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Capítulo 24.2

Carta.

— Eu preciso de um banho. — Harry anunciou, ao fechar a porta do apartamento e deixar o corredor agora já limpo para trás. — O sono chegou? — Ele pôs o balde e o galão do alvejante que já estava pela metade no chão, e começou a retirar as luvas amarelas.

— Ainda não.

Ele jogou as luvas dentro do balde, onde também estavam a escova e as toalhas sujas, e checou as horas no seu relógio de pulso.

— Depois eu posso preparar alguma coisa para nós comermos, o que acha? Você deve estar com fome.

Eu não tinha comido nada a manhã toda, e isso desde ontem. Jonas não deve ter pedido a pizza, e se pediu, ela não deve ter sequer chegado a entrar no prédio, já que o lugar todo encheu de policiais. Contudo, isso nem importava mais, já que só o pensamento de comer alguma coisa, qualquer coisa, depois de tudo o que aconteceu e de todo esse sangue... me deixava enjoada.

— Acho que ainda não vou conseguir comer. Mas eu adoraria te fazer companhia, podíamos assistir algo. — Sugeri, com um leve frio na barriga. Essa poderia ser uma boa oportunidade para nós nos conhecermos melhor.

— Pode ser. — Ele assentiu e eu sorri aliviada por ele ter concordado.

Nós nos separamos. O apartamento só possuía um banheiro, que ficava no final do corredor, então, eu deixei que Harry o usasse primeiro, já que ele tinha acabado de fazer uma enorme limpeza no corredor, e fui para o meu quarto.

Taylor estava dormindo na cama, e todas as suas roupas e coisas já haviam sido propriamente arrumadas de volta no guarda-roupas e na penteadeira. Eu vi que ela tinha começado a guardar as minhas roupas também e sorri levemente pelo gesto, mesmo ela tendo adormecido antes de conseguir concluir tudo. Peguei a minha mala no meu lado da cama e fui até o guarda-roupas para terminar de guardar e arrumar as minhas coisas.

Assim que terminei, separei uma troca de roupas e esperei até ouvir a movimentação das portas abrindo e fechando no corredor do apartamento para sair do quarto e ir para o banheiro. Harry havia terminado de tomar banho e agora era a minha vez.

Tomei um banho demorado. Tentando deixar que as memórias de ontem à noite fossem embora junto com a água quente pelo ralo... O que era tolice, pois eu não conseguiria esquecer disso tão cedo. Desliguei o chuveiro e saí box, me enrolando na toalha e parando em frente ao espelho. A marca roxa em meu pescoço tornaria tudo ainda mais impossível de se esquecer pelas próximas semanas. Toquei levemente nela, e foi como se eu estivesse revivendo tudo de novo, o medo, o desespero... isso definitivamente não eram uma boa lembrança. Terminei de me enxugar, e vesti minhas roupas. Um blusão de frio rosa com a estampa de um dos álbuns da Ariana Grande, e shorts de algodão folgado na cor preta. Pendurei a minha toalha bem ao lado da de Harry no toalheiro e saí do banheiro.

No corredor, notei que a luz do quarto dele estava apagada, e instantaneamente, senti o meu coração acelerar de ansiedade e nervosismo. Passei pela sala, mas como ele não estava lá, fui para a cozinha, encontrando-o de costas enquanto mexia algo no fogão. Ele estava vestindo uma calça de moletom azul escuro e uma camiseta regata branca, deixando expostos os seus braços e as tatuagens que os cobriam. Elas eram lindas. Não havia nenhuma tatuagem colorida, todas eram feitas com tinta preta, deixando um contraste bem chamativo com a sua pele branca.

No braço direito, ele tinha uma rosa, e o seu caule cheio de espinhos ia circulando boa parte do seu braço, chegando até mais ou menos na área do seu cotovelo, então, no antebraço não havia nada. Já no esquerdo, ele tinha várias tatuagens espalhadas, não era uma só. Ele tinha uma borboleta na parte de trás do braço, bem em cima do cotovelo, e ali atrás, ele também tinha uma gaiola de ferro com a porta aberta, e pequenos pássaros voavam para fora, indo em direção a parte da frente do seu braço. Ali na frente, ele tinha um coração, mas não do tipo que a gente desenha no caderno quando está apaixonada, e sim, um coração realista, com até mesmo um pouco de sangue pingando dele. Enquanto o resto das tatuagens eram coisas pequenas que eu não conseguia distinguir direito o que eram, pareciam rabiscos, mas com certeza deveriam ter algum significado para ele.

— Não tem problema no trabalho você ter todas essas tatuagens?

— O FBI não tem regra contra tatuagem, desde que não seja algo ofensivo ou que não se alinhe a ética da agência, e as minhas são bem normais. — Explicou. — Além de que, boa parte está em áreas que eu consigo esconder com uma simples camisa.

Eu assenti, mesmo com ele de costas e impossibilitado de me ver. Apoiei meus antebraços no balcão e inspirei, sentindo um cheiro bom no ar.

— O que está preparando?

— Nada demais. Apenas uma sopa para mim. E para você... — Ele largou a colher que estava usando para mexer a sopa e foi até a geladeira, abrindo o freezer e tirando de lá um pote de sorvete daqueles de 500ml. Meus olhos chegaram a brilhar com aquela imagem do paraíso. — ... eu não sou médico, mas acho que algo gelado seja bom, além de ser fácil de engolir.

Ele me entregou o pote e voltou para o fogão, apagando o fogo e derramando a sopa em uma tigela. Em seguida, foi até a gaveta de talheres e tirou duas colheres, me entregando uma.

— Obrigada.

Fomos para a sala juntos e nos sentamos no sofá, cada um em uma extremidade.

— O que você quer assistir? — Ele ligou a televisão com o controle remoto.

— Qualquer coisa. — Dei de ombros. Não era como se eu tivesse aceitado o convite pelo filme.

Harry acabou colocando um filme de mistério, mas na metade eu já nem lembrava o nome, ou o que a jornalista, que era a protagonista principal, estava tentando descobrir, pois toda a minha atenção estava nele. O seu cabelo bagunçado e ainda um pouco húmido por causa do banho, a linha marcada da sua mandíbula, a barba que deveria estar há uns dois dias sem fazer... seus olhos concentrados no filme, até mesmo o jeito como ele ficava sentado de braços cruzados e o modo como seu corpo subia e descia no ritmo da sua respiração. Tudo nele me chamava atenção. Chegava a ser algo magnético o jeito como eu queria ficar perto dele...

— Você está me encarando há uns cinco minutos. — Ele notou, sem tirar os olhos da TV.

Olhei para a televisão e pensei em alguns palavrões antes de encarar a realidade, eu tinha sido pega no flagra... teria como me recuperar?

— Seu nome. — Me lembrei. — Qual o seu nome?

— Como? — Ele me olhou sem entender.

— A minha pergunta do dia. — O lembrei. — Sem truques dessa vez, eu quero a verdade.

Ele olhou para mim, pensando por um momento se iria ou não responder, até que por fim, começou a falar.

— Meu nome de nascença é Harry. Mas quando eu fui adotado pelo Andrew e a Sophia, eles mudaram e ficou Edward Gabriel Chase.

— Você foi adotado? — Perguntei surpresa, ele e Andrew até se pareciam um pouco.

A pele de Andrew era mais bronzeada, e ele tinha olhos azulados ao invés de verdes como o filho, mas as feições e o cabelo eram bem parecidos. Harry assentiu. E eu não sabia se ele iria se recusar a responder a próxima pergunta, dado o nosso acordo, mas resolvi faze-la do mesmo jeito.

— Você chegou a conhecer seus pais biológicos?

— É apenas uma pergunta. — Ele me lembrou.

— Mas você ficou longe a semana toda, logo, eu tenho direito a várias! — O lembrei.

E ele suspirou e assentiu, sem escolha.

— Não... Andrew me contou que a minha mãe morreu quando eu tinha um ano de idade, e que por isso, eu fui parar na adoção.

— Nossa... sinto muito. — Falei, mesmo ele aparentando não estar muito afetado com isso. — Você já pensou em tentar encontrar essa sua família? O seu pai biológico, talvez?

— Eu pensei por um tempo quando eu era adolescente. Mas o nome "Harry" é literalmente a única coisa que eu sei sobre essa minha primeira vida, sequer tenho um sobrenome, então, não consegui encontrar nada. Hoje em dia, eu tento não pensar muito nisso, afinal, se ele me quisesse, teria ficado comigo, e não, me entregado para a adoção.

Eu assenti. Entendendo agora o porquê de ele ser Harry, mas não ser Harry Campbell, Campbell deveria ser um nome qualquer que ele escolhei para o seu papel de infiltrado.

— Eu também penso assim. Pai é quem cria, e pelo visto, Andrew fez um belo trabalho. — Ele me lançou um pequeno sorriso, mas logo, voltou sua atenção para a televisão. No entanto, eu ainda não estava preparada para terminar essa nossa conversa. Eu queria saber mais sobre ele. — Quando eu fui ao seu quarto no campus, havia a foto de uma mulher loira embaixo do seu travesseio... era a sua mãe?

— Sim. Era a Sophia. Ela e Andrew me criaram... ela foi a única mãe que eu tive... — Ele respirou fundo, como se tomasse coragem para continuar. — Ela morreu de câncer quando eu tinha dez anos, e desde então, eu costumo deixar a foto dela debaixo do meu travesseiro em noites inquietas... É estúpido, eu sei.

— Não. — Escorreguei no sofá para ficar mais perto dele e apoiar minha mão em seu ombro. — É normal, eu entendo. É o seu jeito de se sentir perto dela.

— Obrigado.

Ele virou o seu rosto de volta para mim, me olhando nos olhos, e a nossa proximidade finalmente me afetou. Olhei para a sua boca, desejando poder senti-la sobre a minha novamente, mas como ele havia dito, esse era o seu trabalho, deveríamos ter limites.

— E quanto a sua família biológica? Você não conhece mesmo mais ninguém?

Escorreguei um pouco para trás, focando o meu olhar nas tatuagens em seu braço antes que fizesse algo impulsivo. Harry tinha braços fortes. Não era algo exagerado, como o The Rock, mas ele claramente tinha alguma rotina de exercícios e poderia facilmente me pegar no colo se quisesse.

— Também não. — Sua voz me tirou dos meus devaneios. — Andrew nunca fala sobre isso. Ele sequer disse o nome da minha mãe para que eu não pudesse pesquisar por conta própria, imagina dizer o nome de outra pessoa. Se brincar, ele nem se lembra mais, já que isso foi há mais de vinte anos atrás. Tudo o que eu tenho é esse colar. — Ele puxou a corrente que estava pendurada em seu pescoço e escondida debaixo da camisa, me mostrando o pingente no formato de uma cruz dela. — Pertencia a minha mãe biológica.

— Ele é lindo. — Elogiei, esticando a mão para tocar cuidadosamente no pingente. Se assemelhava bastante a um terço, sua mãe biológica deveria ser ou vir de uma família cristã.

— Então... mais alguma pergunta? Estou me sentindo bastante generoso nesse momento. — Levantei os olhos do seu pescoço para os seus olhos no mesmo segundo em que ele os desviou para o meu pescoço.

— Acho que não... — Sussurrei. Qualquer pergunta que possa ter passado pela minha mente já estava muito longe e inalcançável agora.

— Ainda doí? — Ele ergueu a mão para tocar levemente o meu pescoço.

Eu havia esquecido de colocar o cachecol e a marca roxa nele estava visível.

— Não... acho que o sorvete realmente ajudou.

Eu fechei os olhos, sentindo o seu cuidadoso toque me acalmar e tirar todas as dúvidas, medos e inseguranças da minha mente, deixando apenas... a calmaria. Era uma sensação diferente e estranha, mas muito boa e viciante, pois ao mesmo tempo em que ele me dava paz, ele também fazia o meu coração disparar.

Abri os olhos, encontrando os dele em mim, e a sua mão se deslocou do meu pescoço para o meu rosto. Estávamos bem próximos, e ele me olhava de uma forma tão preocupada e intensa, que por um momento eu cheguei a considerar que ele fosse me beijar... No entanto, o toque de um celular interrompeu todo o nosso momento, e Harry se afastou de mim para pegar o aparelho. Era o celular dele que estava em cima da mesinha de centro.

— É o meu pai. — Falou, se levantando do sofá e se afastando para atender a chamada.

Deixei o meu corpo cair para trás no sofá quando ele entrou na cozinha, e respirei fundo para tentar me acalmar. Meu coração estava descontrolado, e o meu corpo parecia estar em chamas! Respirei fundo algumas vezes para tentar tomar o controle da situação, e assim que me acalmei um pouco, olhei para a televisão, notando que o filme já havia acabado e os créditos finais estavam rolando. Isso estranhamente fez com que eu me lembrasse da carta que o Enigma havia enviado e que Harry havia trazido consigo para mim. Olhei na direção da cozinha, e ouvi alguns múrmuros que indicavam que a conversa no celular estava longe de acabar, então, me levantei do sofá e fui para o seu quarto.

Deixei a porta aberta e fui até a parede de evidências, olhando-a por inteiro. Não tinha nenhuma carta ali, mas as informações presentes eram tão importantes quanto. O rosto de Elijah, Jace e Zach estavam riscados com um "x" vermelho, e isso me lembrou o que Harry havia dito ao Eli durante aquele estranho jantar. "Eu risquei o seu nome da lista de suspeitos logo nos primeiros dias, Elijah." Se isso fosse verdade, então, ele também havia riscado Zach e Jace da sua lista. O que era bastante estranho, pois, e quanto a todas aquelas coisas suspeitas que eles fizeram? O mapa, a arma? Jace se aproximando de mim e o Zach da Taylor... Será que havia alguma explicação lógica?

Desci os olhos para a foto de Noah. Havia um fio vermelho ligando a sua foto até uma foto da sua casa, onde encontraram o corpo da Lana. Senti um gosto ruim na boca apenas em pensar na possibilidade de o Noah estar envolvido nessa história, e torci para que fosse apenas um engano.

As fotos de Landon e Luke também estavam lá, logo ao lado da de Noah, só que a foto do Landon estava ligada a palavra "segredo", enquanto a foto do Luke levava à uma interrogação.

— O que está fazendo? — Harry perguntou ao passar pela porta, e eu levei um pequeno susto.

— Não faz isso, por favor. — Pedi, levando a mão até o coração para tentar acalmar a onda de medo que se apossou dele.

— Claro, me desculpa. — Ele concordou, ao notar como eu havia ficado.

— Eu só estava olhando. — Expliquei, já mais calma. — O que o seu pai queria?

— Nada demais. Só falar alguns detalhes sobre o caso. Vamos conversar melhor quando ele e o seu pai chegarem.

— Falando sobre o caso... você não acha que Zach ou Jace estejam envolvidos? — Apontei para as fotos deles.

— Eles definitivamente estão envolvidos em algo, eu só não acho que tenha algo haver com Enigma... Zach estava preso durante a maioria dos assassinatos, e Jace é visto trabalhando na câmera de segurança do restaurante.

— E o que você foi fazer no motel deles aquele dia? — Lembrei desse acontecimento.

— Fui investigar.

— Então, você chegou a ver a arma, certo? — Ele apenas assentiu, como se não fosse nada demais. — Então!?

— Então, que o Enigma nunca matou ninguém com uma arma de fogo antes. Ele sempre usa a mesma faca de caça em suas mortes, e eu não vi nada sequer parecido com isso naquele quarto. Nem mesmo uma faca de plástico.

Eu assenti, lembrando desse outro detalhe. E mais uma vez, eu havia suspeitado de outra pessoa atoa. É claro que uma arma ainda era uma arma e Jace estava claramente envolvido em alguma merda, acho que só não era a "minha" merda.

— Eu não sei como você consegue, sério. Isso tudo parece bastante complicado.

— E é, mas acho que eu já estou acostumado.

— Meu pai falou que você trouxe uma cópia da carta do Enigma para que eu desse uma olhada... posso vê-la agora?

Ele foi até a sua cômoda e tirou o papel de uma das gavetas.

— Eu pensei em esperar até amanhã, quando você estivesse descansada.

— Eu não sei se consigo esperar. — Inspirei fundo, ansiosa para ler o que dizia.

— Não acho que tenha algum sentido. Ninguém conseguiu entender no departamento. — Ele alertou ao me entregar o papel.

E sem delongas, eu comecei a ler.

———+———

Olá, querida paixão que nunca foi correspondida. Me chame de Matheus.

Eu te segui por todo esse tempo, e em troca, pedi apenas lealdade. Foi tão difícil assim de prometer? Eu te daria tudo. Te dei até o meu mundo, mas em troca, pedi que me entregasse o seu coração... foi demais para você?

Baby, diga-me, qual o melhor lugar para se esconder? No escuro? Ou na falta da luz? No sangue? Bem, o que é sangue senão dez pétalas de rosas pingando sobre um chão onde não há mais nada a crescer? O que é vida senão vinte e oito corpos empilhados um sobre o outro em busca de uma alma que nunca mais poderá ter?

Procure por mim. Procure pela minha origem. Procure um motivo. Procure se gosta de procurar, já que nada encontrará... se assim escolher.

Certeza disso, meu amor? Que tal ir comigo ao cinema? Me espere nos fundos... e levante a sua saia para que possa admirá-la sem ruborescer.

Revele-se. E eu revelarei quem eu sou. Revelarei minha fúria. Revelarei minha lâmina... Fria, limpa, e nada inocente, perfurando aquela que um dia eu jurei proteger...

Doentio. Concorda?

...Ou ainda não descobriu quem eu possa ser?

———+———

— Vocês não conseguiram descobrir nada? Nenhum significado?

— Bem, ele mencionou um nome, e dois números que se postos juntos, formam um versículo da bíblia... "E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo." Mateus 10:28. Mas além disso, não, não descobrimos nada.

— Parece ser tão aleatório... — Comentei, decidindo por ler toda a carta novamente.

— Pois é. — Harry se encostou na cômoda do quarto e ficou me olhando em silêncio, esperando que eu terminasse a leitura. — Então... conseguiu captar alguma coisa?

Levantei o rosto para encará-lo.

— Eu acho que... sim?

Eu não entendi boa parte do que aquela carta dizia. Acho que ninguém nesse mundo além do próprio Enigma entenderia o seu significado. No entanto, eu entendi uma pequena passagem.

"Baby, diga-me, qual o melhor lugar para se esconder? No escuro? Ou na falta da luz? No sangue? Bem, o que é sangue senão dez pétalas de rosas pingando sobre um chão onde não há mais nada a crescer?"

E ou eu estava muito doida, ou ele estava referenciando a festa na casa de Noah. O escuro por causa da queda de luz, e o sangue que eu vi no chão do corredor ao sair do quarto. Só poderia ser isso!

— A casa de Noah. Eu acho que ele quer que eu vá até lá.

— Como você pode ter tanta certeza? — Perguntou, e eu rapidamente expliquei o meu raciocínio para ele, que mais uma vez, pareceu ficar levemente impressionado. — É... acho que você pode estar no caminho certo. Amanhã eu vou até lá para investigar.

— Eu posso ir junto?

— É claro que não. — Negou rapidamente, com convicção. — Seria perigoso demais. Você não pode deixar o apartamento.

— Mas... e se ele deixar uma pista que só eu possa entender? Assim como fez com essa carta.

Ele pensou por alguns instantes.

— Olha. Por hora, a minha resposta continua sendo não. Mas quando Andrew e David chegarem, nós tomaremos uma decisão.

— Tudo bem. — Eu assenti. Ainda era um não. Mas era um não com uma pontinha de esperança.

— Resolvido isso. São duas da tarde, e eu preciso dormir, assim como você... eu sei que pode ser difícil relaxar e adormecer aqui depois de ser atacada do jeito que foi, mas você precisa tentar.

— Harry... se você dormir, e eu dormir... como eu vou... — Não consegui completar, ficando nervosa apenas em pensar nessa hipótese.

— Vamos fazer o seguinte, eu espero os nossos pais retornarem para ir dormir, tudo bem? Assim eles vão estar aqui e nos manter em segurança.

Ele deu o menor dos sorrisos, e eu assenti, me sentindo mais tranquila.

— Promete?

— Prometo. Agora, você pode ir dormir à vontade. Eu vou ficar na sala esperando.

— Tudo bem. Cuidado, e boa noite... ou melhor, boa tarde.

Ele me acompanhou para fora do seu quarto, e abriu a porta do meu para que eu entrasse.

— Posso deixar a porta aberta, se quiser, tudo bem?

— Eu até prefiro. — Comentei, entrando.

Taylor continuava dormindo, então, tentei fazer o mínimo de barulho possível ao me deitar ao seu lado e fechar os olhos para dormir. Já Harry, deixou a porta num ângulo de quarenta e cinco graus, nem tão fechada, nem tão aberta, e sussurrou um "durma bem" antes de ir para a sala.

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