo no ar antes de se virar e ir embora atrás dos seus pais.

Entrei dentro de casa e subi para o meu quarto, me surpreendendo ao encontrar a minha irmã já deitada na minha cama. Ela parecia estar devastada. E por causa da maquiagem da fantasia, suas lágrimas escorriam de cores diferentes pela sua bochecha, em um olho era azul e no outro era rosa.

— Tay, o que foi? — Tirei os saltos e me juntei a ela, decidindo deixar o banho para amanhã de manhã quando eu acordasse.

— O Noah vai me matar, Liv. Eu prometi a ele que nunca contaria isso para ninguém!

Ela me entregou o seu celular, e lá estava a notícia no Instagram da Jane. A foto era uma do Noah durante um dos jogos, mas tinha um balãozinho de pensamento saindo de sua cabeça, e nele, havia a foto de várias carreiras de pó. O título era "Noah Kim e o seu segredinho sujo!" e na legenda, ela contava em detalhes tudo o que havia escutado escondida de nós. Revirei os olhos, ela era tão sensacionalista! Com toda certeza se achava a própria Garota do Blog.

— Não vai. Se você explicar direitinho o que houve, tenho certeza de que ele irá entender e não vai ficar magoado.

— Olivia, isso pode causar a expulsão dele do time! Sem falar nos olheiros e nas Universidades, isso pode acabar com a carreira dele no Beisebol!

Eu apenas suspirei, percebendo que ela estava certa. O buraco era bem mais embaixo e isso definitivamente não acabaria bem.

— Talvez não seja imediatamente, mas você é a melhor amiga dele... ainda acredito que ele vá te perdoar. — Falei, para que assim ela não ficasse tão triste consigo mesma.

A puxei para um abraço quando ela começou a chorar, e eu não disse mais nada, apenas fiquei ali fazendo carinho em seu ombro enquanto esperava que o seu choro cessasse. Ela precisava disso agora, e eu estaria aqui por ela.

No dia seguinte, nós duas fomos até a casa da Jane decididas a dar um fim nessa bagunça. Ameaçar processar, puxar o cabelo, implorar, o que fosse, nós só iriamos sair de lá quando ela apagasse o post e fizesse uma retratação. Entretanto, assim que chegamos lá, encontramos os pais do Noah saindo de dentro da casa. Eles provavelmente vieram fazer o mesmo que nós aqui.

— Não irei mais receber visitas por hoje! — Jane anunciou um tanto quanto irritada assim que viu que Taylor e eu estávamos lá na frente esperando por ela. Em seguida, ela bateu à porta na nossa cara.

— Vocês conseguiram fazê-la apagar o post? — Perguntei a Jia e Eugene de imediato, sem conseguir esperar por formalidades como "boa tarde, como vai?"

— Sim. Ela apagou. — Jia confirmou para mim. Em seguida, encarou a minha irmã. — Você sabe onde o nosso filho está, não sabe?

Taylor assentiu, meio desconcertada.

— Eu o deixei na casa do lago ontem à noite. Ele estava envergonhado e falou que precisava de um tempo para ficar sóbrio antes de ligar para vocês... ele ainda não fez isso?

— Não. Mas pelo menos agora sabemos que ele está bem. — Eugene disse seriamente, caminhando em direção ao seu carro estacionado do outro lado da rua sem se despedir.

— Eugene é orgulhoso demais para falar isso, mas eu digo. Obrigada por ter cuidado do nosso filho, Taylor. — Jia abraçou a minha irmã.

— Eu sinto muito por não ter dito tudo isso antes. Eu deveria ter falado algo. — Taylor lamentou, com voz de choro.

Após se afastar, Jia apenas assentiu brevemente e seguiu até o seu marido que a esperava já dentro do carro.

— Eles me odeiam. — Taylor falou enquanto observávamos o carro deles partir.

— Não tanto quanto a mim. Eles mal olharam na minha cara, não notou?

— Liv, você só deu um pé na bunda do filho deles, já eu, escondi um vício em drogas e ainda forneci a informação para a fofoqueira da cidade. Eles me odeiam! — Ela cobriu o rosto com as mãos e suspirou pesadamente, frustrada.

— Vai ficar tudo bem. Logo tudo vai voltar a ser como antes, não se preocupe. — Coloquei a mão em seu ombro para reconfortá-la. — Vamos passar no Winter's e comprar algo antes de ir para casa?

— Pode ser... — Concordou, mesmo sem muita vontade.

Voltamos para onde o policial estava nos esperando, perto da esquina da rua, e avisamos para onde estávamos indo e que iriamos a pé mesmo, já que ele tinha nos trazido até aqui de carro. O policial de hoje era mais velho, na casa dos trinta anos, loiro, e se chamava James. Carter estava de folga esse final de semana. Compramos alguns doces para a viagem e fomos para casa andando mesmo, já que apesar de estar sendo um dia frio, nós precisávamos daquele tempo ao ar livre para respirar um pouco.

Estávamos na cozinha abrindo as coisas que havíamos trazido, quando o meu celular tocou no bolso da minha calça jeans. O alcancei e vi o nome da Patty na tela. Atendi.

— Oi, Patty.

— Liv, você está em casa agora? — Ela foi direta. E não pude deixar de notar algo estranho em sua voz.

— Estou... aconteceu alguma coisa?

— Liga a televisão no canal local. — Disse, com a voz trêmula. E imediatamente eu me preocupei.

— O que houve, Patty?

— Apenas... liga a TV, ok?

— Tá bem, um segundo.

Saí da cozinha e fui para a sala o mais rápido que pude, Taylor me seguiu, também preocupada, e ela ficou em pé, de braços cruzados, ao meu lado enquanto eu passava os canais e procurava pelo o que a Patty havia indicado. Nele, estava passando o jornal de notícias locais, e o meu coração afundou em meu peito assim que eu li o que eles estavam reportando.

Estrela em ascensão do beisebol, Noah Kim, é encontrado morto em casa de verão da família no lago da cidade.

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